Prévia do material em texto
34 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante COBERTA Funciona como o principal elemento de abrigo para os espaços internos de uma edifi - cação. Sua confi guração e o caimento devem ser compatíveis com o material – telhas chatas, telhas convencionais, laje monolítica – em- pregada para escoar a água da chuva e da neve derretida a um sistema de drenos, calhas e condutores. Controla a passagem de vapor de água, ga- nho e perdas térmicas e o ingresso da radiação solar. Conforme o tipo de construção exigido pelo código de obras aplicável, a estrutura e os diversos componentes do telhado podem ter que resistir à dispersão das chamas em caso de incêndio. Assim como os pisos, as cobertas devem ser pensadas para vencer vãos e suportar seu peso próprio, além do peso de qualquer equipa- mento anexo e da chuva e neve acumulada. Cobertas planas usadas como terraço tam- bém estão sujeitas a cargas vivas. O padrão dos apoios e a extensão dos vãos cobertos infl uenciam a distribuição interna dos espaços e o tipo de forro que a coberta talvez deva sustentar: - Cobertas com grandes vãos entre apoios: es- paços internos mais fl exíveis em termos de uso; - Vãos menores: sugerem compartimentos mais bem defi nidos. Principais qualidades de um boa coberta: - Impermeabilidade; - Resistência a esforços mecânicos; - Leveza; - Secagem rápida após as chuvas; - Inalterabilidade de forma e de dimensões ao longo do tempo; - Facilidade de construção; - Facilidade de manutenção. Em um projeto de cobertura, devem ser consi- derados: - o tipo de telha; - a inclinação do telhado; - a estrutura do telhado; - a ventilação do telhado ; - sistema de captação das águas pluviais (ca- lhas). 35 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante TELHADOS COM PLATIBANDA 36 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante Proteção blatibanda/telhado Algeroz é um elemento construtivo composto por um cano entrecortado, ao longo do beiral de um telhado cuja fi nalidade é recolher a água que dele escorre em consequência, por exemplo, da chuva, conduzindo-a para tubos de queda ou de descarga, de forma a não molhar as paredes ou mesmo com a fi nalidade de aproveitamento dessas águas, transportando-a para reservatórios. Os algerozes podem ser parte da própria pa- rede, constituindo uma saliência, em forma de aba, que acompanha o beiral. Neste caso, é construído com o mesmo material da parede (ge- ralmente argamassa), ainda que necessite de um revestimento impermeável na parte que recolhe a água. Podem, contudo, ser feitos de metal (geralmente zinco) e ligados à parede através de consolas de aço. Rufo é chapa metálica dobrada ou pré-moldado de concreto que, no encontro de telhados e pa- redes, evita a penetração das águas da chuvas nas construções. 37 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante TELHADOS COM BEIRAL 38 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante 39 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante (RINCÃO OU CALHA) (RINCÃO OU CALHA) (OU TACANIÇA) (OU TACANIÇA) Relação tipo de telha e inclinação do telhado Cálculo da inclinação do telhado • Normalmente calculada em porcentagem (%) - ou seja, a altura do telhado é uma porcentagem do vão: v1 ---- 100% h1 ---- i% i% = h1 x 100 v1 h1 = i% x v1 100 h 1 v2 h 2 h1 = i% x v1 100 h1 = 25 x 10 100 h1 = 2,5 m Se o vão tem 10 m, e a inclinação tem 25% qual a altura? v1 1.00 0 .2 5 40 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante Curiosidade: Inclinação do telhado Inclinação telhado ≠ Inclinação telhas Mas não precisa desenhar assim A ESTRUTURA DA COBERTA A estrutura de uma cobertura deverá pre- ver todos os esforços que deverão ser suporta- dos: peso próprio da cobertura, ação de agen- tes atmosféricos verticais (chuva sem vento), inclinados (chuvas com/ou ventos) e horizon- tais (ventos). 1. Madeiramento: cobertura composta por te- souras e malha em madeira, responsável pela sustentação das telhas. 2. Treliças metálicas: Estruturas planas ou espaciais formadas por barras e perfi s de aço estrutural moduladas. 