CUSTOS LOGÍSTICOS

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CUSTOS LOGÍSTICOSCUSTOS LOGÍSTICOS
CUSTOS LOGÍSTICOSCUSTOS LOGÍSTICOS
Autor: Me. Marcel lo Muniz Da Si lva
Revisor : C láudio Zepeda
I N I C I A R
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introdução
Introdução
Caro estudante, em um mundo globalizado, onde podemos adquirir bens e
contratar serviços de inúmeras empresas, os processos logísticos e a gestão
e�ciente de seus custos assumem grande importância. As atividades logísticas
não se restringem apenas à necessidade de manter o transporte de cargas. Elas
geram valor aos negócios ao garantir o suprimento de produtos que sustentam
a oferta de bens e ou serviços pelas empresas, garantir a integridade dos
produtos movimentados, armazenados, distribuídos e transportados,
permitindo que os bens e serviços possam ser ofertados no momento e local
certo a um preço justo.
Nesta unidade, você vai aprender o que é logística, compreender sua
importância, conhecer o que é Cadeia de Suprimentos Integrada (CSI) e Gestão
da Cadeia de Suprimentos. Também vai aprender o que são gastos e como
podem ser classi�cados para determinar o custo de um produto, bem como de
que forma afetam os resultados das empresas. Após aprender quais são os
componentes de custo dos processos logísticos, particularmente custos de
armazenagem e movimentação de cargas, você vai aprender sobre custos dos
modais de rodoviário e ferroviário.
Bons estudos!
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Logística é a área da gestão que tem como propósito garantir que uma empresa
ou organização obtenha mercadorias, insumos, serviços, equipamentos,
utensílios e informações necessários à execução de suas atividades. Seu campo
de conhecimento auxilia a empresa a de�nir, desenvolver, implantar e controlar
o �uxo de transporte de cargas interno (inbound) e externo (outbound) da
empresa, o que envolve as atividades de armazenamento, rastreamento
locomoção de matérias-primas, produtos semiacabados e acabados, bem como
a expedição destes. Os processos logísticos são vitais para a performance das
empresas, pois sem eles a empresa não pode atender de forma e�ciente a
clientes ou consumidores de maneira e�ciente e e�caz.
Todos os processos envolvendo armazenamento, distribuição e transporte de
mercadorias precisam ser feitos levando em conta os respectivos custos e
benefícios para a empresa como meio de garantir boa performance econômica
e de garantir-lhe a competitividade e a sobrevivência.
Logística e seus PrincipaisLogística e seus Principais
SistemasSistemas
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Portanto, todas as atividades relacionadas aos processos logísticos devem
sustentar os �uxos de mercadorias, seu rastreamento e sua movimentação até
que a empresa produza e garanta a entrega de seus produtos e serviços desde
o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às
exigências de seus clientes. Os processos devem garantir que o produto certo,
aquele desejado pelo cliente, esteja no momento certo, no local certo, em
condições adequadas e a um preço justo.
Logística Integrada
Agora, você vai aprender que as principais áreas de atuação da logística
demandam de�nição, investimento e manutenção de certos processos, todos
intimamente relacionados aos quais serão descritos a seguir: gerir
armazenamento e estoque de produtos; embalar, preservar e/ou conservar
produtos; obter e processar informações referentes à movimentação de
produtos; processar e controlar pedidos e movimentação; gerir modais de
transporte e/ou frota; gerir a Cadeia de Suprimentos Integrada (CSI); garantir a
gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management – SCM).
Enquanto gestor, você deverá de�nir a forma de gestão de armazenamento de
produtos. Essa atividade envolve de�nir o local, o tamanho, os investimentos em
equipamentos e instalações e os meios para garantir o melhor aproveitamento
do espaço destinado para manter, conservar, movimentar e rastrear o estoque
de produtos (matérias-primas, insumos, produtos em fase de fabricação e
produtos acabados de propriedade da empresa). Essa decisão exige a realização
de pontos relacionados à de�nição da localização, do dimensionamento da área
dos armazéns ou centros de abastecimento ou centros de distribuição e
infraestrutura destinada a manter, preservar e/ou conservar cada um dos
insumos, produtos intermediários e/ou �nais pertencentes à empresa. Quando
você estiver envolvido em projetos e operações, irá participar de decisões nessa
área e terá que de�nir a localização dos chamados centros de distribuição
(tendo como critérios a identi�cação de rotas, as entradas e saídas, a
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proximidade dos clientes, a tributação, entre outras variáveis) e se a empresa irá
arcar com a aquisição das instalações da área de armazenamento e
equipamentos, se irá alugá-los ou se contratará tais serviços.
Quando se trata do planejamento e da gestão de estoques, você, enquanto
gestor, terá de viabilizar a melhor maneira de organização e de manutenção de
produtos, permitindo seu rastreamento, sua disponibilização e sua manutenção
em quantidade su�ciente para que a empresa possa suprir as ordens de
produção, oferta de bens para a realização de serviços para o atendimento das
demandas �nais dos clientes ou consumidores �nais da empresa. Isso também
exige a implantação de métodos de rastreamento e de controle de pedidos e a
geração de relatórios sobre as operações de compra e venda da empresa.
Muitas vezes quali�cados como atividade de rotina ou de “chão de fábrica”, os
processos relacionados ao planejamento e à gestão de estoques afetam
diretamente os resultados das atividades de compra e venda da empresa,
garantindo economias relacionadas ao suprimento de produtos destinados às
operações da empresa e a garantia de que esta possa atender aos seus clientes
com elevado nível de serviço.
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Você deve compreender que, ao realizar a negociação com empresas
fornecedoras, devem ser garantidos elevados níveis de qualidade de cada
produto levando em conta as condições de transporte, armazenamento,
movimentação das cargas e embalagens dos produtos, seja embalagem
primária, secundária, terciária, quaternária, e em diante. Ou seja, enquanto
tomador de decisões relacionadas aos processos logísticos relacionados às
embalagens dos produtos, você terá de elaborar um estudo sobre as
alternativas e a relação custo-benefício mais adequada para cada tipo de
produto e aspectos adicionais como identi�cação, facilidade de manuseio,
segurança da carga e atratividade da embalagem de cada produto ofertado ao
consumidor �nal.
saiba mais
Saiba mais
Do ponto de vista da gestão de custos, como você vai aprender nesta disciplina,
certas técnicas apoiam a gestão dos processos de armazenagem e de gestão de
estoques, entre essas estão estudos relacionados à localização, às técnicas de
análise econômica e �nanceira, à aplicação de técnicas de levantamento e de
previsão de demanda e ao uso da análise de curva ABC. Entenda o que é e qual a
importância do entendimento de todas as atividades relacionadas à logística
inbound e à logística outbound.
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https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos15/742263.pdf
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Sistemas Logísticos
Outra atividade à qual você deve se ater tem relação com a importância dos
processos de planejamento e de obtenção e controle relacionados aos �uxos de
informações envolvidos nos �uxos de movimentação e de transporte de
mercadorias inbound e outbound. Não há como obter bons resultados
operacionais sem um bom planejamento e implantação de sistemas destinados
a obter, armazenar, processar e distribuir todas as informações relacionadas
aos pedidos e às necessidades de movimentação de cargas inbound e outbound.
