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Envelhecimento - Problema 4 - Pneumonia (Fisiopatologia, Clínica, Diagnóstico, Tratamento)

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Thaís Pires 
1 
Problema 4 
1. Conceituar Atividades da vida diária (AVD); 
Atividades da vida diária (AVD) são tarefas básicas de autocuidado, parecidas com as habilidades que 
aprendemos na infância, que incluem: 
• Alimentar-se 
• Ir ao banheiro 
• Escolher a roupa 
• Arrumar-se e cuidar da higiene pessoal 
• Manter-se continente 
• Vestir-se 
• Tomar banho 
• Andar e transferir (por exemplo, da cama para a cadeira de rodas) 
As atividades de vida diária são geralmente mencionadas por profissionais de geriatria e gerontologia, 
geralmente em relação a atividades instrumentais de vida diária, que são um pouco mais complexas 
 
Atividades instrumentais da vida diária (AIVD) são habilidades complexas necessárias para se viver de 
maneira independente, geralmente aprendidas durante a adolescência e incluem: 
 
• Gerenciar as finanças 
• Lidar com transporte (dirigir ou navegar o transporte público) 
• Fazer compras 
• Preparar refeições 
• Usar o telefone e outros aparelhos de comunicação 
• Gerenciar medicações 
• Manutenção das tarefas domésticas e da casa 
 
Juntas, as AVDs e AIVDs representam as habilidades que as pessoas geralmente precisam ter para viver como 
adultos independentes. 
 
Médicos, especialistas em reabilitação, assistentes sociais e outros profissionais envolvidos com a saúde do 
idoso geralmente avaliam as AVDs e AIVDs como parte da avaliação funcional do idoso. A dificuldade em 
se manejar as AIVDS é particularmente comum na doença de Alzheimer e em outras demências. Avaliar as 
AIVDs pode ajudar numa avaliação diagnóstica, bem como determinar que tipo de assistência um idoso 
necessita no dia a dia. 
 
2. Estudar a pneumonia e os seus determinantes em pacientes acamados; 
 Pneumonite X Pneumonia – significa INFLAMAÇÃO AGUDA, de natureza infecciosa ou não, localizada 
no parênquima pulmonar → quando há uma INFECÇÃO, seja bacteriana seja viral, convencionou-se a 
chamar de PNEUMONIA → em um âmbito histopatológico, significa preenchimento do espaço alveolar por 
infiltrado necroinflamatório, i.e., os alvéolos encontram-se ocupados por leucócitos e exsudato purulento/ 
Frequente nos idosos, há a PNEUMONITE ASPIRATIVA, que é uma lesão pulmonar aguda causada por 
macroaspiração de líquidos nocivos, geralmente do conteúdo gástrico → apresenta um surgimento 
repentino, sendo que 25% desses pacientes irão desenvolver PNEUMONIA BACTERIANA do 2º ao 7º dia 
subsequente à aspiração 
 A resposta química inflamatória pulmonar da pneumonia e pneumonite resulta em SINTOMAS 
SEMELHANTES (febre, taquipneia, tosse, alterações respiratórias) – o determinante para diagnóstico é a 
PROGRESSÃO DO QUADRO CLÍNICO 
Thaís Pires 
2 
 
Para fins terapêuticos, é importante que as pneumonias sejam classificadas conforme o LOCAL DE 
AQUISIÇÃO, PRESENÇA DE COMORBIDADES e CONDIÇÃO IMUNOLÓGICA DO HOSPEDEIRO 
 
Conforme houve o aumento no número de pcts assistidos FORA DO AMBIENTE hospitalar (hemodiálise, 
quimio), foi proposta uma classificação para as infecções adquiridas fora do hospital – as pneumonias 
comunitárias, então, são divididas em VERDADEIRAS (sem contato recente com serviços de saúde) e as 
RELACIONADAS COM OS SERVIÇOS DE SAÚDE 
 Essa relacionada com os serviços de saúde inclui os indivíduos que recebiam terapia enteral ou 
parenteral, terapia renal substitutiva, quimioterapia até 30 dias antes de adquirida a infecção ou que 
tenham sido hospitalizados nos últimos 90 dias por 2 ou mais dias / Geralmente, os pcts com pneumonia 
relacionada ao serviço de saúde são mais IDOSOS, apresentam mais comorbidades, maior frequência de 
pneumonia aspirativa e pior prognóstico do que aqueles com pneumonia verdadeira 
 
