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APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO INTRODUÇÃO: Essa apostila foi criada para compartilhar conteúdo e unir nós, vestibulandos, que estamos sendo tão prejudicados com a pandemia e também com as ações do governo em relação à educação. A gente sabe que isso não substitui aulas presenciais e explicações de profissionais, mas pode te ajudar na preparação para o ENEM. A apostila foi criada com base nas aulas de nossos professores, de cursinhos pré-vestibulares e de canais de educação do Youtube. Ela foi feita com a nossa explicação, por isso tem uma linguagem simples e informal, e é de aluno para aluno. Esperamos muito que te ajude a alcançar a tua aprovação. Não deixe de contar para a gente o que achou do conteúdo depois! Bons estudos! <3 Criamos também um grupo no Telegram para compartilharmos dicas, tirar dúvidas da apostila e nos unirmos!! Para participar é só apontar a câmera do celular para o QR code abaixo: Se sua câmera não tiver o leitor de QR code você pode baixar um aplicativo ou então acessar esse link: https://t.me/joinchat/Qyg9SBYRImLS2M34inKeMQ Esse material foi desenvolvido, com muito carinho, por: Julia Cardoso @julia_ncardoso Eduarda Soares @dusoares_ e @dnastudies Júlia Rosa @juliaedsr e @studybyjulia Laura Eberhardt @lauraeber_ Henry Coruja @henrycoruja Juliana de Vargas @ju_dvargas https://t.me/joinchat/Qyg9SBYRImLS2M34inKeMQ APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO Fontes usadas como bases: https://www.mesalva.com/ https://www.youtube.com/user/deboraaladim https://www.youtube.com/channel/UCXo0OpedoMJG8WEvHLRVTEg https://brasilescola.uol.com.br/ https://www.sobiologia.com.br/ https://www.instagram.com/dnastudies DICAS DE ESTUDOS: ● Faça um planejamento: Anote quais conteúdos você precisa revisar, monte um cronograma e seja organizado com seus horários. ● Revise: Faça revisões periódicas dos conteúdos, é isso que vai fazer com que você fixe a matéria. ● Leia o comando das questões primeiro: Muitas vezes você não precisa ler o texto inteiro para responder à questão! Leia o comando primeiro para entender no que você precisa focar. ● Faça intervalos: estudar horas seguidas não aumentará o seu rendimento. Faça pequenos intervalos (mais ou menos 10 min) entre as matérias e separe os conteúdos por blocos (de 30 min, 50 min, isso depende de como fica melhor para você). ● Se possível, pratique algum exercício físico durante a semana, eles também têm impacto nos estudos. Poder ser qualquer atividade que você goste, o importante é se movimentar!! ● Separe algum momento do dia/da semana para leitura, isso te ajuda na redação, interpretação de questões e aumento de vocabulário. ● Durma de 7 a 8 horas por noite, o sono auxilia na qualidade dos estudos. https://www.mesalva.com/ https://www.youtube.com/user/deboraaladim https://www.youtube.com/channel/UCXo0OpedoMJG8WEvHLRVTEg APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO PORTUGUÊS GÊNEROS TEXTUAIS Os gêneros textuais são classificados conforme as características comuns que os textos apresentam em relação à linguagem e ao conteúdo, além de possuírem uma função social. Existem muitos gêneros textuais, os quais promovem uma interação entre os interlocutores (emissor e receptor) de determinado discurso. São exemplos: Romances, novelas, fábulas e crônicas: Apresentam ações de personagens no tempo e no espaço. A estrutura da narração é dividida em: apresentação, desenvolvimento, clímax e desfecho. Ou seja, se encaixam em gêneros textuais narrativos, pois há narração. Diários, relatos e notícias: O objetivo é nos relatar e expor determinada pessoa, objeto, lugar ou acontecimento. Dessa forma, são textos repletos de adjetivos, os quais descrevem ou apresentam imagens a partir do que o autor conta. Ou seja, se encaixam em gêneros descritivos, pois há descrição do que está ocorrendo. Artigos: Estão encarregados de expor um tema ou assunto por meio de argumentações, marcados pela defesa de um ponto de vista, ao mesmo tempo que tentam persuadir o leitor. Logo, estão encaixados em gêneros dissertativos- argumentativos. Palestra: Possui a função de expor determinada ideia, por meio de recursos como: definição, conceituação, informação, descrição e comparação. Portanto, se encaixa no gênero expositivo. Receitas, propagandas e manuais de instrução: Tem como principal objetivo dar ordens, de modo que o locutor (quem está dando a ordem) tenta orientar e persuadir o interlocutor (quem está recebendo a ordem). Na maioria das vezes, esse tipo de texto traz verbos no imperativo, como ‘’compre’’, ‘’faça’’ e ‘’diga’’. Por isso, se encaixam em gêneros injuntivos. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Na interpretação de um texto é muito importante conhecer o contexto em que ele foi escrito, já que este corresponde ao momento de sua produção, às situações externas que podem ter influenciado o autor, ou seja, à totalidade das informações que formam o texto. Se o texto fala sobre um lugar, está dando o contexto geográfico; se fala sobre um momento, está dando um contexto histórico. É importante destacar as informações explícitas (que estão nitidamente expostas no texto) e as informações implícitas (essas estão de forma subentendida no texto, de forma indireta), logo que fizer isso, você já vai ter uma boa noção do que o texto se trata. Se liga também na construção de sentido que o exercício vai te trazer! Se ele tiver o sentido denotativo, significa que ele é a palavra apresentada em seu sentido original, da forma como aparece no dicionário (lembre-se do macete: D de denotativo, D de dicionário, sentido real). Já se ele trouxer o sentido conotativo, significa que ele está dando o sentido figurado da coisa, que pode ter várias interpretações diferentes. Quando for partir para a leitura do texto é importante focar nas informações necessárias, sem se apegar a minúcias que podem levar a gasto desnecessário de tempo, como em significados de palavras isoladas que desconheça, compreenda o contexto geral. Saiba onde procurar as informações, captando o essencial de cada parágrafo. Tente compreender a ideia principal do texto, uma dica é identificar as palavras-chave! Muitas vezes ficamos em dúvida entre duas alternativas na hora de resolver o exercício, e acabamos assinalando justamente a incorreta. É necessária uma leitura atenta das alternativas que geraram a dúvida, para que assim consigamos enxergar a incorreção contida numa delas, já que apenas uma das alternativas deve ser com toda certeza a correta, ao contrário das demais, que possuirão algum elemento, por menor que seja, que as torne inaceitáveis. Para identificar as alternativas erradas, devemos eliminar, por exemplo: Alternativas aparentemente certas, mas que contêm informações adicionais que não estão no texto; Alternativas que têm a ver com o texto, mas que ou são muito vagas ou não condizem exatamente ao trecho questionado no enunciado; Alternativas que citam partes realmente contidas no texto, mas não as que se referem ao que é solicitado no enunciado. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Temos vários tipos de variação linguística, entre elas: Variação Fônica: Que se refere ao som de uma palavra. Temos como exemplo abreviações indevidas como ‘’você e ocê’’ e ‘’está e tá’’. Variação Morfológica: Que se refere à grafia de uma palavra. Temos como exemplo ‘’Duzentas gramas de presunto.’’ Quando nos referimos a https://www.todamateria.com.br/narracao/ APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO peso, deve-se usar o numeral no masculino: ‘’Duzentos gramas de presunto.’’ Variação Léxica: Que se refere à gírias e neologismos. Variantes Situacionais: Existe a variação histórica, que fala e escrita são mudadas ao longo dos anos. A variação geográfica se refere às palavras que são usadas em regiões diferentes, como ‘’cacetinho’’, como é conhecido o pão francês no estado do RS. Já a variaçãosocial é voltada para o meio em que o indivíduo está inserido, como a diferença entre a fala dos moradores do interior e da cidade grande. A variação de situação ocorre dependendo do local em que estamos, do nível de intimidade que temos com nosso interlocutor, do assunto que está sendo tratado etc, ou seja, modo formal ou informal. Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem: a linguagem formal e informal. Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem dita coloquial, ou seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa. No entanto, de acordo com o contexto no qual estamos inseridos, devemos seguir as regras e normas impostas pela gramática, seja quando elaboramos um texto (linguagem escrita) ou organizamos nossa fala numa palestra (linguagem oral). Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, que está de acordo com a normas gramaticais. Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos discursos orais. Quando produzimos um texto escrito, seja em qual for o lugar do Brasil, seguimos as regras do mesmo idioma: a língua portuguesa. Exemplo de variação linguística situacional. É importante lembrar que o preconceito linguístico ainda é muito visível no Brasil, muitas pessoas acreditam que seu jeito de falar é ‘’superior’’ e assim julgam e satirizam de forma pejorativa a forma do outro se expressar. No entanto, é importante salientar que todas as variações são aceitas e nenhuma delas é superior, ou considerada a mais correta. FUNÇÕES DA LINGUAGEM Existem seis tipos de funções de linguagem! Vamos dar uma olhada em quais são e seus principais exemplos? Função Referencial: Ela é centrada no assunto, e tem como principal exemplo os materiais informativos, como relatórios, cardápios, bulas de remédio, notícias, textos e livros didáticos. Função Emotiva: Focada no emissor da mensagem, ou seja, no narrador, que busca expressar seus sentimentos. É correspondente a diários e cartas pessoais, poemas líricos e textos em 1ª pessoa. Função Apelativa: Tem como foco persuadir quem está lendo, tem como exemplos textos publicitários, propagandas, comerciais de TV e artigos de opinião. Função Poética: Será centrada na própria mensagem e sua valorização. Possui estrutura poética, sonoridade, ritmo. Presente em poemas, letras de música etc. Função Fática: É focada na interação e no diálogo, buscando manter contato no discurso direto. Corresponde às conversas, telefonemas, mensagens de texto etc., em que utilizamos determinados termos focados na manutenção do diálogo, como “né?”, “entendeu?”, “alô” etc. Função Metalinguística: Função centrada no próprio código de comunicação. Ou seja, utilizamos um código para falar sobre esse mesmo código, como um poema que fala sobre a arte da poesia, uma gramática, que usa a Língua Portuguesa para falar sobre a própria língua, um dicionário etc. FIGURAS DE LINGUAGEM O principal objetivo das figuras de linguagem é dar ênfase à comunicação e tornar a fala mais bonita. Dependendo da sua função, elas são classificadas em: Figuras de palavras ou semânticas: estão associadas ao significado das palavras. Exemplos: metáfora, comparação, catacrese, sinestesia e perífrase. https://www.todamateria.com.br/linguagem-formal-e-informal/ https://www.todamateria.com.br/linguagem-formal-e-informal/ https://www.todamateria.com.br/linguagem-coloquial/ APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO Figuras de pensamento: trabalham com a combinação de ideias e pensamentos. Exemplos: hipérbole, eufemismo, ironia, personificação, antítese e paradoxo. Figuras de sintaxe: interferem na estrutura gramatical da frase. Exemplos: elipse, polissíndeto, assíndeto, pleonasmo e anáfora. Figuras de som ou harmonia: estão associadas à sonoridade das palavras. Exemplos: aliteração, assonância e onomatopeia. Vamos estudar uma por uma? Começando pelas figuras de palavras, se liga! Metáfora: Há comparação de palavras com significados diferentes que ficam subentendidos na frase, como por exemplo: A vida é uma nuvem que voa. Comparação: Essa é fácil de identificar! Nela, sempre terá conectivos de comparação (como, tal qual, assim), como por exemplo: Seus olhos são como jabuticabas. Catacrese: Representa o emprego impróprio de uma palavra por não existir outra mais específica. Exemplo: Embarcou há pouco no avião (embarcar é colocar-se a bordo de um barco, mas como não há um termo específico para o avião, embarcar é o utilizado). Sinestesia: Nela, vão ser associadas sensações por órgãos de sentidos diferentes, como por exemplo: Com aqueles olhos frios, disse que não gostava mais da namorada (nesse caso, a frieza está associada ao tato e não à visão). Perífrase: Nela, vamos substituir uma ou mais palavras por outra que a identifique, ou seja, como um sinônimo! Veja pelo exemplo a seguir: O rugido do rei das selvas é ouvido a uma distância de oito quilômetros (nesse caso, o ‘’rugido do rei das selvas’’, refere-se ao leão). E aí? Viu que é fácil? Bora seguir para as figuras de pensamento, então! Hipérbole: Essa é bem fácil, ela vai representar um exagero na frase, como por exemplo: Morri de amores por ele (alguém morre de amores? Acho que não!). Eufemismo: Nessa, ao contrário da hipérbole (que exagera a frase), vamos ter uma suavidade na palavra, veja o exemplo: Entregou a alma a Deus (significa que a pessoa morreu, mas em uma forma mais suave de dizer isso). Ironia: É a representação do contrário daquilo que é afirmado, por exemplo: É tão inteligente que não acerta nada. Personificação: Ou também chamada de prosopopeia, é a atribuição de qualidades e sentimentos humanos aos seres irracionais. Exemplo: O jardim olhava as crianças sem dizer nada. Antítese: Palavras opostas. Exemplo: Ontem estava rico, hoje pobre. Paradoxo: Representa o uso de ideias que têm sentidos opostos, não apenas de termos. Veja o exemplo: Estou cego de amor e vejo o quanto isso é bom (como é possível alguém estar cego e ver?). Está pronto para começar as figuras de sintaxe? Vamos seguir! Elipse: Nela, a palavra é ‘’excluída’’ na fala ou escrita, pois é identificada facilmente. Exemplo: Tomara você me entenda (tomara que você me entenda). Polissíndeto: Esse é super fácil de identificar! Nele, vamos ter o uso repetitivo de conectivos. Exemplo: Os adultos trabalham e estudam e saem (nessa frase, o conectivo ‘’e’’ se repete). Assíndeto: É o contrário de o de cima! Nele, vamos ‘’esconder’’ os conectivos. Veja no exemplo: Não sopra o vento; não gemem as vagas; não murmuram os rios. Pleonasmo: É a repetição da palavra ou da ideia contida nela para intensificar o significado. Exemplo: A mim me parece que isso está errado. (Parece-me que isto está errado.) Anáfora: é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular. Exemplo: Se você sair, se você ficar, se você quiser esperar. Se você “qualquer coisa”, eu estarei aqui sempre para você. Estamos no finalzinho! Continua vendo. Aliteração: Repetição do som de consoantes. Exemplo: O rato roeu a roupa do rei de Roma. Assonância: Repetição do som de vogais. Exemplo: "O que o vago e incógnito desejo de ser eu mesmo de meu ser me deu." (Fernando Pessoa). Onomatopeia: Palavras que se referem a algum som. Exemplo: Não aguento o tic-tac desse relógio. APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO LITERATURA QUINHENTISMO O Quinhentismo tem esse nome pois representa a parte da história/literatura na qual os portugueses chegaram em terras brasileiras, em 1500. Tem como marco inicial a Carta de Pero Vaz de Caminha escrita para o Rei de Portugal, sendo o primeiro documento escrito sobre a história do Brasil. É um período literário que reúne relatos de viagem com características informativas e descritivas. São textos que descrevem as terras descobertas pelos portugueses no século XVI, desde a fauna, a flora e o povo. Por isso, as principaiscaracterísticas da literatura dessa época são crônicas de viagens, textos descritivos e informativos, conquista material e espiritual, linguagem simples e a utilização de adjetivos. Além disso, os jesuítas, responsáveis por catequizarem os índios, criaram uma nova categoria de textos que fizeram parte do Quinhentismo: a "literatura de catequese’’, duas pessoas importantes que representaram isso foram o Padre José de Anchieta e Padre Manuel da Nóbrega. É importante lembrar que esse período cai em formato de questões mais históricas no Enem, beleza? BARROCO Nesse período, que vai do século XVI até XVIII (1580-1756), a angústia começa a tomar conta dos poetas. Vamos ter como características um jogo de teocentrismo (Deus como centro de tudo) vs antropocentrismo (o homem como centro de tudo), um conflito entre agradar a Deus e ao mesmo tempo desfrutar dos prazeres da vida, ou seja, é um dilema, como conciliar a vida religiosa com a material? Você deve imaginar o quão difícil deve ter sido toda essa ansiedade e agonia. Nas artes, vamos ter na pintura um jogo de claro vs escuro e uma expressividade nos rostos das pessoas. Já na escultura, cheia de detalhes, a expressão de angústia é visível, bem como uma luta entre a religiosidade e a vida terrena. Na arquitetura, teremos o uso de linhas curvas, que podem ser vistas emoldurando portas, colunas, escadas, tetos e altares, preenchendo com detalhes qualquer espaço que os olhos pudessem perceber. No Enem, em relação ao Barroco, são cobradas muitas questões sobre figuras de linguagem, vamos entender o motivo? Nesse período literário, surgem dois estilos: o cultismo, no qual há preocupação com a forma (poesia), uma linguagem culta e trabalhada e também um jogo de palavras (metáforas e antíteses, não lembra o que é? Dá uma olhadinha nos resumos de Linguagens); também existe o conceptismo, que é totalmente o contrário do outro, esse vai se importar com o conteúdo (prosa), trazendo um raciocínio lógico e um jogo de ideias. Em Portugal, temos como destaque o Padre Antônio Vieira, que representa o Barroco brasileiro, ele vai trazer na prosa o uso de cartas, sermões e profecias e também vai utilizar do conceptismo em suas obras, ele também demonstrou preocupação com assuntos sociais, políticos e econômicos, inclusive defendia os índios. O Barroco no Brasil inicia-se em 1601 e vai até 1700. O poema épico Prosopopeia, de Bento Teixeira, é considerado o marco inicial do período no Brasil, é uma ‘’imitação’’ de Os Lusíadas, mas retratando elementos da colônia e dando uma descrição da cidade de Recife. O principal autor aqui é Gregório de Matos, que não media suas palavras para denunciar a hipocrisia, a desonestidade e a corrupção, por ter uma forma ousada de expressar suas opiniões, foi apelidado de ‘’Boca do Inferno’’. Sua obra pode ser dividida em três aspectos: religioso, onde o homem se coloca diante de Deus como um ser angustiado; satírico, onde satiriza todas as classes sociais; e o lírico, onde ele se volta para a mulher, a exaltando, inclusive utilizando a frase carpe diem (aproveite o dia), como forma de argumentar que a vida é passageira e não se deve perder tempo. ROMANTISMO No Romantismo, temos como contexto histórico o Iluminismo (movimento cultural e intelectual, surgido na Europa, que teve seu ápice no fim do século das luzes), a Revolução Industria (que vai trazer um intenso sentimento nacionalista e um anseio pela liberdade) e também a Revolução Francesa (que contribuiu para construir um ideal revolucionário contra regimes absolutistas e ajudando no crescimento da burguesia). Com todos esses sentimentos que provocaram a ânsia pela liberdade nacional, os escritores deram um grito de liberdade, produzindo uma literatura inovadora e rebelde. Vamos ter como características: Liberdade de criação: Os autores queriam dizer o que pensavam e o que sentiam, da maneira que quisessem, deixaram de lado, assim, as formas fixas, como o soneto. Supervalorização do amor: O amor era idealizado, assim como a mulher amada, há um exagero de sentimentos. APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO Sentimentalismo: O indivíduo se voltava para si mesmo, num estado totalmente depressivo, que o isolava do mundo e da sociedade. Evasão: Desejo de fuga de tudo e todos na sociedade. Evasão no tempo: Recuperação da cultura medieval (nacionalismo), religiosidade, saudade e supervalorização da infância e do homem. Evasão no espaço: A natureza era super exaltada e considerada como refúgio seguro, lugar de sonho e devaneio. Evasão na morte: Intensificação do pessimismo e do sentimento depressivo nos escritores, vários poetas morreram muito jovens por tal efeito. No Brasil, temos como marco inicial a publicação de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães, em 1859. No Romantismo, temos três gerações, vamos dar uma olhada em quais são? 1ª geração romântica De 1840 a 1850, essa geração é indianista ou nacionalista, ou seja, a temática era o índio e a pátria. Na literatura europeia, os heróis nacionais são belos e valentes cavaleiros medievais. Na brasileira são os índios, igualmente belos, valentes e civilizados. Há muito amor pelo país. Gonçalves Dias foi o escritor que se destacou nessa geração, com a Canção do Exílio e I Juca Pirama. 