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APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
INTRODUÇÃO: 
Essa apostila foi criada para compartilhar conteúdo e unir nós, vestibulandos, que estamos sendo tão prejudicados 
com a pandemia e também com as ações do governo em relação à educação. A gente sabe que isso não substitui 
aulas presenciais e explicações de profissionais, mas pode te ajudar na preparação para o ENEM. A apostila foi criada 
com base nas aulas de nossos professores, de cursinhos pré-vestibulares e de canais de educação do Youtube. Ela foi 
feita com a nossa explicação, por isso tem uma linguagem simples e informal, e é de aluno para aluno. Esperamos 
muito que te ajude a alcançar a tua aprovação. Não deixe de contar para a gente o que achou do conteúdo depois! 
Bons estudos! <3 
 
Criamos também um grupo no Telegram para compartilharmos dicas, tirar dúvidas da apostila e nos unirmos!! Para 
participar é só apontar a câmera do celular para o QR code abaixo: 
 
Se sua câmera não tiver o leitor de QR code você pode baixar um aplicativo ou então acessar esse link: 
https://t.me/joinchat/Qyg9SBYRImLS2M34inKeMQ 
 
 
 Esse material foi desenvolvido, com muito carinho, por: 
Julia Cardoso @julia_ncardoso 
Eduarda Soares @dusoares_ e @dnastudies 
Júlia Rosa @juliaedsr e @studybyjulia 
Laura Eberhardt @lauraeber_ 
Henry Coruja @henrycoruja 
Juliana de Vargas @ju_dvargas 
 
 
https://t.me/joinchat/Qyg9SBYRImLS2M34inKeMQ
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
 
Fontes usadas como bases: 
https://www.mesalva.com/ 
https://www.youtube.com/user/deboraaladim 
https://www.youtube.com/channel/UCXo0OpedoMJG8WEvHLRVTEg 
https://brasilescola.uol.com.br/ 
https://www.sobiologia.com.br/ 
https://www.instagram.com/dnastudies 
 
 
 
DICAS DE ESTUDOS: 
● Faça um planejamento: Anote quais conteúdos você precisa revisar, monte um cronograma e seja organizado 
com seus horários. 
● Revise: Faça revisões periódicas dos conteúdos, é isso que vai fazer com que você fixe a matéria. 
● Leia o comando das questões primeiro: Muitas vezes você não precisa ler o texto inteiro para responder à 
questão! Leia o comando primeiro para entender no que você precisa focar. 
● Faça intervalos: estudar horas seguidas não aumentará o seu rendimento. Faça pequenos intervalos (mais ou 
menos 10 min) entre as matérias e separe os conteúdos por blocos (de 30 min, 50 min, isso depende de como 
fica melhor para você). 
● Se possível, pratique algum exercício físico durante a semana, eles também têm impacto nos estudos. Poder 
ser qualquer atividade que você goste, o importante é se movimentar!! 
● Separe algum momento do dia/da semana para leitura, isso te ajuda na redação, interpretação de questões e 
aumento de vocabulário. 
● Durma de 7 a 8 horas por noite, o sono auxilia na qualidade dos estudos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.mesalva.com/
https://www.youtube.com/user/deboraaladim
https://www.youtube.com/channel/UCXo0OpedoMJG8WEvHLRVTEg
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
PORTUGUÊS 
GÊNEROS TEXTUAIS 
Os gêneros textuais são classificados conforme 
as características comuns que os textos 
apresentam em relação à linguagem e ao 
conteúdo, além de possuírem uma função social. 
Existem muitos gêneros textuais, os quais 
promovem uma interação entre os interlocutores 
(emissor e receptor) de determinado discurso. São 
exemplos: 
Romances, novelas, fábulas e crônicas: 
Apresentam ações de personagens no tempo e no 
espaço. A estrutura da narração é dividida em: 
apresentação, desenvolvimento, clímax e 
desfecho. Ou seja, se encaixam em gêneros 
textuais narrativos, pois há narração. 
Diários, relatos e notícias: O objetivo é nos 
relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar 
ou acontecimento. Dessa forma, são textos 
repletos de adjetivos, os quais descrevem ou 
apresentam imagens a partir do que o autor conta. 
Ou seja, se encaixam em gêneros descritivos, pois 
há descrição do que está ocorrendo. 
Artigos: Estão encarregados de expor um tema 
ou assunto por meio de argumentações, marcados 
pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo 
tempo que tentam persuadir o leitor. Logo, estão 
encaixados em gêneros dissertativos-
argumentativos. 
Palestra: Possui a função de expor determinada 
ideia, por meio de recursos como: definição, 
conceituação, informação, descrição e 
comparação. Portanto, se encaixa no gênero 
expositivo. 
Receitas, propagandas e manuais de 
instrução: Tem como principal objetivo dar 
ordens, de modo que o locutor (quem está dando 
a ordem) tenta orientar e persuadir o interlocutor 
(quem está recebendo a ordem). Na maioria das 
vezes, esse tipo de texto traz verbos no 
imperativo, como ‘’compre’’, ‘’faça’’ e ‘’diga’’. Por 
isso, se encaixam em gêneros injuntivos. 
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 
Na interpretação de um texto é muito importante 
conhecer o contexto em que ele foi escrito, já que 
este corresponde ao momento de sua produção, às 
situações externas que podem ter influenciado o 
autor, ou seja, à totalidade das informações que 
formam o texto. Se o texto fala sobre um lugar, está 
dando o contexto geográfico; se fala sobre um 
momento, está dando um contexto histórico. É 
importante destacar as informações explícitas (que 
estão nitidamente expostas no texto) e as 
informações implícitas (essas estão de forma 
subentendida no texto, de forma indireta), logo que 
fizer isso, você já vai ter uma boa noção do que o 
texto se trata. Se liga também na construção de 
sentido que o exercício vai te trazer! Se ele tiver o 
sentido denotativo, significa que ele é a 
palavra apresentada em seu sentido original, 
da forma como aparece no dicionário (lembre-se do 
macete: D de denotativo, D de dicionário, sentido 
real). Já se ele trouxer o sentido conotativo, significa 
que ele está dando o sentido figurado da coisa, que 
pode ter várias interpretações diferentes. Quando for 
partir para a leitura do texto é importante focar nas 
informações necessárias, sem se apegar a 
minúcias que podem levar a gasto desnecessário 
de tempo, como em significados de palavras 
isoladas que desconheça, compreenda o contexto 
geral. Saiba onde procurar as 
informações, captando o essencial de cada 
parágrafo. Tente compreender a ideia principal do 
texto, uma dica é identificar as palavras-chave! 
Muitas vezes ficamos em dúvida entre duas 
alternativas na hora de resolver o exercício, e 
acabamos assinalando justamente a incorreta. 
É necessária uma leitura atenta das alternativas 
que geraram a dúvida, para que assim 
consigamos enxergar a incorreção contida 
numa delas, já que apenas uma das alternativas 
deve ser com toda certeza a correta, ao contrário 
das demais, que possuirão algum elemento, 
por menor que seja, que as torne inaceitáveis. 
Para identificar as alternativas 
erradas, devemos eliminar, por exemplo: 
Alternativas aparentemente certas, mas 
que contêm informações adicionais que não estão 
no texto; Alternativas que têm a ver com o texto, 
mas que ou são muito vagas ou não 
condizem exatamente ao trecho questionado no 
enunciado; Alternativas que citam partes 
realmente contidas no texto, mas não as que se 
referem ao que é solicitado no enunciado. 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
Temos vários tipos de variação linguística, entre 
elas: 
Variação Fônica: Que se refere ao som de uma 
palavra. Temos como exemplo abreviações 
indevidas como ‘’você e ocê’’ e ‘’está e tá’’. 
Variação Morfológica: Que se refere à grafia de 
uma palavra. Temos como exemplo ‘’Duzentas 
gramas de presunto.’’ Quando nos referimos a 
https://www.todamateria.com.br/narracao/
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
peso, deve-se usar o numeral no masculino: 
‘’Duzentos gramas de presunto.’’ 
Variação Léxica: Que se refere à gírias e 
neologismos. Variantes Situacionais: Existe a 
variação histórica, que fala e escrita são mudadas 
ao longo dos anos. A variação geográfica se refere 
às palavras que são usadas em regiões diferentes, 
como ‘’cacetinho’’, como é conhecido o pão 
francês no estado do RS. Já a variaçãosocial é 
voltada para o meio em que o indivíduo está 
inserido, como a diferença entre a fala dos 
moradores do interior e da cidade grande. A 
variação de situação ocorre dependendo do local 
em que estamos, do nível de intimidade que temos 
com nosso interlocutor, do assunto que está 
sendo tratado etc, ou seja, modo formal 
ou informal. 
Quanto aos níveis da fala, podemos considerar 
dois padrões de linguagem: a linguagem formal e 
informal. Certamente, quando falamos com 
pessoas próximas utilizamos a linguagem 
dita coloquial, ou seja, aquela espontânea, 
dinâmica e despretensiosa. No entanto, de acordo 
com o contexto no qual estamos inseridos, 
devemos seguir as regras e normas impostas pela 
gramática, seja quando elaboramos um texto 
(linguagem escrita) ou organizamos nossa fala 
numa palestra (linguagem oral). Em ambos os 
casos, utilizaremos a linguagem formal, que está 
de acordo com a normas gramaticais. Observe 
que as variações linguísticas são expressas 
geralmente nos discursos orais. Quando 
produzimos um texto escrito, seja em qual for o 
lugar do Brasil, seguimos as regras do mesmo 
idioma: a língua portuguesa. 
 
Exemplo de variação linguística situacional. 
É importante lembrar que o preconceito linguístico 
ainda é muito visível no Brasil, muitas pessoas 
acreditam que seu jeito de falar é ‘’superior’’ e 
assim julgam e satirizam de forma pejorativa a 
forma do outro se expressar. No entanto, é 
importante salientar que todas as variações são 
aceitas e nenhuma delas é superior, ou 
considerada a mais correta. 
FUNÇÕES DA LINGUAGEM 
Existem seis tipos de funções de linguagem! 
Vamos dar uma olhada em quais são e seus 
principais exemplos? 
Função Referencial: Ela é centrada no assunto, 
e tem como principal exemplo os materiais 
informativos, como relatórios, cardápios, bulas de 
remédio, notícias, textos e livros didáticos. 
Função Emotiva: Focada no emissor da 
mensagem, ou seja, no narrador, que busca 
expressar seus sentimentos. É correspondente a 
diários e cartas pessoais, poemas líricos e textos 
em 1ª pessoa. 
Função Apelativa: Tem como foco persuadir 
quem está lendo, tem como exemplos textos 
publicitários, propagandas, comerciais de TV e 
artigos de opinião. 
Função Poética: Será centrada na própria 
mensagem e sua valorização. Possui estrutura 
poética, sonoridade, ritmo. Presente em poemas, 
letras de música etc. 
Função Fática: É focada na interação e no 
diálogo, buscando manter contato no discurso 
direto. Corresponde às conversas, telefonemas, 
mensagens de texto etc., em que utilizamos 
determinados termos focados na manutenção do 
diálogo, como “né?”, “entendeu?”, “alô” etc. 
Função Metalinguística: Função centrada no 
próprio código de comunicação. Ou seja, 
utilizamos um código para falar sobre esse mesmo 
código, como um poema que fala sobre a arte da 
poesia, uma gramática, que usa a Língua 
Portuguesa para falar sobre a própria língua, um 
dicionário etc. 
 