As pneumonias adquiridas no hospital são aquelas que ocorrem 48h ou mais APÓS A HOSPITALIZAÇÃO, 
associada à nova imagem radiológica e 2 dos seguintes sinais: febre, leucocitose ou secreção purulenta / 
Essa adquirida no hospital pode ser classificada em NOSOCOMIAIS DE INÍCIO PRECOCE (2 a 4 dias após 
Thaís Pires 
3 
internação) e de INÍCIO -TARDIO (5 ou mais dias após hospitalização – mais frequentemente causadas por 
bactérias multirresistentes) 
 
 Epidemiologia – É a maior causa de morte por doenças infecciosas no mundo / a epidemiologia da 
PAC varia de acordo com a localização geográfica, ambiente em que se dão os cuidados de saúde e população 
estudada → a incidência aumenta com a idade = hospitalização de 3,6 a 8,5 : 1000 pessoas com PAC até 65 
anos – após essa idade, há um aumento para 13,4 : 1000 pessoas 
A incidência da pneumonia aumenta durante os surtos de gripe 
 
O avanço da medicina trouxe uma série de mudanças que paradoxalmente fortaleceram a pneumonia, 
como 
• Aumento da expectativa de vida, que aumentou a porcentagem de idosos, grupo mais 
frequentemente acometido 
• Aumento da sobrevida média de algumas patologias debilitantes, como neoplasias, DPOC, 
IC 
• Aumento do uso de drogas imunodepressoras 
• Uso de técnicas invasivas para suporte terapêutico 
 
 Patogenia – pode ser causada por mecanismos diferentes, como : 
• COLONIZAÇÃO DA ORO/NASOFARINGE com subsequente ASPIRAÇÃO DE 
MICROORGANISMOS, 
• INALAÇÃO DE AEROSSOIS INFECTADOS (Legionella) 
• DISSEMINAÇÃO HEMATOGÊNICA de outros locais de infecção (S aureus) 
• EXTENSÃO DIRETA DO FOCO ADJACENTE INFECTADO 
A ocorrência da pneumonia vai depender da quantidade de microorganismos, da virulência deles e das 
condições de defesa do hospedeiro – o idoso possui uma associação entre esses três eixos que favorece o 
aparecimento da infecção!!! 
 
As modificações fisiológicas da senescência no sistema imune e respiratório torna o idoso mais sucetível à 
infecção bacteriana por uma redução da função dos neutrófilos, redução da resposta adaptativa (produção 
de lif T e Ig), bem como pela diminuição da capacidade vital e da atividade mucociliar, aumento do volume 
residual, não sendo esses últimos fatores de risco ISOLADOS para pneumonia – i.e., precisam de associação 
com EXPOSIÇÃO AO FUMO ou COMORBIDADES para agravar a capacidade vital e aumentar a residual 
 
Thaís Pires 
4 
O principal fator EXTRÍNSECO que predispõe a PAC é a INFECÇÃO PELA INFLUENZA – porém pode-se citar 
também a DESNUTRIÇÃO, SARCOPENIA, ASPIRAÇÕES SILENCIOSAS, DOENÇAS PULMONARES E 
CARDIOVASCULARES 
 
1º - O primeiro passo da patogenia se dá pela COLONIZAÇÃO DOS MICROORGANISMOS na orofaringe, i.e., 
a multiplicação desses na superfície do epitélio sem entrar em contato com o meio interno, portanto não 
provoca resposta imunológica – dentre os fatores que corroboram a esse processo, destacam-se o uso 
recente de antibióticos, intubação endotraqueal, desnutrição, uso placa dentária, tratamentos que inibem 
a acidez / A colonização por Staphylococcus aureus e gram negativos (Pseudomonas, Escherichia) ocorre 
mais frequentemente em idosos com DOENÇA PULMONAR CRÔNICA, com diminuição da produção de saliva 
(medicamentos anticolinérgicos) 
 As bactérias anaeróbias são as principais colonizadoras do epitélio faríngeo e são as mesmas 
bactérias localizadas na CAVIDADE ORAL, SULCO GENGIVAL, PLACAS DENTÁRIAS, CRIPTAS DA LÍNGUA E 
AMÍGDALAS 
 
