Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Delta – Mantida pelo IUNI Educacional - UNIME Curso de Enfermagem INTRODUÇÃO A BIOSSEGURANÇA Salvador - BA 2020.2 1 PROFESSORA: KELLY CRUZ PIMENTEL SAMPAIO Enfermeira, Mestranda em Enfermagem, Programa de Pós-Graduação Enfermagem da Universidade Federal da Bahia (PPGENF/UFBA). Especialização em Terapia Intensiva – UNINTER Coordenadora do curso de Enfermagem – Unime Salvador O QUE É RISCO? ❖ RISCO pode ser definido como uma condição biológica, química ou física que apesenta potencial para causar DANO ao trabalhador, produto ou ambiente. ❖ Risco – indica a própria ideia/probabilidade de perigo e a possibilidade de ocorrência. ENSINO E PESQUISA E SEUS RISCOS ❖Ensino e pesquisa são atividades que proporcionam situações singulares: ✓Professor ✓Cientista ✓Técnico ✓Estudante ✓Outros profissionais envolvidos; VESTIMENTA ❖LABORATÓRIO: ❖HOSPITAL: ❖FARMÁCIA: O que é BIOSSEGURANÇA? SEGURANÇA VIDA ❖ BIOS – vida ❖SEGURANÇA - é a percepção de estar protegido de riscos, perigos ou perdas. Biossegurança é a ciência voltada para a minimização de riscos advindos da prática. BIOSSEGURANÇA ❖ “O conjunto de ações destinadas à PREVENÇÃO, PROTEÇÃO, CONTROLE ou ELIMINAÇÃO de riscos que possam interferir ou comprometer a qualidade de vida ou a saúde do trabalhador, minimizando os riscos inerentes às atividades de: ✓ Pesquisa; ✓ Produção; ✓ Ensino; ✓ Desenvolvimento tecnológico ✓ Prestação de serviços, ❖ Visando à saúde do homem, dos animais, à preservação do meio ambiente e à qualidade dos resultados. 6 BIOSSEGURANÇA ❖Princípio da biossegurança: ✓ A contenção e o manejo do risco como estratégia de minimizar os riscos. ❖ Inexiste o risco zero para qualquer atividade no campo das ciências da vida; 7 BIOSSEGURANÇA ❖Precauções universais (nacional e internacional) adotadas pelos profissionais da saúde (envolvidos na assistência aos pacientes independente da doença diagnosticada). ❖Utilização das precauções como forma de não se infectar (Hepatite B e C, HIV/AIDS, sífilis, influenza). 8 BIOSSEGURANÇA ❖Biossegurança no Sistema de Saúde o foco normalmente está relacionado ao agente biológico, consideração a saúde do trabalhador. ❖Agentes químicos, físicos e sociais; ❖Formalização de protocolos; ❖Formação de recursos humanos e fontes de financiamento, que devem estar contemplados na política nacional de biossegurança em saúde. 9 BIOSSEGURANÇA ❖Responsabilidade do profissional envolvido em atividades que manipulam agentes biológico, químico e físico; ❖Não se limita as ações de prevenção de riscos derivados de sua atividade específica; 10 ✓Mas do colega que trabalha ao seu lado; ✓Do técnico; ✓E de outras pessoas que participam direta ou indiretamente envolvida na atividade; Norma Regulamentadora nº 32 ❖ NR 32- Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde: ✓ Abrange riscos (químico, físico, biológico, radioativo, ergonômico, etc.); ✓ Legislação do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM) que estabelece medidas para proteger a segurança e a saúde dos trabalhadores de saúde, ✓ OBJETIVO é prevenir acidentes e o adoecimento causado pelo trabalho nos profissionais da saúde, eliminando ou controlando as condições de riscos presentes nos Serviços de Saúde 11 Norma Regulamentadora nº 32 12 ❖ Todo trabalhador dos serviços de saúde deve: ✓ Obrigatoriedade da vacinação do profissional de saúde/enfermagem (tétano e difteria (DT) e hepatite B. ✓ Além disso, sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão expostos, o