FIGURAS DE LINGUAGEM 
O principal objetivo das figuras de linguagem é dar 
ênfase à comunicação e tornar a fala mais bonita. 
Dependendo da sua função, elas são classificadas 
em: 
Figuras de palavras ou semânticas: estão 
associadas ao significado das palavras. 
Exemplos: metáfora, comparação, catacrese, 
sinestesia e perífrase. 
https://www.todamateria.com.br/linguagem-formal-e-informal/
https://www.todamateria.com.br/linguagem-formal-e-informal/
https://www.todamateria.com.br/linguagem-coloquial/
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
Figuras de pensamento: trabalham com a 
combinação de ideias e pensamentos. Exemplos: 
hipérbole, eufemismo, ironia, personificação, 
antítese e paradoxo. 
Figuras de sintaxe: interferem na estrutura 
gramatical da frase. Exemplos: elipse, 
polissíndeto, assíndeto, pleonasmo e anáfora. 
Figuras de som ou harmonia: estão associadas 
à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração, 
assonância e onomatopeia. 
Vamos estudar uma por uma? Começando pelas 
figuras de palavras, se liga! 
Metáfora: Há comparação de palavras com 
significados diferentes que ficam subentendidos 
na frase, como por exemplo: A vida é uma nuvem 
que voa. 
Comparação: Essa é fácil de identificar! Nela, 
sempre terá conectivos de comparação (como, tal 
qual, assim), como por exemplo: Seus olhos 
são como jabuticabas. 
Catacrese: Representa o emprego impróprio de 
uma palavra por não existir outra mais específica. 
Exemplo: Embarcou há pouco no avião (embarcar 
é colocar-se a bordo de um barco, mas como não 
há um termo específico para o avião, embarcar é 
o utilizado). 
Sinestesia: Nela, vão ser associadas sensações 
por órgãos de sentidos diferentes, como por 
exemplo: Com aqueles olhos frios, disse que não 
gostava mais da namorada (nesse caso, a frieza 
está associada ao tato e não à visão). 
Perífrase: Nela, vamos substituir uma ou mais 
palavras por outra que a identifique, ou seja, como 
um sinônimo! Veja pelo exemplo a seguir: O rugido 
do rei das selvas é ouvido a uma distância de oito 
quilômetros (nesse caso, o ‘’rugido do rei das 
selvas’’, refere-se ao leão). 
E aí? Viu que é fácil? Bora seguir para as figuras 
de pensamento, então! 
Hipérbole: Essa é bem fácil, ela vai representar 
um exagero na frase, como por exemplo: Morri de 
amores por ele (alguém morre de amores? Acho 
que não!). 
Eufemismo: Nessa, ao contrário da hipérbole 
(que exagera a frase), vamos ter uma suavidade 
na palavra, veja o exemplo: Entregou a alma a 
Deus (significa que a pessoa morreu, mas em uma 
forma mais suave de dizer isso). 
Ironia: É a representação do contrário daquilo que 
é afirmado, por exemplo: É tão inteligente que não 
acerta nada. 
Personificação: Ou também chamada de 
prosopopeia, é a atribuição de qualidades e 
sentimentos humanos aos seres irracionais. 
Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer 
nada. 
Antítese: Palavras opostas. Exemplo: Ontem 
estava rico, hoje pobre. 
Paradoxo: Representa o uso de ideias que têm 
sentidos opostos, não apenas de termos. Veja o 
exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso 
é bom (como é possível alguém estar cego e ver?). 
Está pronto para começar as figuras de sintaxe? 
Vamos seguir! 
Elipse: Nela, a palavra é ‘’excluída’’ na fala ou 
escrita, pois é identificada facilmente. Exemplo: 
Tomara você me entenda (tomara que você me 
entenda). 
Polissíndeto: Esse é super fácil de identificar! 
Nele, vamos ter o uso repetitivo de conectivos. 
Exemplo: Os adultos trabalham e estudam e saem 
(nessa frase, o conectivo ‘’e’’ se repete). 
Assíndeto: É o contrário de o de cima! Nele, 
vamos ‘’esconder’’ os conectivos. Veja no 
exemplo: Não sopra o vento; não gemem as 
vagas; não murmuram os rios. 
Pleonasmo: É a repetição da palavra ou da ideia 
contida nela para intensificar o significado. 
Exemplo: A mim me parece que isso está errado. 
(Parece-me que isto está errado.) 
Anáfora: é a repetição de uma ou mais palavras 
de forma regular. Exemplo: Se você sair, se 
você ficar, se você quiser esperar. Se 
você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para 
você. 
Estamos no finalzinho! Continua vendo. 
Aliteração: Repetição do som de consoantes. 
Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma. 
Assonância: Repetição do som de vogais. 
Exemplo: "O que o vago e incógnito desejo 
de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando 
Pessoa). 
Onomatopeia: Palavras que se referem a algum 
som. Exemplo: Não aguento o tic-tac desse 
relógio. 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
LITERATURA 
QUINHENTISMO 
O Quinhentismo tem esse nome pois representa a 
parte da história/literatura na qual os portugueses 
chegaram em terras brasileiras, em 1500. Tem 
como marco inicial a Carta de Pero Vaz de 
Caminha escrita para o Rei de Portugal, sendo o 
primeiro documento escrito sobre a história do 
Brasil. É um período literário que reúne relatos de 
viagem com características informativas e 
descritivas. São textos que descrevem as terras 
descobertas pelos portugueses no século XVI, 
desde a fauna, a flora e o povo. Por isso, as 
principaiscaracterísticas da literatura dessa época 
são crônicas de viagens, textos descritivos e 
informativos, conquista material e espiritual, 
linguagem simples e a utilização de adjetivos. 
Além disso, os jesuítas, responsáveis por 
catequizarem os índios, criaram uma nova 
categoria de textos que fizeram parte do 
Quinhentismo: a "literatura de catequese’’, duas 
pessoas importantes que representaram isso 
foram o Padre José de Anchieta e Padre Manuel 
da Nóbrega. É importante lembrar que esse 
período cai em formato de questões mais 
históricas no Enem, beleza? 
BARROCO 
Nesse período, que vai do século XVI até XVIII 
(1580-1756), a angústia começa a tomar conta 
dos poetas. Vamos ter como características um 
jogo de teocentrismo (Deus como centro de tudo) 
vs antropocentrismo (o homem como centro de 
tudo), um conflito entre agradar a Deus e ao 
mesmo tempo desfrutar dos prazeres da vida, ou 
seja, é um dilema, como conciliar a vida religiosa 
com a material? Você deve imaginar o quão difícil 
deve ter sido toda essa ansiedade e agonia. Nas 
artes, vamos ter na pintura um jogo de claro vs 
escuro e uma expressividade nos rostos das 
pessoas. Já na escultura, cheia de detalhes, a 
expressão de angústia é visível, bem como uma 
luta entre a religiosidade e a vida terrena. Na 
arquitetura, teremos o uso de linhas curvas, que 
podem ser vistas emoldurando portas, colunas, 
escadas, tetos e altares, preenchendo com 
detalhes qualquer espaço que os olhos pudessem 
perceber. No Enem, em relação ao Barroco, são 
cobradas muitas questões sobre figuras de 
linguagem, vamos entender o motivo? Nesse 
período literário, surgem dois estilos: o cultismo, 
no qual há preocupação com a forma (poesia), 
uma linguagem culta e trabalhada e também um 
jogo de palavras (metáforas e antíteses, não 
lembra o que é? Dá uma olhadinha nos resumos 
de Linguagens); também existe o conceptismo, 
que é totalmente o contrário do outro, esse vai se 
importar com o conteúdo (prosa), trazendo um 
raciocínio lógico e um jogo de ideias. Em Portugal, 
temos como destaque o Padre Antônio Vieira, que 
representa o Barroco brasileiro, ele vai trazer na 
prosa o uso de cartas, sermões e profecias e 
também vai utilizar do conceptismo em suas 
obras, ele também demonstrou preocupação com 
assuntos sociais, políticos e econômicos, inclusive 
defendia os índios. O Barroco no Brasil inicia-se 
em 1601 e vai até 1700. O poema épico 
Prosopopeia, de Bento Teixeira, é considerado o 
marco inicial do período no Brasil, é uma 
‘’imitação’’ de Os Lusíadas, mas retratando 
elementos da colônia e dando uma descrição da 
cidade de Recife. O principal autor aqui é Gregório 
de Matos, que não media suas palavras para 
denunciar a hipocrisia, a desonestidade e a 
corrupção, por ter uma forma ousada de expressar 
suas opiniões, foi apelidado de ‘’Boca do Inferno’’. 
Sua obra pode ser dividida em três aspectos: 
religioso, onde o homem se coloca diante de Deus 
como um ser angustiado; satírico, onde satiriza 
todas as classes sociais; e o lírico, onde ele se 
volta para a mulher, a exaltando, inclusive 
utilizando a frase carpe diem (aproveite o dia), 
como forma de argumentar que a vida é 
passageira e não se deve perder tempo. 
ROMANTISMO 
No Romantismo, temos como contexto histórico o 
Iluminismo (movimento cultural e intelectual, 
surgido na Europa, que teve seu ápice no fim do 
século das luzes), a Revolução Industria (que vai 
trazer um intenso sentimento nacionalista e um 
anseio pela liberdade) e também a Revolução 
Francesa (que contribuiu para construir um ideal 
revolucionário contra regimes absolutistas e 
ajudando no crescimento da burguesia). Com 
todos esses sentimentos que provocaram a ânsia 
pela liberdade nacional, os escritores deram um 
grito de liberdade, produzindo uma literatura 
inovadora e rebelde. Vamos ter como 
características: 
Liberdade de criação: Os autores queriam dizer 
o que pensavam e o que sentiam, da maneira que 
quisessem, deixaram de lado, assim, as formas 
fixas, como o soneto. 
Supervalorização do amor: O amor era 
idealizado, assim como a mulher amada, há um 
exagero de sentimentos. 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
Sentimentalismo: O indivíduo se voltava para si 
mesmo, num estado totalmente depressivo, que o 
isolava do mundo e da sociedade. 
Evasão: Desejo de fuga de tudo e todos na 
sociedade. 
Evasão no tempo: Recuperação da cultura 
medieval (nacionalismo), religiosidade, saudade e 
supervalorização da infância e do homem. 
Evasão no espaço: A natureza era super 
exaltada e considerada como refúgio seguro, lugar 
de sonho e devaneio. 
Evasão na morte: Intensificação do pessimismo 
e do sentimento depressivo nos escritores, vários 
poetas morreram muito jovens por tal efeito. No 
Brasil, temos como marco inicial a publicação de 
Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de 
Magalhães, em 1859. No Romantismo, temos três 
gerações, vamos dar uma olhada em quais são? 
1ª geração romântica 
De 1840 a 1850, essa geração é indianista ou 
nacionalista, ou seja, a temática era o índio e a 
pátria. Na literatura europeia, os heróis nacionais 
são belos e valentes cavaleiros medievais. Na 
brasileira são os índios, igualmente belos, 
valentes e civilizados. Há muito amor pelo país. 
Gonçalves Dias foi o escritor que se destacou 
nessa geração, com a Canção do Exílio e I Juca 
Pirama. 
 2ª geração romântica 
De 1850 a 1860, é conhecida como 
ultrarromântica ou mal-do-século. Nessa geração, 
os escritores estão muito melancólicos, 
depressivos e individualistas, relacionavam o 
amor com a morte, inclusive se inspiravam no 
poeta britânico Lord Byron, que também possuía a 
sua temática muito mórbida. Álvares de Azevedo 
se destacou nessa geração, sendo apelidado de 
poeta da dúvida, também tinha muita obsessão 
pela morte, oscilando entre a realidade e a 
fantasia, sua obra mais famosa é Noite na 
Taverna. 
3ª geração romântica 
De 1860 a 1870, essa geração é chamada de 
geração condoreira, em referência à ave Condor, 
que voa muito alto e tem uma boa visão do 
horizonte. Tem como característica a abolição, 
república e liberdade. Destacaram-se: 
Poesia: Castro Alves – poeta representante da 
burguesia liberal; Prosa: José de Alencar, 
Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha) 
Bernardo Guimarães (A escrava Isaura), Manuel 
Antônio de Almeida (Memórias de um Sargento de 
Milícias). 
VANGUARDAS EUROPEIAS 
Primeiramente, precisamos entender o que é uma 
vanguarda, não é mesmo? É um movimento 
formado por um grupo de pessoas que, por seus 
conhecimentos ou por tendência natural, exercem 
papel de pioneiras em determinado movimento 
artístico, cultural ou científico. Significa buscar 
novas formas de expressão e romper com os 
padrões clássicos. É importante lembrar que ela 
são MUITO importantes para a Semana de Arte 
Moderna, que vamos ver depois. Existem cinco 
vanguardas europeias, vamos analisar cada uma? 
Futurismo: Tem início na França em 1909 a partir 
do manifesto de Filippo Marinetti, é contra o 
passado e o presente, há uma destruição do que 
já é tradicional, valorização dos substantivos e não 
dos verbos, uma exaltação da tecnologia 
(automóveis, trem a vapor), também há uma 
valorização do desenvolvimento industrial e 
pinturas com cores vivas e deformações. Seus 
principais autores são Marinetti, Maiakoski, 
Giacomo Balla, Oswald de Andrade e Anita 
Malfatti. 
Expressionismo: Tem início na Alemanha, em 
1910. Nessa vanguarda, vamos ter a interpretação 
da realidade a partir das angústias e das crises 
interiores do artista, além de uma denúncia social 
muito visível. Há também a predominância dos 
valores emocionais sobre os intelectuais, isso 
pode ser notado nas obras dos principais autores: 
Mário de Andrade e Oswald de Andrade. E na 
pintura, Van Gogh e Edward Munch. 
Cubismo: Tem início na França, em 1907. Vamos 
ter a supressão ao sentimento piegas, destruição 
e construção do caráter, nova visãoda arte, 
mudança geométrica. Na pintura, vamos ter 
recortes e colagens, superposição de imagens, 
objetos desestruturados e distorções. Na 
literatura, pode ser visto a ausência de pontuação, 
sem rima, informações jogadas ao leitor. Teremos 
Pablo Picasso, Georges Braque e Salvador Dalí 
como principais artistas. 
Dadaísmo: Tem início na Suíça, em 1916. Nessa 
vanguarda, a lógica será rompida com o objetivo 
de repudiar tudo que é domínio de consciência, 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
vamos ter uma crítica ao capitalismo e ao 
consumismo, uma irreverência artística (antiarte). 
Há muito caráter pessimista, rebeldia e ironia. 
Vamos ter como principais artistas Marcel 
Duchamp e Max Ernst. 
 
