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Liderança: conceitos, teorias tradicionais e contemporâneas

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Psicologia Organizacional e do Trabalho II
Unidade 2 – Liderança e gestão
Seção 2.1 – Liderança: conceitos, teorias tradicionais e contemporâneas
		
Os estudos sobre liderança despertam grande interesse, tanto para as organizações quanto para pesquisadores. Embora com objetivos e visões diferentes, ambos os lados entendem a liderança como um processo fundamental para a compreensão do comportamento de indivíduos e grupos.
A liderança tem sido concebida como centro no processo de grupo, como uma questão de personalidade, um exercício de influência e de persuasão, como resultante de comportamentos específicos, relação de poder, como um instrumento para alcançar metas, um esforço de interação, como um papel diferenciado, como uma iniciação da estrutura e como muitas combinações dessas definições.
	Uma das primeiras abordagens contemporâneas sobre a liderança diretamente focada nos processos organizacionais foi desenvolvida a partir da crença de que os líderes “nascem prontos”, ou seja, são pessoas que possuem um conjunto de características que, quando combinadas, favorecem o exercício da liderança como um dom natural. Essa forma de entender a liderança é conhecida como “Teoria dos Traços” ou “Abordagem dos Traços”. “A abordagem dos traços tentava identificar traços de caráter duradouros e estáveis que diferenciavam líderes de não líderes”. Foram elencados diversos traços relacionados à liderança, como inteligência, energia, autoconfiança, e até mesmo traços físicos, como estatura e formato do corpo, ou outros, como caligrafia e signo astrológico.
Essa abordagem foi alvo de críticas, especialmente por, de alguma forma, delimitar “líderes” e “não líderes”, favorecendo a discriminação, o preconceito e os estereótipos. As críticas acadêmicas ocorrem por causa dessa linha ainda não ter conseguido provar, cientificamente, uma relação direta entre os inúmeros traços identificados nas pesquisas e a liderança.
A compreensão de que alguns traços pessoais podem definir a liderança ainda vem sendo utilizada como base para estudos mais recentes, como o modelo Big Five. Ele foi desenvolvido a partir de estudos de personalidade que tiveram origem nos anos 1930, por McDougall, e foram utilizados como base para estudos posteriores, chegando até a atualidade. O modelo, conhecido no Brasil como Modelo dos Cinco Grandes Fatores, tem sido base para pesquisas em várias culturas ao redor do mundo e tem se mostrado uma alternativa eficiente e com bons resultados de comprovação empírica (SILVA; NAKANO, 2011). 
Embora o modelo não tenha como foco a exploração e a compreensão da liderança, e sim da personalidade, alguns de seus fatores vêm sendo relacionados ao exercício eficiente da liderança, como a extroversão e a conscienciosidade, no sentido de que essas características de personalidade favorecem a visibilidade e a confiança necessárias ao exercício da liderança. Esse modelo também sofre críticas por parte de pesquisadores em função da carência de definições mais claras dos fatores, além de não ter base em uma teoria da personalidade específica e aceita cientificamente. 
Teorias situacionais sobre liderança
As teorias situacionais de liderança têm como uma de suas bases as teorias comportamentais, que investigam a forma como os líderes atuam e, por consequência, influenciam o comportamento do grupo. Dentre essas teorias, as mais difundidas são os estudos de duas universidades norte-americanas.
	MICHIGAN
	OHIO
	· define o comportamento do líder como: “orientado para a tarefa”, aquele que dedica atenção à produção dos subordinados, explica os procedimentos e demonstra um forte interesse pelo desempenho.
· Define como “orientados para o funcionário”, como aquele que tenta construir grupos de trabalho, dedicando atenção aos aspectos humanos do grupo, mesmo com metas de alto desempenho.