Entenda que todos os processos empresariais vinculados às atividades de
fabricação, comércio e/ou oferta de serviços envolvem a movimentação de bens
(físicos ou virtuais). Portanto, você deve planejar e implementar meios que
permitam e garantam a manutenção do �uxo de informações relacionadas a
todas as movimentações de mercadorias relacionadas às operações da empresa
(sejam aquelas associadas às matérias-primas e aos insumos necessários à
empresa ou do produto �nal dos centros de distribuição da empresa aos seus
clientes ou consumidores �nais). Não subestime: o planejamento, o
saiba mais
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Dentre os principais aspectos relacionados a perdas relacionadas ao uso de
embalagens, destacam-se perdas associadas aos seguintes fatores: danos físicos,
vibrações, temperatura, contaminação química ou orgânica, manuseio,
rastreamento, movimentação, atrito, vibrações, rastreabilidade e atratividade do
produto �nal disposto ao cliente ou consumidor �nal.
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https://www.imam.com.br/consultoria/artigo/pdf/embalagem-o-elo-fundamental-da-logistica.pdf
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investimento e a adoção de sistemas de informação em logística estão no centro
da revolução na área de logística, determinam os custos e a competitividade de
muitas empresas. Não negligencie: eu e você, enquanto consumidores,
tornamo-nos cada vez mais exigentes, e os concorrentes das empresas nas
quais atuamos cada vez mais desenvolvem estratégias baseadas na gestão
logística e em seus custos como meio de serem relativamente mais
competitivas.
Você, enquanto gestor, deve aprender a importância dos processos de
identi�car e de implantar métodos e�cientes de processamento e controle de
pedidos. Isso envolve que você, futuro gestor: garanta que o cliente da empresa
identi�que o produto ou serviço ofertado; realise o pedido e a forma de
pagamento; escolha o local e a forma de entrega de seus pedidos; tenha acesso
aos serviços pós-venda.
Boas práticas de gestão de transporte demandam a avaliação e a melhora
contínua da área logística, o que envolve a de�nição da relação custo-benefício
das alternativas de transporte existentes. Seu foco deve ser orientar as
necessidades dos clientes e garantir o aumento de receitas e a redução de
custos como meio de aumentar os lucros e a competitividade da empresa.
Enquanto gestor, você deve avaliar quais são as melhores opções de transporte,
levando em conta as necessidades de investimento que a empresa deve realizar
e seu custo, além das vantagens, do tipo de carga, do prazo de entrega e/ou do
custo de transporte. Isso também envolve o planejamento de rotas e a
programação de gastos com serviços de transporte e sua gestão.
Caso a empresa opte por manter frota própria, você deve estar preparado para
a chamada gestão da frota. Isso envolve planejamento, processos de análise de
investimentos em veículos e de desinvestimentos (venda de veículos ou
equipamentos obsoletos) e de�nição de critérios de análise de desempenho de
uso da frota de veículos, decisão de substituição e/ou de renovação dos meios
de transportes utilizados, gastos e gestão da manutenção dos equipamentos de
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transporte. No caso de opção por frota própria, o gestor deve manter os meios
de transporte (carros, caminhões, navios ou outros meios) em boas condições
como meio de garantir a melhor relação custo-benefício, o nível de serviços e,
como resultado, o maior nível de satisfação dos clientes da empresa.
Um dos mais importantes aspectos relacionados à gestão logística e que afeta
seus custos tem relação com a Gestão da Cadeia de Suprimentos (do inglês,
Supply Chain Management – SCM). Ela envolve um conjunto de métodos
empregados como meio de integrar e gerenciar todos os processos
relacionados aos logísticos (inbound e outbound), entre estes: armazenamento e
estocagem; uso de embalagens; processamento de informações,
monitoramento e controle de pedidos; planejamento e gestão de modais de
transporte e ou frota; rastreamento de informações relacionadas aos processos
de movimentações de carga inbound e outbound.
A rigor, a Gestão da Cadeia de Suprimentos destaca a importância da logística
de mero processo de movimentação de cargas e desenvolve a visão de que a
performance de qualquer empresa exige o planejamento e a gestão dos
processos envolvendo as interações da empresa na qual trabalhamos com seus
fornecedores e a forma de adquirir recursos, transportados de diferentes
fornecedores para armazéns, destes para a empresa e os centros �nais de
distribuição e de produtos �nais para clientes e consumidores.
O objetivo é alcançar a integração entre todos os integrantes da SCM, de modo
a gerar mais e�ciência nos processos e garantir o aumento da satisfação de
clientes e sua �delização. O objetivo da gestão da cadeia de abastecimento é
fazer com que a empresa integre de forma e�ciente e e�caz as relações com
seus fornecedores, colaboradores e clientes fazendo com que alcance maior
competitividade em relação à concorrência.
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praticar
Vamos Praticar
As relações entre consumidores e empresas são dinâmicas e ultrapassam o binômio
qualidade-preço. Os consumidores buscam novas experiências e querem adquirir o
produto certo, no local certo por um preço justo. Para atender a essa demanda, as
empresas precisam ser ágeis e e�cientes nos processos de gestão da cadeia de
suprimentos. Considerando que os elementos-chave da cadeia de suprimentos são
programação da produção, seleção de fornecedores, processos de armazenamento,
gestão de custos de transporte e de informação, assinale a alternativa correta em
relação às funções desses elementos:
a) Enquanto a programação da produção define que produtos e como fabricar, visando garantir a
satisfação do cliente, a movimentação de cargas possui, como contrapartida, o planejamento e a
gestão do fluxo de informações, sendo sua gestão vital para o abastecimento de matérias-primas.
Feedback: alternativa incorreta, porque toda a movimentação de cargas
possui como contrapartida o planejamento e a gestão do �uxo de
informações, sendo sua gestão vital para que a empresa possa garantir seu
abastecimento e atender de forma satisfatória a seus clientes.
b) A seleção dos fornecedores deve levar em conta sua capacidade de produção, qualidade dos
bens fornecidos, além da velocidade e das condições de entrega, independentemente de condições
de armazenamento e de localização da empresa, centros de distribuição e clientes.
Feedback: alternativa incorreta, pois, ao selecionar fornecedores, a empresa
necessita levar em conta suas condições de estoque e de armazenamento
locais onde realizará a produção para o atendimento da demanda. Nesse
sentido, a seleção de fornecedores sempre deve levar em conta as condições
e a capacidade de armazenamento e localização da empresa. Por exemplo, se
a empresa operar com pequenos volumes de estoques e capacidade de
armazenamento, os fornecedores terão de ser extremamente ágeis para
atender às necessidades da empresa.
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c) Os custos de transporte, movimentação e armazenamento de cargas respondem por boa parcela
do custo de um produto. Isso passa pela seleção dos fornecedores onde se deve levar em conta sua
capacidade de entrega.
Feedback: alternativa correta, pois os custos de transporte, movimentação e
armazenamento de cargas realmente respondem por boa parcela do custo
de um produto, estima-se que correspondam a mais de 50% do preço �nal
dos produtos na indústria, dado o peso de tais atividades. Para garantir o
abastecimento e�ciente e controlar gastos com tais atividades, o gestor deve
selecionar, negociar e controlar cuidadosamente os fornecedores de
mercadorias e provedores de serviços logísticos, sempre levando em conta
suas respectivas capacidades, condições e velocidade de entrega.
d) A programação da produção define que produtos e como fabricar como meio de garantir a
satisfação do cliente. Toda a movimentação de cargas possui como contrapartida o planejamento e
a gestão do fluxo de informações, sendo sua gestão vital para que a empresa mantenha a
produção.
e) A seleção dos fornecedores deve levar em conta sua capacidade de produção, qualidade dos
bens fornecidos, além da velocidade e das condições de entrega. Já os custos de armazenamento
representam a maior parcela do custo de um produto, incluindo gastos com movimentação de
cargas.
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Dada a importância dos processos logísticos como meio de contribuir com os
resultados da empresa, é importante que você aprenda quais são os principais
componentes de seus custos, sejam eles �xos ou variáveis. Na verdade, para
que possa contribuir com a melhoria, o aumento nos níveis de serviços e a
redução dos custos, é necessário que você aprenda mais sobre os processos
logísticos e como estes afetam o preço desses serviços.