Surrealismo: Tem início na França em 1924. 
Suas artes vão ser baseadas na teoria de Freud, 
arte do sonho, liberação do homem com lado 
irracional, reversão da lógica, nova realidade, 
loucura, estados alucinatórios, mistério, busca do 
inconsciente e imaginação. O principal artista é 
André Breton. 
PRÉ-MODERNISMO 
Tem como características a ruptura com o 
academicismo e o passado, uma linguagem 
coloquial e simples, exposição da realidade social 
brasileira, regionalismo e nacionalismo e 
marginalidade das personagens (o sertanejo, o 
mulato, o caipira). Destacaram-se: Euclides da 
Cunha (Os Sertões), Lima Barreto (Triste Fim de 
Policarpo Quaresma), Monteiro Lobato (Urupês), 
Graça Aranha (Canaã) e Augusto dos Anjos (Eu 
e outras poesias). 
MODERNISMO 
O Modernismo no Brasil tem como marco inicial a 
Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu 
em São Paulo e tinha um ar de independência 
cultural. No contexto histórico onde havia a 
ascensão da burguesia industrial e o aumento de 
imigrantes, esse período teve uma grande 
influência das Vanguardas Europeias. Como 
antecedentes da Semana, vamos ter: a chegada 
de Oswald de Andrade da Europa, trazendo ideias 
cubistas e futuristas (1912); a exposição de pintura 
expressionista de Lasar Segall (1913); a 
exposição de Anita Malfatti e seu confronto com 
Monteiro Lobato (1917); a exibição da maquete da 
obra ‘’Monumento às Bandeiras’’, de Victor 
Brecheret (1920). No evento, havia muitas 
apresentações, conferências, recitais, exposições, 
leituras e convenções, que demonstravam as 
principais características do movimento: 
desintegração do passado, atualização intelectual, 
pesquisa, criação estética e uma consciência 
criadora nacional. Vamos ter como participantes 
da Semana de Arte Moderna: Mário de Andrade, 
Oswald de Andrade, Graça Aranha, Menotti del 
Picchia, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Villa Lobos. 
No início do século XX, o mundo estava mudando 
rapidamente e as artes acompanhavam essas 
mudanças, um exemplo é o movimento futurista. 
Os poetas brasileiros estavam muto fixados na 
poesia parnasiana, e com a Europa cada vez mais 
moderna, o Brasil foi inspirando-se nisso. Tarsila 
do Amaral entra no movimento com sua obra 
Abaporu. Em suma, a Semana de Arte Moderna 
foi indispensável para que as portas do mundo 
moderno fossem abertas para o Brasil. 
Nós temos três gerações no Modernismo, vamos 
dar uma olhada? 
Primeira Geração Modernista 
É chamada de ‘’fase heroica’’ e se estende de 
1922 até 1930. Lembre-se que o Modernismo foi 
um movimento artístico, cultural, político e social 
bem amplo, vamos ter como características dessa 
geração: um nacionalismo crítico e ufanista, 
valorização do cotidiano, resgate das raízes 
culturais brasileiras, críticas à realidade brasileira, 
renovação da linguagem, oposição ao 
parnasianismo e ao academicismo, 
experimentações estéticas, renovações artísticas, 
ironia, sarcasmo, irreverência, caráter anárquico e 
destruidor e o uso de versos livres e brancos 
(geralmente não apresentam nem rima, nem 
métrica). Os principais autores dessa fase vão ser 
Mário de Andrade (com a obra Pauliceia 
Desvairada), Oswald de Andrade (com a obra 
Manifesto Antropofágico) e Manuel Bandeira (com 
a obra Libertinagem). 
Segunda Geração Modernista 
Também chamada de ‘’geração de 30’’, vamos ter 
como contexto histórico a Revolução de 30 e 
Getúlio Vargas, a Revolução Constitucionalista, 
terceiro Reich de Hitler, Guerra Civil Espanhola, 
Segunda Guerra Mundial. Nessa geração, os 
autores vão se aprofundar nas questões sociais, 
principalmente no Nordeste, com a intenção de 
mostrar, denunciar, criticar e dar sugestões para 
resolver estes problemas (aqui está a genialidade 
desses escritores!), mas qual era a problemática 
social daquela época? A miséria, opressão, 
exploração e marginalização. Na prosa, vamos ter 
como principais autores: José Américo de Almeida 
(com a obra A Bagaceira), Rachel de Queiroz (com 
a obra O Quinze), Graciliano Ramos (com a obra 
Vidas Secas), José Lins do Rego (com a obra 
Menino de Engenho), Erico Verissimo (com a obra 
O tempo e o Vento), e Jorge Amado (com a obra 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
Capitães da Areia). Os poetas mais famosos 
dessa geração foram: Cecília Meireles, Carlos 
Drummond de Andrade, Mário Quintana e Vinicius 
de Moraes. 
Terceira Geração Modernista 
O momento em que surge a terceira geração 
modernista no Brasil, é o período menos 
conturbado em relação às outras duas gerações. 
Ou seja, é a fase de redemocratização do país, 
visto que em 1945 termina o Estado Novo (1937-
1945) que fora implementado pela ditadura de 
Getúlio Vargas. Em nível mundial, o ano de 1945 
é também o fim da segunda guerra mundial e do 
sistema totalitário do Nazismo. Entretanto, tem 
início a Guerra Fria (Estados Unidos e União 
Soviética) e a Corrida Armamentista. As principais 
características da terceira geração modernista 
são: academicismo, retorno ao passado, 
experimentações artísticas, oposição à liberdade 
formal, realismo fantástico, retorno à forma poética 
(valorização da métrica e da rima), influência do 
Parnasianismo e Simbolismo, inovações 
linguísticas e metalinguagem, regionalismo 
universal, temática social e humana, linguagem 
mais objetiva. Agora que já estamos sabendo 
sobre o contexto histórico e suas principais 
características, vamos dar uma olhada nos 
autores mais importantes da Geração de 45? 
Poeta Lêdo Ivo: Responsável pela poesia social, 
utilizava de sonetos e haicais (composto por três 
versos). 
Poeta João Cabral de Melo Neto: Analisava bem a 
poesia e a trabalhava com muito afinco. Lembra 
os parnasianos, pois lapida a palavra, porém tem 
tema (conteúdo). Fala sobre o Nordeste em seus 
poemas, sobre a seca e a miséria. Sua principal 
obra é Morte e Vida Severina. 
Clarice Lispector: Responsável pela prosa 
experimental, ela vai trazer em suas obras uma 
leitura intimista, de alma, uso de fluxo de 
consciência (ela escreve enquanto seus 
pensamentos acontecem, por isso as vezes 
podem ocorrer alguns desentendimentos na 
interpretação), trazendo o universo feminino e 
também solidão e conflitos internos. 
Guimarães Rosa: Responsável pelo uso de 
neologismos, invenções linguísticas, usa a palavra 
como o objeto principal da literatura, emprego 
coloquial e regional, também incorporando o 
folclore e usando citações de ditados. 
PÓS-MODERNISMO 
As principais características do movimento pós-
moderno são a ausência de valores e regras, 
imprecisão, individualismo, pluralidade, mistura do 
real e do imaginário (hiper-real), produção em 
série, espontaneidade e liberdade de expressão. 
Oposto ao modernismo, racionalismo, ciência e 
aos valores burgueses, podemos considerar o 
pós-modernismo como uma combinação de várias 
tendências. Essas tendências vigoram até hoje 
nas artes (plásticas, arquitetura, literatura), 
filosofia, política e no âmbito social. De tal modo, 
nas artes, o pós-modernismo foca na 
multiplicidade e mistura de estilos. Não existem 
mais compartimentos de gêneros, ou mesmo a 
formalidade aplicada nas artes, bem como nos 
âmbitos social e cultural. Surge a épocadas 
incertezas, do vazio e do niilismo, donde o “e”, e 
não mais o “ou”, determinará os diversos campos. 
 
