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ARTIGO MARIZA-1

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FACULDADE FAS SUCESSO
CURSO DE EAD EM PEDAGOGIA
DIFICULDADE DA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL DANIEL CONRADO
MARIZA CANDIDA PIRES LIMA
ORIENTADORA: MARIA JOSÉ VIEIRA FAÇANHA DA SILVA
Careiro-Am
2020
MARIZA CANDIDA PIRES LIMA
DIFICULDADE DA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL DANIEL CONRADO
Artigo cientifico apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade FAS SUCESSO como requisito para obtenção do título de graduado. 	
 Orientadora:
 MARIAJOSÉ IEIRA FAÇANHA DA SILVA
 Careiro-Am
2020
	 PIRES.MARIZA CANDIDA 
Proposta de Formalização dos Procedimentos Pedagógicos da Educação: Estudo Faculdade Fas Sucesso / Manacapuru 2020
23 folhas
 Relatório Final – Faculdade Fas Sucesso .
Orientador (a): MARIA JOSÉ VIEIRA FAÇANHA DA SILVA
1. DIFICULDADE, APRENDIZAGEM, ENSINO.
DEDICATÓRIA
De forma carinhosa a meus pais que me incentivaram a todo o momento, a seguir no caminho do bem, sempre me ajudando e apoiando em todas as formas possíveis e ate impossíveis em certos momentos que passamos em nossas vidas.
A minhas filhas Evelyn e Julie, que são a razão de minha vida, e meu incentivo para prosseguir nessa jornada de dificuldades, são elas que me proporcionam alegria, amor e força, e me mostrou como é bom viver com alegria, risos e brincadeiras.
Aos meus avós paternos e maternos, que com os seus conhecimentos passaram na minha infância e deixaram boas sementes que agora estão evoluindo e mudando e dando bons resultados com o passar dos anos.
AGRADECIMENTOS
O Deus que no decorrer de minha vida diária me ensinou na minha história de vida a crescer a ser mais gente; pela termino, desta jornada, te agradeço Senhor pelo o que eu fui; pelo o que eu sou e ainda pelo o que eu serei e principalmente por nunca me ter deixado só nos momentos difíceis e por ter me permitido chegar até aqui.
Aos meus maravilhosos docentes que como seus carismas fez com que as aulas fossem menos cansativas e mais alegres, docentes. As professoras com suas seguranças e seriedade nas horas necessárias, nos proporcionou com seus conhecimentos, os melhores momentos de enriquecimento de saber na calma nos encaminhou a termos a certeza que iríamos vencer todas as barreiras, a orientação a seguir já sabendo do sucesso e a dedicação nos momentos de alegrias e tristeza neste estágio final do curso.
Mariza Cândida Pires Lima
 
 
EPIGRAFE
1.O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome.
4.Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.
5.Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
 Salmo 23, 1.4.5.
DIFICULDADE DA APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA ESCOLA MUNICIPAL DANIEL CONRADO
 Graduanda: Mariza Cândida Pires Lima
Orientadora: Maria José Vieira Façanha da Silva
RESUMO
Gadotti (1994), Freire (1996), Ferreiro (1993), foram fundamentais na produção e enriquecimento teórico deste trabalho, pois toda problemática no mundo da leitura e escrita é desvelado por afirmações que se desencadeiam através de um processo de busca contínua do conhecimento, vem como pesquisa relevantes que venham gradativamente amenizar ou até erradicar as dificuldades no ensino da Matemática. Afirmam categoricamente que a partir de realidade do indivíduo como o meio, transforma-se com o ambiente em lugar de aprendizagem, leitura de mundo, absorção de códigos, símbolos e imagens, através do conhecimento, direcionado a um diálogo mais aberto para o entendimento das capacidades do homem, anulando preconceitos inatistas e de outras teorias que aprendam que se vive. Para isso, sabe-se que, a produção de conhecimento é um ato de liberdade, de autonomia, que só ocorre quando somos capazes de abandonar pré-conceitos em busca do novo. Ao nos perguntarmos sobre o “por que” de nossa prática, realizarmos um primeiro ato de autonomia
Palavras-chave: Conhecimento. Aprendizagem Matemática.
ABSTRACT
Gadotti (1994), Freire (1996), Smith (1993), were instrumental in the production and enrichment of this theoretical work, because the whole problem in the world of reading and writing is revealed by statements that are triggered through a process of continuous pursuit of knowledge comes as relevant research that will gradually lessen or even eliminate the difficulties in teaching mathematics. They contend that from the reality of the individual and the environment, it becomes the environment rather than learning, reading world, absorption of codes, symbols and images, through knowledge, directed to a more open dialogue to understand the capabilities of man, annulling finalists prejudices and other theories that they learn which one lives. 
KEYWORD: Mathematics, Teaching Learning, Methodology.