Mas, antes de tratarmos de custos logísticos propriamente ditos, vamos
aprender alguns conceitos relacionados à contabilidade de custos e gestão de
custos. O que nós faremos é partir da de�nição de gastos e seus tipos para, daí
sim, poder de�nir custos e relacioná-los com o processo de preci�cação de um
produto ou serviço e o volume de oferta desses.
Inicialmente, você precisa aprender que um gasto é tudo o que envolve o
emprego de recursos �nanceiros (próprios ou de terceiros) por parte de uma
Custos Logísticos: ConceitosCustos Logísticos: Conceitos
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empresa ou organização. Há cinco tipos de gasto, os quais serão descritos a
seguir: investimento, custo, despesa, desperdício e perda. 
Investimento: compreendem gastos que irão bene�ciar a empresa em
períodos futuros, transferindo seu valor ao longo de determinado
período de tempo. Exemplos de gastos com investimentos: gastos com
máquinas, equipamentos, utensílios, prédios, edi�cações, que são
adquiridos pela empresa não para venda, mas que serão empregados
pela empresa para manter suas atividades.
Custos: compreendem gastos efetuados no processo imediato de
geração de valor, no sentido de se orientarem aos processos de
produção ou oferta de bens e serviços. Exemplos de custos: mão de
obra empregada na produção de bens, gastos com materiais (partes,
peças, componentes e embalagens incorporados ao produto �nal),
gastos feitos com supervisão da produção, seguros, entre outros.
Despesas: as despesas compreendem gastos que expressam o valor
dos bens ou serviços consumidos, direta e indiretamente, para a
obtenção de receitas de maneira voluntária e planejada como gastos
com pessoal e suprimentos empregados pelos departamentos
�nanceiro, marketing e vendas e pela área administrativa da empresa;
ou seja, são gastos não relacionados com as atividades produtivas da
empresa, mas que lhes dão suporte. Exemplos de despesas: gastos
com campanhas de marketing e vendas, aluguéis ou seguros dos
escritórios, despesas com viagens, despesas com juros em razão de
operações de empréstimos e �nanciamentos.
Desperdícios: os desperdícios compreendem gastos relacionados ao
mau uso ou ao uso inadequado de recursos por parte da empresa.
Exemplos de desperdícios: perda de matérias-primas ou de insumos
decorrentes de erros ou falhas nos processos de produção.
Perdas: perdas ocasionam gastos em decorrência de fatos ocorridos
em situações excepcionais que fogem ao controle e à normalidade das
operações rotineiras da empresa; em geral, derivam de eventos
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oriundos de fatos não operacionais como deterioração de ativos,
ocorrência de desastres naturais e/ou delitos cometidos contra o
patrimônio da empresa.
A produção de qualquer bem ou serviço demanda o uso de Materiais Diretos
(MD), que compreendem todos os materiais incorporados ou agregados
diretamente no produto ou no serviço �nal que está sendo fabricado e que sai
da fábrica incorporado ao produto ou que faz parte do serviço prestado, como a
câmera traseira de um celular ou combustíveis empregados na oferta de serviço
de transporte, respectivamente. Os MD geralmente são adquiridos de outras
empresas. Adicionalmente, a produção e/ou a oferta de serviços dependem do
emprego de mão de obra direta (MOD) e de mão de obra indireta (MOI). Todo o
salário pago ao operário que trabalha diretamente no produto ou serviço, cujo
tempo pode ser atribuído com a unidade que está sendo produzida ou serviço
prestado, compreende MOD. A mão de obra necessária empregada na
supervisão e em atividades de suporte à produção ou oferta de um serviço
(gerentes, supervisores de produção ou oferta do serviço) compreende MOI.
Quanto ao volume de bens produzidos, os custos são classi�cados como �xos
ou variáveis. Os Custos Fixos (CF) são gastos que tendem a permanecer
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constantes quando ocorrem variações no volume de produção e em geral se
relacionam à capacidade instalada que a empresa possui. São exemplos de CF
os gastos com aluguéis e seguros da fábrica ou o salário �xo pago ao pessoal
vinculado à produção. No entanto, os CF podem ser classi�cados como
semi�xos, pois podem permanecer constantes dentro de certos limites de
produção. Há também os custos semivariáveis que podem sofrer alterações a
depender do volume de produção. Por exemplo, se há capacidade ociosa,
ocorre aumento na demanda da empresa, esta pode contratar novos
trabalhadores ou alugar novas instalações e/ou armazéns como meio de
sustentar ampliação da produção. 
Já os Custos Variáveis (CV) representam custos cujo montante está diretamente
relacionado ao volume de produção; ou seja, ao produzir 1.000 unidades de
aparelhos, uma empresa que fabrica celulares terá de arcar com os custos de
1.000 câmeras frontais, 1.000 displays, 1.000 chassis para os aparelhos, 1.000
carregadores, 1.000 kits de embalagens, e assim por diante. 
saiba mais
Saiba mais
Tenho certeza de que você já aprendeu o que são gastos e seus diferentes tipos.
Para ajudar a �xar os conceitos de custo aprendidos por você até aqui,
particularmente os conceitos de custo semi�xo e de custo semivariável e, para saber
mais, convido você a acessar e estudar o conteúdo presente no link:
ACESSAR
http://www.contabilidadedecifrada.com.br/upload/topico/pdf_envios/aula-0030104-a-texto.pdf
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Quadro 1.1 - Classi�cação de gastos associados à produção de um smartphone 
Fonte: Elaboradopelo autor.
Quanto ao volume, os custos podem ser classi�cados como custos diretos e
indiretos. Os Custos Diretos (CD) são custos facilmente associados ou
apropriáveis às unidades de produção e podem ser atribuídos de forma direta e
objetivamente a cada produto. Por exemplo, observe seu celular, ele possui uma
câmera frontal e traseira, um display, certo número de giga de memória, um
chassis, uma bateria e acompanha carregador, fone de ouvido e manual, além
do kit de embalagem. O valor ou montante gasto com cada uma dessas partes
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ou componentes são CD. Mas não devemos esquecer que para montar o
aparelho foi necessário o emprego de mão de obra e outros gastos, como
veremos a seguir. O que caracteriza o CD é que é possível estabelecer formas
claras e objetivas de atribuição desses gastos em relação a cada uma das
unidades produzidas.
Já os Custos Indiretos (CI) são custos que não podem ser alocados de forma
direta, objetiva ou sem grandes ônus ao produto. É exemplo de CI o montante
de gastos que uma organização tem que suportar para manter e organizar a
produção. No caso da produção de celulares, os CI são gastos com equipes de
supervisão da produção, manutenção de máquinas, equipamentos e gastos com
limpeza da fábrica, por exemplo.
Como atribuir de forma objetiva para cada aparelho, a contribuição da equipe
de supervisão ou limpeza ou mesmo atribuir uma parcela do valor do aluguel e
do seguro de fábrica para cada produto? A totalidade desses CI é denominada
Custos Indiretos de Fabricação (CIF), sendo todos os gastos relacionados com a
fabricação ou a oferta de um serviço que não podem ser economicamente
separadas e atribuídas às unidades que estão sendo geradas; ou seja, todos os
demais gastos envolvidos na produção ou na oferta de um serviço que não
foram classi�cados como MD ou MOD, mas que fazem parte do processo
produtivo (gastos com supervisões, ajudantes, equipe de manutenção, aluguel,
seguros ou limpeza da fábrica). Na verdade, os CIF devem ser atribuídos a cada
bem ou serviço ofertado por meio de métodos especí�cos de custeio, sendo o
mais aplicado na área logística o método de custeio ABC (do inglês Activity
Based Costing).