3. Laje inclinada: Quando interiormente dese- ja-se um maior aproveitamento do pé-direito, pode-se construir a laje com a inclinação ne- cessária à telha utilizada. A estrutura da cobertura deve ser projeta de modo a suportar e transferir todos os es- forços para a estrutura da edifi cação (pilares, vigas e/ou paredes). Seu formato é projetado e dimensionado de modo a garantir o equilíbrio da cobertura. TIPOS DE MADEIRAS MAIS UTILIZADAS: - Peroba-rosa, ipê, jatobá, maçaranduba, itaúba, garapeira, cumaru (boa capacidade de carga e resistência a cupins). - Podem ser utilizados pinus e eucalipto (des- de que tratados). 41 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante GRUPOS DE MADEIRAS As madeiras do Grupo C são as mais duras. Tão duras que se você tentar enfi ar um prego ela vai rachar. Então recomenda-se que o prego seja pregado fazendo, antes, um furo com a furadeira. Além de serem duras para se enfi ar o prego, elas são duras também para serrar. Então é melhor escolher uma madeira mais mole - você vai acabar utilizando mais madeira mas o serviço anda muito mais depressa. GRUPOS DE MADEIRAS Grupo A Grupo B Grupo C amendoin canafístula guarucaia jequitibá branco laranjeira peroba rosa cabriúva parda cabriúva vermelha caovi coração de negro cupiuba faveiro garapa guapeva louro pardo mandigau pau cepilho pau marfim pau pereira sucupira amarela anjico preto guarantã taiuva OBSERVAÇÃO Na escolha da madeira de- vemos levar em consideração o custo de transporte dela. Não adianta encontrar madeira boa porém em local distante pois iremos gastar muito dinheiro para transportar essas madei- ras até o local da obra. 42 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante A ESTRUTURA DA COBERTA - MADEIRA 1. Tesoura: As armações tipo tesouras corres- pondem ao sistema de vigas estruturais treli- çadas, ou sejam, é uma treliça plana destinada para o suporte de uma cobertura. 2. As Terças: São peças que servem para apoiar os caibros. Sem as terças, os caibros fi cariam muito abaulados. Então, colocamos uma Terça para evitar que os caibros fi quem abaulados: 3. Os caibros: São as peças que apóiam as Ripas. Deve-se tomar o cuidado de não dei- xar vãos muito grandes, pois o caibro não vai agüentar o peso das telhas e vai envergar. Então, colocamos uma Terça para evitar que os Caibros fi quem abaulados: Distância entre terças: 1,50m Distância entre caibros: 0,50m 43 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante 4. As Ripas: São as peças que apóiam as Te- lhas. A distância entre uma ripa e outra vai depender do fabricante da telha, que não se- guem um padrão único de tamanho de telha. OBS: Existem diferenças signifi - cativas entre lotes diferentes de um mesmo modelo de telha. Por causa disso devemos guar- dar algumas telhas pois quan- do alguma telha quebrar, difi - cilmente encontraremos telhas exatamente do mesmo tamanho. Inicie pregando as ripas pela primeira fi ada de cima, junto à cumeeira. Procure fazer com que a última fi ada de cima acabe com telhas "inteiras". Oriente-se pelo de- senho seguinte: Vista interior - acima laje - com estrutura de pontaletes (em substituição às tesouras). 44 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante A ESTRUTURA DA COBERTA - METÁLICA Estruturas planas ou espaciais formadas por barras e perfi s de aço estrutural modula- das. Formam uma malha sustentada, geralmente em aço galvanizado laminado. Geralmente utilizadas para grandes vãos(+ de 12 metros): o aço resiste bem à tração. Quando tratadas e pintadas adequadamen- te, têm durabilidade maior do que a madeira. Fácil e rápida montagem. 