O epitélio faríngeo dos indivíduos hígidos é revestido por uma camada de fibronectina, que serve como 
receptora para a ADESÃO DE GRAM POSITIVOS AERÓBIOS → condições que alteram essa camada, como a 
idade avançada, DPOC, DM e alcoolismo podem permitir a exposição dos receptores do epitélio para agentes 
GRAM NEGATIVOS AERÓBIOS, como Haemophilus 
 
2º - O segundo passo consiste na ASPIRAÇÃO do conteúdo da naso e orofaringe, o que muitas vezes passa 
despercebido – Grande parte dos adultos saudáveis aspira durante o sono, porém o fechamento adequado 
da epiglote, a atividade mucociliar, o reflexo da tosse e a adequada função imune protegem as VAS contra 
infecções repetidas / A frequência de aspirações pode aumentar nos idosos com dificuldade de deglutição 
por doenças neurológicas (AVE, Parkinson),reflexo da tosse comprometido, presença de tubos para 
alimentação e alterações no nível de consciência 
 
Para a ocorrência de pneumonia, é preciso um desequilíbrio do sistema imune em relação à bactéria, que 
pode ser: 
• Contato do alvéolo com um agente de alta virulência 
• Contato do alvéolo com uma grande quantidade de bactérias 
• Defeito nos mecanismos de defesa do hospedeiro 
 
Geralmente, as defesas naturais do epitélio respiratório conseguem manter as vias aéreas infraglóticas 
estéreis pelo MOVIMENTO MUCOCILIAR, REFLEXO DA TOSSE E SECREÇÃO ATIVA DE IGA – Aquelas 
partículas infectantes com menos de 2 micra conseguem atingir os BRONQUÍOLOS TERMINAIS e os 
ALVÉOLOS, que são estruturas desprovidas de cílios, porém ricas em IgG e IgM – o IgG realiza a opsonização 
Thaís Pires 
5 
da partícula e permite a sua fagocitose, enquanto o IgM ativa o sistema complemento para a destruição da 
bactéria por lise 
 Se a virulência do agente for alta, ele consegue resistir a esses mecanismos de defesa, como é o caso 
do PNEUMOCOCO que possui uma cápsula polissacarídica, sendo a defesa dependente de ANTICORPOS 
ESPECÍFICOS para a bactéria, daí a importância da vacinação 
 
Padrões histopatológicos da pneumonia – Pneumonia Lobar X Broncopneumonia 
A pneumonia lobar ou pneumonia pneumocóccica foi a primeira descrita sob o ponto de vista clínico e 
histopatológico e tem como agente etiológico o Streptococcus pneumoniae, que é um gram positivo que, ao 
atingir o alvéolo, é capaz de desencadear uma REAÇÃO INFLAMATÓRIA NEUTROFÍLICA com grande rapidez 
→ a bactéria se reproduz no interior dos alvéolos e libera substâncias com efeito VASODILATADOR E 
QUIMIOTÁXICO, evoluindo em 4 fases 
 Quando há a OCUPAÇÃO TOTAL DO ALVÉOLO pelo infiltrado, chama-se de CONDENSAÇÃO 
ALVEOLAR, que, pelos poros comunicantes dos alvéolos, pode ocupar todo o LOBO PULMONAR = 
pneumonia lobar 
Já a broncopneumonia consiste na consolidação alveolar multifocal na região peribrônquica 
 
Etiologia – geralmente, o diagnóstico etiológico das pneumonias só é obtido em MENOS DA METADE DOS 
CASOS, uma vez que, principalmente nos idosos, há uma dificuldade na realização de exames, 
principalmente no que tange à produção de muco para posterior análise bacteriológica 
 
Na PAC em idosos, deve-se sempre pensar em GERMES INCOMUNS que não acometem jovens, além dos 
agentes etiológicos usuais, que são: 
 Streptococcus pneumoniae (Pneumococo) 
 Haemophilus influenzae 
 Legionella pneumphila 
 Staphylococus aureus 
 Estafilococos resistentes à meticilina (MRSA) 
 Pseudomonas aeruginosa 
 Bacilos gram-negativos 
Thaís Pires 
6 
 Quadro Clínico – o quadro clínico da PAC típica é representado pela 
PNEUMONIA PNEUMOCÓCICA 
Forma hiperaguda 2-3 dias com uma história de CALAFRIOS COM TREMORES, 
FEBRE ALTA (39°C-40°C), DOR TORÁCICA PLEURÍTICA E TOSSE PRODUTIVA 
COM EXPECTORAÇÃO ESVERDEADA 
No exame físico, pode apresentar prostração, taquipneia (FR>24ipm), 
taquicardia (FC>100bpm), hipertermia (T>38°C) 
 