Conforme indicado nas equações 1, 2 e 3, a seguir, o Custo Primário (CP)
corresponde aos custos com materiais diretos e mão de obra direta; ou seja, o
CP corresponde ao valor gasto com Matéria-prima Direta (MD) e Mão de Obra
Direta (MOD). Já o custo de transformação (CTf) corresponde ao montante gasto
com mão de obra direta e custos indiretos de fabricação. Finalmente, o custo de
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fabricação corresponde aos custos com materiais diretos, mão de obra direta e
custos indiretos de fabricação. 
Quadro 1.2 - Principais classi�cações de custos de produção de um bem 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Agora, você vai aprender que o processo de gerenciamento de custos exige que
o gestor implante as seguintes ações: (1) identi�car e classi�car custos e
despesas; (2) identi�car a relevância destes; (3) atribuir os custos diretos aos
produtos; (4) de�nir ou aplicar método para a apropriação dos Custos Indiretos
de Fabricação (CIF); (5) desenvolver ou aplicar Sistemas de Informações
Gerenciais (SIG) que permitam rastrear e quanti�car os custos de fabricação dos
produtos e/ou a oferta de serviços; (6) treinar os recursos humanos que irão
alimentar os SIG; (7) acompanhar e controlar os custos; (8) apurar os resultados
ou lucros das atividades da empresa; (9) propor ações de melhoria de processos
como meio de garantir melhores resultados. 
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Compreender a composição dos custos ajuda a entender a dinâmica de geração
de resultados da empresa, identi�car os pontos nos quais é possível melhorar
processos e reduzir custos, onde há baixa produtividade e custos elevados,
onde há erros na execução de tarefas e seu impacto sobre os custos, entre
outros problemas que podem comprometer a competitividade da empresa ou
organização. Por isso é tão importante conhecer e saber como dimensionar os
custos dos produtos e de oferta de serviços e também os custos associados às
atividades logísticas demandadas pelas operações da empresa.
Custos com Armazenagem e Movimentação
Apresentam-se, a seguir, os principais componentes dos custos relacionados a
qualquer operação logística: gastos com investimentos em máquinas e
equipamentos; investimentos em Tecnologias de Informação e Comunicação
(TICs) e em Sistemas de Informação Gerenciais (SIG); gastos com investimento e
gastos com Recursos Humanos (RH); gastos com serviços e manutenção de
transportes; gastos com armazenagem; gastos com embalagens; custos e
despesas �xas e variáveis.
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Gastos com investimentos em máquinas e equipamentos: você aprendeu
que investimentos representam gastos em máquinas, equipamentos,
instalações, entre outros gastos necessários para que a empresa possa exercer
suas atividades. Embora qualquer empresa possa de�nir com base na análise
das vantagens e desvantagens de investir ou não em frota própria de veículos,
centrais de abastecimento, equipamentos de transporte e manuseio de cargas,
dentre outros, a empresa terá de realizar algum tipo de investimento para
atender aos processos logísticos. Ao investir em frota, armazéns, equipamentos
próprios necessários ao rastreio e movimentação de cargas inbound e outbound,
a empresa assume compromissos de longo prazo. São obrigações associadas a
despesas com empréstimos e �nanciamento ou obrigações relacionadas aos
sócios da empresa que decidiram injetar recursos próprios na empresa como
meio de �nanciar tais investimentos. Em suma, novos investimentos geram
obrigações da empresa traduzidas na forma de pagamento de juros
relacionados a operações de empréstimos e �nanciamentos.
Investimentos em Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e em
Sistemas de Informação Gerenciais (SIG): qualquer atividade relacionada à
área de logística envolve o planejamento, o investimento, a implantação, o
treinamento de colaboradores e o uso de TICs. Na verdade, além da inovação
nos processos inbound e outbound de movimentação de cargas, em que os mais
importantes se basearam na difusão do uso de novas embalagens,
acondicionamento e movimentação de cargas com uso de pallets e de
containers, os investimentos em softwares e hardwares assumiram importante
papel, condicionando os resultados e a sobrevivência da empresa. Por essa
razão, a redução de custos e o alcance da competitividade de qualquer empresa
exigem que você aprenda, pesquise, analise e avalie a relação custo-benefício
das opções tecnológicas na área de TICs.
Gastos com investimento e gastos com Recursos Humanos (RH): uma vez
de�nidos os tipos de equipamentos e sistemas de informação a serem
empregados pela empresa, todas as atividades executadas demandarão a
atuação de colaboradores com expertise su�ciente para realizar as operações
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da empresa. Isso inclui a manutenção das atividades de abastecimento inbound
e outbound e o processamento de informações associadas a estas. O objetivo é
garantir que a empresa forneça produtos e/ou serviços com preços justos e
competitivos. Particularmente, os processos logísticos geram gastos
relacionados a investimentos e custos, incluindo aqueles relacionados ao
emprego de mão de obra direta (MOD) e indireta (MOI).
Gastos com serviços e manutenção de transportes:em logística, o custo do
transporte é um de seus componentes de maior peso. Além do gasto necessário
à manutenção da frota de veículos, as empresas que optam por manter sistema
de transporte próprio (verticalizando essa atividade) têm de arcar com custos de
aquisição ou, caso os veículos sejam �nanciados, com as prestações devidas ao
banco. Além disso, a empresa deverá arcar com os gastos com
manutenção/depreciação e com os serviços necessários para manter sua frota
em operação dos veículos.
É necessário aprender que, quando a empresa decide manter frota própria, ela
tem de absorver diretamente outros custos associados ao transporte, que são
denominados de custos englobados. Como cerca de 70% das cargas
transportadas no Brasil utilizam o modal rodoviário e visto que as cargas
percorrem grandes distâncias, o escoamento de cargas envolve despesas com
pedágios, seguros e sistemas de segurança das cargas, atrasos e danos
provocados pelas condições das estradas e ocorrência de intempéries, além de
riscos de acidentes, furtos e roubos das cargas.
Por outro lado, caso a empresa opte pela contratação de serviços de terceiros,
poderá se bene�ciar das economias de escala alcançadas por empresas
especializadas em transporte. No entanto, também terá de absorver grandes
gastos, uma vez que terá de pagar pelo frete, que absorve todos os gastos
indicados acima e o lucro da(s) transportadora(s). Diante dessas considerações,
o gestor deve fazer uma minuciosa análise da relação custo-benefício
relacionada à decisão de manter ou não frota própria.
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Gastos com armazenagem: sua composição é formada pelos gastos
necessários à aquisição e à manutenção e/ou gastos referentes ao aluguel de
galpões e armazéns, instalações e equipamentos e contratação e treinamento
de mão de obra. Na prática, os processos de armazenagem devem ser
estruturados como meio de garantir condições necessárias para que a empresa
possa guardar, rastrear e movimentar produtos de forma adequada. O processo
de decisão nessa área envolve considerações sobre o custo de manutenção de
estoques, gastos com armazenagem e o custo de falta de itens em estoque,
sejam matérias-primas, partes, peças, componentes e produtos elaborados. Os
custos de armazenagem dependem da rotatividade dos produtos. Nesse
sentido, em momentos em que a empresa produz mais do que vende, ela terá
de absorver mais gastos com a armazenagem de sua produção, e vice-versa.