2ª geração romântica De 1850 a 1860, é conhecida como ultrarromântica ou mal-do-século. Nessa geração, os escritores estão muito melancólicos, depressivos e individualistas, relacionavam o amor com a morte, inclusive se inspiravam no poeta britânico Lord Byron, que também possuía a sua temática muito mórbida. Álvares de Azevedo se destacou nessa geração, sendo apelidado de poeta da dúvida, também tinha muita obsessão pela morte, oscilando entre a realidade e a fantasia, sua obra mais famosa é Noite na Taverna. 3ª geração romântica De 1860 a 1870, essa geração é chamada de geração condoreira, em referência à ave Condor, que voa muito alto e tem uma boa visão do horizonte. Tem como característica a abolição, república e liberdade. Destacaram-se: Poesia: Castro Alves – poeta representante da burguesia liberal; Prosa: José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha) Bernardo Guimarães (A escrava Isaura), Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um Sargento de Milícias). VANGUARDAS EUROPEIAS Primeiramente, precisamos entender o que é uma vanguarda, não é mesmo? É um movimento formado por um grupo de pessoas que, por seus conhecimentos ou por tendência natural, exercem papel de pioneiras em determinado movimento artístico, cultural ou científico. Significa buscar novas formas de expressão e romper com os padrões clássicos. É importante lembrar que ela são MUITO importantes para a Semana de Arte Moderna, que vamos ver depois. Existem cinco vanguardas europeias, vamos analisar cada uma? Futurismo: Tem início na França em 1909 a partir do manifesto de Filippo Marinetti, é contra o passado e o presente, há uma destruição do que já é tradicional, valorização dos substantivos e não dos verbos, uma exaltação da tecnologia (automóveis, trem a vapor), também há uma valorização do desenvolvimento industrial e pinturas com cores vivas e deformações. Seus principais autores são Marinetti, Maiakoski, Giacomo Balla, Oswald de Andrade e Anita Malfatti. Expressionismo: Tem início na Alemanha, em 1910. Nessa vanguarda, vamos ter a interpretação da realidade a partir das angústias e das crises interiores do artista, além de uma denúncia social muito visível. Há também a predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais, isso pode ser notado nas obras dos principais autores: Mário de Andrade e Oswald de Andrade. E na pintura, Van Gogh e Edward Munch. Cubismo: Tem início na França, em 1907. Vamos ter a supressão ao sentimento piegas, destruição e construção do caráter, nova visãoda arte, mudança geométrica. Na pintura, vamos ter recortes e colagens, superposição de imagens, objetos desestruturados e distorções. Na literatura, pode ser visto a ausência de pontuação, sem rima, informações jogadas ao leitor. Teremos Pablo Picasso, Georges Braque e Salvador Dalí como principais artistas. Dadaísmo: Tem início na Suíça, em 1916. Nessa vanguarda, a lógica será rompida com o objetivo de repudiar tudo que é domínio de consciência, APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO vamos ter uma crítica ao capitalismo e ao consumismo, uma irreverência artística (antiarte). Há muito caráter pessimista, rebeldia e ironia. Vamos ter como principais artistas Marcel Duchamp e Max Ernst. Surrealismo: Tem início na França em 1924. Suas artes vão ser baseadas na teoria de Freud, arte do sonho, liberação do homem com lado irracional, reversão da lógica, nova realidade, loucura, estados alucinatórios, mistério, busca do inconsciente e imaginação. O principal artista é André Breton. PRÉ-MODERNISMO Tem como características a ruptura com o academicismo e o passado, uma linguagem coloquial e simples, exposição da realidade social brasileira, regionalismo e nacionalismo e marginalidade das personagens (o sertanejo, o mulato, o caipira). Destacaram-se: Euclides da Cunha (Os Sertões), Lima Barreto (Triste Fim de Policarpo Quaresma), Monteiro Lobato (Urupês), Graça Aranha (Canaã) e Augusto dos Anjos (Eu e outras poesias). MODERNISMO O Modernismo no Brasil tem como marco inicial a Semana de Arte Moderna de 1922, que ocorreu em São Paulo e tinha um ar de independência cultural. No contexto histórico onde havia a ascensão da burguesia industrial e o aumento de imigrantes, esse período teve uma grande influência das Vanguardas Europeias. Como antecedentes da Semana, vamos ter: a chegada de Oswald de Andrade da Europa, trazendo ideias cubistas e futuristas (1912); a exposição de pintura expressionista de Lasar Segall (1913); a exposição de Anita Malfatti e seu confronto com Monteiro Lobato (1917); a exibição da maquete da obra ‘’Monumento às Bandeiras’’, de Victor Brecheret (1920). No evento, havia muitas apresentações, conferências, recitais, exposições, leituras e convenções, que demonstravam as principais características do movimento: desintegração do passado, atualização intelectual, pesquisa, criação estética e uma consciência criadora nacional. Vamos ter como participantes da Semana de Arte Moderna: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Graça Aranha, Menotti del Picchia, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Villa Lobos. No início do século XX, o mundo estava mudando rapidamente e as artes acompanhavam essas mudanças, um exemplo é o movimento futurista. Os poetas brasileiros estavam muto fixados na poesia parnasiana, e com a Europa cada vez mais moderna, o Brasil foi inspirando-se nisso. Tarsila do Amaral entra no movimento com sua obra Abaporu. Em suma, a Semana de Arte Moderna foi indispensável para que as portas do mundo moderno fossem abertas para o Brasil. Nós temos três gerações no Modernismo, vamos dar uma olhada? Primeira Geração Modernista É chamada de ‘’fase heroica’’ e se estende de 1922 até 1930. Lembre-se que o Modernismo foi um movimento artístico, cultural, político e social bem amplo, vamos ter como características dessa geração: um nacionalismo crítico e ufanista, valorização do cotidiano, resgate das raízes culturais brasileiras, críticas à realidade brasileira, renovação da linguagem, oposição ao parnasianismo e ao academicismo, experimentações estéticas, renovações artísticas, ironia, sarcasmo, irreverência, caráter anárquico e destruidor e o uso de versos livres e brancos (geralmente não apresentam nem rima, nem métrica). Os principais autores dessa fase vão ser Mário de Andrade (com a obra Pauliceia Desvairada), Oswald de Andrade (com a obra Manifesto Antropofágico) e Manuel Bandeira (com a obra Libertinagem). Segunda Geração Modernista Também chamada de ‘’geração de 30’’, vamos ter como contexto histórico a Revolução de 30 e Getúlio Vargas, a Revolução Constitucionalista, terceiro Reich de Hitler, Guerra Civil Espanhola, Segunda Guerra Mundial. Nessa geração, os autores vão se aprofundar nas questões sociais, principalmente no Nordeste, com a intenção de mostrar, denunciar, criticar e dar sugestões para resolver estes problemas (aqui está a genialidade desses escritores!), mas qual era a problemática social daquela época? A miséria, opressão, exploração e marginalização. Na prosa, vamos ter como principais autores: José Américo de Almeida (com a obra A Bagaceira), Rachel de Queiroz (com a obra O Quinze), Graciliano Ramos (com a obra Vidas Secas), José Lins do Rego (com a obra Menino de Engenho), Erico Verissimo (com a obra O tempo e o Vento), e Jorge Amado (com a obra APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO Capitães da Areia). Os poetas mais famosos dessa geração foram: Cecília Meireles, Carlos Drummond de Andrade, Mário Quintana e Vinicius de Moraes. Terceira Geração Modernista O momento em que surge a terceira geração modernista no Brasil, é o período menos conturbado em relação às outras duas gerações. Ou seja, é a fase de redemocratização do país, visto que em 1945 termina o Estado Novo (1937- 1945) que fora implementado pela ditadura de Getúlio Vargas. Em nível mundial, o ano de 1945 é também o fim da segunda guerra mundial e do sistema totalitário do Nazismo. Entretanto, tem início a Guerra Fria (Estados Unidos e União Soviética) e a Corrida Armamentista. As principais características da terceira geração modernista são: academicismo, retorno ao passado, experimentações artísticas, oposição à liberdade formal, realismo fantástico, retorno à forma poética (valorização da métrica e da rima), influência do Parnasianismo