Foto: Universo Racionalista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GEOGRAFIA 
BIOGEOGRAFIA 
Esse conteúdo é super importante e vai abranger 
questões sobre meio ambiente e problemas 
ambientais, além de biomas e suas 
características. É um conteúdo que mistura 
climas, vegetação e biodiversidade, por isso ele se 
mistura com biologia e inclusive é cobrado na 
prova de natureza. Você precisa entender onde 
estão esses biomas, quais ações humanas 
praticadas e quais os problemas ambientais que 
afetam esse ambiente. Vamos lá! 
Primeiro: veja no mapa os biomas brasileiros, isso 
ajuda você a se localizar e fica mais fácil de 
entender as características de cada um depois! 
https://www.todamateria.com.br/biomas-brasileiros/ 
MATA ATLÂNTICA: 
Como você vai ver mais em história, o Brasil 
começou a ser colonizado pela região litorânea, 
que onde fica a chamada Mata Atlântica. Aí vão 
algumas de suas características: 
• Chamada também de floresta pluvial 
tropical; 
• heterogênea (esse termo significa que 
apresenta grande biodiversidade); 
• Plantas higrófilas (ou seja, adaptadas a 
ambientes bem úmidos; 
• Plantas latifoliadas (folhas largas), que 
absorvem bastante umidade; 
• Solos férteis (o chamado solo de terra roxa 
é um exemplo de solo fértil); 
Por ter sido o primeiro local a ser explorado, a 
mata atlântica foi MUITO devastada. Hoje cerca 
de 10-15% do bioma está preservado, mas esse 
número já foi ainda menor. Os problemas que 
essa exploração causa estão relacionados com a 
biopirataria, a extinção de espécies da fauna e da 
flora e o desmatamento (que causa alterações no 
solo e nas águas - erosão e assoreamento-, além 
de causar mudanças climáticas). 
 
BIOMA AMAZÔNICO: 
Quando a gente pensa em floresta amazônica a 
gente precisa pensar em água, MUITA água! 
Afinal, é ali onde está a maior bacia hidrográfica 
do mundo (bacia não é só o Rio Amazonas, mas 
sim todos os afluentes que estão ligados com o rio 
principal, o rio amazonas). Além disso, a floresta 
amazônica é muito úmida, com chuvas 
constantes!! 
As características da floresta amazônica são muito 
parecidas com a da mata atlântica, porém ela não 
possui solo fértil! Isso acontece porque a matéria 
orgânica que cai no solo é rapidamente reciclada 
pelos seres vivos, e não dá tempo para que o solo 
absorva muitos nutrientes. 
A floresta também possui três divisões: 
• Mata de Igapó: está o tempo todo 
inundada, ou seja, tem uma vegetação 
hidrófila, por exemplo, a vitória-régia. 
• Mata de Várzea: fica parte do ano debaixo 
d’água, e parte em terra firme. 
Mata de terra firme: não é inundada em nenhum 
momento do ano, é aí onde estão as árvores mais 
altas da Amazônia. 
CERRADO: 
Em outros lugares do mundo, esse bioma é 
chamado de Savana. Ele tem sido muito explorado 
atualmente com atividades agropecuárias, 
servindo para o cultivo da soja, por exemplo. 
• Clima tropical (verão chuvoso, inverno 
seco) 
• Vegetação tropófila, ou seja, adaptada a 
estações bem diferentes (no caso, uma 
estação seca e outra chuvosa) 
• Solos ácidos (por serem solos muito 
antigos) 
• Vegetação rasteira, com algumas árvores 
de médio porte. 
Existem variações do cerrado, conforme a 
umidade da região, que permite mais ou menos 
árvores: 
• Campo cerrado (basicamente gramíneas, 
vegetação rasteira; 
https://www.todamateria.com.br/biomas-brasileiros/
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
• Cerradão: a umidade maior facilita com 
que haja mais árvores, e não só a 
vegetação rasteira. 
 
CAATINGA: 
Esse bioma fica no sertão nordestino e é 
conhecido pela seca que atinge essa região. 
Vamos ver algumas características: 
• Clima semiárido; 
• Solos secos e pouco profundos; 
• Vegetação xerófila, ou seja, adaptada ao 
clima quente e com pouca chuva. 
Possui espécies de vegetação endêmica, ou seja, 
espécies que só existem naquela região e em 
nenhum outro lugar no mundo todo, por isso é tão 
importante a preservação desse bioma, que 
também vem sendo muito explorado… 
 
PAMPA: 
o chamado pampa também é conhecido em outros 
lugares do mundo como pradarias. Ele é típico da 
região sul, e é muito utilizado na agropecuária. 
• Vegetação herbácea (rasteira, ideal para 
criação de gado); 
• Clima subtropical (temperaturas mais 
baixas que o resto do Brasil); 
• Vegetação de capões: é uma vegetação 
que apresenta árvores em torno do rio, 
(também é chamado de mata de galeria) 
É muito comum a prática de pecuária extensiva no 
pampa, que é o tipo de pecuária mais tradicional, 
sem tantos recursos tecnológicos como na 
pecuária intensiva. 
PANTANAL: 
A UNESCO declarou o pantanal como reserva da 
biosfera e patrimônio natural da humanidade, 
justamente pela riqueza de biodiversidade desse 
bioma! 
• Solo com grande salinidade; 
• Inundações frequentes; 
• Grande biodiversidade 
O pantanal é considerado o encontro de vários 
biomas, como o cerrado, a floresta amazônica e o 
chaco paraguaio. Isso faz dele um bioma 
extremamente único!! 
 
PROBLEMAS AMBIENTAIS 
 
Você já viu que o desmatamento e biopirataria são 
problemas muito presentes no Brasil. Agora 
vamos ver mais alguns que afetam nosso país e o 
mundo inteiro: 
PLÁSTICO: 
Ele está presente em quase TUDO! Um dos 
grandes problemas é a questão do microplástico, 
como glitter e plásticos que acabam se 
“dissolvendo” em partículas muito pequenas. O 
microplástico vai parar nos oceanos e acaba 
matando pequenos seres vivos, e assim 
desequilibrando toda cadeia alimentar. Além disso 
muitos plásticos absorvem agrotóxicos e assim 
acabam intoxicando outros seres. 
 
POLUIÇÃO: 
Provavelmente você sabe que o CO2 contribui 
para o aquecimento global, mas a gente precisa 
esclarecer mais essa questão. O aquecimento 
global é um fenômeno natural, porém a grande 
quantidade de CO2 que foi colocada na atmosfera 
pós revolução industrial tem contribuindo para um 
aumento MUITO grande na temperatura. Isso 
causa o derretimento de geleiras, perda de corais 
com o aumento da temperatura nos mares, além 
de causar a acidificação dos oceanos. Outra 
consequência da poluição são os problemas 
respiratórios. 
CLIMATOLOGIA: 
Existem três elementos climáticos que 
caracterizam os climas: temperatura, umidade e 
pressão atmosférica. 
Dos principais fatores que interferem esses 
elementos estão: 
• Latitude: é medida a partir da linha do 
Equador (são as linhas horizontais do 
mapa) e varia de 0° a 90°, ou seja, se um 
país fica próximo à linha do Equador, sua 
latitude é mais baixa (próxima de zero) do 
que de um país mais ao norte ou ao sul. 
Lugares com baixas latitudes têm 
temperaturas mais altas. 
• Altitude: distância entre um ponto e o nível 
do mar. Lugares com maiores altitudes 
tendem a ser mais frios. 
• Massas de ar: São grandes porções da 
atmosfera que se caracterizam por sua 
temperatura, pressão e umidade. Massas 
de ar se deslocam das altas para as baixas 
pressões. 
• Maritimidade: é a influência da umidade do 
mar sobre um território. 
 