Os exames laboratoriais inespecíficos geralmente revelam leucocitose 
neutrofílica entre 15000-35000/m³ com desvio para a esquerda 
 
ATENÇÃO – quanto mais idoso e mais debilitado for o pct, mais o quadro 
clínico se AFASTA DO DESCRITO – a febre pode estar ausente ou baixa, pode 
não haver tosse, expectoração purulenta e leucocitose / as vezes, o único sinal 
de pneumonia é a PROSTRAÇÃO, DESORIENTAÇÃO ou TAQUIDISPNEIA 
 
 Rx no quadro típico – antes de tudo, pode existir pneumonia com RX 
de tórax normal, o que é explicado pelo 
• Infiltrado retrocardíaco – impossibilita a visualização em PA 
• Infiltrado muito tênue para ser visualizado no RX, porém visto na TC 
• Técnica de RX incorreta 
Agora, no que diz respeito ao exame típico da PAC, encontra-se INFILTRADO 
PULMONAR geralmente alveolar broncopneumônico: MÚLTIPLAS 
CONDENSAÇÕES LOBULARES COALESCENTES / No rx percebe-se o 
BRONCOGRAMA AÉREO, resultante da diferença de densidade entre os 
alvéolos preenchidos por exsudato e os brônquios preenchidos de ar 
 
ATENÇÃO – o achado radiológico clássico de PAC, principalmente a 
pneumocócica, é o INFILTRADO ALVEOLAR BRONCOPNEUMÔNICO, porém 
nem sempre a presença desse infiltrado indica PAC!!! Pode ser edema pulmonar de ICC 
 
Diagnóstico – o diagnóstico da PACA geralmente é feito pelo quadro CLÍNICOLABORATORIAL em 
conjunto com o RX DE TÓRAX em PA e perfil; o exame do escarro pode revelar dados que corroboram o 
diagnóstico e SUGEREM O AGENTE ETIOLÓGICO 
 
1º Abordagem Inicial – vale ressaltar que existem diversas recomendações diferentes para a terapêutica, 
uma vez que o GRAU DE RESISTÊNCIA DO PNEUMOCOCO é variável de acordo com a região 
 
2º Diagnóstico Etiológico – é uma grande dúvida entre os profissionais... pesquisar ou não o agente 
etiológico? Sabe-se que o tratamento inicial inadequado pode aumentar a mortalidade! O que é 
recomendado é que só deve ser feita a pesquisa do agente etiológico caso você acredite que o resultado 
mude o ANTIBIÓTICO SELECIONADO EMPIRICAMENTE 
 
 Teste do Antígeno Urinário Pneumocócico – é rápido, simples, capaz de detectar o agente mesmo 
após o início do tratamento / tem custo elevado, não faz antibiograma, dá falso positivo em crianças com 
doença respiratória crônica colonizada pelo S pneumoniae 
 Teste do Antígeno Urinário da Legionella - 
 
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8 
 Conduta Clínica 
Ambulatório ou Internar? As diretrizes sugerem o uso de um escore de gravidade para auxiliar na decisão – 
existem dois possíveis PSI (Pneumonia Severity Index) e o CURB-65, sendo indicada a utilização desse último 
 
Pacientes com escore de 1 ou 0, que só ganhou ponto pela idade, são tratados 
AMBULATORIALMENTE – Escores de 2 ou mais indicam INTERNAÇÃO → mas 
olha o conjunto da obra, né, não foca só no número 
 A AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR deve levar em consideração a presença 
de comorbidades que podem ser descompensadas na pneumonia 
 
Internou... faz terapia intensiva? A partir da tabela, se apresentar UM CRITÉRIO 
MAIOR ou DOIS CRITÉRIOS MENORES = TERAPIA INTENSIVA 
 
Qual o tratamento? Grande parte do tratamento se faz de forma empírica, i.e., 
a partir do QUADRO CLÍNICO APRESENTADO – assim como os critérios para o 
local de tratamento, o fármaco também depende do ambiente em que vai ser 
tratado 
 
Thaís Pires 
9 
 
A pneumonia comunitária deve ser tratada por 
sete a dez dias em quadros clínicos brandos e 
dez a catorze (alguns autores citam 21) dias em 
casos mais graves - O paciente deve estar afebril 
por, no mínimo, três dias. 
 