1. INTRODUÇÃO
O presente artigo tem como objetivo descrever a investigação feita sobre a temática; Dificuldade da aprendizagem na matemática, abordando toda pesquisa feita no objeto de estudo onde foi diagnosticado a hipótese, através dos teóricos que comprovaram, onde a pesquisa trouxe para o professor novas metodologias para que chegasse ao resultado que favorecesse e trouxesse positividade. Diante dessa inquietação a respeito da forma de ensinar Matemática, da qualidade deste ensino, as constantes reclamações de colegas e alunos a respeito dessa disciplina, recorrentes aos resultados, dentre outros fatores, estes positivos, como por exemplo, o anseio por descobrir a raiz do problema, conhecer os fatores que concorrem para a configuração desta realidade e a consciência de que tratamos de uma Ciência que tem grande importância para a humanidade.
1. Referencial Teórico
Diante da pesquisa exposta sobre tal problemática, chamamos atenção para uma visão mais complexa e contextual da educação brasileira, caracterizada ao longo da história pelas influências da classe dominante da sociedade que há muitos anos vem ditando o ritmo da educação nacional. Ao juntarmos a isto o fato de que a educação sempre vem permitindo a ideologia dominante a atravessasse e atingisse em cheio as classes dominadas, fica mais fácil entender por que há tantos transtornos há em nossa educação, que sempre chaga defasada as escolas públicas, ainda assim pregando de forma vergonhosa que vivemos em um mundo globalizado para todos. 
O discurso da globalização astutamente oculta ou nela busca penumbrar a reedição intensificada ao máximo, mesmo que modificada, da medonha malvadez com que o capitalismo aparece na História. O discurso ideológico da globalização procura disfarçar que ela vem robustecendo a riqueza de uns poucos e verticalizando a pobreza de milhões. O sistema capitalista alcança no neoliberalismo globalizante o máximo de eficácia de sua malvadez intrínseca. (FREIRE apud Manual de Filosofia da Educação – UEA 2002, p.104).
Logicamente, não nos referimos aqui estritamente à questão econômica, mas a ela como um fator de elevada importância quando se trata de políticas públicas e educação para as massas. A educação pública sempre foi considerada de alto custo para os cofres do governo, que dessa forma encontrava pretexto para não investir, e na prática quase nunca de alto valor. Neste sentido sempre houve uma prática educativa do “faz de conta” para o povo e, o melhor dela para a elite.
Observamos que a formação do professor é umaquestão-chave para o problema. A falta de profissionais qualificados na área específica de matemática, faz com que aumente mais ainda a dificuldade dos alunos, pois os mesmos não estão com suporte para suprir a necessidade e dificuldade dos alunos. Criando assim uma educação sem compromisso, frágil e de pouca consistência. É por certo mais “econômico”, mas sem dúvida isto trouxe prejuízos sérios à educação nacional em Matemática. Não é a toa que hoje se vê esta disciplina como uma das mais difíceis de aprender e ensinar, que é o terror dos testes de avaliação de cursos de formação de professores e mais, uma área pouco almejada pelos estudantes, que não desperta nestes, interesse algum.
No início da década de 70 houve a implementação da Resolução 30 que resultou na introdução, por lei, de muitas pessoas sem o preparo necessário e suficiente para reger classes no ensino de matemática. Ocorreu então um ensino desvirtuado em relação aos assuntos fundamentais, valorizando muitas vezes temas superficiais enquanto temas básicos e essenciais eram abordados de forma corrida e mecânica. Verifica-se isto nos depoimentos de alunos que ingressaram na Universidade de Brasileira e mais, alguns alunos afirmaram que a Matemática no Ensino Fundamental nessa época foi uma matéria repetitiva, incompreensível e sem significado. (Manual de Metodologia e Prática de Ensino de Matemática - UEA 2004, p.85). 
Procuramos dar suporte ao problema com o conhecimento de vários autores dentro do âmbito da Matemática, bem como de publicações pertinentes aos vários aspectos considerados importantes nas indagações concernentes ao ensino desta disciplina polêmica, que envolve a relação docente x discente e tem na formação do professor indiscutível relevância, para que seu processo de ensino-aprendizagem seja mais eficiente, objetivo e eficaz. 
Mesmo as escolas que possuem profissionais formados em nível superior, trabalhando na primeira fase do ensino fundamental, não conseguirmos alcançar grandes avanços com essa disciplina, pois a maioria deles não frequentou o curso especifico de matemática, ou ainda não gostam da matéria por se declararem incapazes de dominarem os assuntos exigidos nessa fase, mais especificamente no 5º ano do ensino fundamental, que se trabalha com 7 (sete) disciplinas, sem formação específica em nenhuma delas. Desta forma podemos refletir e questionar a competência deste profissional, suas metodologias de trabalho, suas concepções a respeito de cada disciplina, das quais se destaca matemática. 
A maioria das pessoas tem medo da matemática e dentre 41 países, o Brasil ficou em 40º lugar em performance dos alunos. Pior: as notas do Provão dos professores de matemática recém-formados oscilaram em torno da média 1,2. Para a presidente da SBM e Conferencista da 55ª Reunião da SBPC, professora Suely Druck, da Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro, o problema é grave, mas tem solução. As causas contemplam principalmente a negatividade na formação dos professores de matemática e o fanatismo e distorções geradas entre os educadores (...). Baseada em raciocínio crítico e lógico, a matemática é realmente considerada a maior área de dificuldade do aprendizado em crianças, de todo o mundo, mas para a professora, qualquer criança tem toda a capacidade de aprender matemática, se o processo do ensino for efetivo e correto. (...) seu ensino é considerado, nos Estados Unidos, área de segurança nacional, à medida que sua falta é um obstáculo ao desenvolvimento econômico. 