 
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EL NIÑO E LA NIÑA: 
Esses dois fenômenos atingem a temperatura das 
águas do Oceano Pacífico, que acabam afetando 
também o clima global. 
O El Niño representa o aumento de temperatura 
das águas, atinge a costa do continente 
americano. Isso afeta o norte e nordeste do Brasil, 
diminuindo a quantidade de chuvas e prolongando 
a estiagem. Já no sul e sudeste acontece o 
aumento das temperaturas médias e maior 
quantidade de chuvas. 
O La Niña representa a diminuição da temperatura 
dessas águas. No Brasil, acaba diminuindo as 
temperaturas e as chuvas no sul e sudeste e 
aumentando a quantidade de chuvas no norte e 
nordeste. 
CLIMAS BRASILEIROS: 
https://blogetecaguai.blogspot.com/2019/04/3-etim-0205-
climas-brasileiros.html 
• Equatorial: quente e chuvoso durante 
maior parte do ano, ou seja, é bem úmido. 
• Tropical: tem duasestações bem 
definidas, um inverno seco e um verão 
quente e chuvoso. O tropical de altitude é 
chamado assim por possuir as 
temperaturas mais baixas do clima tropical, 
devido as suas maiores altitudes. Já o 
tropical litorâneo é chamado assim por ser 
influenciado pela massa de ar tropical 
atlântica, que mantém essa região mais 
quente e chuvosa. 
• Semiárido: Típico da região nordeste, 
possui as temperaturas mais altas do país 
e poucas chuvas. 
• Subtropical: Localizado na região sul, é o 
que possui maior amplitude térmica, ou 
seja, é onde a temperatura varia mais 
durante o ano. Além disso possui as 4 
estações bem definidas. 
CLIMOGRAMAS: 
Os climogramas são gráficos que mostram a 
quantidade de chuva e a temperatura de um local. 
É importante que você saiba interpretá-los para 
tentar identificar qual clima está sendo mostrado 
no gráfico, por exemplo. 
http://blog.portalpositivo.com.br/geodago/ 
A linha representa a temperatura e as colunas a 
quantidade de chuva em cada mês. Veja como a 
quantidade de chuvas é baixa, isso significa que o 
clima é seco, e pela temperatura alta, podemos 
ver que esse climograma se trata de um clima 
semiárido. 
GEOMORFOLOGIA: 
Os agentes capazes de transformar o relevo 
podem ser internos (endógenos) ou externos 
(exógenos): 
Os agentes endógenos são formadores de relevo: 
Vulcanismo, terremotos e tectonismo. Todos os 
três têm relação com o movimentos das placas 
tectônicas. 
Já os agentes exógenos são modeladores de 
relevo, ou seja, vão modificar esse relevo que já 
está formado. O principal agente é a erosão, que 
é o desgaste de rochas e solos. Esse desgaste 
ocorre pelo efeito de chuvas, ventos, ondas e até 
rios. Primeiro o material sofre intemperismo, 
depois essa parte desgastada é transportada (pelo 
vento, por exemplo) e depositada em algum outro 
local. 
Existem 3 estruturas geológicas: 
1. Escudos cristalinos ou Crátons: são as 
estruturas mais antigas e que já sofreram 
bastante com a erosão. 
2. Bacias sedimentares: formadas a partir de 
sedimentos dos crátons. existem bacias 
mais antigas e outras mais modernas. 
3. Cinturões orogênicos: São os terrenos 
mais instáveis, com atividade tectônica. 
Formados a partir vulcanismo, abalos 
sísmicos, e outras atividades que geram 
montanhas. 
https://blogetecaguai.blogspot.com/2019/04/3-etim-0205-climas-brasileiros.html
https://blogetecaguai.blogspot.com/2019/04/3-etim-0205-climas-brasileiros.html
http://blog.portalpositivo.com.br/geodago/
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
Existem 4 macroformas de relevo: 
1. Montanhas (formadas pelo tectonismo). 
2. Planaltos (também chamados de 
chapadas ou escarpas). 
3. Planícies (superfície plana ou levemente 
ondulada, próximo ao nível do mar). 
4. Depressões (relativas: altitudes menores 
de um relevo, ou absolutas: mais baixo que 
o nível do mar). 
BRASIL: 
O Brasil é um território antigo que já sofreu muita 
erosão, por isso não existem grandes altitudes. 
A parte do território que é formado por escudos 
cristalinos é onde são encontrados recursos 
minerais, como o ferro e o manganês. 
Já nas regiões de bacias sedimentares é onde 
encontramos os combustíveis fósseis, como o 
petróleo. 
E por isso, nas regiões de cinturões orogênicos, 
são encontrados os planaltos com maiores 
altitudes. 
HIDROGRAFIA: 
O Brasil é um país com MUITA água. Temos os 
dois maiores aquíferos do mundo, a maior bacia 
hidrográfica e vários outros rios super importantes! 
Toda essa água favorece a agropecuária, o 
transporte, o abastecimento das cidades e 
também a produção de energia. 
Vários desses rios se localizam em regiões de 
planaltos, e por isso, possuem um grande 
potencial energético. É por isso que temos tantas 
hidrelétricas, como Itaipu, Belo Monte e Tucuruí. 
Outra característica sobre os rios brasileiros é que 
eles são perenes, ou seja, não secam durante 
uma fase do ano. A única exceção fica no sertão 
nordestino, que possui problemas sérios durante a 
estiagem, e uma má distribuição desse recurso. 
BACIA AMAZÔNICA: 
Essa bacia engloba o Rio Amazonas e todos os 
seus afluentes. É a maior do mundo, muito 
utilizada para transporte. Seus afluentes possuem 
potencial energético, porém não são tão 
aproveitados assim. 
AQUÍFEROS: 
Os aquíferos são acúmulos de água subterrâneas. 
Antes pensava-se que o Aquífero Guarani, 
localizado no centro-sul, era o maior do mundo. 
Porém, mais recentemente foi descoberto que o 
maior aquífero é o SAGA, que fica no Norte do 
país. Eles são grandes reservas de água doce, 
porém o aquífero Guarani já sofre com a 
contaminação. 
GEOPOLÍTICA: 
A geopolítica costuma cair em questões de 
atualidades. É a parte da geografia que estuda as 
relações econômicas, sociais e culturais entre os 
países, seus fenômenos e suas consequências. 
Esse é um conteúdo bem grande, mas o mais 
importante aqui é você entender os conceitos, a 
lógica e o funcionamento do mundo em que 
vivemos. 
A gente pode dividir o mundo entre a Velha Ordem 
mundial, que é o período da guerra fria, onde 
existia uma bipolaridade: Estados Unidos x União 
Soviética, Capitalismo x Socialismo, e a Nova 
Ordem mundial, que é o mundo como o 
conhecemos hoje, pós Guerra Fria. 
Nessa Nova Ordem mundial, existe o conceito de 
multipolaridade, ou seja, existem grandes 
potências que dominam a economia, o mundo não 
é mais dividido em dois, mas sim em várias partes, 
que se conectam. A multipolaridade é 
representada pelos Estados Unidos, Japão, China 
e União Europeia. 
A palavra-chave aqui é GLOBALIZAÇÃO! Ela é 
um fenômeno do mundo atual, atinge não só a 
economia, mas também a cultura, a política, a arte 
de todos os países do globo. Os grandes agentes 
dessa globalização são os blocos econômicos, as 
empresas transnacionais (Apple, Samsung, 
Nike...) e organizações como a ONU. Esses 
agentes promovem a comunicação e o transporte, 
por isso hoje temos acesso à cultura e produtos de 
outros países. 
Algumas consequências (boas e ruins) são: 
• Hibridismo cultural: é essa junção de 
culturas e costumes 
• Xenofobia: o preconceito com pessoas de 
outros países e suas culturas 
• Monopólio de empresas: o domínio de 
grandes empresas, que acabam 
“sufocando” empresas menores 
• Desigualdade social: a falta de acesso a 
recursos tecnológicos da globalização 
exclui parte da população. 
 
Agora, vamos ver um pouco mais sobre um 
desses agentes, os BLOCOS ECONÔMICOS: 
Existem 4 divisões dos blocos econômicos, de 
acordo com o nível de integração dos países: 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
1. ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO: Redução 
de taxas alfandegárias. Serve para 
promover o comércio entre os países. 
exemplo: NAFTA (Canadá, Estados 
Unidos e México). 
2. UNIÃO ADUANEIRA: Redução das taxas 
alfandegária + cobrança de tarifas iguais 
para importar produtos, a chamada TEC 
(Tarifa Externa Comum). Exemplo: 
MERCOSUL. 
3. MERCADO COMUM: Redução das taxas 
alfandegárias + TEC + livre circulação de 
bens, serviços e pessoas. No momento 
não existe nenhum bloco nesse nível. 
4. UNIÃO MONETÁRIA: Redução das taxas 
alfandegárias + TEC + livre circulação de 
bens, serviços e pessoas + adoção de uma 
moeda única. Exemplo: União Europeia. 
 