3. Identificar a necessidade de cuidados profiláticos para este tipo de paciente; 
 
VACINA ANTI-INFLUENZA (vírus inativado) - Todas as pessoas com mais de 60 anos, indivíduos com alto 
risco para complicações do influenza, contatos íntimos de pessoas com alto risco e profissionais de saúde 
 
Fatores de risco - Doença cardiovascular, renal, hepática ou pulmonar crônica (incluindo asma), 
doença metabólica crônica (incluindo diabetes), hemoglobinopatias, gestantes, imunocomprometidos por 
doença ou medicamento (HIV, pós-transplante), indivíduos com menos de 18 anos em tratamento crônico 
com aspirina. 
 
VACINA ANTIPNEUMOCÓCICA - Indicada em pacientes com 60 anos ou mais, necessitando de dose de 
reforço cinco anos após, e em situações especiais de alto risco. Pessoas que receberam a primeira dose após 
os 65 anos e/ou que não têm asplenia/imunodepressão não necessitam reforço 
 
Quimioprofilaxia antiviral - outra modalidade efetiva de prevenção da influenza. Durante um surto de gripe 
em instituição de longa permanência, recomenda-se quimioprofilaxia antiviral para todos os residentes, 
independentemente da situação vacinal. Quimioprofilaxia também pode ser considerada para idosos da 
comunidade com alto risco para complicações relacionadas com a influenza, se eles não tiverem sido 
imunizados até o momento da circulaçãodo vírus na sua comunidade. 
 
DPOC - importante fator predisponente para as pneumonias, como também fator de risco para maior 
mortalidade. Além do tratamento da doença e da reabilitação pulmonar, estudos vêm demonstrando efeito 
benéfico com uso de antibioticoprofilaxia para a redução das infecções respiratórias nos pacientes com 
Thaís Pires 
10 
DPOC. O uso contínuo e profilático de macrolídio foi associado a redução significante das exacerbações de 
DPOC em pacientes idosos portadores de doença de pelo menos moderada gravidade. 
 
Na tentativa de se prevenir pneumonia aspirativa algumas medidas têm sido propostas: 
 
• A higiene oral é igualmente importante para pacientes desdentados e dentados. Uma revisão 
sistemática mostrou que escovação, limpeza de próteses e cuidados de saúde oral foram as melhores 
intervenções para reduzir pneumonia aspirativa 
• Ajuste de medicações 
o Evitar medicamentos sedativos e com ação anticolinérgica 
o Reduzir o número total de medicamentos e evitar substâncias que sabidamente causem 
diminuição do fluxo salivar 
o Uso racional de medicamentos que possam aumentar o pH gástrico 
• Via e ambiente de alimentação: alimentação por via oral assistida fornece uma alternativa viável 
para a alimentação por via artificial naqueles com doença avançada, especialmente entre pacientes 
com demência 
• Consistência da dieta: espessar a dieta, uso de purês e misturas são geralmente recomendados para 
pacientes disfágicos. 
• Técnicas compensatórias: é importante que os pacientes mais velhos possam sentar-se para comer. 
Para aqueles que não podem sair da cama, levantar a cabeceira da cama por pelo menos 30° é a 
recomendação habitual. A manobra do queixo para baixo é amplamente utilizada no tratamento da 
disfagia. Inclinar o corpo para o lado não paralisado e virar a cabeça para o lado paralisado torna mais 
fácil a descida do bolo alimentar. 
 
 
4. Reconhecer a desnutrição intra-hospitalar em relação a etiopatogenia e apresentação clínica e 
laboratorial; 
 
Desnutrição - transtorno corporal produzido por um desequilíbrio entre o aporte de nutrientes e as 
necessidades do indivíduo motivado por uma dieta inadequada, ou por fatores que comprometam a 
ingestão, absorção e utilização dos nutrientes decorrente de alguma afecção ou por necessidades 
nutricionais aumentadas 
 
Os idosos estão em maior risco de desnutrição devido ao declínio 
na função fisiológica, redução de massa magra e da taxa 
metabólica basal, alterações sensoriais, problemas cardíacos e 
respiratórios, maior frequência de internações, infecções e úlceras 
por pressão 
 