e Simbolismo, inovações linguísticas e metalinguagem, regionalismo universal, temática social e humana, linguagem mais objetiva. Agora que já estamos sabendo sobre o contexto histórico e suas principais características, vamos dar uma olhada nos autores mais importantes da Geração de 45? Poeta Lêdo Ivo: Responsável pela poesia social, utilizava de sonetos e haicais (composto por três versos). Poeta João Cabral de Melo Neto: Analisava bem a poesia e a trabalhava com muito afinco. Lembra os parnasianos, pois lapida a palavra, porém tem tema (conteúdo). Fala sobre o Nordeste em seus poemas, sobre a seca e a miséria. Sua principal obra é Morte e Vida Severina. Clarice Lispector: Responsável pela prosa experimental, ela vai trazer em suas obras uma leitura intimista, de alma, uso de fluxo de consciência (ela escreve enquanto seus pensamentos acontecem, por isso as vezes podem ocorrer alguns desentendimentos na interpretação), trazendo o universo feminino e também solidão e conflitos internos. Guimarães Rosa: Responsável pelo uso de neologismos, invenções linguísticas, usa a palavra como o objeto principal da literatura, emprego coloquial e regional, também incorporando o folclore e usando citações de ditados. PÓS-MODERNISMO As principais características do movimento pós- moderno são a ausência de valores e regras, imprecisão, individualismo, pluralidade, mistura do real e do imaginário (hiper-real), produção em série, espontaneidade e liberdade de expressão. Oposto ao modernismo, racionalismo, ciência e aos valores burgueses, podemos considerar o pós-modernismo como uma combinação de várias tendências. Essas tendências vigoram até hoje nas artes (plásticas, arquitetura, literatura), filosofia, política e no âmbito social. De tal modo, nas artes, o pós-modernismo foca na multiplicidade e mistura de estilos. Não existem mais compartimentos de gêneros, ou mesmo a formalidade aplicada nas artes, bem como nos âmbitos social e cultural. Surge a épocadas incertezas, do vazio e do niilismo, donde o “e”, e não mais o “ou”, determinará os diversos campos. Foto: Universo Racionalista APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO GEOGRAFIA BIOGEOGRAFIA Esse conteúdo é super importante e vai abranger questões sobre meio ambiente e problemas ambientais, além de biomas e suas características. É um conteúdo que mistura climas, vegetação e biodiversidade, por isso ele se mistura com biologia e inclusive é cobrado na prova de natureza. Você precisa entender onde estão esses biomas, quais ações humanas praticadas e quais os problemas ambientais que afetam esse ambiente. Vamos lá! Primeiro: veja no mapa os biomas brasileiros, isso ajuda você a se localizar e fica mais fácil de entender as características de cada um depois! https://www.todamateria.com.br/biomas-brasileiros/ MATA ATLÂNTICA: Como você vai ver mais em história, o Brasil começou a ser colonizado pela região litorânea, que onde fica a chamada Mata Atlântica. Aí vão algumas de suas características: • Chamada também de floresta pluvial tropical; • heterogênea (esse termo significa que apresenta grande biodiversidade); • Plantas higrófilas (ou seja, adaptadas a ambientes bem úmidos; • Plantas latifoliadas (folhas largas), que absorvem bastante umidade; • Solos férteis (o chamado solo de terra roxa é um exemplo de solo fértil); Por ter sido o primeiro local a ser explorado, a mata atlântica foi MUITO devastada. Hoje cerca de 10-15% do bioma está preservado, mas esse número já foi ainda menor. Os problemas que essa exploração causa estão relacionados com a biopirataria, a extinção de espécies da fauna e da flora e o desmatamento (que causa alterações no solo e nas águas - erosão e assoreamento-, além de causar mudanças climáticas). BIOMA AMAZÔNICO: Quando a gente pensa em floresta amazônica a gente precisa pensar em água, MUITA água! Afinal, é ali onde está a maior bacia hidrográfica do mundo (bacia não é só o Rio Amazonas, mas sim todos os afluentes que estão ligados com o rio principal, o rio amazonas). Além disso, a floresta amazônica é muito úmida, com chuvas constantes!! As características da floresta amazônica são muito parecidas com a da mata atlântica, porém ela não possui solo fértil! Isso acontece porque a matéria orgânica que cai no solo é rapidamente reciclada pelos seres vivos, e não dá tempo para que o solo absorva muitos nutrientes. A floresta também possui três divisões: • Mata de Igapó: está o tempo todo inundada, ou seja, tem uma vegetação hidrófila, por exemplo, a vitória-régia. • Mata de Várzea: fica parte do ano debaixo d’água, e parte em terra firme. Mata de terra firme: não é inundada em nenhum momento do ano, é aí onde estão as árvores mais altas da Amazônia. CERRADO: Em outros lugares do mundo, esse bioma é chamado de Savana. Ele tem sido muito explorado atualmente com atividades agropecuárias, servindo para o cultivo da soja, por exemplo. • Clima tropical (verão chuvoso, inverno seco) • Vegetação tropófila, ou seja, adaptada a estações bem diferentes (no caso, uma estação seca e outra chuvosa) • Solos ácidos (por serem solos muito antigos) • Vegetação rasteira, com algumas árvores de médio porte. Existem variações do cerrado, conforme a umidade da região, que permite mais ou menos árvores: • Campo cerrado (basicamente gramíneas, vegetação rasteira; https://www.todamateria.com.br/biomas-brasileiros/ APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO • Cerradão: a umidade maior facilita com que haja mais árvores, e não só a vegetação rasteira. CAATINGA: Esse bioma fica no sertão nordestino e é conhecido pela seca que atinge essa região. Vamos ver algumas características: • Clima semiárido; • Solos secos e pouco profundos; • Vegetação xerófila, ou seja, adaptada ao clima quente e com pouca chuva. Possui espécies de vegetação endêmica, ou seja, espécies que só existem naquela região e em nenhum outro lugar no mundo todo, por isso é tão importante a preservação desse bioma, que também vem sendo muito explorado… PAMPA: o chamado pampa também é conhecido em outros lugares do mundo como pradarias. Ele é típico da região sul, e é muito utilizado na agropecuária. • Vegetação herbácea (rasteira, ideal para criação de gado); • Clima subtropical (temperaturas mais baixas que o resto do Brasil); • Vegetação de capões: é uma vegetação que apresenta árvores em torno do rio, (também é chamado de mata de galeria) É muito comum a prática de pecuária extensiva no pampa, que é o tipo de pecuária mais tradicional, sem tantos recursos tecnológicos como na pecuária intensiva. PANTANAL: A UNESCO declarou o pantanal como reserva da biosfera e patrimônio natural da humanidade, justamente pela riqueza de biodiversidade desse bioma! • Solo com grande salinidade; • Inundações frequentes; • Grande biodiversidade O pantanal é considerado o encontro de vários biomas, como o cerrado, a floresta amazônica e o chaco paraguaio. Isso faz dele um bioma extremamente único!! PROBLEMAS AMBIENTAIS Você já viu que o desmatamento e biopirataria são problemas muito presentes no Brasil. Agora vamos ver mais alguns que afetam nosso país e o mundo inteiro: PLÁSTICO: Ele está presente em quase TUDO! Um dos grandes problemas é a questão do microplástico, como glitter e plásticos que acabam se “dissolvendo” em partículas muito pequenas. O microplástico vai parar nos oceanos e acaba matando pequenos seres vivos, e assim desequilibrando toda cadeia alimentar. Além disso muitos plásticos absorvem agrotóxicos e assim acabam intoxicando outros seres. POLUIÇÃO: Provavelmente você sabe que o CO2 contribui para o aquecimento global, mas a gente precisa esclarecer mais essa questão. O aquecimento global é um fenômeno natural, porém a grande quantidade de CO2 que foi colocada na atmosfera pós revolução industrial tem contribuindo para um aumento MUITO grande na temperatura. Isso causa o derretimento de geleiras, perda de corais com o aumento da temperatura nos mares, além de causar a acidificação dos oceanos. Outra consequência da poluição são os problemas respiratórios. CLIMATOLOGIA: Existem três elementos climáticos que caracterizam os climas: temperatura, umidade e pressão atmosférica. Dos principais fatores que interferem esses elementos estão: • Latitude: é medida a partir da linha do Equador (são as linhas horizontais do mapa) e varia de 0° a 90°, ou seja, se um país fica próximo à linha do Equador, sua latitude é mais baixa (próxima de zero) do que de um país mais ao norte ou ao sul. Lugares com baixas latitudes têm temperaturas mais altas. • Altitude: distância entre um ponto e o nível do mar. Lugares com maiores altitudes tendem a ser mais frios. • Massas de ar: São grandes porções da atmosfera que se caracterizam por sua temperatura, pressão e umidade. Massas de ar se deslocam das altas para as baixas pressões. • Maritimidade: é a influência da umidade do mar sobre um território. APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO EL NIÑO E LA NIÑA: Esses dois fenômenos atingem a temperatura das águas do Oceano Pacífico, que acabam afetando também o clima global. O El Niño representa o aumento de temperatura das águas, atinge a costa do continente americano. Isso afeta o norte e nordeste do Brasil, diminuindo a quantidade de chuvas e prolongando a estiagem. Já no sul e sudeste acontece o aumento das temperaturas médias e maior quantidade de chuvas. O La Niña representa a diminuição da temperatura dessas águas. No Brasil, acaba diminuindo as temperaturas e as chuvas no sul e sudeste e aumentando a quantidade de chuvas no norte e nordeste. CLIMAS BRASILEIROS: https://blogetecaguai.blogspot.com/2019/04/3-etim-0205- climas-brasileiros.html • Equatorial: quente e chuvoso durante maior parte do ano, ou seja, é bem úmido. • Tropical: tem duasestações bem definidas, um inverno