MERCOSUL: Esse é um dos blocos mais 
importantes para a prova. Foi fundado por Brasil, 
Argentina, Uruguai e Paraguai. 
Em 2012 o Paraguai foi suspenso devido ao golpe 
que o presidente Fernando Lugo deu no país, e 
desde 2016 a Venezuela está suspensa, também 
devido a problemas internos. 
Quem comanda o bloco são normalmente os 
ministros de relações internacionais e economia 
de cada país, que formam o Conselho de Mercado 
Comum. 
Fora os países fundadores, estão os países 
associados, que não tomam decisões definitivas: 
Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador. 
E ainda existem os países observadores, que 
mantém algumas relações comerciais: México e 
Nova Zelândia. 
BRICS: Formado por Brasil, Rússia, Índia e China, 
e mais recentemente, África do Sul. Ele é formado 
a partir deinteresses econômicos e características 
comuns entre esses países. Vale lembrar que a 
China é um grande parceiro comercial do Brasil, e 
importa do nosso país principalmente carne, soja 
e minérios. 
Recentemente o governo americano rompeu com 
as ligações que formavam a NAFTA, existe agora 
um acordo bilateral, mas que não é a mesma 
NAFTA que já existiu. 
OCUPAÇÃO DO BRASIL 
Como você já viu, a colonização começou no 
litoral, principalmente no Nordeste. Depois outras 
cidades foram se desenvolvendo, como Rio de 
Janeiro, e por último a região sul e o interior do 
país. Agora a gente precisa entender o porquê, 
como isso foi acontecendo e quais atividades 
foram se desenvolvendo nessas regiões. 
CICLOS DA AGRICULTURA: 
O Brasil se industrializou bem tarde, e isso fez com 
que por muito tempo a principal atividade por aqui 
fosse a agricultura. Plantation é o nome de uma 
prática muito comum no Brasil. É a ideia de 
monocultura, ou seja, você produz apenas um tipo 
de produto, em grandes fazendas, os chamados 
latifúndios. A mão de obra escrava foi MUITO 
usada para manter esse sistema de plantation. 
Com essa ideia, o Brasil sempre teve um grande 
produto exportador: 
• O primeiro grande produto foi a cana de 
açúcar, durante os séculos XVI e XVII, no 
Nordeste. 
• No século XVII, houve o ciclo do ouro em 
minas gerais, sudeste do país. 
• Depois foi o café, no século XIX, no 
Sudeste, principalmente Rio de Janeiro e 
São Paulo. 
• Mais tarde, o grande produto de 
exportação foi o látex, retirado das 
seringueiras na região Norte e usado para 
fazer borracha. Isso aconteceu porque era 
o início da produção de automóveis, 
durante o final do século XIX e início do 
século XX. 
• Atualmente, o Brasil é o maior exportador 
de soja, que é cultivada principalmente no 
centro-oeste. Porém hoje a agricultura já é 
mais diversificada e essa lógica de apenas 
um grande produto para exportação já não 
é tão forte. 
Viu como a ocupação do país tem uma relação 
direta com a economia? Esses ciclos geraram 
processos migratórios tanto de brasileiros 
migrando dentro do país, quanto de estrangeiros 
vindo para cá. Bora revisar alguns detalhes 
importantes disso! 
• Mesmo que tenha sido o que chamamos 
de migração forçada, a gente não pode 
esquecer o enorme número de imigrantes 
africanos que vieram para o Brasil e se 
tornaram escravos, eles são 
importantíssimos para a formação do país! 
• Durante o ciclo do café, que ocorreu 
durante o contexto de revolução industrial 
e do fim da escravidão, muitos imigrantes 
europeus vieram para o Brasil em busca de 
terras e boas condições de vida, o país 
incentivou a vinda desses imigrantes e um 
dos motivos para isso era, infelizmente, 
para “branquear o Brasil”, que até então 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
era composto basicamente por ex-
escravos. 
Com isso que vimos agora, podemos dizer que a 
industrialização no Brasil começou com a abolição 
da escravatura. Para ficar mais fácil de entender 
as características dessa indústria vamos separá-
la em 4 períodos: 
1. (1530-1808): No início da industrialização 
o país ainda era uma colônia portuguesa, 
e por isso Portugal proibiu a produção em 
larga escala, para evitar que o Brasil 
crescesse muito e quisesse sua 
independência. 
2. (1808-1930): Depois da independência, o 
Brasil ainda não conseguiu desenvolver 
sua indústria porque os produtos ingleses 
inibiam a produção nacional. Foi nesse 
momento que a ocorreu a abolição, a vinda 
de imigrantes e o ciclo do café, que 
impedia o desenvolvimento de outras 
produções. Vale lembrar que entre 1914 e 
1918 ocorreu a primeira guerra mundial, 
que contribuiu um pouco para a indústria 
brasileira, já que a Europa estava 
devastada. Porém, o brasil ainda tinha a 
economia muito focada na agricultura. 
3. (1930-1960): Nesse período houve a crise 
econômica de 1929 e 2ª guerra mundial. 
Novamente a indústria nacional foi 
favorecida. Essa também foi a época do 
Governo de Getúlio Vargas, que investiu 
muito na chamada indústria de base, ou 
seja, indústria petrolífera (momento onde a 
Petrobrás foi criada), indústria siderúrgica 
e hidrelétricas para geração de energia. 
4. (1956-atualmente): Foi a partir desse 
período que o país conseguiu de fato se 
industrializar. Isso foi possível com capital 
estrangeiro, ou seja, com empresas 
multinacionais que se instalaram por aqui. 
A mecanização do campo também se 
desenvolveu, dando início a agroindústria. 
O país também começou um processo 
para levar a indústria para o interior, que 
estava muito centralizada na região 
litorânea ainda. Foi com esse intuito que 
Brasília foi criada, por exemplo. A Zona 
Franca de Manaus (ZFM), também é outro 
exemplo. Essa região foi criada para que 
as empresas se estabelecessem na região 
norte, levando empregos. Assim, o país 
dava benefícios para as empresas que se 
instalassem ali, como flexibilização de 
impostos. 
 
INDUSTRIALIZAÇÃO E 
CAPITALISMO: 
O capitalismo foi se modificando e se 
desenvolvendo com o passar dos anos, 
juntamente com a indústria, que mudou não só 
seus produtos, mas também seu modelo de 
produção. 
 
FASES DO CAPITALISMO: 
• CAPITALISMO COMERCIAL: ele 
aconteceu entre os séculos XV E XVIII, no 
momento em que países ricos procuravam 
colônias de exploração e de povoamento, 
foi nesse momento que os portugueses 
chegaram no Brasil e os Espanhóis na 
América latina. Esses países ricos, as 
metrópoles, buscavam acumular riquezas, 
normalmente em forma de metais. 
• CAPITALISMO INDUSTRIAL: Do século 
XVIII a XX, foi a fase do imperialismo na 
África e Ásia, a Europa passava por uma 
fase de excedente populacional, e muitos 
europeus migraram para essas colônias. 
Além disso, a revolução industrial fez com 
que a houvesse a divisão internacional do 
trabalho e nessa lógica também surgiu os 
modelos de produção que veremos mais 
pra frente. 
• CAPITALISMO FINANCEIRO: Acontece 
primeiramente na fase bipolar (guerra fria), 
surgem os blocos econômicos e a 
expansão do capitalismo. Logo em seguida 
vem o nova ordem mundial, de 
multipolaridade, a ideia de Estado mínimo 
e o combate ao terrorismo. Ele acontece 
até hoje, com a compra de ações, títulos e 
outras atividades financeiras. 
• CAPITALISMO INFORMACIONAL: É o 
capitalismo do século XXI. Com a internet 
amplamente utilizada, criptomoedas e 
biotecnologia. 
 
MODELOS DE PRODUÇÃO: 
FORDISMO: é aquela ideia de produção em 
massa, o trabalho repetitivo e alienado para gerar 
a maior quantidade possível do produto, para 
criação de estoque. A esteira de montagem foi 
essencial para esse modelo, pois diminuía o 
tempo gasto na produção e aumentava a 
produtividade. 
TAYLORISMO: Nesse modelo, era necessário um 
trabalho mais especializado e menos alienado. 
Existe uma divisão de trabalho conforme a 
especialização e rígido controle de tempo. Ainda 
assim é um trabalho bem repetitivo. 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
TOYOTISMO: Já nesse modelo, a jornada de 
trabalho é bem mais flexível e não existe a 
necessidade de criar um estoque, é chamada 
produção “just in time”, ou seja, é uma produção 
de acordo com a demanda. Além disso, esse 
modelo investiu muito em robótica e informática. 
VOLVISMO:É o modelo mais moderno. A gente 
pode dizer que é um modelo mais individual, pois 
ele investe no trabalhador, com treinamentos, 
equipes de trabalho, procurando o melhor 
desempenho do empregado de acordo com a sua 
possibilidade. 
DEMOGRAFIA: 
As questões sobre demografia normalmente 
envolvem gráficos, você irá precisar entender o 
gráfico e qual a consequência daquele dado, ou o 
que aquele dado significa. Você já viu o porquê de 
muitas das características da população brasileira 
nos módulos anteriores, então agora será mais 
fácil de entender os gráficos e projeções. 
 
CONCEITOS MAIS IMPORTANTES: 
• Densidade demográfica ou população 
relativa: é o número de habitantes por km2. 
• População absoluta: é a população total 
em um determinado território.• Taxa de natalidade: número de 
nascimentos em uma determinada área 
• Taxa de fecundidade: número de filhos por 
mulher. 
• Taxa de mortalidade: número de óbitos em 
uma determinada área. 
• Crescimento vegetativo ou natural: taxa de 
natalidade- taxa de mortalidade. Serve 
para ver o quanto uma população está 
crescendo. 
 
SOBRE O CRESCIMENTO 
VEGETATIVO NO BRASIL: 
• 1° Período (1872-1940): Crescimento 
lento devido à alta taxa de mortalidade. 
• 2° Período (1940-1980): Explosão 
demográfica: melhores condições 
sanitárias, incentivo a urbanização por 
Getúlio Vargas) 
• 3° Período (1980- atualmente): 
desaceleração desse crescimento devido 
aos altos custos de educação, 
contraceptivos e a inserção da mulher no 
mercado de trabalho. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
DEMOGRÁFICAS DO BRASIL: 
• Maior densidade demográfica no litoral, 
vazios demográficos no Norte (fator 
limitativo da floresta amazônica e questões 
comerciais) 
• Mais de 80% da população vivendo em 
áreas urbanas. 
• Taxas de fecundidade menores no Sul e 
Sudeste, que são áreas com maior 
concentração de capital. 
• População jovem concentrada no Norte e 
Nordeste, devido às altas taxas de 
fecundidade dessa regiões. 
• População de mulheres é maior em todas 
as regiões, exceto no Norte (devido às 
obras de grandes construções: 
transamazônico, extração mineral, 
hidrelétrica de Tucuruí, ferrovias…). 
• Atualmente: queda na taxa de fecundidade 
e aumento da expectativa de vida. 
 
PIRÂMIDE ETÁRIA: 
As pirâmides etárias mostram a população de uma 
determinada área dividida por idade e sexo. Elas 
são muito usadas para indicadores sociais e tem 
grande relação com economia de um país. 
PIRÂMIDE DE PAÍSES 
DESENVOLVIDOS: 
Tendem a ter uma base estreita, devido à baixa 
taxa de fecundidade que esses países 
apresentam, e ter um topo larga, já que países 
desenvolvidos possuem melhor qualidade de vida 
e por isso, maior quantidade de idosos. 
 
PIRÂMIDE PAÍSES 
SUBDESENVOLVIDOS: 
Possuem bases largas e topos estreitos, já que 
possuem maiores taxas de fecundidade e a 
expectativa de vida é menor. 
 
PIRÂMIDE BRASILEIRA: 
 
1940: 
 
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-
etarias.htm# 
Percebe-se que a taxa de natalidade era alta e que 
a qualidade de vida era baixa, já que a população 
ia diminuindo conforme se aproxima do topo. 
 