Os professores que estão sendo formados para ministrar matemática, e isto já ocorrem há mais de vinte anos, frequentam, em sua maioria, faculdades privadas onde são aprovados embora desqualificados, "e por isto o Provão apresentou estes resultados, mesmo tendo exigido matemática apenas de segundo grau e quase nada do terceiro", afirma Suely. 
Segundo ela, o perfil das faculdades de matemática contempla alunos com origem humilde que, por sua vez, já tiveram má formação escolar. "São futuros professores aos quais não são oferecidas bibliotecas, atividades de pesquisa e que também não podem adquirir livros. Este também é o perfil dos que ingressam na faculdade pública, mas aí eles encontram dificuldade para se formar porque são mais exigidos e podem dispor de maior material para formação".
Por outro lado, já formados, os professores trabalham em torno de 10 horas por dia e sua remuneração não contempla um orçamento que dê acesso a livros e cursos. (artigo publicado em 16/07/2003 às 16:23 no Site Universiabrasil.net)
Se não tivermos educadores profissionalizados na matemáticos, não teremos como esperar bons frutos dos nossos alunos, pois a capacitação e domínio dos conteúdos pelos ´professores é fundamental, para o crescimento e desenvolvimento intelectual dos alunos em sala de aula.
Aborda-se desta forma a questão, apontando para o texto dos Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizando que antes de ensinar Matemática no Ensino Fundamental, é primordial que o professor seja capaz de:
Identificar as principais características dessa ciência, de seus métodos, de suas ramificações e aplicações; conhecer a história de vida dos alunos, sua vivência de aprendizagens fundamentais, seus conhecimentos informais sobre um dado assunto, sua condições sociológicas, psicológicas e culturais; ter clareza de suas concepções sobre a Matemática, uma vez que a prática em sala de aula, as escolhas pedagógicas, a definição de objetivos e conteúdos de ensino e as formas de avaliação estão intimamente ligadas a essas concepções. (PCN – Matemática, v. 3, p.37)
É certo que não começamos a aprender matemática apenas quando vamos à escola pela primeira vez, pois a vida prática oferece uma ampla variedade de experiências que permitem que o sujeito adquira capacidade para resolver situações - problema que surgem na sua interação com o meio, com outros e consigo mesmo. É importante considerar que a escola deve valorizar os muitos saberes do aluno, e que seja oportunizado a ele demonstrar suas reais potencialidades. A escola tem valorizado apenas o conhecimento oferecido por ela, deixando de fora tantos conhecimentos importantes para socialização do aluno.
Mas estas experiências dificilmente são valorizadas pela escola, que já tem livros e livros, conteúdos sem medida, fórmulas e fórmulas, todos prontos para serem “transmitidos” aos alunos, sem considerar o conhecimento que já trazem consigo, deixando de se atrativos para os estudantes onde passam a desenvolver certa resistência à disciplina, uma vez se tratar de algo externo a sua realidade. 
É fundamental não subestimar a capacidade dos alunos, reconhecendo que resolvem problemas, mesmo que razoavelmente complexos, lançando mão de seus conhecimentos sobre o assunto e buscando estabelecer relações entre o já conhecido e o novo.
[...] tem-se buscado, sem sucesso, uma aprendizagem em matemática pelo caminho da reprodução de procedimentos e da acumulação de informações; nem mesmo a exploração de materiais didáticos tem contribuído para uma aprendizagem mais eficaz, por ser realizada em contextos pouco significativos e de forma muitas vezes artificial. (PCNs – Matemática, p. 38)
A utilização de novos métodos reside na maneira como os professores assimilam estas metodologias e como as utilizam em sala de aula. O uso de material concreto, por exemplo, tem aos olhos de muitos docentes um caráter de eficiência no ensino de matemática, mas é até hoje utilizado de forma inadequada por alguns professores em sala de aula. É perigoso esse tipo de comportamento, bem como a descontinuidade da formação do professor que desta forma não acompanha as mudanças e nem as considerações a respeito dos vários temas pertinentes a sua área de atuação, tornando-o alvo fácil de má interpretação e mal uso de inovações, mas que terminam não produzindo resultado efetivo pela falta de conhecimento suficiente a respeito das novidades na prática educativa.
Frequentemente afirma-se que o ensino de matemática na escola de ensino fundamental deve serfeito a partir da manipulação de materiais concretos. O uso desses materiais é justificado com base numa interpretação simplista das características dos estágios de desenvolvimento cognitivo propostos por Piaget, afirmando-se que a criança no período das operações concretas somente poderia raciocinar a partir de objetos concretos. Autores que procuraram analisar seriamente a relevância da teoria piagetiana para a educação, como Ginsburg e Opper (1969), acreditavam inicialmente nessa proposta, modificando sua posição posteriormente. (ALENCAR (Org.) 2001, p.99)
 
A manipulação dos materiais concretos deveria ser administrada e observada pelos educadores da área da matemática, para que os alunos não os usassem de forma errada. E vale ressaltarmos que na maioria das vezes não há esta preocupação por parte do professor. Ele simplesmente prepara sua aula e a aplica da forma mais fácil possível (para ele), ou seja, a expositiva e espera ser capaz de transmitir aos alunos aquilo que aprendeu. Ainda que utilize algum material concreto, não consegue fazê-lo no momento certo, de forma coerente e que seja complementar a outras atividades em sala de aula na cooperação para o aprendizado, não procura promover um ambiente onde haja interação entre os discentes na resolução de problemas. Os exercícios são apenas mais uma atividade a ser cumprida.