seco e um verão quente e chuvoso. O tropical de altitude é chamado assim por possuir as temperaturas mais baixas do clima tropical, devido as suas maiores altitudes. Já o tropical litorâneo é chamado assim por ser influenciado pela massa de ar tropical atlântica, que mantém essa região mais quente e chuvosa. • Semiárido: Típico da região nordeste, possui as temperaturas mais altas do país e poucas chuvas. • Subtropical: Localizado na região sul, é o que possui maior amplitude térmica, ou seja, é onde a temperatura varia mais durante o ano. Além disso possui as 4 estações bem definidas. CLIMOGRAMAS: Os climogramas são gráficos que mostram a quantidade de chuva e a temperatura de um local. É importante que você saiba interpretá-los para tentar identificar qual clima está sendo mostrado no gráfico, por exemplo. http://blog.portalpositivo.com.br/geodago/ A linha representa a temperatura e as colunas a quantidade de chuva em cada mês. Veja como a quantidade de chuvas é baixa, isso significa que o clima é seco, e pela temperatura alta, podemos ver que esse climograma se trata de um clima semiárido. GEOMORFOLOGIA: Os agentes capazes de transformar o relevo podem ser internos (endógenos) ou externos (exógenos): Os agentes endógenos são formadores de relevo: Vulcanismo, terremotos e tectonismo. Todos os três têm relação com o movimentos das placas tectônicas. Já os agentes exógenos são modeladores de relevo, ou seja, vão modificar esse relevo que já está formado. O principal agente é a erosão, que é o desgaste de rochas e solos. Esse desgaste ocorre pelo efeito de chuvas, ventos, ondas e até rios. Primeiro o material sofre intemperismo, depois essa parte desgastada é transportada (pelo vento, por exemplo) e depositada em algum outro local. Existem 3 estruturas geológicas: 1. Escudos cristalinos ou Crátons: são as estruturas mais antigas e que já sofreram bastante com a erosão. 2. Bacias sedimentares: formadas a partir de sedimentos dos crátons. existem bacias mais antigas e outras mais modernas. 3. Cinturões orogênicos: São os terrenos mais instáveis, com atividade tectônica. Formados a partir vulcanismo, abalos sísmicos, e outras atividades que geram montanhas. https://blogetecaguai.blogspot.com/2019/04/3-etim-0205-climas-brasileiros.html https://blogetecaguai.blogspot.com/2019/04/3-etim-0205-climas-brasileiros.html http://blog.portalpositivo.com.br/geodago/ APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO Existem 4 macroformas de relevo: 1. Montanhas (formadas pelo tectonismo). 2. Planaltos (também chamados de chapadas ou escarpas). 3. Planícies (superfície plana ou levemente ondulada, próximo ao nível do mar). 4. Depressões (relativas: altitudes menores de um relevo, ou absolutas: mais baixo que o nível do mar). BRASIL: O Brasil é um território antigo que já sofreu muita erosão, por isso não existem grandes altitudes. A parte do território que é formado por escudos cristalinos é onde são encontrados recursos minerais, como o ferro e o manganês. Já nas regiões de bacias sedimentares é onde encontramos os combustíveis fósseis, como o petróleo. E por isso, nas regiões de cinturões orogênicos, são encontrados os planaltos com maiores altitudes. HIDROGRAFIA: O Brasil é um país com MUITA água. Temos os dois maiores aquíferos do mundo, a maior bacia hidrográfica e vários outros rios super importantes! Toda essa água favorece a agropecuária, o transporte, o abastecimento das cidades e também a produção de energia. Vários desses rios se localizam em regiões de planaltos, e por isso, possuem um grande potencial energético. É por isso que temos tantas hidrelétricas, como Itaipu, Belo Monte e Tucuruí. Outra característica sobre os rios brasileiros é que eles são perenes, ou seja, não secam durante uma fase do ano. A única exceção fica no sertão nordestino, que possui problemas sérios durante a estiagem, e uma má distribuição desse recurso. BACIA AMAZÔNICA: Essa bacia engloba o Rio Amazonas e todos os seus afluentes. É a maior do mundo, muito utilizada para transporte. Seus afluentes possuem potencial energético, porém não são tão aproveitados assim. AQUÍFEROS: Os aquíferos são acúmulos de água subterrâneas. Antes pensava-se que o Aquífero Guarani, localizado no centro-sul, era o maior do mundo. Porém, mais recentemente foi descoberto que o maior aquífero é o SAGA, que fica no Norte do país. Eles são grandes reservas de água doce, porém o aquífero Guarani já sofre com a contaminação. GEOPOLÍTICA: A geopolítica costuma cair em questões de atualidades. É a parte da geografia que estuda as relações econômicas, sociais e culturais entre os países, seus fenômenos e suas consequências. Esse é um conteúdo bem grande, mas o mais importante aqui é você entender os conceitos, a lógica e o funcionamento do mundo em que vivemos. A gente pode dividir o mundo entre a Velha Ordem mundial, que é o período da guerra fria, onde existia uma bipolaridade: Estados Unidos x União Soviética, Capitalismo x Socialismo, e a Nova Ordem mundial, que é o mundo como o conhecemos hoje, pós Guerra Fria. Nessa Nova Ordem mundial, existe o conceito de multipolaridade, ou seja, existem grandes potências que dominam a economia, o mundo não é mais dividido em dois, mas sim em várias partes, que se conectam. A multipolaridade é representada pelos Estados Unidos, Japão, China e União Europeia. A palavra-chave aqui é GLOBALIZAÇÃO! Ela é um fenômeno do mundo atual, atinge não só a economia, mas também a cultura, a política, a arte de todos os países do globo. Os grandes agentes dessa globalização são os blocos econômicos, as empresas transnacionais (Apple, Samsung, Nike...) e organizações como a ONU. Esses agentes promovem a comunicação e o transporte, por isso hoje temos acesso à cultura e produtos de outros países. Algumas consequências (boas e ruins) são: • Hibridismo cultural: é essa junção de culturas e costumes • Xenofobia: o preconceito com pessoas de outros países e suas culturas • Monopólio de empresas: o domínio de grandes empresas, que acabam “sufocando” empresas menores • Desigualdade social: a falta de acesso a recursos tecnológicos da globalização exclui parte da população. Agora, vamos ver um pouco mais sobre um desses agentes, os BLOCOS ECONÔMICOS: Existem 4 divisões dos blocos econômicos, de acordo com o nível de integração dos países: APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO 1. ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO: Redução de taxas alfandegárias. Serve para promover o comércio entre os países. exemplo: NAFTA (Canadá, Estados Unidos e México). 2. UNIÃO ADUANEIRA: Redução das taxas alfandegária + cobrança de tarifas iguais para importar produtos, a chamada TEC (Tarifa Externa Comum). Exemplo: MERCOSUL. 3. MERCADO COMUM: Redução das taxas alfandegárias + TEC + livre circulação de bens, serviços e pessoas. No momento não existe nenhum bloco nesse nível. 4. UNIÃO MONETÁRIA: Redução das taxas alfandegárias + TEC + livre circulação de bens, serviços e pessoas + adoção de uma moeda única. Exemplo: União Europeia. MERCOSUL: Esse é um dos blocos mais importantes para a prova. Foi fundado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Em 2012 o Paraguai foi suspenso devido ao golpe que o presidente Fernando Lugo deu no país, e desde 2016 a Venezuela está suspensa, também devido a problemas internos. Quem comanda o bloco são normalmente os ministros de relações internacionais e economia de cada país, que formam o Conselho de Mercado Comum. Fora os países fundadores, estão os países associados, que não tomam decisões definitivas: Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador. E ainda existem os países observadores, que mantém algumas relações comerciais: México e Nova Zelândia. BRICS: Formado por Brasil, Rússia, Índia e China, e mais recentemente, África do Sul. Ele é formado a partir deinteresses econômicos e características comuns entre esses países. Vale lembrar que a China é um grande parceiro comercial do Brasil, e importa do nosso país principalmente carne, soja e minérios. Recentemente o governo americano rompeu com as ligações que formavam a NAFTA, existe agora um acordo bilateral, mas que não é a mesma NAFTA que já existiu. OCUPAÇÃO DO BRASIL Como você já viu, a colonização começou no litoral, principalmente no Nordeste. Depois outras cidades foram se desenvolvendo, como Rio de Janeiro, e por último a região sul e o interior do país. Agora a gente precisa entender o porquê, como isso foi acontecendo e quais atividades foram se desenvolvendo nessas regiões. CICLOS DA AGRICULTURA: O Brasil se industrializou bem tarde, e isso fez com que por muito tempo a principal atividade por aqui fosse a agricultura. Plantation é o nome de uma prática muito comum no Brasil. É a ideia de monocultura, ou seja, você produz apenas um tipo de produto, em grandes fazendas, os chamados latifúndios. A mão de obra escrava foi MUITO usada para manter esse sistema de plantation. Com essa ideia, o Brasil sempre teve um grande produto exportador: • O primeiro grande produto foi a cana de açúcar, durante os séculos XVI e XVII, no Nordeste. • No século XVII, houve o ciclo do ouro em minas gerais, sudeste do país. • Depois foi o café, no século XIX, no Sudeste, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. • Mais tarde, o grande produto de exportação foi o látex, retirado das seringueiras na região Norte e usado para fazer borracha. Isso aconteceu porque era o início da produção de automóveis, durante o final do século XIX e início do século XX. • Atualmente, o Brasil é o maior exportador de soja, que é cultivada principalmente no centro-oeste. Porém hoje a agricultura já é mais diversificada e essa lógica de apenas um grande produto para exportação já não é tão forte. Viu como a ocupação do país tem uma relação direta com a economia? Esses ciclos geraram processos migratórios tanto de brasileiros migrando dentro do país, quanto de estrangeiros vindo para cá. Bora revisar alguns detalhes importantes disso! • Mesmo que tenha sido o que chamamos de migração forçada, a gente não pode esquecer o enorme número de imigrantes africanos que vieram para o Brasil e se tornaram escravos, eles são importantíssimos para a formação do país! • Durante o ciclo do café, que ocorreu durante o contexto de revolução industrial e do fim da escravidão, muitos imigrantes europeus vieram para o Brasil em busca de terras e boas condições de vida, o país incentivou a vinda desses imigrantes e um dos motivos para isso era, infelizmente, para “branquear o Brasil”, que até então APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO era composto basicamente por ex- escravos. Com isso que vimos agora, podemos dizer que a industrialização no Brasil começou com a abolição da escravatura. Para ficar mais fácil de entender as características dessa indústria vamos separá- la em 4 períodos: 1. (1530-1808): No início da industrialização o país ainda era uma colônia portuguesa, e por isso Portugal proibiu a produção em larga escala, para evitar que o Brasil crescesse muito e quisesse sua independência. 