	· o comportamento do líder pode ser entendido como: “comportamento de consideração”, quando ele se preocupa com os sentimentos do subordinado e a relação é caracterizada por comunicação de duas vias, confiança e respeito mútuo;
· pode ser entendido como “comportamento de estrutura de iniciação”, que implica na definição clara das funções do líder e do subordinado, de forma que esses saibam o que se espera deles. Nessa situação, o líder também cria canais de comunicação e define os métodos que o grupo deve utilizar na execução de suas tarefas.
O líder deve escolher o estilo de liderança de acordo com o nível de prontidão ou maturidade dos subordinados, que se refere à habilidade e à disposição demonstrada pelas pessoas para o cumprimento de determinada tarefa. Assim: se são incapazes (pouca habilidade) ou estão desmotivados (disposição), o líder deve oferecer orientações claras e específicas; se são incapazes e estiverem desmotivados, o líder precisa oferecer orientação para a tarefa, além de orientação para o relacionamento; se os subordinados são capazes, mas estão desmotivados, o líder precisará desenvolver um comportamento apoiador e participativo; finalmente se estão capacitados e motivados, o líder não precisa agir diretamente, mas apenas acompanhar. 
Liderança carismática: o termo carisma surgiu na Grécia Antiga para designar um “dom” atribuído a figuras mitológicas para justificar acontecimentos que não tinham explicação lógica, a proposta dessa teoria foi de Robert House. “Carisma é uma forma de atração interpessoal que inspira apoio e aceitação”. A liderança carismática seria “um tipo de influência baseada no carisma pessoal do líder”. Atributos essenciais para um líder: Visualizar – consiste em articular uma visão atraente; criar altas expectativas e moldar comportamentos consistentes. Estimular – significa demonstrar ânimo; expressar confiança pessoal; buscar, encontrar e usar o sucesso. Capacitar – expressar apoio pessoal, ter empatia; expressar confiança nas pessoas. Essa teoria sofre restrições por parte de alguns pesquisadores, pois não existem estudos científicos sobre o sentido e o impacto da liderança carismática. Exemplos de líderes carismáticos: Martin Luther King Jr, Adolf Hitler, Papa João Paulo II.
	Liderança Transacional
	Liderança Transformacional
	Liderança laissez-faire
	baseia na legitimidade e na autoridade nas quais os líderes se apoiam para enfatizar os padrões de trabalho, atribuições e tarefas para o alcance de objetivos.
	é vista como um processo que motiva os colaboradores através do apelo aos mais elevados ideais e valores morais.
	se caracteriza pelo comportamento de um líder que dá liberdade
aos colaboradores para tomarem decisões; evita esclarecer as suas
expectativas; prefere não intervir em conflitos.
	tendem a se concentrar na execução das tarefas e em formas de recompensar ou punir para influenciar o desempenho dos colaboradores.
	O líder deve ser capaz de definir e articular uma visão para sua organização e os servidores devem aceitar a credibilidade do líder.
	Esse comportamento
incentiva os colaboradores a assumir o poder de tomada de decisões.
Liderança em tempos atuais
	Líder servidor
	Líder coach
	· é baseada em princípios básicos e elementares e tem como pilares o amor e o caráter.
· A disposição do líder é servir às pessoas a partir do atendimento às suas necessidades. Essa ação consiste em determinar um propósito, compartilhar o aprendizado, elevar os obstáculos, priorizar a confiança para fortalecer o relacionamento e desenvolver as pessoas 
· propõe aprendizagem com os erros da equipe, busca a opinião e a experiência de todos os níveis da empresa, invade os chamados segredos da cúpula e distribui a informação outrora privilegiada para todo o grupo, a fim de que todos sintam que são parte do mesmo time, lutando pela vitória comum.
	· trata de um paralelo entre o papel do treinador (coach, em inglês) e o gestor que se preocupa com o desenvolvimento de seus subordinados.
· Na prática, o coach ajuda o seu colaborador a aprender, a descobrir e explorar seu potencial, definir seus próprios objetivos, analisar os próprios erros e corrigi-los.