45 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante Infl uência na escolha da telha: • Características arquitetônicas; • Desempenho: conforto térmico, acústico, estanqueidade, durabilidade; • Custos. OBSERVAÇÃO Telha cerâmica: Ripa - Caibro - Terça – Tesoura Telha Metálica: Terça - Tesoura DESENHO DOS CORTES Ocorte é o resultado da seção de um plano perpendicular ao piso da edifi cação que se quer representar somados aos elementos que fi carão antes e depois do plano de corte. A função básica de um corte é complementar as informações da planta, principalmente no que se refere às alturas dos componentes da edi- fi cação. As imagens ao lado mostram duas situações de planos que cortam a nossa casa de estudo. A posição dos planos de corte varia de acordo com a edifi cação. Um corte bem escolhido deverá mostrar entre outras coisas: Altura das esquadrias Altura do(s) pé(s)-direito(s) Altura dos espelhos das escadas Diferenças de nível entre ambientes Inclinação dos telhados Caixa d’água Caixa dos elevadores No mínimo se faz dois cortes, um transversal e um longitudinal ao objeto cortado. Onde: Transversais são os cortes em que o plano de corte passam na menor dimensão da edifi cação. Longitudinais são os que o plano de corte passam na maior dimensão da edifi cação. 46 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante - Devemos passar pelo menos um dos cortes por um dos compartimentos ladrilhados e cujas pa- redes sejam revestidas por azulejos (mínimo 1,50 m), e pelas escadas e poços de elevadores (se houver). - Os cortes podem sofrer desvios para pos- sibilitar a apresentação de informações mais pertinentes. - Os cortes devem sempre estar indicados nas plantas para possibilitar sua visualização e interpretação – indicar a sua posição e o sen- tido de visualização. - A orientação dos CORTES é feita na direção dos extremos mais signifi cantes do espaço cor- tado. Mas existem outros modelos de marcação dos cortes: - Para se representar um corte as regras apli- cadas nas plantas também são usadas, ou seja, os elementos cortados pelo plano de corte se- rão desenhados com linha contínua e grossa. - Os elementos além do plano de corte estarão em vista e serão desenhados com linha fi na e contínua. - Os elementos aquém do plano de corte esta- rão em projeção e serão desenhados com linha fi na e tracejada. As imagens ao lado mostram os desenhos dos cortes aplicados na residência mostrada ante- riormente e marcados na planta acima. - A quantidade de cortes varia de acordo com a complexidade do projeto e pode até mesmo ser referente a um elemento específi co do edifício. Podemos, por exemplo, fazer um corte somente da escada. Ela e seus elementos seriam dese- nhados em outra escala e com mais detalhes. 47 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante PAREDES - Nos cortes, as paredes podem aparecer sec- cionadas ou em vista. - No caso de paredes seccionadas, a represen- tação é semelhante ao desenho em planta baixa. - Existindo paredes em vista (que não são cor- tadas pelo plano de corte) a representação é similar aos elementos em vista nas planta. EQUIPAMENTOS DE CONSTRUÇÃO - Os equipamentos de construção podem apare- cer em corte ou em vista na representação dos cortes verticais. - Tanto numa situação como em outra, basta representá-los com suas linhas básicas (média a fi na), que identifi cam o aparelho ou equipa- mento. Ao lado, algumas representações. BANCADAS - As bancadas devem aparecer em corte e/ou em vista na representação dos cortes verticais. - A ampliação de cortes, com a inserção de ele- mentos e hachuras servem como detalhes cons- trutivos. FORROS/LAJES - Geralmente os forros são constituídos de lajes de concreto, representadas de maneira similar ao contrapiso, com espessura de 10 a 15 cm. - Sobre as paredes, representa-se as vigas em concreto. - Pode haver forro de madeira ou gesso, por exemplo, abaixo da laje ou sem a presença des- ta. Estes forros serão representados por duas linhas fi nas paralelas com a espessura do for- ro. ABERTURAS (ESQUADRIAS) PORTAS: - Em vista são indicadas apenas pelo seu con- torno; preferencialmente com linhas duplas(5 cm), quando forem dotadas de marco. - Em corte, indica-se apenas o vão, com a vi- são da parede do fundo em vista. 