É igualmente importante pedir com frequência que os estudantes verbalizem o que estão fazendo (Lovitt & Curtiss, 1968). Muito frequentemente, o as aulas de matemática são preenchidas ou com explicações do professor ou com atividades escritas em silêncio. Estudantes com confusões de linguagem precisam demonstrar com materiais concretos e explicar o que estão fazendo e isto em todas as idades e níveis de trabalho matemático, não apenas nas primeiras séries (Herbert, 1985). Fazer com que os alunos regularmente façam o “papel de professor” pode ser não somente agradável, mas também necessário para o aprendizado das complexidades da linguagem matemática. Da mesma forma, a compreensão para todas as crianças tende a ser mais completa quando são chamados para explicar, elaborar ou defender sua posição para os outros; o fardo de ter que explicar sempre funciona como um empurrão extra necessário para conectar e integrar seu conhecimento de formas cruciais (Brown & Campione 1986 apud Kate Garnett 1998) (Tradução nossa). 
Ao questionarmos professores de matemática quanto às dificuldades de seus alunos e porque elas ocorrem e permanecem ao longo das séries iniciais, sempre obteremos respostas do tipo “os alunos são desinteressados e os pais não ajudam em casa”. Não nos convence esta explicação, pois vemos o professor como aquele que pode e deve despertar o interesse do aluno e só assim proporcionar a tão esperada mudança.
Se quisermos alterar o que se passa nas nossas escolas não basta mudar os currículos, publicar materiais de apoio, etc. tudo isto é mediado pelo professor, mais precisamente através das suas concepções e crenças sobre como organizar a sala de aula de modo a promover a aprendizagem da matemática, sobre a sua própria relação com a matemática ou sobre a sua natureza. (Fennema e Franke, 1992). O professor é o elemento-chave na mudança, porque tem um papel essencial no ambiente que se vive na sala de aula, pelo que a sua formação joga um papel crucial. (Manual de Prática de Ensino de Matemática I e II – FUA – PEFD – PROING 2000, p.07).
Desta forma, precisamos primeiramente formar bons profissionais que com suas responsabilidades diante uma educação que vem ao longo do tempo se deteriorando ainda mais, possa recuperar e dar um novo rumo, rumo esse que reflita de maneira positiva nos educandos, formando cidadãos críticos e compromissados com um futuro mais digno e igualitário para todos de sua sociedade. De fato, se contarmos com professores, formados, e aqui nos referimos à formação superior específica para a área de atuação, o que não é o caso da maioria dos professores de matemática atuando em escolas brasileiras, principalmente nas pequenas cidades, que não têm compromisso com a educação, nem com o aluno ou com a melhoria da qualidade do ensino. É preciso empregar sentimentos e atitudes positivas em sala de aula e focalizá-los no aluno, no sentido de provocá-los e incentivá-los a participar, a construir seu conhecimento, e a tomar gosto pelo que faz. 
O professor criativo, de espírito transformador, está sempre buscando inovar sua prática e um dos caminhos para tal fim seria dinamizar as atividades desenvolvidas em sala de aula. Uma alternativa para a dinamização seria a variação das técnicas de ensino utilizadas; outra seria a introdução de inovações nas técnicas já amplamente conhecidas e empregadas. (A. O. Lopes 2003). 
É muito fácil cair na monotonia e na mesmice quando não fazemos uso da criatividade, principalmente em turmas multisseriadas com as quais o professor convive o ano inteiro, observando e sendo observado todos os dias, na esperança de que surja alguma novidade, algo que possa ser traduzido em ânimo, em alegria e estímulo para continuar. Todavia, cabe ao professor manter o equilíbrio entre as inovações e as repetições.
As dificuldades relacionadas a disciplina de Matemática dizem respeito antes de tudo ao desenvolvimento da capacidade cognitiva da criança, suas relações interpessoais e a atividade pedagógica na forma como se apresenta em sala de aula. Precisamos então buscar suporte científico para entender como se dá, em primeiro lugar, a aprendizagem na vida da criança, como nós aprendemos que operações materiais e mentais realizaram para aprender algo, e, em se tratando da complexidade da matemática, o que deve ser levado em consideração no ato de ensinar esta disciplina. Piaget (1973) recomenda três princípios para o ensino-aprendizagem de matemática:
a) A compreensão real de uma noção ou de uma teoria implica na re-invenção desta teoria pelo sujeito. Para conseguir isto, o papel da professora deve ser o de organizar situações que provoquem curiosidade e busca de solução por parte da criança, guiando sua descoberta através de contra-exemplos que provoquem novas explorações quando surgem dificuldades no processo de descoberta.
b) Em todos os níveis, a criança é sempre mais capaz de fazer e compreender na ação do que de expressar verbalmente e conscientemente os princípios nos quais se baseiam suas ações. Discussões com a professora ou com outras crianças podem favorecer a verbalização e a conscientização.
c) As representações ou modelos matemáticos utilizados deveriam corresponder à lógica natural da criança e a formalização deveria ser deixada para mais tarde como uma espécie de sistematização das noções já adquiridas. (FREIRE apud ALENCAR (Org.) 2001, p. 101).