Gastos com embalagens: outro tipo de gasto importante, mas sutil, são os
incorridos com a embalagem dos produtos. Você deve aprender que a
embalagem �nal do produto é apenas uma das muitas decisões de natureza
estratégica e operacional que o gestor deve tomar. Isso porque (1) há mais de
um tipo de embalagem e (2) elas possuem diferentes funções. Vejamos. As
embalagens são classi�cadas em relação às suas funções. Há ao menos três
grupos principais de embalagens: embalagens primárias, embalagens
secundárias e embalagens terciárias. As primeiras embalagens �cam em contato
direto com o produto, como as embalagens de bebidas (latas, garrafas de vidro
ou garrafas pet), de alimentos (sacos de plástico ou de papel). Já as embalagens
secundárias têm como �nalidade abrigar uma ou mais embalagens primárias.
São exemplos as caixas de papelão que protegem as embalagens primárias de
sabão em pó, frascos de xampu ou de detergentes. Finalmente, as embalagens
terciárias têm como �nalidade agrupar embalagens primárias e secundárias,
auxiliando no transporte e armazenamento. São exemplos caixas de papelão,
sacolas plásticas e mesmo uso de plásticos para agregar diversas embalagens
secundárias.
Devido à importância das ações da área de marketing e das in�uências das
áreas comercial e �nanceira, que, como no caso de fabricantes de soft drinks, faz
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com que a empresa mantenha um mesmo produto em inúmeros tipos de
embalagens, as embalagens assumiram importância crítica. Além disso, diversas
inovações foram adotadas, tornando as embalagens um elemento importante
para impulsionar as vendas, evitar perdas devido a calor, vibrações,
contaminações químicas e biológicas de produtos, além de facilitar e reduzir os
custos de manuseio de cargas em armazéns, centrais de distribuição, transporte
e disposição de produtos nos pontos �nais de vendas.
A identi�cação e a seleção de embalagens geram economias, uma vez que
garantem a proteção de produtos, facilitam sua movimentação e seu manuseio
e servem para impulsionar as vendas ao tornar o produto mais atrativo ao
consumidor �nal no ponto �nal de vendas.
Custos e despesas �xas e variáveis: você já aprendeu o que é custo e como é
classi�cado quanto ao produto, volume de produção e relevância. Para que você
possa calcular os custos de cada produto, é necessário levar em conta os custos
logísticos. Isso exige que você identi�que quais são os custos e as despesas e
entre elas quais são �xos e variáveis nessas atividades. Também precisa de�nir
e dimensionar as despesas com juros, oriundas das decisões de empréstimos e
de �nanciamentos associados a todos os aspectos e os custos envolvidos nas
operações de movimentações de cargas inbound e outbound, avaliando os
compromissos assumidos com tais decisões.
Dependendo das decisões que você tomar, certos gastos relacionados com as
atividades logísticas variáveis (como combustíveis, pedágios, seguros, pneus,
lubri�cantes, peças e manutenções eventuais) poderão ser classi�cados como
gastos variáveis. Nesse quesito, é importante ressaltar que um dos itens que
mais impactam o custo variável é o preço dos combustíveis que vem registrando
sucessivos aumentos. Adicionalmente, o custeio de salários, patrimônio (gastos
efetuados com a aquisição de veículos e equipamentos), depreciação de veículos
e máquinas, tributos incidentes sobre as operações e frota, em geral,
representam custos �xos. 
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praticar
Vamos Praticar
Qualquer uso de recursos feitos pela empresa é denominado gasto, que pode ser
classi�cado em relação a diferentes produtos e ou serviços, quanto ao volume de
produção ou oferta de bens e quanto a sua relevância. Tendo em vista o que você
aprendeu sobre gastos, custos e despesas, assinale a alternativa correta.
a) A maior parcela dos custos de armazenagem (aluguel, mão de obra, depreciação de instalações e
equipamentos de movimentação) é de variáveis e indiretas; ou seja, aumentam em função do
aumento do volume de produção e de movimentação de materiais Tais características dificultam a
aferição de tais custos.
b) Os custos associados ao(s) uso(s) do(s) armazém(éns) são custos diretos e variáveis, pois devem
ser apropriados pela empresa independente se este(s) esteja cheio, parcialmente ocupado ou vazio
e se ocorre ou não a movimentação de cargas no interior desse.
c) Quando uma empresa adota e mantém seus próprios meios de distribuição e transporte de
cargas, o gestor deve estimar todos os custos variáveis como salários dos operadores de
empilhadeira, supervisores, manutenção e depreciação das empilhadeiras, aluguel do armazém.
d) Certos custos relacionados aos processos logísticos, como salários pagos aos motoristas, gastos
com manutenção de estoques, aluguel de armazéns, seguros de instalações e cargas, entre outros,
são difíceis de apurar. Outros gastos, como a depreciação de armazéns, equipamentos e veículos,
são mais fáceis de apurar, sendo definidos e fixados pelo gestor e departamento financeiro.
e) Fazem parte do processo de determinação de custos de uma empresa identificar e classificar
custos e despesas; identificar a relevância destes; atribuir os custos diretos aos produtos; definir ou
aplicarmétodo para a apropriação dos Custos Indiretos de Fabricação (CIF).
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Todo gestor que tenha de decidir o custo do transporte de mercadorias, caso
tenha ou não frota própria, precisa compreender como é calculado o custo do
quilômetro rodado (km). Tal cálculo é importante para que a empresa possa
realizar seu planejamento �nanceiro. O processo deve englobar todos os gastos
das operações de transporte como meio de incorporá-los no preço �nal dos
bens e serviços que a empresa oferta aos seus clientes ou consumidores �nais.
O custo do transporte de cargas por km permite que a empresa cubra um valor
justo por esse serviço, ou seja, impede que a empresa não incorpore ao preço
�nal do produto ou serviço que oferece nem um valor elevado demais,
encarecendo o preço do produto ou serviço �nal ofertado aos seus clientes ou
consumidores, nem incorpore um valor demasiadamente abaixo pela prestação
desse serviço, comprimindo suas margens de lucro e rentabilidade dos
negócios.
Custos dos TransportesCustos dos Transportes
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Calcular o custo do km rodado é vital e exige que o tomador de decisão
identi�que, orce e agregue: todos os gastos com os processos logísticos; perdas
associadas ao desgaste de veículos e equipamentos; gastos com MOD e MOI,
necessários para a sustentação de tais serviços. Também é preciso dimensionar
as dinâmicas de aumento ou diminuição de gastos em tais atividades, fato que
melhora os processos de tomada de decisão de desinvestimentos (venda de
veículos e equipamentos ou terceirização de atividades logísticas) ou de
investimentos (decisões de aquisição de novos veículos e equipamentos e/ou
investimento em treinamento e capacitação de pessoal).
Custo do Combustível por Tonelada
Transportada
Particularmente, o custo do combustível tem forte peso na rentabilidade das
empresas, especialmente nas atividades vinculadas ao agronegócio e à
indústria. Os constantes reajustes no preço do petróleo e do diesel afetam
diretamente a cadeia de abastecimentos. Quando nos referimos a ela, você deve
pensar nas atividades relacionadas à movimentação e à entrega como meio de
abastecer diferentes pontos de venda �nal dos produtos. Aumentos no preço do
petróleo afetam de forma quase imediata os custos de transportes.
Diversos fatores determinam o custo do combustível por tonelada transportada,
como: 
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Assim, quanto maiores as distâncias percorridas pelas cargas, menor o
rendimento no consumo nos veículos, maiores os custos de extração, re�no e
distribuição, taxas de impostos e/ou margens de lucros praticadas pelos postos,
maiores serão os gastos com combustíveis. Por outro lado, quanto melhor o
planejamento das rotas, menor a distância percorrida para a realização de
entregas e menores os custos com combustíveis e outros gastos (como
pedágios e desgaste de pneus).
Agora você vai aprender a calcular o custo com o diesel consumido por km.