Estado nutricional é importante considerar os fatores 
fisiológicos que afetam diretamente o consumo alimentar de 
idosos, como a diminuição do olfato e do paladar, as alterações 
na digestão e na absorção de nutrientes, a diminuição da 
sensibilidade à sede, entre outros 
 
A prevalência da desnutrição na população idosa em segmento ambulatorial é de cerca de 20%, enquanto 
nos hospitalizados alcança 60% → esses dados refletem a IMPORTÂNCIA de se EVITAR OU RETARDAR 
Thaís Pires 
11 
perdas de peso indesejáveis, por meio do MONITORAMENTO do estado nutricional e da utilização de 
técnicas dietéticas 
 
A PERDA DE PESO é comum a partir da 3ª década de vida (diminui massa magra e aumenta tecido adiposo) 
e, embora comuns e esperadas, devem ser investigadas, pois são consideradas GRAVES quando superaram 
5% do peso em 30 dias – essa perda elevada indica a diminuição da MASSA MAGRA, o que aumenta a 
FRAGILIDADE DO IDOSO, podendo interferir nos processos de REABILITAÇÃO 
 
Diagnóstico 
• Perda de peso involuntária de aproximadamente 5% em um mês, 7,5% em três meses e 10% em 6 
meses; 
• Peso baixo para a altura, inferior a mais de 20% do peso corporal ideal; 
• Índice de massa corporal (IMC) menor que 22 kg/m2; 
• Albumina sérica abaixo de 3,5 mg/dL; 
• Nível de colesterol sérico total inferior a 160 mg/dL; 
• Mudança do estado funcional: de independente para dependente; 
• Ingestão alimentar inadequada; 
• Circunferência muscular do braço inferior ao percentil 10; 
• Prega cutânea tricipital menor que o percentil 10 ou maior que o percentil 95. 
 
Em estudos que compararam a recuperação entre pacientes bem nutridos e desnutridos, percebe-se 
que vê-se que a DESNUTRIÇÃO CONDUZ A UM AUMENTO SUBSTANCIAL EM TEMPO DE 
INTERNAÇÃO, TAXA DE READMISSÃO, MORTALIDADE, E CUSTO DE HOSPITALIZAÇÃO 
 
 
A desnutrição hospitalar afeta o estado geral do paciente, inclusive a resposta ao tratamento, pois com 
exceção do cérebro, ocorre uma redução na massa de todos os órgãos. Nos rins ocorre uma redução na 
taxa de filtração glomerular e atrofia tubular, o que favorece a acidose metabólica. Essas e outras 
intercorrências reduzem a produção dos linfócitos, elevando o risco de infecção, interferindo no estado físico 
e mental do paciente, podendo levar à depressão e, com isso, aumentar o tempo de internação e os custos 
hospitalares 
 
Queilite Angular - As principais causas da queilite angular são a carência de minerais (como ferro, zinco e 
vitamina B2), falta de higiene adequada, idade, doença celíaca, próteses dentárias mal ajustadas e 
desnutrição. A queilite angular pode ser causada por uma infecção por fungos ou bactérias → 
frequentemente representa uma infecção de fungos como Candida albicans ou bactérias como 
Staphylococcus aureus 
 
5. Reestudar a aplicação clínica do Índice de Massa Corpórea; 
 
O corpo humano apresenta medidas lineares, de área e de volume, que tendem a ser proporcionais entre 
si, variando com o gênero e com o seu grau de crescimento e desenvolvimento. A alometria considera que 
a altura e o peso corporal refletem, respectivamente, medidas de natureza linear e de volume. 
 
O Índice de Massa Corporal (IMC) é uma medida do grau de obesidade de uma pessoa. Através do cálculo 
de IMC é possível saber se alguém está ACIMA OU ABAIXO DOS PARÂMETROS IDEAIS DE MASSA PARA SUA 
ESTATURA 
Thaís Pires 
12 
Quem está acima da massa indicada pode desenvolver doenças como diabetes, problemas cardíacos, 
alguns tipos de câncer 
Já quem está abaixo da massa pode desenvolver doenças relacionadas à subnutrição 
 
 
 
Mesmo na ausência de qualquer patologia, alterações estruturais e funcionais ocorrem em decorrência do 
processo natural de envelhecimento, podendo influenciar negativamente a aptidão funcional no idoso. 
Dentre algumas alterações associadas ao processo de envelhecimento podemos destacar a DIMINUIÇÃO DA 
MASSA MUSCULAR E ÓSSEA, redução da flexibilidade, capacidade de exercício limitada e capacidade vital 
reduzida 
 