 
Diante das dificuldades no ensino-aprendizagem de matemática, podemos dizer que não há receitas prontas, nem soluções mágicas, mas procedimentos concretos, adicionados à força de vontade e luta pela superação das barreiras no sentido de tornar o aprendizado algo que traga vibração, energia, alegria e contentamento aos alunos.
Há momentos em que o professor para e se questiona: o que estou fazendo de errado? Já não sei o que fazer para meus alunos despertarem para a importância do estudo de matemática? Já tentei transmitir a eles tudo o que aprendi, mas não vai! Nesses momentos precisamos buscar suporte com outros profissionais e até teóricos renomeado na área da matemática.
É interessante notar que pesquisas em Educação Matemática têm mostrado que as mesmas crianças que manipulam números com destreza em diversas atividades fora da escola, fracassam nas aulas de Matemática, o que evidencia falhas no ensino que não tem incorporado os números utilizados no cotidiano. Esses “números do dia-a-dia”, como estão integrados num contexto, adquirem significado para os alunos, que, portanto, têm sucesso em seu manejo. (...) A humanidade precisou de séculos de cultura para descontextualizar o número; não podemos esperar que o aluno o faça espontaneamente ao entrar na escola.(CARVALHO, 2001, p.33)
Eis que ponto a ponto se aproxima das questões centrais do ensino-aprendizagem de Matemática, onde os atores principais deste fenômeno, é próprio ser humano, interagem constantemente. Neste sentido faz-se necessário chamar atenção para as características do palco onde atuam da atmosfera que envolve professor e aluno, da qualidade das inter-relações no recinto de aprendizagem. Será que favorecem o desempenho do aprendiz? Está bem administrada esta interação social pelo professor? Permite que o pensamento discente flua na direção da autonomia ou simplesmente direciona-o à recepção do conteúdo? 
O ambiente social e a situação que o professor cria é crucial no desenvolvimento do conhecimento lógico-matemático. Uma vez que este conhecimento é construído pela criança, através da abstração reflexiva, é importante que o ambiente social incentive a criança a usá-la. Segundo Piaget, todas as crianças de inteligência normal, pode aprender aritmética. Aritmética é algo que as crianças podem inventar, e não algo que pode ser transmitido. Se as crianças pensam, não há como não construir número, adição e subtração. Se matemática é tão difícil para muitas crianças, é porque ela lhes é imposta, sem qualquer consideração pela forma em que aprendem ou pensam. (KAMII e DECLARK 2002, p. 63).
Sendo a escola e a ferramenta professor a ponte entre o conteúdo e o aluno, é muito provável que sua maneira de ensinar influencie diretamente a maneira de o aluno aprender e de pensar a Matemática. É algo preocupante, pois que será dos estudantes se não houver coerência entre os principais objetivos do Ensino da Matemática no Ensino Fundamental e a prática docente desse ensino? 
Existem razões fortes para que as concepções dos professores (as suas crenças, visões e preferências) acerca da Matemática e do seu ensino joguem um papel importante, afetando a sua eficácia como principais mediadores entre o conteúdo e os alunos. Se os padrões de comportamentos característicos dos professores são na verdade uma função das suas visões, crenças e preferências acerca da disciplina e do seu ensino, então qualquer tentativa para melhorar o ensino de Matemática deve passar pela compreensão das concepções dos professores e como elas estão relacionadas com as suas práticas. (THOMPSON, 1984, p. 105 - 6)
É necessário que o professor tenha um vasto conhecimento sobre a disciplina com a qual trabalha que pesquise a respeito de sua origem e como ela evoluiu através da história, quais são os conceitos mais importantes e princípios a serem considerados, para que possa sentir-se à vontade e poder dar melhor atenção aos seus alunos, conhecê-los mais de perto no sentido de dirimir suas dúvidas e levá-los a superar suas dificuldades e hábitos, enfim, a aprender.
Sabemos que os educadores de matemática sem formação, sempre tiveram, dificuldade em ensinar a disciplina aos alunos em sala de aula e com isso a aceitação por parte dos alunos ficou ainda mais difícil. O aluno por certo se sente bem quando estuda as características de seu país, de seu estado, de sua cidade, de seu corpo e suas mudanças, pois faz ligação direta com a realidade vivida, enquanto que ao deparar-se com assuntos de matemática, não sabe como relacionar o conteúdo da sala de aula com seu contexto social, mas, se não sabe, é porque não foi ensinado ou não lhe foi permitido fazer esta ligação. O papel de orientador e facilitador do professor deveria contemplar a construção desta ponte entre o estudado e o vivido, mas de fato, não é o que acontece.