Suponha que o preço médio do diesel padrão (S10) seja R$ 3,00. Admitindo que
o consumo do caminhão é de 6 km por litro (6 km/l). Sob essas condições, o
custo por km será de R$ 0,50 km/l ( = R$ 3,00/6 km). Esse valor deve ser a base
para a cobrança por quilômetro rodado, incluindo tanto a ida quanto a volta.
Mas como isso deve ser feito? Por meio da aplicação de um fator sobre os R$
0,50 km/l. Admita que esse fator é 3; portanto, você deverá cobrar R$ 1,50 km/l
(= 3 vezes R$ 0,50 km/l). A questão que surge então é a seguinte: por que esse
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fator foi igual a 3 e como esse fator ajuda a determinar o valor por km rodado,
ida e volta?
Do valor de R$ 1,50 km/l do diesel, o R$ 1,00 deve ser empregado no pagamento
do combustível, perfazendo R$ 0,50 km/l na ida e R$ 0,50 km/l. O R$ 0,50 por km
restante deve ser empregado para cobrir os demais gastos associados ao
serviço de transporte (desgaste de pneus, lubri�cantes, serviços de manutenção,
depreciação do veículo, margem de recursos para garantir a troca futura do
veículo e impostos).
Ao realizar uma viagem de 1.000 km, ida e volta, o valor total estimado deverá
ser de R$ 1.500,00 (1.000 vezes R$ 1,50). Desse montante, os R$ 500,00 que
restam após o gasto com combustível deve cobrir os gastos com carga,
descarga, pedágios, serviços com uso de balsa(s) ou dias parados do caminhão.
Assim, ao empregar o fator 3 sobre a estimativa de R$ 0,50 KM/l, ao �nal dessa
viagem, você previu gasto de R$ 500,00 de combustível para a ida, R$ 500,00
para a volta, sendo que os R$ 500,00 restantes devem cobrir os demais gastos
com a operação. Como indicado a seguir, a adoção de técnicas de roteirização
pode contribuir para minimizar os custos com transporte.
Você deve ter percebido que quanto mais e�ciente for o caminhão no uso de
combustível, menor será o gasto total. No entanto, para que o veículo seja
e�ciente, é preciso gastar com manutenção preventiva. Da mesma forma, um
bom processo de roteirização pode reduzir substancialmente a quantidade de
km rodados e/ou de pedágios a serem pagos. Portanto, o bom planejamento e a
implantação de serviços logísticos estão na base de um bom nível de serviços. 
praticar
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p
Vamos Praticar
O transporte realizado pelo modal rodoviário é o mais empregado no Brasil. Isso se
deve a uma série de fatores relacionados ao próprio processo de desenvolvimento
econômico brasileiro, mas também devido às suas vantagens. Leia as alternativas e
assinale a correta.
a) Os principais itens de custos que variam de acordo com a distância percorrida pelos veículos de
transporte são: salário do motorista e pessoal da oficina; licenciamento e seguro dos veículos. Já os
custos que não variam com a oferta de serviços de transporte compreendem: peças e demais
acessórios de manutenção; gastos com combustível e lubrificantes; gastos com pneus ou filtros de
água, ar e óleo.
b) O modal ferroviário possui as seguintes vantagens: grande acessibilidade; ser relativamente fácil
de organizar ou contratar; permitir traçar, organizar e gerenciar diferentes rotas sendo altamente
flexível; apresenta baixa burocracia relacionada à documentação exigida.
c) Gastos com a reposição do veículo (composto pela formação de reservas destinadas à aquisição
de novos caminhões), reposição de equipamentos (reservas destinadas a trocá-los à medida que
atingem sua vida útil) e gastos com seguro obrigatório de veículos (pagamento à seguradora para
obtenção de prêmio no caso da ocorrência de roubo, acidente ou furto do veículo segurado)
representam custos diretos variáveis.
d) O modal de transporte rodoviário apresenta baixo custo devido à incidência de baixas taxas de
impostos e por utilizar combustíveis mais baratos, grande capacidade de carga quando comparada
a outros modais e menor risco de acidentes e que, em geral, garante maior segurança no transporte
das cargas.
e) Entre os principais fatores que afetam o custo de transporte: peso e distância percorrida pela
carga em km; rendimento do consumo pelo veículo; custo de extração, importação, transporte,
refino e de distribuição dos combustíveis; impostos incidentes sobre as atividades de produção e
distribuição dos combustíveis; margem de lucro praticada nos postos de combustíveis;
planejamento eficiente de rotas.
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Um modal de transporte de�ne a maneira por meio da qual a logística de
produtos e/ou pessoas é realizada. Há 5 modais de transporte: (1) rodoviário; (2)
ferroviário; (3) aéreo; (4) aquaviário (marítimo, �uvial ou lacustre); (5) dutoviário.
Estudos apontam que grande parcela dos gastos das empresas tem relação com
a área logística. A rigor, estima-se que mais de 11% de tais gastos estejam
relacionados ao transporte de cargas. Em certas atividades como as vinculadas
ao setor de petróleo e gás, os gastos com transporte podem se apresentar duas
a três vezes maiores que os lucros das empresas.
Independentemente das inovações tecnológicas, que diminuíram
substancialmente os custos logísticos, principalmente aqueles relacionados com
obtenção, armazenamento, processamento e distribuição de informações
relacionadas ao transporte de mercadorias, você tem de aprender que os custos
dos sistemas de transporte continuam afetando os preços �nais dos produtos e,
principalmente, o nível de serviços ofertado por qualquer empresa: garantir o
Custos do TransporteCustos do Transporte
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produto certo, na quantidade certa, no momento certo, no lugar certo, ao
menor custo possível.
Nesta seção, você vai aprender sobre o processo de formação de custos de dois
modais de transporte: rodoviário e ferroviário. A medida de cálculo associada a
qualquer modal de transporte é o km. A partir daqui, você vai aprender que esse
processo demanda calcular os custos �xos e os custos variáveis para que seja
possível apurar o custo do km rodado. É importante que você lembre que deve
repetir esses processos periodicamente, como meio de controlar e ajustar os
gastos com transportes descarregados no preço dos produtos e/ou serviços que
sua empresa oferta no mercado.
Determinantes e Cálculo de Custos do Modal
Rodoviário
O transporte rodoviário é o meio de transporte de cargas mais empregado no
Brasil. Historicamente, isso foi resultado das estratégias de desenvolvimento
industrial, sobretudo as implementadas durante o governo do presidente
Juscelino Kubitscheck (1956-1961). Como meio de promover o processo de
substituição de importações, seu governo estimulou investimentos na indústria
automotiva por meio da instalação de montadoras de veículos estrangeiras (a
alemã Volkswagen e a francesa Simca) e nacionais (a Vemag, que empregava
tecnologia estrangeira), indústrias de autopeças, ao mesmo tempo em que
impulsionou a construção de estradas.
Na sequência serão apresentados os determinantes dos custos do transporte
rodoviário. Você já aprendeu que os Custos Fixos (CF) são aqueles que
permanecem constantes (ao menos durante determinado período de tempo).
Na oferta de serviços de transporte, os CF não variam, independente se o
veículo está parado ou em serviço. A apuração desses envolve impostos (IPVA e
seguro DPVAT), pagamento com seguros, tributos, entre outros gastos como
indicado a seguir.
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O IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores), o DPVAT
(Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias
Terrestres), gastos com licenciamento e outros tributos incidentes sobre a frota
e a prestação dos serviços devem ser recolhidos diretamente pela empresa. Em
geral, tais tributos são cobrados anualmente, sendo que o montante pago
sempre deve ser apurado conforme segue:
Cálculo do IPVA: R$ 24.000,00 anual ÷ 12 meses = R$ 2.000,00 mensais
Valores pagos pelos contratos de seguros dos veículos, admitindo ao
menos duas possibilidades: pagamento anual ou dividido em X
parcelas.