empregador deve fornecê-las gratuitamente (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO) Norma Regulamentadora nº 32 ❖ Recomenda-se ler atentamente o que diz a NR-32 quanto aos riscos BIOSSEGURANÇA ❖Biossegurança - está em todos os lugares: ✓ Ambiente hospitalar ✓ Residências (ao descartar materiais infectantes no lixo comum), ✓ Ambiente de trabalho ✓ Laboratórios ✓ Universidades 14 Fatores que influenciam na biossegurança ❖Falta de material para realizar os procedimentos de forma correta; ❖Ambiente de trabalho insalubre; ❖Sobrecarga de trabalho pode levar os profissionais a cometer erros, refletindo na qualidade dos serviços. 15 16 ❖ Como posso contribuir para a criação de um ambiente favorável relacionado à biossegurança em saúde? ❖ Por que é importante abordar este assunto, nesta disciplina? HISTÓRICO DA BIOSSEGURANÇA 17 BIOSSEGURANÇA ❖ Emmett Barkley em 1980 - cria o símbolo de biorrisco: ✓Objetivo de identificar e alertar sobre a presença de risco de origem biológica; ✓Foi apresentado pela primeira vez na capa da primeira edição do manual de Biossegurança do controle de doenças; 18 ✓Símbolo Universal do risco biológico - representa as três objetivas de um microscópio; BIOSSEGURANÇA ❖Em 1984 – surgem os primeiros manuais de biossegurança: ✓Como códigos norteadores de condutas e práticas adequadas que possibilitem o controle e a minimização do risco; 19 RELEVÂNCIA DA BIOSSEGURANÇA ❖Minimizar riscos; ❖Prevenir infecções; ❖Evitar acidentes; ❖Busca garantir a segurança dos trabalhadores; ❖Proteção da saúde; 20 PRÁTICA DO ENFERMEIRO ❖ Deve estar preocupado em minimizar os riscos provenientes do exercício profissional, ❖Preparar-se para reconhecê-los dentro da unidade e, através da educação continuada; ❖Montar estratégias para diminuir ou eliminar esses riscos, fornecendo este saber como forma de proteção do ambiente e da saúde do trabalhador. 21 22 LEIS E NORMAS REGULAMENTADORAS DE BIOSSEGURANÇA LEGISLAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA ❖ O que diz a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988? 23 ❖Art. 225. ✓ “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” LEGISLAÇÃO EM BIOSSEGURANÇA ❖Constituição Federal (1988): 24 § 1º - Incumbe ao Poder Público: V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; BIOSSEGURANÇA ❖Lei 11.105/2005 tem como diretrizes: ✓ O estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia; ✓ A proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal; ✓ A observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente. 25 TÉCNICA DE HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS E COLOCAÇÃO E RETIRADA DE LUVAS ESTÉREIS. 26 HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE ❖ A higiene das mãos (HM) é amplamente reconhecida como uma das principais estratégias para a prevenção das infecções relacionadas à assistência à saúde – IRAS (PRICE et al., 2018). O termo HM engloba a higiene simples, a higiene antisséptica e a antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos (BRASIL, 2007). ❖ A correta HM em serviços de saúde tem sido foco de especial atenção para a prevenção da disseminação de micro-organismos, especialmente os multirresistentes, muitas vezes veiculados pelas mãos dos profissionais de saúde (BRASIL, 2009). 