Infelizmente, os professores nem sempre sabem porque determinado conteúdo matemático está sendo abordado no livro e simplesmente tentam transmiti-lo ao aluno através do processo de memorização, desconsiderando a origem dessa ciência que sempre foi servir o homem em sua vida. Neste sentido, se os alunos não conseguem aprender os conteúdos de Matemática, tem-se que refletir sobre a didática do professor em sala de aula. Está reconhecendo a importância da contextualização da Matemática para o aprendizado do aluno? Contextualização não apenas da evolução histórica desta ciência, mas, sobretudo, da vida diária do aluno, respeitando sua cultura, os seus valores, enfim, a vivência do aluno. (Manual de Metodologia do Desenvolvimento da Pesquisa, UEA 2003, p.37) 
Existem muitas metodologias, teorias, exemplos de experiências em matemática que poderiam ser usadas por outros professores em outras escolas, que de uma certa forma ajudaria na adequação da matemática e de que despertasse nos alunos o gosto pela disciplina e conseguissem gostar e assimilar todo os conteúdos ministrados. Ainda quanto à importância da concepção e da prática pedagógica ostentada por professores sobre Matemática, a grande maioria ensina da maneira que aprendeu há anos atrás, não relacionando a Matemática de sala de aula com a Matemática de casa, da rua, do mercadinho, permanecendo na ideia de que esta é uma ciência para alguns, que por terem certa facilidade, aprendem com rapidez os cálculos e fórmulas matemáticas, tornando-se assim os “melhores alunos”, dignos de louvor por suas performances com os números. Esta atitude tem prevalecido nas salas de aula décadas a fio, pois são poucos os alunos que chegam a assimilar matemática da forma como vem sendo ensinada, e, quando isso acontece o professor pensa que aquele aluno é extraordinário e serve de exemplo para os demais, propiciando um ambiente desfavorável na relação professor-aluno e vice-versa. 
“O primeiro aspecto considerado se refere à visão da Matemática que em geral norteia o ensino: considera-se a Matemática como uma área do conhecimento pronta, acabada, perfeita, pertencente apenas ao mundo das ideias e cuja estrutura de sistematização serve de modelo para outras ciências. A consequência dessa visão em sala de aula é a imposição autoritária do conhecimento matemático por um professor que, supõe-se, domina e o transmite a um aluno passivo, que deve se moldar à autoridade da “perfeição científica”. Outra consequência e, talvez, a de resultados mais nefastos, é a de que o sucesso em Matemática representa um critério avaliador da inteligência dos alunos, na medida em que uma ciência tão nobre e perfeita só pode ser acessível a mentes privilegiadas, os conteúdos matemáticos são abstratos e nem todos têm condições de possuí-los”. (CARVALHO, 2001, p. 15).
 Várias são as influências que existem na relação aluno e matemática que de certa maneira pode contribuir e prejudicar. O relacionamento professor x aluno, aluno x professor, resulta na formação de opiniões, construção de ideias e posicionamentos frente à disciplina estudada, que podem continuar com o discente por longos anos. Estas influências podem ser positivas e negativas, por isso, é necessário inquirir sobre o que o aluno pensa da Matemática, uma vez que esta visão é fruto, em grande parte, da concepção docente da disciplina. É preciso que se renove sempre a maneira de pensar, pois se a Matemática surgiu para atender às necessidades do homem, e o homem é um ser dinâmico, em constante mudança, logo, sempre enfrentará novas mudanças e desafios, pois é um ser complexo, vivendo entre milhares de outros da mesma espécie, mas de culturas, costumes, economia diferentes, com os quais tem que interagir e buscar sempre soluções práticas para os problemas inéditos. 
A essa visão da Matemática se contrapõe aquela que considera o conhecimento uma constante construção e os indivíduos, no processo de interação social com o mundo, reelaboram, complementam complexificam e sistematizam os seus conhecimentos. Essa aquisição de conhecimentos lhes permite transformar suas ações e, portanto, alterar suas interações com esse mesmo mundo em nível de qualidade. Assim, a sala de aula não é o ponto de encontro de alunos totalmente ignorantes com o professor totalmente sábio, e sim um local onde interagem alunos com conhecimento do senso comum, que almejam a aquisição de conhecimentos sistematizados, e um professor cuja competência está em mediar o acesso do alunoa tais conhecimentos. (CARVALHO, 2001, p. 15).
A matemática é uma disciplina muito difícil e pouco admirada, por ser objetiva, se torna uma didática muito desfavorecida pela classe dos alunos, por não haver caminhos para sua resolução, e os alunos acabam ficando desmotivados pela forma de como ela é ministrada por educadores sem nenhuma criatividade. Neste ponto, coloca-se a questão do ensino de matemática na maneira como é efetivado em sala de aula, formar cidadãos críticos e reflexivos ou apenas alienar pessoas, passando-lhes um aspecto frio e neutro, que não ajuda o aluno a enxergar o que acontece em seu redor, interagir com seu meio, entender melhor sua vida, economia, situar-se melhor na sociedade, com maior consciência dos fatos do cotidiano e comprometimento com mudança do status. Ou se forma para a cidadania ou para a exclusão e alienação, não havendo meio termo. 