2. (1808-1930): Depois da independência, o Brasil ainda não conseguiu desenvolver sua indústria porque os produtos ingleses inibiam a produção nacional. Foi nesse momento que a ocorreu a abolição, a vinda de imigrantes e o ciclo do café, que impedia o desenvolvimento de outras produções. Vale lembrar que entre 1914 e 1918 ocorreu a primeira guerra mundial, que contribuiu um pouco para a indústria brasileira, já que a Europa estava devastada. Porém, o brasil ainda tinha a economia muito focada na agricultura. 3. (1930-1960): Nesse período houve a crise econômica de 1929 e 2ª guerra mundial. Novamente a indústria nacional foi favorecida. Essa também foi a época do Governo de Getúlio Vargas, que investiu muito na chamada indústria de base, ou seja, indústria petrolífera (momento onde a Petrobrás foi criada), indústria siderúrgica e hidrelétricas para geração de energia. 4. (1956-atualmente): Foi a partir desse período que o país conseguiu de fato se industrializar. Isso foi possível com capital estrangeiro, ou seja, com empresas multinacionais que se instalaram por aqui. A mecanização do campo também se desenvolveu, dando início a agroindústria. O país também começou um processo para levar a indústria para o interior, que estava muito centralizada na região litorânea ainda. Foi com esse intuito que Brasília foi criada, por exemplo. A Zona Franca de Manaus (ZFM), também é outro exemplo. Essa região foi criada para que as empresas se estabelecessem na região norte, levando empregos. Assim, o país dava benefícios para as empresas que se instalassem ali, como flexibilização de impostos. INDUSTRIALIZAÇÃO E CAPITALISMO: O capitalismo foi se modificando e se desenvolvendo com o passar dos anos, juntamente com a indústria, que mudou não só seus produtos, mas também seu modelo de produção. FASES DO CAPITALISMO: • CAPITALISMO COMERCIAL: ele aconteceu entre os séculos XV E XVIII, no momento em que países ricos procuravam colônias de exploração e de povoamento, foi nesse momento que os portugueses chegaram no Brasil e os Espanhóis na América latina. Esses países ricos, as metrópoles, buscavam acumular riquezas, normalmente em forma de metais. • CAPITALISMO INDUSTRIAL: Do século XVIII a XX, foi a fase do imperialismo na África e Ásia, a Europa passava por uma fase de excedente populacional, e muitos europeus migraram para essas colônias. Além disso, a revolução industrial fez com que a houvesse a divisão internacional do trabalho e nessa lógica também surgiu os modelos de produção que veremos mais pra frente. • CAPITALISMO FINANCEIRO: Acontece primeiramente na fase bipolar (guerra fria), surgem os blocos econômicos e a expansão do capitalismo. Logo em seguida vem o nova ordem mundial, de multipolaridade, a ideia de Estado mínimo e o combate ao terrorismo. Ele acontece até hoje, com a compra de ações, títulos e outras atividades financeiras. • CAPITALISMO INFORMACIONAL: É o capitalismo do século XXI. Com a internet amplamente utilizada, criptomoedas e biotecnologia. MODELOS DE PRODUÇÃO: FORDISMO: é aquela ideia de produção em massa, o trabalho repetitivo e alienado para gerar a maior quantidade possível do produto, para criação de estoque. A esteira de montagem foi essencial para esse modelo, pois diminuía o tempo gasto na produção e aumentava a produtividade. TAYLORISMO: Nesse modelo, era necessário um trabalho mais especializado e menos alienado. Existe uma divisão de trabalho conforme a especialização e rígido controle de tempo. Ainda assim é um trabalho bem repetitivo. APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO TOYOTISMO: Já nesse modelo, a jornada de trabalho é bem mais flexível e não existe a necessidade de criar um estoque, é chamada produção “just in time”, ou seja, é uma produção de acordo com a demanda. Além disso, esse modelo investiu muito em robótica e informática. VOLVISMO:É o modelo mais moderno. A gente pode dizer que é um modelo mais individual, pois ele investe no trabalhador, com treinamentos, equipes de trabalho, procurando o melhor desempenho do empregado de acordo com a sua possibilidade. DEMOGRAFIA: As questões sobre demografia normalmente envolvem gráficos, você irá precisar entender o gráfico e qual a consequência daquele dado, ou o que aquele dado significa. Você já viu o porquê de muitas das características da população brasileira nos módulos anteriores, então agora será mais fácil de entender os gráficos e projeções. CONCEITOS MAIS IMPORTANTES: • Densidade demográfica ou população relativa: é o número de habitantes por km2. • População absoluta: é a população total em um determinado território.• Taxa de natalidade: número de nascimentos em uma determinada área • Taxa de fecundidade: número de filhos por mulher. • Taxa de mortalidade: número de óbitos em uma determinada área. • Crescimento vegetativo ou natural: taxa de natalidade- taxa de mortalidade. Serve para ver o quanto uma população está crescendo. SOBRE O CRESCIMENTO VEGETATIVO NO BRASIL: • 1° Período (1872-1940): Crescimento lento devido à alta taxa de mortalidade. • 2° Período (1940-1980): Explosão demográfica: melhores condições sanitárias, incentivo a urbanização por Getúlio Vargas) • 3° Período (1980- atualmente): desaceleração desse crescimento devido aos altos custos de educação, contraceptivos e a inserção da mulher no mercado de trabalho. CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS DO BRASIL: • Maior densidade demográfica no litoral, vazios demográficos no Norte (fator limitativo da floresta amazônica e questões comerciais) • Mais de 80% da população vivendo em áreas urbanas. • Taxas de fecundidade menores no Sul e Sudeste, que são áreas com maior concentração de capital. • População jovem concentrada no Norte e Nordeste, devido às altas taxas de fecundidade dessa regiões. • População de mulheres é maior em todas as regiões, exceto no Norte (devido às obras de grandes construções: transamazônico, extração mineral, hidrelétrica de Tucuruí, ferrovias…). • Atualmente: queda na taxa de fecundidade e aumento da expectativa de vida. PIRÂMIDE ETÁRIA: As pirâmides etárias mostram a população de uma determinada área dividida por idade e sexo. Elas são muito usadas para indicadores sociais e tem grande relação com economia de um país. PIRÂMIDE DE PAÍSES DESENVOLVIDOS: Tendem a ter uma base estreita, devido à baixa taxa de fecundidade que esses países apresentam, e ter um topo larga, já que países desenvolvidos possuem melhor qualidade de vida e por isso, maior quantidade de idosos. PIRÂMIDE PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS: Possuem bases largas e topos estreitos, já que possuem maiores taxas de fecundidade e a expectativa de vida é menor. PIRÂMIDE BRASILEIRA: 1940: APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides- etarias.htm# Percebe-se que a taxa de natalidade era alta e que a qualidade de vida era baixa, já que a população ia diminuindo conforme se aproxima do topo. Projeção 2040: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides- etarias.htm# Mostra o aumento populacional, maior população economicamente ativa, maior expectativa de vida e menor taxa de natalidade. https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm https://brasilescola.uol.com.br/geografia/piramides-etarias.htm APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO HISTÓRIA PERÍODO PRÉ-COLONIAL O Período Pré-Colonial começa em 1500 com o descobrimento do Brasil e vai até 1532, com a chegada das primeiras expedições colonizadoras comandadas por Martim Afonso de Souza. Esse período foi marcado por um relativo desinteresse dos portugueses pelo território recém descoberto e por inúmeras tentativas de invasão de outros países europeus, como França, Inglaterra e Holanda. Já a partir de 1530, o comércio português com as Índias entrava em declínio. Ao mesmo tempo, o fluxo de tentativas de invasões por parte dos contrabandistas de pau-brasil se intensificou, e as expedições portuguesas enviadas para expulsar os invasores não tiveram muita eficácia. Isso tudo fez com que o rei de Portugal, D. João III, decidisse por iniciar efetivamente a colonização do Brasil. Em 1530, Martim Afonso de Souza parte com 50 embarcações repletas de pessoas, ferramentas e sementes, para enfim começar a povoar o Brasil Colônia. O BRASIL COLÔNIA Com o declínio do comércio de especiarias, as atenções portuguesas voltaram-se para a América portuguesa e as constantes tentativas de invasão tornaram-se uma preocupação. É nesse contexto que em 1534, o então Rei Dom João