27 HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE A melhoria sucedida e sustentada da adesão às práticas de higiene das mãos em serviços de saúde pode ser alcançada por meio da implementação da estratégia multimodal da Organização Mundial de Saúde (OMS) que objetiva a melhoria da HM e engloba quatro componentes que formam a estratégia multimodal ou multifacetada: ❖ mudança de sistema, envolvendo a disponibilização da preparação alcoólica no ponto de assistência, além de pia/lavatório e sabonete líquido e água; ❖ capacitação dos profissionais para os cinco momentos; ❖ observação das práticas de HM e retorno de indicadores de adesão à equipe; 28 HIGIENE DAS MÃOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE ❖ lembretes e cartazes no local de trabalho e estabelecimento de um clima de segurança, com apoio expresso da alta direção e líderesdos serviços de saúde. Ressalta-se que as mãos devem ser higienizadas com o produto apropriado em momentos essenciais e necessários, ou seja, nos cinco momentos para a higiene das mãos, de acordo com o fluxo de cuidados assistenciais para a prevenção das IRAS causadas por transmissão cruzada pelas mãos: ❖ antes de realizar procedimento limpo/asséptico; ❖ antes de tocar o paciente; ❖ após risco de exposição a fluidos corporais; ❖ após tocar o paciente e após contato com superfícies próximas ao paciente. 29 30 31 COLOCAÇÃO E RETIRADA DE LUVAS ESTÉREIS ❖ É a maneira adequada de calçar e retirar as luvas utilizadas para a realização de procedimentos estéreis. ❖ FINALIDADE: Evitar a transmissão de patógenos ao paciente pelo contato direto ou indireto, prevenindo infecções hospitalares. A técnica correta de retirada também previne contaminação do profissional. ❖ INDICAÇÕES: Em todos os procedimentos que exijam técnica estéril. 32 COLOCAÇÃO E RETIRADA DE LUVAS ESTÉREIS Procedimento para calçar as luvas: ❖ Retirar anéis, pulseiras e relógio; ❖ Realizar a higienização das mãos; ❖ Afastar-se do campo estéril; ❖ Abrir a embalagem das luvas sem contaminá-las, tocando apenas a parte externa do pacote; ❖ Levantar a luva a ser calçada com a mão oposta, fazendo uma pinça com o polegar e indicador, e tocando somente na parte inferior da dobra do punho; 33 COLOCAÇÃO E RETIRADA DE LUVAS ESTÉREIS Procedimento para calçar as luvas: ❖ Calçar a luva com a palma da mão voltada para cima e os dedos unidos, mantendo a distância do campo estéril, do próprio corpo e de qualquer fonte de contaminação; ❖ Colocar os dedos da mão enluvada (exceto o polegar) na parte interna da dobra do punho da segunda luva, expondo sua abertura; ❖ Palma da mão voltada para cima; ❖ Desfazer a dobra do punho com os dedos unidos e tocando somente na parte interna da dobra do punho. ❖ Ajustar as luvas. 34 35 COLOCAÇÃO E RETIRADA DE LUVAS ESTÉREIS Procedimento para retirar as luvas: ❖ Manter as luvas contaminadas com os dedos voltados para baixo. ❖ Com a mão oposta enluvada, segurar a face externa da luva, na altura do punho . ❖ Tracionar a luva para retirá-la da mão, virando-a pelo avesso ❖ Prender a luva na mão que ainda está enluvada; ❖ Segurar a face interna da luva da outra mão, com a mão desenluvada, na altura do punho. ❖ Tracionar a luva com o mesmo movimento anterior, retirando-a de forma que uma luva permaneça dentro da outra e o lado contaminado para dentro; ❖ Desprezar as luvas. ❖ Realizar a higienização as mãos. 36 37 38 ‘‘Pesquise Mais!”’ ❖HIRATA, Mario Hiroyki; HIRATA, Rosario Dominguez Crespo; MANCINI FILHO, Jorge. Manual de Biossegurança. 2ª ed. São Paulo: Manole; 2012. ❖OLIVEIRA, Claudia dos Santos. Livro de Habilidades UNIME. Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2016. 208 p. REFERÊNCIAS Leia a NR-32 39 • Divisão do grupo para apresentação - seminários 40
Compartilhar