Eu passei a acreditar que o ensino de matemática, assim como o ensino de qualquer outro assunto nas escolas, é uma atividade “política”. Este ensino ajuda, de um lado, a criar atitudes e modelos intelectuais que, por sua vez, ajudarão os estudantes a crescer, desenvolver-se, ser crítico, mais perspectivo e mais envolvido, assim, tornar-se mais confiante e mais capaz de ir além das estruturas existentes; de outro lado, pode-se produzir estudantes passivos, rígidos, tímidos e alienados. Parece não existir nenhum ponto neutro entre essas duas formas de ensinar. (FASHEH apud EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA, 1999).
A questão das dificuldades relacionadas com a aprendizagem de matemática diz respeito antes de tudo ao desenvolvimento da capacidade cognitiva e a atividade pedagógica na forma como se apresenta em sala de aula. Precisamos então buscar suporte científico para entender como se dá, em primeiro lugar, a aprendizagem na vida da criança, como nós aprendemos, que operações materiais e mentais realizamos para aprender algo, e, em se tratando da complexidade da matemática, o que deve ser levado em consideração no ato de ensinar esta disciplina. Piaget (1973) recomenda três princípios para o ensino-aprendizagem de matemática
 Os PCN’s (1997, p.48-49) destacam o aspecto do desafio que os jogos provocam nos alunos e do interesse e prazer que geram neles. Defendem ainda a prática dos jogos no ambiente escolar e lançam sobre o professor a responsabilidade de analisar e avaliar a aplicabilidade educativa que têm na sua área de atuação. Muitos professores sequer utilizam os jogos em sala de aula, ou por desconhecer sua utilidade e eficiência ou por entenderem que não é algo que deva ser feito em sala de aula, pois já existem formas tradicionais de se ensinar e que sempre “funcionaram”. Porém, a despeito do que pensam e fazem os que não se aplicam à pesquisa, nem ao melhoramento de sua prática, muitos são os benefícios de se trabalhar, adequadamente, com jogos no ensino-aprendizagem de Matemática.
Os jogos no ensino de matemática estimulam não só os raciocínios lógicos matemático, como também proporcionam a interação e o confronto entre as diferentes formas de pensar, seu uso pode tornar-se uma estratégia didática quando são bem planejadas no intuito de alcançar os objetivos predeterminados e extrair do jogo atividades que lhe são decorrentes.
O jogo é um dos elementos fundamentais na educação infantil porque sendo uma das principais necessidades da criança lhe fornece motivações que a levem a agir, no sentido de aprender determinado conteúdo. Ele é educativo para a criança tanto fora da escola como dentro dela, pois a atividade infantil caracteriza-se essencialmente pelo jogo.
A experiência tem demonstrado que quando se utilizam jogos com materiais concretos, os impulsos naturais da criança são estimulados contribuindo para que a mesma retorne à escola com muita alegria.
Os jogos são utilizados de modo a incentivar o desenvolvimento da autonomia, que constitui elemento fundamental na educação, notadamente em sala de aula de Matemática, onde são muito importantes os jogos de construção, treinamento e aprofundamento e jogos estratégicos. (Manual de Met. e Prát. de Ensino de Matemática - UEA 2004, p. 23)
Devemos buscar soluções e formas concretas para ensinar a matemática em sala de aula, para evitar o erro na aplicação dos conteúdos ministrados.Na verdade, os estudantes sempre têm dificuldades quando se trata de resolução de problemas, pois este tipo de técnica só lhes é apresentado como exercícios isolados ou em atividades avaliativas, quando deveriam estar presentes com maior frequência no dia-a-dia dos alunos, do modo a possibilitar-lhes maior interação e um aprendizado para a vida, contemplando sua realidade e fazendo ligação entre os vários assuntos de Matemática, evitando assim a fragmentação, e se aplicando em outras disciplinas do currículo escolar. A velha prática de trabalhar primeiro o conceito e depois partir direto para os exercícios precisa agora dar lugar a uma forma diferente de ensinar Matemática, é preciso criar situações de aprendizagem onde o aluno possa entender o que está estudando enquanto raciocina para resolver situações problemas em parceria com seus colegas, descobrindo caminhos para aprender de uma maneira diferente, aprender Matemática fazendo Matemática.