III inaugura o sistema das capitanias hereditárias, na intenção de começar o processo de povoamento na colônia. O rei dividiu a faixa litorânea em 15 lotes, 14 capitanias e entregou-as a 12 donatários, nobres portugueses que tinham a posse útil das terras. A posse das capitanias era passada aos descendentes dos donatários e estes podiam entregar pedaços de terras, as chamadas sesmarias, para terceiros. O sistema das capitanias hereditárias foi uma estratégia interessante para o governo português, uma vez que povoou a colônia sem grandes custos para o Estado. Pouco mais de 10 anos depois da doação das terras por parte do rei, o sistema das capitanias hereditárias ainda não funcionava muito bem. Isso porque, a maioria dos donatários não veio para o Brasil imediatamente, deixando buracos vazios no litoral, o que enfraquecia sua função de defesa. As capitanias viviam até então em um regime extremamente desorganizado, com falhas na comunicação entre os donatários e falta de recursos. Mediante a esse cenário, Dom João III acreditou que a solução viria da centralização da administração em uma autoridade real, fundando assim em 1548 o chamado Governo- Geral. CICLO DA CANA-DE-AÇÚCAR Os portugueses esperavam que ao introduzir o cultivo da cana, conseguissem firmar a colonização, garantir a presença portuguesa e com isso, impedir as invasões externas e ameaças estrangeiras. Os holandeses desempenhavam papel importante no ciclo da cana no Brasil. Primeiro, faziam empréstimos para que portugueses cultivassem a cana na América Espanhola. Além disso, eram eles que compravam a maior parte da matéria-prima, refinavam e vendiam o açúcar. Quando em meados do século XVII, foram expulsos do litoral do nordeste brasileiro e depois de algumas tentativas frustradas de invadir o território brasileiro, os holandeses conquistam a região do Caribe. É nesse momento que começam a plantar sua própria cana-de- açúcar e entre os anos de 1680 e 1700 param de comprar a cana dos portugueses. Além disso, passam a controlar o transporte e comércio do produto e dominam o mercado consumidor europeu, iniciando a crise do ciclo da cana-de- açúcar no Brasil. Com a descoberta do ouro no final do século XVII, a economia passou a se voltar para a extração do minério, principalmente na região de Minas Gerais. O CICLO DO OURO A partir do final do século XVII, a descoberta do ouro impulsionou a extração e exportação dos minérios, tornando essa atividade a principal desta fase colonial no país. As primeiras grandes reservas de ouro do Brasil foram descobertas pelos bandeirantes na região que hoje é Minas Gerais. Portugal passou décadas explorando esses recursos tão valiosos. A metrópole cobrava altos impostos em cima da atividade, como o chamado “quinto”, taxa de 20% sob todo ouro retirado das minas. Desde a segunda metade do século XVIII, o ouro começou a ficar mais escasso. Entretanto, Portugal não diminuiu os impostos sobre ele, ao contrário, decretou a chamada “derrama”, imposto que obrigava cada região aurífera (extratora de ouro) a recolher uma tonelada e meia de ouro por ano e entregá-lo para Portugal. CRISE DO PERÍODO COLONIAL A crise do sistema colonial brasileiro aconteceu devido ao declínio da produção de açúcar, da escassez do ouro e das aspirações de liberdade https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/pau-brasil APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO influenciadas pelas emancipações de outras colônias pelo mundo. Desde a chegada da Família Real no Brasil em 1808, muitas transformações ocorreram. Uma das mais significativas foi a aberturados portos por Dom João VI, que acabou rompendo com o pacto colonial, ou seja, com a restrição do comércio da metrópole com a colônia. Desenhavam-se assim as questões políticas e econômicas que culminaram na Independência do Brasil. Por volta de 1820, a população portuguesa, tomada por uma grave crise econômica, pela insatisfação e não reconhecimento da autoridade inglesa, passa a pedir a volta de Dom João VI para Portugal. Esse movimento ficou conhecido como a Revolução Liberal do Porto e exigia também uma constituição que garantisse o fim do absolutismo português e a recolonização do Brasil, que a essas alturas já via o surgimento de forças pró-independência em seu território. Dom João VI acabou por ceder à pressão e volta para Portugal, deixando seu filho Dom Pedro como regente no Brasil. É nesse momento que o chamado Partido Brasileiro, composto por uma elite latifundiária, ganha força e se alia a Dom Pedro para tentar a emancipação da colônia. Esse partido surgiu como uma resposta às investidas portuguesas no sentido de recolonizar o Brasil e fechar os portos. Enquanto Portugal tentava a recolonização de seu território na América, o príncipe regente no período, Dom Pedro, tomava decisões que cada vez mais desagradaram a metrópole e davam andamento ao processo de emancipação. Algumas dessas medidas foram a organização da Marinha Brasileira e a expulsão das tropas portuguesas. Em maio de 1822, cansado das pressões portuguesas, Dom Pedro cria o Tratado do Cumpra-se, que determinava que as decisões vindas de Portugal precisavam ser admitidas por ele antes de entrarem em vigor. Além disso, em junho do mesmo ano, Dom Pedro convoca uma Assembleia Constituinte, fator determinante que levou à Independência do Brasil, uma vez que significaria que o Brasil não mais estaria sob a regência da Constituição portuguesa. Dom Pedro estava em uma viagem quando recebeu uma carta de Portugal que queria anular a Assembleia Constituinte e exigia seu retorno para Portugal mais uma vez. Foi nesse momento, no dia 07 de setembro de 1822, que Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil. ESCRAVIDÃO Portugal tinha uma população pequena, cerca de 2 milhões de habitantes, e não tinha condições de dispensar parte de seus habitantes para sua colônia americana. Para suprir os braços que faltavam, os colonizadores usaram a escravidão. Desta maneira, portugueses, espanhóis, franceses e ingleses tornaram a escravidão um negócio lucrativo. Superlotaram os porões de seus navios com negros africanos (navios negreiros) para serem vendidos nos portos brasileiros e em toda América. As pessoas escravizadas produziram toda riqueza no Brasil: desde o plantio da cana de açúcar, colheita, construção de casas, engenhos, igrejas, tudo isso era feito por cativos. Escravizar africanos era muito mais lucrativo que escravizar indígenas e por esta razão, os europeus preferiram investir no tráfico negreiro. As condições de escravidão no Brasil eram as piores possíveis e a vida útil do escravo adulto não passava de 10 anos. Primeiro, os seres humanos escravizados enfrentavam o transporte da África para o Brasil nos porões dos navios negreiros, onde muitos morriam antes de chegar ao destino. Após serem vendidos, passavam a trabalhar de sol a sol, recebendo uma alimentação de péssima qualidade, vestindo trapos e habitando as senzalas, locais escuros, úmidos e com pouca higiene, adaptado apenas para evitar fugas. Errar não era permitido e poderia ser punível com castigos dolorosos. Eram proibidos de professar sua fé ou de realizar suas festas e rituais, tendo que fazer isso às escondidas, pois era suposto que abraçassem a religião católica. Daí surge o sincretismo que verificamos no Candomblé. No caso das mulheres negras, eram exploradas sexualmente e como mão de obra para trabalhos domésticos, como cozinheiras, arrumadeiras, etc. Quando fugiam, os capitães do mato perseguiam os escravos. A obtenção da liberdade só era possível quando escapavam para quilombos ou quando conseguiam comprar a carta de alforria. Numa sociedade que adotava as ideias do liberalismo, não poderia haver espaço para a escravidão. Afinal, a privação de liberdade não combinava com a nova etapa do capitalismo de consumo. O tipo de produção industrial exigia mão de obra barata e importar pessoas para serem escravas estava se tornando cada vez mais caro. Igualmente, quando a Inglaterra aboliu a escravidão de suas colônias, a produção agrícola ali seria mais cara, por conta dos salários pagos aos trabalhadores. Por isso, as colônias inglesas não poderiam concorrer com os baixos preços praticados pelos portugueses, por exemplo. Assim, era necessário transformar a mão de obra em trabalhadores assalariados. Isto iria igualar os preços da produção e no futuro, os ex-escravos poderiam se tornar consumidores. Por isso, a Inglaterra, que liderava a nova expansão capitalista-industrial, aprovou a chamada "Lei Bill Aberdeen". Esta transformou a Marinha Real Britânica numa arma contra o tráfico em qualquer https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/dom-pedro-i https://querobolsa.com.br/enem/historia-brasil/independencia-do-brasil https://www.todamateria.com.br/navios-negreiros/ https://www.todamateria.com.br/candomble/ APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO parte do mundo, pois permitiu que seus navios abordassem ou abatessem navios negreiros. No Brasil, o tráfico foi oficialmente abolido em 1850, com a "Lei Eusébio de Queirós". Mais adiante, em 1871, a "Lei do Ventre Livre" garantiu a liberdade aos filhos de escravos; e, em 1879, teve início a campanha abolicionista liderada por intelectuais e políticos. Mais adiante, a "Lei dos Sexagenários" (1885) garantia a liberdade aos escravos maiores de 60 anos. Por fim, a abolição da escravidão no país foi concedida pela Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, dia 13 de maio de 1888, porém não certificou que os negros fossem integrados na sociedade. REPÚBLICA VELHA Após a Proclamação da República no Brasil, instituiu-se imediatamente um governo provisório. O governo provisório era chefiado pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que deveria dirigir o