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DIREITO PENAL I - PLANO DE AULA 02 - PRINCÍPIOS

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Professor – Fabio Alexandre Sombrio 
 
 
Página 1 de 4 
 
PLANO DE AULA 
DIREITO PENAL I 
2ª AULA 
 
 
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL 
 
 
 
1. CONCEITO DE PRINCÍPIO 
 
"são os valores fundamentais que inspiram a criação e a manutenção do sistema 
jurídico". 
 
2. PRINCÍPIOS EM ESPÉCIE 
 
a. Legalidade, reserva legal ou estrita legalidade 
 
 Previsto no artigo 5º, XXXIX da Constituição Federal e artigo 1º do Código 
Penal. 
nullum crimem nulla poena sine lege 
 Não há crime sem que a lei assim estabeleça. 
 
b. Anterioridade 
 
 Previsto no artigo 5º, XXXIX da Constituição Federal e artigo 1º do Código 
Penal. 
 O crime e sua respectiva pena devem estar definidos em lei prévia ao fato 
cuja punição se pretende. 
 
 
c. Intervenção mínima 
 
 
 Baseia-se na Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, cujo 
art. 8° determina que a lei só deve prever as penas estritamente necessárias. 
A intervenção mínima tem como ponto de partida a característica da 
fragmentariedade do Direito Penal; somente haverá direito penal naqueles raros 
Professor – Fabio Alexandre Sombrio 
 
 
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episódios típicos em que a lei descreve um fato como crime; ao contrário, quando 
ela nada disser, não haverá espaço para atuação criminal. 
Por outro lado, esta seleção, a despeito excepcional, é feita sem nenhum método 
científico, atendendo apenas aos reclamos momentâneos da opinião pública, da 
mídia e das necessidades impostas pela classe dominante; além disso, as 
descrições são abstratas, objetivas e impessoais, alcançando uma gigantesca 
gama de situações bem diversas entre si. 
A imperfeição não decorre da construção abstrato do tipo, mas da 
fragmentariedade do sistema criminalizador, totalmente dependente de previsões 
genéricas, abstratas e abrangentes, incapazes de , por si sós, distinguir entre fatos 
relevantes e os irrelevantes que nela formalmente se subsomem; nesse triplo 
problema – déficit do sistema tipificador, diversidade cultural e abrangência 
demasiada de casos concretamente diversos, mas abstratamente idênticos – o 
caráter fragmentário do Direito Penal, ficando a indagação de como solucionar, 
por meio de descrições pontuais e abstratas, todos os variados problemas reais. 
Com isso a resposta se impõe com o reconhecimento da existência da 
fragmentariedade e da necessidade de empregar critérios reparadores das falhas 
de todo sistema, dentre os quais a intervenção mínima. 
 
 
 
d. Fragmentariedade 
 
 Só se configuram ilícitos penais aqueles que atentam contra valores 
fundamentais para a manutenção e o progresso do ser humano e da 
sociedade. 
 
e. Subsidiariedade 
 
 Ultima ratio. 
 O Direito Penal atua apenas quando os outros ramos do direito e os demais 
meios estatais de controle social tiverem se revelado impotentes para o 
controle da ordem pública. 
Professor – Fabio Alexandre Sombrio 
 
 
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f. Insignificância 
 
 Bagatela (fútil). 
 Causa de exclusão da tipicidade. 
 São elementos que o integram: 
 Mínima ofensividade da conduta; 
 Ausência de periculosidade social da ação ; 
 Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; 
 Inexpressividade da lesão jurídica; 
 
g. Individualização da pena 
 
 Previsto no artigo 5º, XLVI da Constituição Federal. 
 Aplicação da pena levando em consideração os aspectos objetivos e subjeti 
vos do crime. 
 Três planos: 
 Legislativo - tipo e pena; 
 Judicial - aplicação da pena; 
 Administrativa - execução da pena; 
 
h. Alteridade 
 
 Proíbe a incriminação de atitude meramente interna do agente, bem como 
do pensamento ou de condutas moralmente censuráveis, incapazes de 
invadir o patrimônio jurídico alheio. 
 
i.Confiança 
 
 Baseia-se na premissa de que todos devem esperar por parte das demais 
pessoas comportamentos responsáveis e em consonância com o 
ordenamento jurídico. 
 
j. Adequação social 
 
 Não pode ser considerado criminoso o comportamento humano que, embora 
tipificado em lei, não afrontar o sentimento social de justiça. 
 
k. Proporcionalidade 
 
 A limitação da liberdade individual só se justifica para a concretização de 
interesses coletivos superiores. 
 Constitui uma barreira impositiva de limites do legislador. 
Professor – Fabio Alexandre Sombrio 
 
 
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l. Humanidade 
 
 Declaram inconstitucionais os tipos penais ou penas que violem a 
incolumidade física ou moral de alguém. 
 
 
m. Ofensividade ou lesividade 
 
 Não há infração penal quando a conduta não tiver oferecido ao menos 
perigo de lesão ao bem jurídico.

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