No ensino tradicional da Matemática, parte-se das definições e exercita-se o cálculo. A proposta dos PCN’s é inversa: extrair os conceitos a partir da resolução do problema. Assim, a criança vê significado no aprendizado. Além disso, a construção da matemática por meio da resolução de problemas exercita algumas estratégias de aprendizagem, como a intuição, a tentativa e erro, e a validação. No entanto, não são quaisquer problemas, e sim aqueles em que o aluno tenha de construir uma solução; e que esta solução não esteja pronta de antemão. Em síntese, os educadores matemáticos querem “descomplicar” o ensino da disciplina, valorizando o uso social da matemática, ou a matemática do dia-a-dia, ou ainda a Matemática com significado. (Manual de Met. e Prát. de Ensino de Matemática UEA 2007, p.12)
Devemos deixar o velho hábito de ensinar a matemática de qualquer jeito, e é importante usar todos os recursos lúdicos nas aulas, porque só assim conseguiremos atrair a atenção e com isso o conhecimento e o gosto pela matemática mudará. É de muita valia que o aluno conheça as origens do pensamento matemático, como surgiu a matemática, como se deu sua evolução através dos tempos, enfim, cabe ao professor usar esta técnica no sentido de desmistificar a disciplina para um público que a ver apenas como números, formas e fórmulas e também para ele, professor, que talvez não tenha tido a oportunidade de conhecer melhor a história da Matemática, é de muita relevância em vários sentidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto concluiu-se que o processo de ensino-aprendizagem de matemática não está sendo bem aplicada nas escolas. E que os professores ainda ostentam uma concepção tradicional e equivocada de que é possível transmitir matemática. Ainda que tenham formação adequada tentam abraçar metodologias emergentes, mas sem sucesso, pois lhes falta aprofundamento no conhecimento da origem das novas técnicas de ensino da disciplina e das melhores maneiras de como utilizá-los em sala de aula. Neste sentido, prevalece a visão, por exemplo, de que a simples manipulação de materiais concretos dará conta da aprendizagem dos alunos, o que caracteriza uma desvalorização das relações intra e interpessoais como meio de facilitação da aquisição do raciocínio lógico-matemático.
 A metodologia básica dos professores consiste em apresentar os conceitos contidos no livro didático, partindo em seguida para a resolução de exercícios no intuito de “fixar” o assunto dado a fim de prepará-lo para a “prova”, isto é, uma avaliação classificatória que está baseada prioritariamente na aquisição de nota suficiente para promoção de série. Não recorrem a recursos importantes como a história da Matemática, o que poderia ser de grande valia na desmistificação da disciplina, favorecendo-lhe o statusde “alienígena”. Os docentes por certo reconhecem sua necessidade de atualização e formação adequada e contínua, mas também são vítimas do descaso pela educação superior no Estado e frutos da tradicional educação que receberam de seus professores no curso de Magistério, a qual naturalmente reproduzem em sala de aula.
 Percebemos que para o aluno ainda é propagada a imagem da Matemática vilã, difícil e reprovativa e que muito pouco tem a ver com sua realidade histórico-cultural, promovendo o afastamento do discente de uma área de vital importância para sua formação cidadã. Muitos alunos não gozam de bom relacionamento com o professor que lhes chama atenção, melhor dizendo lhes dão bronca, quando não conseguem entender ou resolver os exercícios arbitrados pelo docente em seguida às explicações dos conceitos do assunto, chegando alguns deles a dizer que não gostam da maneira como são tratados em sala de aula.
Diante das dificuldades encontradas, entendemos que é necessário mudar muita metodologias com o objetivo e sentido de despertar o interesse dos alunos pela disciplina de Matemática, buscando juntamente com os professores, introduzir novas metodologias de ensino, lançando mão de recursos diferentes, no intuito de deixar claro para o aluno que esta não é uma disciplina abstrata, mas que surgiu da necessidade de o homem resolver seus problemas, dando assim maior significância para o estudante, que passará a ver Matemática com outros olhos. 
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática, vol.3. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CARVALHO, Dione Lucchesi de. Metodologia do Ensino de Matemática. 2 ed. rev. São Paulo: Cortez, 2001. Pág 33 (Coleção Magistério 2º Grau. Série Formação do Professor). 
FASHEH-APUD Dilemas e dificuldades de professores de Matemática. Disponível em: <http://www.ipv.pt/millenium/ Millenium_20.htm> Acesso em: 22 jan. 1998. PÁG.21
FURTH, H. G. Piaget na sala de aula. Trad. de Donaldson M. Garschagen. Rio de Janeiro: Forense Univ., 1974 PÁG. 101
FREIRE, Luiz Márcio. Brincando com números. São Paulo: Scipione, 1990.PÁG 104
KAMII, Constance; DECLARK, Geórgia. Reinventando a Aritmética: implicações da teoria de Piaget. Tradução Elenisa Curt; Marina Célia Moraes Dias; Maria do Carmo Domith Mendonça. 17 ed. Campinas: SP: Papirus, 2002. 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS. Manual de Metodologia e Prática de Ensino de Matemática. Manaus: 2004.
_____________. Manual de Metodologia do Desenvolvimento da Pesquisa. Manaus: 2003
_____________. Manual de Pesquisa e Prática Pedagógica I. Manaus: 2002.
_____________. Manual de Pesquisa e Prática Pedagógica II Manaus: 2003
SELTER, Morais; NETO, Hermínio Borges. Avaliação do desempenho no processo de cálculo diferencial e integral<http://www.multimeios.ufc.br/producao_cientifica/pdf/artigos/artigo-avaliacao-do-desempenho-no-processo-de-ensino-aprendizagem.pdf> Acesso em 12 .1997.pág.07 
SERRAZINA, Zeneide. Eu gosto de matemática. São Paulo: Nacional, 1999. pág 32 
THOMPSON. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação do Ensino Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais, Brasília, 1984 pág.105-6

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