Projeção 2040: 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-
etarias.htm# 
 
Mostra o aumento populacional, maior população 
economicamente ativa, maior expectativa de vida 
e menor taxa de natalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
HISTÓRIA 
PERÍODO PRÉ-COLONIAL 
O Período Pré-Colonial começa em 1500 com o 
descobrimento do Brasil e vai até 1532, com 
a chegada das primeiras expedições 
colonizadoras comandadas por Martim Afonso de 
Souza. Esse período foi marcado por um 
relativo desinteresse dos portugueses pelo 
território recém descoberto e por 
inúmeras tentativas de invasão de outros países 
europeus, como França, Inglaterra e Holanda. Já 
a partir de 1530, o comércio português com as 
Índias entrava em declínio. Ao mesmo tempo, o 
fluxo de tentativas de invasões por parte dos 
contrabandistas de pau-brasil se intensificou, e as 
expedições portuguesas enviadas para expulsar 
os invasores não tiveram muita eficácia. Isso tudo 
fez com que o rei de Portugal, D. João 
III, decidisse por iniciar efetivamente a 
colonização do Brasil. Em 1530, Martim Afonso de 
Souza parte com 50 embarcações repletas de 
pessoas, ferramentas e sementes, para enfim 
começar a povoar o Brasil Colônia. 
O BRASIL COLÔNIA 
Com o declínio do comércio de especiarias, as 
atenções portuguesas voltaram-se para a América 
portuguesa e as constantes tentativas de invasão 
tornaram-se uma preocupação. É nesse contexto 
que em 1534, o então Rei Dom João III inaugura 
o sistema das capitanias hereditárias, na intenção 
de começar o processo de povoamento na 
colônia. O rei dividiu a faixa litorânea em 15 lotes, 
14 capitanias e entregou-as a 12 donatários, 
nobres portugueses que tinham a posse útil das 
terras. A posse das capitanias era passada aos 
descendentes dos donatários e estes podiam 
entregar pedaços de terras, as 
chamadas sesmarias, para terceiros. O sistema 
das capitanias hereditárias foi uma estratégia 
interessante para o governo português, uma vez 
que povoou a colônia sem grandes custos para o 
Estado. Pouco mais de 10 anos depois da doação 
das terras por parte do rei, o sistema das 
capitanias hereditárias ainda não funcionava muito 
bem. Isso porque, a maioria dos donatários não 
veio para o Brasil imediatamente, deixando 
buracos vazios no litoral, o que enfraquecia sua 
função de defesa. As capitanias viviam até então 
em um regime extremamente desorganizado, com 
falhas na comunicação entre os donatários e falta 
de recursos. Mediante a esse cenário, Dom João 
III acreditou que a solução viria da centralização 
da administração em uma autoridade real, 
fundando assim em 1548 o chamado Governo-
Geral. 
CICLO DA CANA-DE-AÇÚCAR 
Os portugueses esperavam que ao introduzir o 
cultivo da cana, conseguissem firmar a 
colonização, garantir a presença portuguesa e 
com isso, impedir as invasões externas e 
ameaças estrangeiras. 
Os holandeses desempenhavam papel 
importante no ciclo da cana no Brasil. Primeiro, 
faziam empréstimos para que portugueses 
cultivassem a cana na América Espanhola. Além 
disso, eram eles que compravam a maior parte da 
matéria-prima, refinavam e vendiam o açúcar. 
Quando em meados do século XVII, 
foram expulsos do litoral do nordeste brasileiro e 
depois de algumas tentativas frustradas de invadir 
o território brasileiro, os holandeses conquistam a 
região do Caribe. É nesse momento 
que começam a plantar sua própria cana-de-
açúcar e entre os anos de 1680 e 1700 param de 
comprar a cana dos portugueses. Além disso, 
passam a controlar o transporte e comércio do 
produto e dominam o mercado consumidor 
europeu, iniciando a crise do ciclo da cana-de-
açúcar no Brasil. Com a descoberta do ouro no 
final do século XVII, a economia passou a se voltar 
para a extração do minério, principalmente na 
região de Minas Gerais. 
O CICLO DO OURO 
A partir do final do século XVII, a descoberta do 
ouro impulsionou a extração e exportação dos 
minérios, tornando essa atividade a principal desta 
fase colonial no país. As primeiras grandes 
reservas de ouro do Brasil foram descobertas 
pelos bandeirantes na região que hoje é Minas 
Gerais. Portugal passou décadas explorando 
esses recursos tão valiosos. A metrópole cobrava 
altos impostos em cima da atividade, como o 
chamado “quinto”, taxa de 20% sob todo ouro 
retirado das minas. Desde a segunda metade do 
século XVIII, o ouro começou a ficar mais 
escasso. Entretanto, Portugal não diminuiu os 
impostos sobre ele, ao contrário, decretou a 
chamada “derrama”, imposto que obrigava cada 
região aurífera (extratora de ouro) a recolher uma 
tonelada e meia de ouro por ano e entregá-lo para 
Portugal. 
CRISE DO PERÍODO COLONIAL 
A crise do sistema colonial brasileiro aconteceu 
devido ao declínio da produção de açúcar, da 
escassez do ouro e das aspirações de liberdade 
https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/pau-brasil
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
influenciadas pelas emancipações de outras 
colônias pelo mundo. Desde a chegada da Família 
Real no Brasil em 1808, muitas transformações 
ocorreram. Uma das mais significativas foi 
a aberturados portos por Dom João VI, que 
acabou rompendo com o pacto colonial, ou seja, 
com a restrição do comércio da metrópole com a 
colônia. Desenhavam-se assim as questões 
políticas e econômicas que culminaram na 
Independência do Brasil. Por volta de 1820, a 
população portuguesa, tomada por uma grave 
crise econômica, pela insatisfação e não 
reconhecimento da autoridade inglesa, passa a 
pedir a volta de Dom João VI para Portugal. Esse 
movimento ficou conhecido como a Revolução 
Liberal do Porto e exigia também uma constituição 
que garantisse o fim do absolutismo português e 
a recolonização do Brasil, que a essas alturas já 
via o surgimento de forças pró-independência em 
seu território. Dom João VI acabou por ceder à 
pressão e volta para Portugal, deixando seu 
filho Dom Pedro como regente no Brasil. É nesse 
momento que o chamado Partido Brasileiro, 
composto por uma elite latifundiária, ganha força e 
se alia a Dom Pedro para tentar a emancipação da 
colônia. Esse partido surgiu como uma resposta 
às investidas portuguesas no sentido de 
recolonizar o Brasil e fechar os portos. Enquanto 
Portugal tentava a recolonização de seu território 
na América, o príncipe regente no período, Dom 
Pedro, tomava decisões que cada vez mais 
desagradaram a metrópole e davam andamento 
ao processo de emancipação. Algumas dessas 
medidas foram a organização da Marinha 
Brasileira e a expulsão das tropas portuguesas. 
Em maio de 1822, cansado das pressões 
portuguesas, Dom Pedro cria o Tratado do 
Cumpra-se, que determinava que as decisões 
vindas de Portugal precisavam ser admitidas por 
ele antes de entrarem em vigor. Além disso, em 
junho do mesmo ano, Dom Pedro convoca uma 
Assembleia Constituinte, fator determinante que 
levou à Independência do Brasil, uma vez que 
significaria que o Brasil não mais estaria sob a 
regência da Constituição portuguesa. Dom Pedro 
estava em uma viagem quando recebeu uma carta 
de Portugal que queria anular a Assembleia 
Constituinte e exigia seu retorno para Portugal 
mais uma vez. Foi nesse momento, no dia 07 de 
setembro de 1822, que Dom Pedro proclamou 
a Independência do Brasil. 
ESCRAVIDÃO 
Portugal tinha uma população pequena, cerca de 
2 milhões de habitantes, e não tinha condições de 
dispensar parte de seus habitantes para sua 
colônia americana. Para suprir os braços que 
faltavam, os colonizadores usaram a escravidão. 
Desta maneira, portugueses, espanhóis, 
franceses e ingleses tornaram a escravidão um 
negócio lucrativo. Superlotaram os porões de seus 
navios com negros africanos (navios negreiros) 
para serem vendidos nos portos brasileiros e em 
toda América. As pessoas escravizadas 
produziram toda riqueza no Brasil: desde o plantio 
da cana de açúcar, colheita, construção de casas, 
engenhos, igrejas, tudo isso era feito por cativos. 
Escravizar africanos era muito mais lucrativo que 
escravizar indígenas e por esta razão, os 
europeus preferiram investir no tráfico negreiro. As 
condições de escravidão no Brasil eram as piores 
possíveis e a vida útil do escravo adulto não 
passava de 10 anos. Primeiro, os seres humanos 
escravizados enfrentavam o transporte da África 
para o Brasil nos porões dos navios negreiros, 
onde muitos morriam antes de chegar ao destino. 
Após serem vendidos, passavam a trabalhar de 
sol a sol, recebendo uma alimentação de péssima 
qualidade, vestindo trapos e habitando as 
senzalas, locais escuros, úmidos e com pouca 
higiene, adaptado apenas para evitar fugas. Errar 
não era permitido e poderia ser punível com 
castigos dolorosos. Eram proibidos de professar 
sua fé ou de realizar suas festas e rituais, tendo 
que fazer isso às escondidas, pois era suposto 
que abraçassem a religião católica. Daí surge o 
sincretismo que verificamos no Candomblé. No 
caso das mulheres negras, eram exploradas 
sexualmente e como mão de obra para trabalhos 
domésticos, como cozinheiras, arrumadeiras, etc. 
Quando fugiam, os capitães do mato perseguiam 
os escravos. A obtenção da liberdade só era 
possível quando escapavam para quilombos ou 
quando conseguiam comprar a carta de alforria. 
Numa sociedade que adotava as ideias do 
liberalismo, não poderia haver espaço para a 
escravidão. Afinal, a privação de liberdade não 
combinava com a nova etapa do capitalismo de 
consumo. O tipo de produção industrial exigia mão 
de obra barata e importar pessoas para serem 
escravas estava se tornando cada vez mais caro. 
Igualmente, quando a Inglaterra aboliu a 
escravidão de suas colônias, a produção agrícola 
ali seria mais cara, por conta dos salários pagos 
aos trabalhadores. Por isso, as colônias inglesas 
não poderiam concorrer com os baixos preços 
praticados pelos portugueses, por exemplo. 
Assim, era necessário transformar a mão de obra 
em trabalhadores assalariados. Isto iria igualar os 
preços da produção e no futuro, os ex-escravos 
poderiam se tornar consumidores. Por isso, a 
Inglaterra, que liderava a nova expansão 
capitalista-industrial, aprovou a chamada "Lei Bill 
Aberdeen". Esta transformou a Marinha Real 
Britânica numa arma contra o tráfico em qualquer 
https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/dom-pedro-i
https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/independencia-do-brasil
https://www.todamateria.com.br/navios-negreiros/
https://www.todamateria.com.br/candomble/
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
parte do mundo, pois permitiu que seus navios 
abordassem ou abatessem navios negreiros. No 
Brasil, o tráfico foi oficialmente abolido em 1850, 
com a "Lei Eusébio de Queirós". Mais adiante, em 
1871, a "Lei do Ventre Livre" garantiu a liberdade 
aos filhos de escravos; e, em 1879, teve início a 
campanha abolicionista liderada por intelectuais e 
políticos. Mais adiante, a "Lei dos Sexagenários" 
(1885) garantia a liberdade aos escravos maiores 
de 60 anos. Por fim, a abolição da escravidão no 
país foi concedida pela Lei Áurea, assinada pela 
princesa Isabel, dia 13 de maio de 1888, porém 
não certificou que os negros fossem integrados na 
sociedade. 
REPÚBLICA VELHA 
Após a Proclamação da República no Brasil, 
instituiu-se imediatamente um governo provisório. 
O governo provisório era chefiado pelo Marechal 
Deodoro da Fonseca, que deveria dirigir o País até 
que fosse elaborada uma nova Constituição. No 
dia 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a 
segunda Constituição brasileira e a primeira da 
República. No dia seguinte à promulgação da 
Constituição, foram eleitos pelo Congresso 
Nacional, o primeiro presidente e o vice. 
A Primeira República foi dividida em dois 
períodos: República da Espada (1889-1894), em 
virtude da condição militar dos dois primeiros 
presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca (1891) 
e Floriano Peixoto (1891-1894). 
República das Oligarquias (1894-1930), período 
em que as oligarquias agrárias dominavam o país, 
conhecido popularmente como a “política do café 
com leite”, em razão da dominação paulista e 
mineira no governo federal, que só terminou com 
a Revolução de 1930. Durante o período, apenas 
três presidentes não procediam dos Estados de 
São Paulo e de Minas Gerais. A supremacia 
política das grandes oligarquias foi aniquilada com 
a Revolução de 1930. 
ERA VARGAS 
O período denominado Era Vargas é a época em 
que o chefe do governo brasileiro era o 
gaúcho Getúlio Vargas. Essa fase é subdividida 
em: Governo Provisório (1930-1934), Governo 
Constitucional ou Presidencial (1934-1937), 
Estado Novo (regime ditatorial de 1937 até 1945). 
A partir de 1930, as massas populares foram 
incorporadas ao processo político, sempre sobre 
controle. Uma das reações contra a nova ordem 
política instalada pela Revolução de 1930, foi 
o Movimento Constitucionalista de 1932. O 
movimento ocorreu em São Paulo, onde as elites 
políticas tentaram retomar o controle político. Em 
1933, Getúlio Vargas promoveu eleições para 
a Assembleia Constituinte. A instalação ocorreu 
em 10 de novembro, quando foi promulgada 
a nova Constituição em 1934. O período do 
governo constitucionalista de Getúlio Vargasfoi 
uma fase marcada pelo choque de duas correntes 
ideológicas. Era a "Ação Integralista Brasileira", 
ideologia de métodos fascistas e a "Aliança 
Nacional Libertadora", movimento da frente 
popular. Durante a "radicalização comunista", 
Getúlio conseguiu do Congresso o decreto de 
Estado de Guerra. No dia 10 de novembro de 
1937, Getúlio fazia uma proclamação ao povo, 
justificando a necessidade de um governo 
autoritário: nascia assim o Estado Novo. No 
mesmo dia do golpe, foi outorgada a nova 
Constituição Brasileira, baseada na constituição 
polonesa. A aproximação de Getúlio com 
os comunistas alarmou os meios políticos. No dia 
29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto 
pondo fim à ditadura no Brasil. 
 