48 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante JANELAS: - Em vista seguem as mesmas diretrizes das portas. - Em corte têm representação similar à plan- ta baixa, marcando-se o peitoril como parede (traço cheio e grosso) e a altura da janela (quatro linhas paralelas: as duas de dentro grossas e as duas de fora médias/fi nas). COTAS São representadas exclusivamente as cotas verticais, de todos os elementos de interesse em projeto, e principalmente: · Pés direitos (altura do piso ao forro/teto); · Altura de balcões e armários fi xos; · Cotas de peitoris, janelas e vergas; · Cotas de portas, portões e respectivas vergas; · Cotas das lajes e vigas existentes; · Alturas de patamares de escadas e pisos intermediários; · Altura de empenas e platibandas; · Altura de cumeeiras; · Altura de reservatórios (posição e dimensões). OBS: NÃO SE COTAM OS ELEMENTOS ABAIXO DO PISO (função do projeto estrutural). Para as regras de cotagem, utilizam-se os mesmos princípios utilizados para cotas em planta baixa: · As cotas devem ser preferencialmente externas; · As linhas de cota no mesmo alinhamento devem ser completas; · A quantidade de linhas deve ser distribuída no entorno da construção, sendo que a primeira linha deve fi car afastada 2,5 cm do último elemento a ser cotado e as seguintes devem afastar-se umas das outras 1,0 cm; · Todas as dimensões totais devem ser identifi cadas; · As linhas mais subdivididas devem ser as mais próximas do desenho; · As linhas de cota nunca devem se cruzar; · Identifi car pelo menos três linhas de cota: cotas de subdivisão de paredes, esquadrias, vergas, vigas, lajes, cumeeira; cotas dos pés direitos; e cotas totais externas. Nos cortes todos os ambientes devem ter seu nome e o nível. 49 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante ETAPAS PARA O DESENHO DO CORTE 1. Colocar o papel manteiga sobre a planta, observando o sentido do corte já marcado na planta baixa; 2. Desenhar a linha do terreno; 3. Marcar a cota do piso dos ambientes “cor- tados” e traçar; 4. Marcar o pé direito e traçar; 5. Desenhar as paredes externas (usar o traça- do da planta baixa); 6. Desenhar o forro, quando houver, ou a laje; desenhar também o contra - piso; 7. Desenhar a cobertura ou telhado; 8. Marcar as portas e janelas seccionadas pelo plano de corte; 9. Desenhar os elementos que estão em vista após o plano de corte. Ex.: janela e porta não cortadas, parede em vista não cortada, etc. Denominar os ambientes em corte; 10. Colocar a indicação de nível; 11. Colocar linhas de cota e cotar o desenho. 12. Repassar os traços a grafi te nos elementos em corte. Ex.: parede – traço grosso; laje – traço médio; portas, janelas e demais elemen- tos em vista – traço fi nos. OBS.: No corte as cotas são somente as verticais. As portas e janelas aparecem SEMPRE FECHADAS. CHECKLIST CORTES: (Mínimo de 02, um transversa e um longitudinal, passando pelas áreas molhadas, pela escada e caixas de elevadores – se houver, e pela caixa d’água. O correto é fazer em quantidade necessária à perfeita execução da obra. A função básica do corte é com- plementar as informações das plantas, principalmente no que se refere às alturas dos componentes da edifi cação. • Distinção gráfi ca entre os elementos de estrutura e vedação cortados; • Indicação do perfi l natural do terreno, cortes e aterros; • Indicação da função dos ambientes seccionados (nome ambiente); • Indicação dos níveis dos ambientes seccionados; • Seccionamento de escadas, reservatórios d’água, sanitários, desníveis, balanços, rampas, subsolos, etc.; • Indicação dos forros (se houver); • Indicação das cotas verticais, parciais e totais dos elementos seccionados; • Denominação e escala do desenho sob o mesmo. Escalas: 1/50, 1/75, 1/100 (A mesma escala das plantas) 50 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante DESENHO DAS FACHADAS O QUE EXIGE O CÓDIGO DE OBRA? → Normalmente os desenho das fachadas que fi cam voltadas para os logradouros públicos (ruas, avenidas, etc.) Isso é sufi ciente para construir bem? → Paraa perfeita execução de uma obra são necessários os desenhos de TODAS as fachadas. A prefeitura exige o mínimo de desenhos para a compreensão do projeto e seu cadastramento. Porém a construção exige muito mais, portan- to... A função básica de uma fachada é, como aconte- ce com os cortes, complementar as informações das plantas e dos próprios cortes, mostrando o edifício através de suas vistas ortográfi cas. Nas fachadas aparecerão os elementos gráfi cos que representarão as esquadrias, cobertas, pa- redes externas, revestimentos, indicações de materiais, entre outros. As fachadas nada mais são do que a proje- ção ortográfi ca do