Depreciação (que representa o valor da perda patrimonial aferida em
função do desgaste do veículo e de sua desvalorização no mercado):
como meio de estimar o valor da depreciação do veículo, o gestor deve
recuperar seu preço médio de mercado na tabela elaborada pela
Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e calculá-la da
seguinte forma:
Caminhão tipo WWWWW ano 20XY/modelo 20ZK: Valor em novembro de 2019:
R$ 300.000,00; Valor em dezembro de 2019: R$ 288.000,00; Custo da
desvalorização ou depreciação: R$ 12.000,00
Nesse caso, o caminhão apresentou um custo mensal de desvalorização de R$
1.000,00 = R$ 12.000 ÷ 12 meses ao ano: Gastos �xos com revisões
(programadas ou não): valor de revisão anual R$ 100,00 = R$ 1.200 ÷ 12; Demais
custos �xos: como os gastos relacionados ao rastreamento do veículo.
Como você aprendeu, os Custos Variáveis (CV) aumentam ou diminuem com
base no volume de produção ou vendas. No caso dos serviços de transporte,
oscilam de acordo com o uso da frota empregada pela empresa. Nesse sentido,
quanto maior for a quantidade de entregas e de km rodados e serviços
prestados, maior serão os CV associados aos serviços de transporte mantidos
pela empresa. Na área de transporte, os principais elementos dos CV estão
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relacionados aos seguintes gastos: manutenção preventiva; pneus; combustível;
gastos com pedágios; seguro da carga; despesas diversas de viagem.
Manutenção preventiva do veículo: trocas de componentes
recomendadas pela fabricante do veículo especi�cadas pelo fabricante,
sendo a vida útil das peças calculada com base na quilometragem
(quanto mais o veículo roda, maior será a necessidade de substituições
e maiores as despesas). Os custos de manutenção preventiva incluem:
substituições de peças de desgaste (pastilhas e lonas de freio, correias
e coxins de motor e/ou escapamentos); �ltros de ar, água, combustível;
 peças que sofrem desgaste como rolamentos, suspensão, entre
outros.
Desgaste e substituição de pneus: os gastos com pneus são variáveis
na medida em que os fabricantes recomendam que estes sejam
trocados periodicamente de maneira preventiva, mas seu desgaste
varia em função das condições das vias de tráfego e demais condições
do veículo – entre estas estão alinhamento e balanceamento de direção
dos próprios pneus. Os gastos com pneus são elevados e estão
associados à necessidade de sua troca, que depende da qualidade e do
período de tempo de duração dos pneus substituídos.
Gastos com combustível, graxas e lubri�cantes: o gasto com
combustível é um dos mais signi�cativos gastos relacionados ao
transporte rodoviário e obviamente é função da quantidade de km
rodado. Por essa razão, é necessário controle nesse tipo de gasto.
Todas as despesas relacionadas à operação de serviços de transporte
rodoviário devem ser controladas mês a mês de forma separada, com
rigorosa análise das notas �scais e avaliação dos km rodados e uso de
combustíveis, lubri�cantes, entre outros gastos.
Gastos com pedágios: uma vez que o principal modal de transporte é
o rodoviário, atenção especial deve ser dada à roteirização de cargas e
ao efetivo controle de pagamentos de pedágios feitos no transporte de
mercadorias pela empresa.
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Gastos com seguro da carga: também denominado seguro de
responsabilidade civil, compreende gasto obrigatório para todo
serviço de frete. A função é cobrir quaisquer avarias ou perdas que
ocorram aos produtos transportados que tenham sido causadas por
responsabilidade do caminhoneiro. Nesse caso, todos os gastos
associados a essa modalidade de seguro de cargas no mês devem ser
somados.
Gastos com despesas diversas de viagem: representam gastos
associados a cada viagem (gastos com hotéis, gastos em pontos
estratégicos em parada e gastos com refeições do caminhoneiro e
ajudantes)
Uma vez apurados os custos acima, é preciso somar a quantidade de km rodado
em um determinado mês. Esse valor será o divisor parao custo levantado para
aquele mesmo período. Vamos a um exemplo para ilustrar:
Custos apurados em novembro de 2019: Custos Fixos: CF = R$
20.000,00;   Custos Variáveis: CV = R$ 40.000,00; Custo Total: CT = CF +
CV = R$ 60.000,00
Total de km percorridos no mês de novembro de 2019: 20.000 km;
Custo por km rodado em novembro de 2019; R$ 3,00/km = R$
60.000,00 ÷ 20.000 km
Perceba que essa metodologia permite aferir os gastos cobrados por km como
meio de �xar os custos com os serviços logísticos relacionados ao uso do modal
rodoviário. Observe que se levam em conta os CF e CV, que podem ser
estimados pelo gestor ou pela área �nanceira da empresa. No entanto, o ideal é
a aplicação de uma metodologia mais detalhada já apresentada acima, mas que
aqui será explicitada. O Quadro 1.3 apresenta as vantagens e as desvantagens
do modal rodoviário.
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Quadro 1.3 - Vantagens e desvantagens do emprego do modal rodoviário 
Fonte: Elaborado pelo autor.
Determinantes e Cálculo de Custos do Modal
Ferroviário
Vantagens do modal rodoviário
Desvantagens do modal
rodoviário
Grande acessibilidade (atende a
quase todas as regiões do
território brasileiro)
Elevado custo devido ao preço do
combustível e dos pedágios
Relativa facilidade para organizar
ou contratar o modal
Baixa capacidade de transporte
quando comparado aos modais
aquaviário, ferroviário e dutoviário
Permite traçar, organizar e
gerenciar diferentes rotas sendo
altamente �exível
Alcance menor com relação ao
tempo absorvido no transporte
Baixa burocracia relacionada à
documentação exigida para o
transporte
Ocorrência de maior chance de
extravio de carga em função de
maior probabilidade de ocorrência
de roubos, furtos e ocorrência de
acidentes
No Brasil, é maior a taxa de
investimento na infraestrutura
rodoviária em relação aos outros
modais
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O uso do modal ferroviário constitui opção de transporte de volumes massivos
de cargas que precisam percorrer grandes distâncias, em geral tendo como alvo
um destino �xo, seja para processamento de matérias-primas, seja para
redistribuição de matérias-primas e produtos �nais por meio dos modais
marítimo ou hidroviário. Por exemplo, a infraestrutura de transporte de minério
de ferro e produtos siderúrgicos na região sudeste interliga diversas regiões,
instalações industriais e portos garantindo o �uxo de cargas entre a região do
Vale do Aço, localizado no Estado de Minas Gerais (MG), e portos e instalações
industriais localizadas nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
Na verdade, a produção desses Estados abastece diversas siderúrgicas nacionais
e destina grande parte da produção às exportações. Destacam-se a Vale S.A.,
antiga CVRD (Companhia Vale do Rio Doce), cujo minério é escoado por meio da
Estrada de Ferro Vitória a Minas até terminais localizados no Porto de Tubarão,
em Vitória (ES).
Devido à escala das operações envolvendo as atividades, o modal ferroviário
não possui a mesma �exibilidade de roteirização como o desfrutado pelo modal
rodoviário. Lembre que o modal ferroviário tem a vantagem de transportar
grandes volumes de cargas pesadas, por longas distâncias e em larga escala. Por
essas razões, esse modal também é empregado para transportar commodities
em larga escala, como derivados do petróleo, fertilizantes, produtos agrícolas
(soja e milho), além de minérios e produtos siderúrgicos.