Imagem: Cola da Web 
ERA POPULISTA 
O quadro político da era populista se baseava na 
União Democrática Nacional (UDN), um partido 
liberal e conservador organizado; no Partido 
Social Democrático (PSD), com a atuação dos 
burocratas nos quadros do Estado Novo; e o 
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), criado pelo 
próprio Getúlio Vargas, que tinha forte apelo, 
sobretudo, aos trabalhadores urbanos e alinhou 
suas pautas com a esquerda política. Em 18 de 
setembro de 1946 foi promulgada a quinta 
Constituição brasileira, sendo liberal, definiu que 
homens e mulheres maiores de 18 anos tinham o 
direito ao voto, no entanto, a exclusão dos 
https://www.todamateria.com.br/lei-aurea/
https://www.todamateria.com.br/primeira-republica/
https://www.todamateria.com.br/deodoro-da-fonseca/
https://www.todamateria.com.br/floriano-peixoto/
https://www.todamateria.com.br/politica-do-cafe-com-leite/
https://www.todamateria.com.br/politica-do-cafe-com-leite/
https://www.todamateria.com.br/revolucao-de-1930/
https://www.todamateria.com.br/governo-provisorio/
https://www.todamateria.com.br/governo-constitucionalista/
https://www.todamateria.com.br/governo-constitucionalista/
https://www.todamateria.com.br/estado-novo/
https://www.todamateria.com.br/revolucao-de-1932/
https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1934/
https://www.todamateria.com.br/acao-integralista-brasileira/
https://www.todamateria.com.br/alianca-libertadora-nacional/
https://www.todamateria.com.br/alianca-libertadora-nacional/
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
alfabetos ainda era visível. No governo de Eurico 
Gaspar Dutra (1946-1954), foi aplicada uma 
política econômica liberal que, depois de queimar 
as reservas cambiais do país, foi substituída por 
uma política intervencionista que resultou em 
grande crescimento econômico. Em questões de 
política externa, o país aliou-se 
incondicionalmente aos Estados Unidos. Em 
decorrência dessa aliança, o governo rompeu 
relações diplomáticas com a União Soviética e 
passou a perseguir fortemente sindicatos, 
organizações de trabalhadores e partidos de 
esquerda. Com isso, o PCB foi colocado na 
ilegalidade, e seus políticos foram cassados. 
Getúlio Vargas volta à presidência (1951-1954) 
marcado por uma forte crise política que que 
abalou a sustentação de seu governo e por 
inúmeras polêmicas em torno da política 
econômica adotada. Economicamente, Getúlio 
Vargas alinhava-se a uma postura mais 
nacionalista, sobretudo na exploração dos 
recursos nacionais. Nessa questão, destaca-se a 
polêmica em torno da criação da Petrobras, em 
1953, após uma extensa campanha popular que 
tinha como lema “o petróleo é nosso”. A criação 
dessa estatal, que monopolizava a exploração do 
petróleo no Brasil, desagradou fortemente certos 
grupos da política brasileira alinhados com 
interesses estrangeiros. Vargas teve de lidar com 
denúncias frequentes de corrupção e de tentativas 
de implantar uma ditadura sindicalista no país. 
Vargas também teve de lidar com 
a insatisfação popular por conta da alta da 
inflação, que destruía o poder de compra do 
trabalhador. A resposta de Vargas foi a nomeação 
de João Goulart, político gaúcho com alto poder 
de negociação com os sindicatos, para 
o Ministério do Trabalho e a aprovação da 
proposta de aumentar em 100% o salário mínimo. 
Isso gerou profunda insatisfação nos militares, que 
criticavam incisivamente Vargas, e nos udenistas. 
Um dos maiores nomes da oposição de Getúlio 
foi Carlos Lacerda, jornalista e dono do Tribuna da 
Imprensa. Esse jornalista foi, inclusive, o pivô da 
crise final do governo Vargas. Em 5 de agosto de 
1954, Carlos Lacerda foi atacado na porta de sua 
casa, na Rua Tonelero, em Copacabana, Rio de 
Janeiro. As investigações descobriram 
que Gregório Fortunato, chefe de segurança do 
palácio presidencial, havia sido o mandante do 
crime. Vargas passou a ser bombardeados por 
pedidos de renúncia até que, em 24 de agosto de 
1954, cometeu suicídio no Palácio do Catete. A 
posse de Juscelino Kubitschek (1956-1961) trouxe 
o objetivo de aumentar o desenvolvimento do país, 
assim foi criado o Plano de Metas, que estipulava 
investimentos em áreas cruciais do Brasil, como 
energia e transporte. O resultado dos cinco anos 
de governo de JK na economia foi um crescimento 
anual médio do PIB de 7% e um crescimento 
industrial de 80%. Outro destaque desse governo 
foi a construção da nova capital, Brasília. Apesar 
dos resultados positivos, esse governo também 
ficou marcado pelo crescimento da desigualdade 
social no país e por problemas graves, como o 
baixo investimento na educação e na alimentação. 
Jânio Quadros (1961) foi o primeiro e único político 
que a UDN conseguiu eleger no país durante a 
Quarta República. Foi escolhido como candidato 
do partido por indicação de Carlos Lacerda, líder 
do conservadorismo no país. O governo de Jânio 
foi curto, com duração de quase sete meses. 
Nesse período, o presidente acumulou 
polêmicas com a população e com seu partido, a 
UDN. Na economia tomou medidas que 
aumentaram o preço dos combustíveis e do pão. 
Outras medidas polêmicas foram a proibição do 
uso de biquíni e a condecoração de Che Guevara, 
líder da luta revolucionária na América. Esse 
último fato enfureceu seu partido, que era 
ideologicamente conservador, isolando 
politicamente o presidente. A saída encontrada 
por Jânio foi renunciar à presidência no dia 25 de 
agosto de 1961. Sua renúncia é interpreta pelos 
historiadores como uma tentativa fracassada de 
autogolpe. Dessa forma, o país foi jogado em uma 
crise política sobre a sucessão presidencial. A 
posse de João Goulart (1961-1964) aconteceu em 
meio a uma campanha política conhecida como 
“campanha da legalidade”, a qual defendia que 
Jango, vice de Jânio, fosse empossado presidente 
do Brasil. A luta entre legalistas e golpistas quase 
arrastou o país para uma guerra civil. Jango 
assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961 
em um regime parlamentarista. Apesar de os 
poderes políticos presidenciais estarem minados 
pelo parlamentarismo, a partir de janeiro de 1963, 
o presidencialismo teve seus poderes 
recuperados por meio de um plebiscito votado 
pela população. Assim, Jango teve poderes para 
tentar implantar a Reforma de Base, um conjunto 
de reformas estruturais em áreas vitais do país, 
como sistemas tributário e eleitoral, ocupação 
urbana, etc. A reforma agrária e a forma como ela 
seria conduzida no país representaram o grande 
debate das Reformas de Base, o qual desgastou 
e isolou politicamente João Goulart. Em virtude 
disso, seu partido, o PTB, perdeu o apoio do PSD, 
que se bandeou para o lado dos udenistas. 
Enquanto as tentativas de reforma eram 
debatidas, organizava-se secretamente no país 
um golpe contra o presidente. Essa conspiração 
contava com a participação de militares, civis e, 
principalmente, do grande empresariado. Essa 
conspiração golpista recebeu apoio financeiro dos 
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/atentado-rua-tonelero.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/ernesto-che-guevara.htm
 
APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 
EUA, que inclusive injetou dinheiro em 
candidaturas conservadoras na eleição de 1962. 
Em 13 de março de 1964, o presidente realizou 
o discurso da Central do Brasil, no qual reassumiu 
seu compromisso

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