edifício em planos verticais perpendiculares a um plano horizontal de refe- rência. Esse plano horizontal também é usado para receber a projeção do que virá a se tor- nar o diagrama de coberta. A fi gura ao lado mostra como se deve entender o desenho das fachadas de uma edifi cação. Os nomes das fachadas podem fazer referência ao plano onde foi processada a projeção (late- ral, frontal, anterior, posterior), e também podem se dar de acordo com a posição dela em relação aos pontos cardeais (fachada norte, leste, nordeste, etc.). No desenho das fachadas você poderá considerar o peso das linhas da seguinte maneira: 1. Os elementos que se encontram em primeiro plano serão desenhados com traço mais pesado e grosso; 2. Os elementos em segundo, terceiro planos e etc., serão progressivamente sendo desenhados com traços mais leve e fi nos; As fi guras ao lado mostram a representação téc- nica das fachadas. 51 52 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante Perceba pelos desenhos mostrados anteriormen- te que a fachada tem uma função primordial- mente de mostrar o aspecto estético e plásti- co do edifício. O detalhe de cada elemento e a sua precisão variam muito com os objetivos do desenho. As fachadas também podem ganhar acabamentos mais sofi sticados com cores, texturas e sombras. Como se desenham as fachadas? → O desenho das fachadas segue os mesmos cri- térios dos cortes, e normalmente são executa- dos posteriormente a estes. CHECKLIST FACHADAS: Deve constar nas fachadas: • Desenho de todas as elevações externas da edifi ca- ção com representação gráfi ca e especifi cação comple- ta dos materiais das esquadrias e de revestimento, tintas e revestimentos cerâmicos, determinando o respectivo modo de assentamento; • Representação das esquadrias e sentido de aber- tura das mesmas; • Indicação dos detalhes de fachada; • Não são cotadas; • Denominação e escala do desenho sob o mesmo. Escalas: 1/50, 1/75, 1/100 (A mesma escala das plantas) DIAGRAMA DE COBERTURA PLANTAS DE SITUAÇÃO, LOCAÇÃO PLANTA DE COBERTURA OU DIAGRAMA DE COBERTA: Planta de cobertura, ou Diagrama de coberta é a projeção superior da edifi cação sobre o plano horizontal. O contorno das paredes, quando ocul- to pela coberta é desenhado com linha tracejada e fi na. Deve conter: • Indicação da tipologia (laje impermeabilizada, telhado + tipo de telha); • Indicação de caimento dos planos de cobertura e das calhas, com respectivo sentido e inclinação de escoamento das águas (%); • Indicação da posição dos tubos condutores de águas pluviais (rufos, alge- roz, etc.); • Indicação dos cortes; • Especifi cação dos materiais da cobertura (telhas, chapas, espessura, dimen- sões, etc.), elementos de impermeabilização e isolamento térmico, se for o caso; • Cotas totais e parciais de todos os elementos construtivos; • Indicar o Norte. • Denominação e escala do desenho sob o mesmo. • Escalas 1/50, 1/100, 1/200 53 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante 54 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante PLANTA DE SITUAÇÃO → A função básica da PLANTA DE SITUAÇÃO é a de posicionar o terreno na cidade. Para tanto deve-se informar: • Orientação (Norte); • Principais níveis do terre- no; • Indicação da rua de acesso ao lote e pelo menos mais uma rua que faça cruzamento com ela, seus nomes (deno- minação de ruas e/ou praças limítrofes), dimensões de caixa e eixos; • Desenhar os passeios (cal- çadas) com suas dimensões e sutamentos; • Indicação dos lindes do lote (lotes? casas? edifícios? etc.); • Cotar a poligonal lote, com suas dimensões e ângulos (não é necessário desenhar a edifi cação, somente hachurar o lote); • Tabelas com áreas em m² de construção por pavimento, totais de construção, área de piso (somatório das áre- as úteis) por pavimento e totais, área do terreno, projeção da coberta, índice de aproveitamento e taxa de ocupação; • Denominação e escala do de- senho sob o mesmo. • Escalas 1/100, 1/200, 1/250, 1/500, 1/1.000 ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ ____________________________ 55 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante PLANTA DE LOCAÇÃO → A função básica PLANTA