Esse tipo de transporte envolve grandes montantes de investimentos e se
destina a levar grande volume de carga por longas distâncias.
Por essa razão, qualquer projeto de implantação e operação de projetos
vinculados ao modal ferroviário demanda: participação de grande número de
empresas colaboradoras, altos níveis de planejamento e expertise em análise e
elaboração de projetos; longos prazos de implantação e grandes gastos com
investimentos, obras civis e desapropriações; grandes volumes de investimentos
na aquisição e na instalação de enormes quantidades de trilhos e dormentes;
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gastos com aquisição de locomotivas, equipamento de transporte de cargas,
gastos com equipamentos rolantes; implantação e manutenção de equipamento
de sinalização e de segurança e de seguros; capacidade de absorção de grandes
montantes de custos operacionais, �xos e variáveis.
Especi�camente, os custos operacionais envolvem gastos com diversos
elementos: equipagem; combustíveis; lubri�cantes; manutenção das
locomotivas; seguros de locomotivas; manutenção de vagões; seguro de vagões;
manutenção de sistemas de sinalização e de telecomunicação; manutenção da
via permanente; operação de pátios, Centros de Controle Operacional (CCO) e
postos de abastecimento; custos e despesas operacionais gerais (despesas com
pessoal responsável por administrar escritórios, pátios, o�cinas de manutenção
de locomotivas e vagões, trilhos, sistemas de sinalização, entre outros).
Como no caso do modal de transporte, o cálculo do custo por km deve ser
apurado com base nos custos variáveis e �xos levando em conta a
quilometragem percorrida pela carga, uso de combustíveis, gastos com
lubri�cantes e demais insumos, gastos com pessoal, entre outros. A grande
diferença é que a estrutura de gastos no modal ferroviário envolve montantes
muito maiores de gastos, sobretudo aqueles relacionados às decisões de
investimento e de amortização desses gastos.
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Quadro 1.4 - Vantagens e desvantagens do emprego do modal ferroviário 
Fonte: Elaborado pelo autor.
O Quadro 1.4 apresentou as vantagens e as desvantagens do modal ferroviário.
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praticar
Vamos Praticar
Os gastos com transportes são necessários para que a empresa possa entregar seus
produtos aos clientes com melhor nível de serviço possível. Dada a importância do
processo de identi�cação, classi�cação e medição nos processos gerenciais, é
imprescindível conhecer os custos e dimensioná-los, pois “só é possível gerir um
negócio de forma e�ciente se for possível medir sua performance”. Tendo em vista a
necessidade de classi�car os gastos, leia com atenção as a�rmações e assinale a
alternativa correta.
a) A depreciação das máquinas e instalações de fábrica são custos diretos porque se relacionam ao
emprego de mão de obra direta aplicada na produção dos bens e serviços e transporte de
mercadorias.
b) O aluguel de armazéns empregados não compreende um gasto considerado pela empresa como
custo. Já os gastos com juros para financiar a construção desses são considerados investimentos.
c) Matéria-prima e as embalagens são custos diretos, porque podem ser apropriados de forma clara
e com baixos ônus aos diversos produtos fabricados, distribuídos e transportados pela empresa.
d) Materiais de consumo geral, como energia elétrica de fábrica e gastos com manutenção de
máquinas são custos diretos pelas mesmas razões em que são considerados custos as matérias-
primas e as embalagens empregadas no produto.
e) Os pagamentos de comissões de vendedores, assim como os gastos com serviços de transporte,
armazenamento e transporte de cargas, por guardarem estrita proporcionalidade com o volume de
vendas, sempre devem ser considerados como custos variáveis.
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Gestão de Custos Logísticos
Editora:Atlas
Autoras: Ana Cristina de Faria e Maria de Fátima
Gameiro da Costa
Comentário: esse livro-texto apresenta e discute
conceitos e métodos de custeio aplicados à gestão de
processos logísticos enfatizando aspectos contábeis e
econômicos relacionados ao tema. Nesse contexto, se
destaca a apresentação dos seguintes tópicos: aplicações
do custeio baseado em atividades ou custeio ABC
(Activity Based Costing) aplicados na gestão de custos
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relacionados à logística; aplicação de ferramentas de
planejamento estratégico relacionadas às atividades
logísticas com emprego da abordagem Balanced
Scorecard (BSC), o emprego de métodos de análises
multidimensionais, cost to serve model e EVA® aplicados
à tomada de decisões relacionadas aos processos
logísticos.
LIVRO
Logística e Gerenciamento da Cadeia de
Distribuição
Editora: Elsevier
Autor: Antonio Galvão Novais
Comentário: esse livro-texto discute vários aspectos dos
processos logísticos: trata da relação entre logística e
Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain
Management - SCM), apresenta e discute aspectos
relacionados às funções e de�nição de canais de
distribuição, trata de temas relacionados à de�nição do
nível de serviços e faz o mesmo com diferentes modais
de transporte e terceirização (outsourcing) de canais
logísticos. Além disso, apresenta capítulos especí�cos
sobre a análise e a previsão de demanda e sua relação
com o planejamento e a implantação de práticas
logísticas e seu custeio.
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FILME
The Lunchbox
Ano: 2013
Comentário: trata do preparo e da entrega de refeições
preparadas por restaurantes populares ou mães de
famílias indianas. Os serviços consistem em ir de casa em
casa, ora entregando ora recolhendo marmitinhas
empilhadas e guardadas em lancheiras. O método é
e�caz e organizado, tanto que universidades e empresas
estrangeiras procuram buscar os padrões e aplicá-los
fora da Índia. Os dabbawallahs (entregadores) são
famosos por raramente errarem o endereço. O �lme
chama a atenção para a simplicidade e a precisão que
permitem a entrega e recolhimento de mais de 200 mil
marmitas por dia no caos das cidades indianas.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, você aprendeu o que é logística e quais seus principais sistemas.
Ao fazer isso, pôde entender o que é logística integrada e gestão da Cadeia de
Suprimentos Integrada (CSI). Também pôde compreender o que são gastos,
quais são seus tipos, como os custos podem ser classi�cados em relação ao
produto, volume de produção e relevância. Também aprendeu que um dos
processos fundamentais da gestão de custos consiste em classi�car custos e
despesas.
Na sequência, você pôde aprender quais são os principais custos dos processos
logísticos, em particular, os custos vinculados aos processos de armazenagem e
de movimentação de cargas, para, em seguida, compreender quais são os
principais componentes dos custos dos transportes associados a dois tipos de
modais de transporte: modal rodoviário e modal ferroviário. Assim, foi possível
compreender quais são as principais vantagens e desvantagens associadas ao
emprego de cada um desses importantes modais.
referências
Referências Bibliográ�cas
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CAMPOS, L. F. R. Logística: teia de relações. Curitiba: Intersaberes, 2013.
GONÇALVES, P. S. Logística e cadeia de suprimentos: o essencial. Barueri:
Manole, 2013.
RUSSO, C. P. Armazenagem, controle e distribuição. Curitiba: Intersaberes,
2013.
RAZOLLINI FILHO, E. Logística empresarial no Brasil: tópicos especiais.
Curitiba: Intersaberes, 2012.
ROBERTO, K. J. (org.). Gestão de custos: riscos e perda. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 2016.
SCHIER, C. U. C. Gestão de custos. Curitiba: Intersaberes, 2013.
SCHLUTER, M. R. Sistemas logísticos de transportes. Curitiba: Intersaberes,
2013.
SILVA, E. J. Custos empresariais: uma visão sistêmica do processo de gestão de
uma empresa. Curitiba: Intersaberes, 2016.
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