País até que fosse elaborada uma nova Constituição. No dia 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a segunda Constituição brasileira e a primeira da República. No dia seguinte à promulgação da Constituição, foram eleitos pelo Congresso Nacional, o primeiro presidente e o vice. A Primeira República foi dividida em dois períodos: República da Espada (1889-1894), em virtude da condição militar dos dois primeiros presidentes do Brasil: Deodoro da Fonseca (1891) e Floriano Peixoto (1891-1894). República das Oligarquias (1894-1930), período em que as oligarquias agrárias dominavam o país, conhecido popularmente como a “política do café com leite”, em razão da dominação paulista e mineira no governo federal, que só terminou com a Revolução de 1930. Durante o período, apenas três presidentes não procediam dos Estados de São Paulo e de Minas Gerais. A supremacia política das grandes oligarquias foi aniquilada com a Revolução de 1930. ERA VARGAS O período denominado Era Vargas é a época em que o chefe do governo brasileiro era o gaúcho Getúlio Vargas. Essa fase é subdividida em: Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional ou Presidencial (1934-1937), Estado Novo (regime ditatorial de 1937 até 1945). A partir de 1930, as massas populares foram incorporadas ao processo político, sempre sobre controle. Uma das reações contra a nova ordem política instalada pela Revolução de 1930, foi o Movimento Constitucionalista de 1932. O movimento ocorreu em São Paulo, onde as elites políticas tentaram retomar o controle político. Em 1933, Getúlio Vargas promoveu eleições para a Assembleia Constituinte. A instalação ocorreu em 10 de novembro, quando foi promulgada a nova Constituição em 1934. O período do governo constitucionalista de Getúlio Vargasfoi uma fase marcada pelo choque de duas correntes ideológicas. Era a "Ação Integralista Brasileira", ideologia de métodos fascistas e a "Aliança Nacional Libertadora", movimento da frente popular. Durante a "radicalização comunista", Getúlio conseguiu do Congresso o decreto de Estado de Guerra. No dia 10 de novembro de 1937, Getúlio fazia uma proclamação ao povo, justificando a necessidade de um governo autoritário: nascia assim o Estado Novo. No mesmo dia do golpe, foi outorgada a nova Constituição Brasileira, baseada na constituição polonesa. A aproximação de Getúlio com os comunistas alarmou os meios políticos. No dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas foi deposto pondo fim à ditadura no Brasil. Imagem: Cola da Web ERA POPULISTA O quadro político da era populista se baseava na União Democrática Nacional (UDN), um partido liberal e conservador organizado; no Partido Social Democrático (PSD), com a atuação dos burocratas nos quadros do Estado Novo; e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), criado pelo próprio Getúlio Vargas, que tinha forte apelo, sobretudo, aos trabalhadores urbanos e alinhou suas pautas com a esquerda política. Em 18 de setembro de 1946 foi promulgada a quinta Constituição brasileira, sendo liberal, definiu que homens e mulheres maiores de 18 anos tinham o direito ao voto, no entanto, a exclusão dos https://www.todamateria.com.br/lei-aurea/ https://www.todamateria.com.br/primeira-republica/ https://www.todamateria.com.br/deodoro-da-fonseca/ https://www.todamateria.com.br/floriano-peixoto/ https://www.todamateria.com.br/politica-do-cafe-com-leite/ https://www.todamateria.com.br/politica-do-cafe-com-leite/ https://www.todamateria.com.br/revolucao-de-1930/ https://www.todamateria.com.br/governo-provisorio/ https://www.todamateria.com.br/governo-constitucionalista/ https://www.todamateria.com.br/governo-constitucionalista/ https://www.todamateria.com.br/estado-novo/ https://www.todamateria.com.br/revolucao-de-1932/ https://www.todamateria.com.br/constituicao-de-1934/ https://www.todamateria.com.br/acao-integralista-brasileira/ https://www.todamateria.com.br/alianca-libertadora-nacional/ https://www.todamateria.com.br/alianca-libertadora-nacional/ APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO alfabetos ainda era visível. No governo de Eurico Gaspar Dutra (1946-1954), foi aplicada uma política econômica liberal que, depois de queimar as reservas cambiais do país, foi substituída por uma política intervencionista que resultou em grande crescimento econômico. Em questões de política externa, o país aliou-se incondicionalmente aos Estados Unidos. Em decorrência dessa aliança, o governo rompeu relações diplomáticas com a União Soviética e passou a perseguir fortemente sindicatos, organizações de trabalhadores e partidos de esquerda. Com isso, o PCB foi colocado na ilegalidade, e seus políticos foram cassados. Getúlio Vargas volta à presidência (1951-1954) marcado por uma forte crise política que que abalou a sustentação de seu governo e por inúmeras polêmicas em torno da política econômica adotada. Economicamente, Getúlio Vargas alinhava-se a uma postura mais nacionalista, sobretudo na exploração dos recursos nacionais. Nessa questão, destaca-se a polêmica em torno da criação da Petrobras, em 1953, após uma extensa campanha popular que tinha como lema “o petróleo é nosso”. A criação dessa estatal, que monopolizava a exploração do petróleo no Brasil, desagradou fortemente certos grupos da política brasileira alinhados com interesses estrangeiros. Vargas teve de lidar com denúncias frequentes de corrupção e de tentativas de implantar uma ditadura sindicalista no país. Vargas também teve de lidar com a insatisfação popular por conta da alta da inflação, que destruía o poder de compra do trabalhador. A resposta de Vargas foi a nomeação de João Goulart, político gaúcho com alto poder de negociação com os sindicatos, para o Ministério do Trabalho e a aprovação da proposta de aumentar em 100% o salário mínimo. Isso gerou profunda insatisfação nos militares, que criticavam incisivamente Vargas, e nos udenistas. Um dos maiores nomes da oposição de Getúlio foi Carlos Lacerda, jornalista e dono do Tribuna da Imprensa. Esse jornalista foi, inclusive, o pivô da crise final do governo Vargas. Em 5 de agosto de 1954, Carlos Lacerda foi atacado na porta de sua casa, na Rua Tonelero, em Copacabana, Rio de Janeiro. As investigações descobriram que Gregório Fortunato, chefe de segurança do palácio presidencial, havia sido o mandante do crime. Vargas passou a ser bombardeados por pedidos de renúncia até que, em 24 de agosto de 1954, cometeu suicídio no Palácio do Catete. A posse de Juscelino Kubitschek (1956-1961) trouxe o objetivo de aumentar o desenvolvimento do país, assim foi criado o Plano de Metas, que estipulava investimentos em áreas cruciais do Brasil, como energia e transporte. O resultado dos cinco anos de governo de JK na economia foi um crescimento anual médio do PIB de 7% e um crescimento industrial de 80%. Outro destaque desse governo foi a construção da nova capital, Brasília. Apesar dos resultados positivos, esse governo também ficou marcado pelo crescimento da desigualdade social no país e por problemas graves, como o baixo investimento na educação e na alimentação. Jânio Quadros (1961) foi o primeiro e único político que a UDN conseguiu eleger no país durante a Quarta República. Foi escolhido como candidato do partido por indicação de Carlos Lacerda, líder do conservadorismo no país. O governo de Jânio foi curto, com duração de quase sete meses. Nesse período, o presidente acumulou polêmicas com a população e com seu partido, a UDN. Na economia tomou medidas que aumentaram o preço dos combustíveis e do pão. Outras medidas polêmicas foram a proibição do uso de biquíni e a condecoração de Che Guevara, líder da luta revolucionária na América. Esse último fato enfureceu seu partido, que era ideologicamente conservador, isolando politicamente o presidente. A saída encontrada por Jânio foi renunciar à presidência no dia 25 de agosto de 1961. Sua renúncia é interpreta pelos historiadores como uma tentativa fracassada de autogolpe. Dessa forma, o país foi jogado em uma crise política sobre a sucessão presidencial. A posse de João Goulart (1961-1964) aconteceu em meio a uma campanha política conhecida como “campanha da legalidade”, a qual defendia que Jango, vice de Jânio, fosse empossado presidente do Brasil. A luta entre legalistas e golpistas quase arrastou o país para uma guerra civil. Jango assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961 em um regime parlamentarista. Apesar de os poderes políticos presidenciais estarem minados pelo parlamentarismo, a partir de janeiro de 1963, o presidencialismo teve seus poderes recuperados por meio de um plebiscito votado pela população. Assim, Jango teve poderes para tentar implantar a Reforma de Base, um conjunto de reformas estruturais em áreas vitais do país, como sistemas tributário e eleitoral, ocupação urbana, etc. A reforma agrária e a forma como ela seria conduzida no país representaram o grande debate das Reformas de Base, o qual desgastou e isolou politicamente João Goulart. Em virtude disso, seu partido, o PTB, perdeu o apoio do PSD, que se bandeou para o lado dos udenistas. Enquanto as tentativas de reforma eram debatidas, organizava-se secretamente no país um golpe contra o presidente. Essa conspiração contava com a participação de militares, civis e, principalmente, do grande empresariado. Essa conspiração golpista recebeu apoio financeiro dos https://brasilescola.uol.com.br/historiab/atentado-rua-tonelero.htm https://brasilescola.uol.com.br/biografia/ernesto-che-guevara.htm APOSTILA ENEM SOLIDÁRIO EUA, que inclusive injetou dinheiro em candidaturas conservadoras na eleição de 1962. Em 13 de março de 1964, o presidente realizou o discurso da Central do Brasil, no qual reassumiu seu compromisso
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