DE LO- CAÇÃO é a de posicionar o edi- fício no terreno. Ela não se limita à casa ou à construção. Ela deve mostrar os muros, os portões, árvores existentes ou a plantar, um ponto de refe- rência que desperte interesse, a calçada ou passeio e, se ne- cessário, as construções vi- zinhas. Ela serve normalmente como ponto de partida para a marcação, ou locação, da casa no terreno. Para tanto é preciso informar: • A(s) rua(s) de acesso ao lote e os acessos de veí- culos e pedestres (Com as denominações das ruas e/ou praças limítrofes); • Desenhar e cotar a poligonal lote, com suas dimensões e ângulos • Orientação (Norte); • A vista superior do edifí- cio (pode-se usar a planta de coberta com a projeção do perímetro do edifício), com seu perímetro devida- mente cotado em relação aos limites do terreno (afasta- mentos); • Os elementos complementares, como: arborização, piscina, edículas, caminhos, dentre outros. Todos cotados com seus respectivos afastamen- tos e dimensões gerais; • Denominação e escala do de- senho sob o mesmo. • Escalas 1/50, 1/100 (De pre- ferência a mesma escala das plantas dos pavimentos) OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: As cotas são medidas do muro ou de seu eixo até a parede. Não seria correto indicar o afas- tamento entre o muro e a ex- tremidade do telhado ou da co- berta, pois as paredes serão construídas antes da coberta. 56 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO As vezes, para simplifi car o projeto, desenha-se duas plantas em uma só que vai unir as informações. → A PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO será a vista ortográfi ca superior do edifício posicionado no seu lote. Nesta vista também devem ser mostrado os elementos urbanos que circundam o terreno como: lotes vizinhos, passeios e ruas. Deverá conter: • Orientação (Norte); • Denominação de ruas e/ou praças limítrofes; • Tabelas com áreas de construção por pavimento, totais de construção, área do terreno, projeção da coberta e taxa de ocupação; • Implantação dos blocos com afastamento das divisas e níveis principais do terreno; • Indicação das vias de acesso, vias internas, estacionamento, jardins; • Amarração dos eixos do projeto a um ponto de referência; • Árvores existentes ou a plantar; • Denominação e escala do desenho sob o mesmo. • Escalas 1/100, 1/200 57 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante PLANTA DE LOCAÇÃO E COBERTA As vezes, para simplifi car o projeto, desenha-se duas plantas em uma só que vai unir as informações. → A PLANTA DE SITUAÇÃO E LOCAÇÃO será a vista ortográfi ca superior do edifício posicionado no seu lote. Nesta vista também devem ser mostrado os elementos urbanos que circundam o terreno como: lotes vizinhos, passeios e ruas. Deverá conter: • A(s) rua(s) de acessoao lote e os acessos de veículos e pedestres (Com as denominações das ruas e/ou praças limítrofes); • Desenhar e cotar a poligonal lote, com suas dimensões e ângulos • Orientação (Norte); • A vista superior do edifício (coberta) e o contorno das paredes (traceja- dos), com seu perímetro devidamente cotado em relação aos limites do ter- reno (afastamentos); • Os elementos complementares, como: arborização, piscina, edículas, cami- nhos, dentre outros. Todos cotados com seus respectivos afastamentos e di- mensões gerais; • Indicação da tipologia (laje impermeabilizada, telhado + tipo de telha); • Indicação de caimento dos planos de cobertura e das calhas, com respectivo sentido e inclinação de escoamento das águas (%); • Indicação da posição dos tubos condutores de águas pluviais (rufos, alge- roz, etc.); • Indicação dos cortes; • Especifi cação dos materiais da cobertura (telhas, chapas, espessura, dimen- sões, etc.), elementos de impermeabilização e isolamento térmico, se for o caso; • Cotas totais e parciais de todos os elementos construtivos; • Indicar o Norte. • Denominação e escala do desenho sob o mesmo. • Escalas 1/50, 1/100 (De preferência a mesma escala das plantas dos pavi- mentos) 58 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante 59 Prof.ª Rosa Karina Carvalho Cavalcante DESENHO ARQUITETÔNICO-parte 2 DESENHO ARQUITETÔNICO-parte 3