índice de massa corporal (IMC), que é uma relação entre a massa corporal e a estatura do indivíduo e se 
apresenta diretamente associado com o acúmulo de gordura corporal nessa faixa etária. Via de regra, com 
o processo de envelhecimento ocorre uma DIMINUIÇÃO NA ESTATURA E UM AUMENTO DO PESO 
CORPORAL, geralmente, até os 70 anos e uma diminuição do peso corporal após essa idade 
 
Isso evidencia a relevância do controle do IMC do idoso, já que interfere na realização das atividades que 
envolvem a aptidão funcional, sendo ela fundamental para o , onde o idoso seja capaz de realizar 
atividades da vida diária, utilizando força, resistência, flexibilidade, agilidade e equilíbrio 
 
Caderneta do Idoso - No caso dos idosos, além do IMC, é importante avaliar O PERÍMETRO OU 
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA, uma vez que é mais sensível para a avaliação da massa muscular, 
cuja REDUÇÃO IMPLICA A DIMINUIÇÃO DA FORÇA MUSCULAR. Nos idosos, o perímetro superior a 31 cm 
indica um quadro de normalidade, enquanto uma medida igual ou inferior a esse valor é indicativa de 
desnutrição. 
 IMC EM IDOSOS 
 x</= 22 – Baixo Peso 
 22 > x > 27 – Eutrófico 
 x >/= 27 - Sobrepeso 
 
 
6. Estudar as principais alterações bucais em idosos. 
Durante a senescência, a dificuldade que já se encontravaem visitas regulares ao dentista para indivíduos adultos é 
agravada – os idosos, felizmente, vão com maior frequência ao médico, sendo importante a referenciação para a 
detecção de problemas orais precocemente, evitando agravamento dos problemas na boca e as suas repercussões 
sistêmicas 
Thaís Pires 
13 
 Cáries – pela RETRAÇÃO DAS GENGIVAS, há uma maior prevalência de cáries nessa região, embora, em uma 
análise geral, continue sendo um dos principais problemas da saúde bucal – as CÁRIES RADICULARES e CORONAIS 
da senescência foram identificadas como preditores SIGNIFICATIVOS para a perda dentária, até mesmo mais do que 
a própria condição periodontal → dessa forma, percebe-se a IMPORTÂNCIA DA APLICAÇÃO DE FLÚOR nos idosos, 
bem como da adição na água 
A perda óssea mineral observada em várias partes do esqueleto é percebida, na boca, como uma PERDA DO OSSO 
ALVEOLAR que, associado a GENGIVITE, contribui para a PERDA DENTÁRIA → as maiores alterações no osso 
MAXILAR e MANDÍBULAR são decorrentes das extrações dentárias e da sarcopenia do masseter e pterigoide, que 
tem como resultado a DIMINUIÇÃO DA ALTURA DA FACE, mudando o PERFIL FACIAL!!! 
No processo de envelhecimento, por causas desconhecidas, a CIRCUNFERÊNCIA DA ARCADA DENTÁRIA poderá 
estar 1cm menor, o que aproxima os dentes entre si e favoreça o ATRITO, o que lesa o ESMALTE (mostra o 
amarelado da dentina) e facilita a infecção oportunista de cáries na região 
 Mucosa Oral – torna-se FINA, LISA E SECA, com uma perda de elasticidade e com aparência edemaciada / A 
língua também apresenta-se lisa pela perda das papilas, podendo causar alterações no paladar e sensação de 
queimação 
 Glândulas Salivares – em condições fisiológicas da senescência, as glândulas mantêm a função secretora 
intacta, embora a queixa de boca seca dentre os idosos seja constante (geralmente tem causa medicamentosa) / Um 
simples exame oral digital poderá identificar infecções, lesões e até câncer. Observar face e pescoço à procura de 
assimetria. Palpar linfonodos cervicais e glândulas da face. Fazer a inspeção de toda a mucosa oral, calçar um par de 
luvas e palpar os lábios, a mucosa oral, o soalho da boca, o palato duro e a língua. Até uma prótese dentária bem 
adaptada, pelo trauma contínuo, poderá provocar uma lesão. Devemos estimular a escovação diária para prevenção 
das cáries, da gengivite e das doenças periodontais

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