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Políticas públicas de saúde no âmbito do SUS II

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SAÚDE COLETIVA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE SAÚDE NO ÂMBITO DO 
SUS II 
 Desigualdade em saúde: Determinantes 
sociais em saúde – vulnerabilidade (diferenças) 
– equidade (visa reduzir as desigualdades). 
 Equidade: É o princípio mais importante da 
justiça natural, tem como base o seguinte: 
“aqueles que são iguais devem ser tratados de 
modo igual em circunstâncias similares”. 
 Equidade em saúde é diferente das 
iniquidades em saúde que afetam 
negativamente a vida do sujeito, mas que com 
políticas públicas poderiam ter sido evitadas. 
 Equidade em saúde: 
o Reduzir as desigualdades sociais. 
o Distribuição igualitária de recursos. 
o Justiça social. 
o Casos diferentes de maneiras diferentes. 
o Garantir a igualdade de oportunidade de acesso à 
saúde. 
 Igualdade de oportunidade de acesso à saúde: 
Provimento de serviços para necessidades 
específicas de grupos ou pessoas. 
 Equidade vertical: Minimizar a desigualdade 
entre os desiguais nas suas diferenças. 
 Equidade horizontal: Garantia da igualdade 
entre os iguais. 
 Acesso à saúde, barreiras: 
o Geográficas: População quilombola, indígena, 
ribeirinha, do campo, da floresta. 
o Financeira. 
o Organizacionais: O próprio serviço não se organiza 
de forma acolhedora. 
o Epidemiológicas. 
o Informacionais. 
o Culturais. 
o Recursos humanos. 
o Disponibilidade do serviço. 
o Estruturais. 
o Disponibilidade de serviços. 
 Minimizar barreiras: 
o Políticas públicas: Regiões e grupos menos 
desenvolvidos e mais vulneráveis. 
 Grupos vulneráveis: 
o Pessoas em situação de rua. 
o Imigrantes. 
o Pessoas em situação de catástrofes. 
o Profissionais do sexo, 
o Pessoas com deficiência, 
o Negros e quilombolas, 
o Indígenas. 
 Exclusão social: 
o Zona de integração. 
o Zona de vulnerabilidade. 
o Zona de desfiliação. 
o Múltiplos fatores. 
 Inclusão social: 
o Políticas públicas do SUS: Práticas de saúde 
equânimes, quebrar barreiras, SUS. 
POLÍTICAS PÚBLICAS DE MEDICAMENTOS 
 Alta demanda de medicamentos no Brasil. 
 Grandes preocupações na saúde pública no 
brasil: 
o Doenças não transmissíveis: HAS, diabetes, doença 
renal crônica. 
o Doenças transmissíveis: AIDS, tuberculose, 
hanseníase. 
o Fatores de risco modificáveis: Tabagismo, 
sedentarismo. 
o Dependência química. 
o Causas externas: Acidentes e violência. 
 Políticas públicas de acesso aos 
medicamentos: 
SAÚDE COLETIVA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
o Criação da central de medicamentos. 
o Anvisa. 
o Política nacional de assistência farmacêutica. 
o Política nacional de medicamentos. 
o Política Nacional de genéricos. 
o RENAME. 
 Transformações no Brasil no setor de 
medicamentos: 
1. Criação da central de medicamentos (CEME): 1991-
1997 
2. Regulamentação do sus: 1990. 
3. Portaria N° 3.916 em 1998- Aprovação da PNM. 
4. Lei N°9.782 de 26/01/1999 - Criação da 
ANVISA:1999. 
5. Lei N° 9.787 de 10/02/1999 - Lei dos genéricos. 
6. Resolução N° 338, de 06 de maio de 2004 -
Aprovação da PNAF. 
 Política nacional de medicamentos (PNM): “É 
um documento oficial que expressa um 
compromisso do governo com a promoção o 
uso racional e do acesso da maioria da 
população a medicamentos essenciais 
(constam na lista definida pelo ministério da 
saúde), de qualidade assegurada e de eficácia 
e segurança comprovadas”. 
 PNM - Diretrizes: 
o Adoção da relação de medicamentos essenciais. 
o Regulamentação sanitária de medicamentos. 
o Reorientação da assistência farmacêutica. 
o Promoção do uso racional de medicamentos. 
o Desenvolvimento científico e tecnológico. 
o Promoção da produção de medicamentos. 
o Garantia da segurança eficácia e qualidade dos 
medicamentos. 
o Desenvolvimento e capacitação de recursos 
humanos. 
 PNM – Prioridades: 
o Revisão permanente da Relação Nacional de 
Medicamentos Essenciais (Rename). 
o Assistência farmacêutica. 
o Promoção do uso racional de medicamentos. 
o Organização das atividades de vigilância sanitária 
de medicamentos. 
 Rename 2020: 
o Foram considerados os medicamentos incluídos, 
excluídos e alterados pela Comissão Nacional de 
Incorporação de Tecnologias no SUS – CONITEC 
entre setembro de 2018 a novembro de 2019, e que 
passaram por pactuação de financiamento na 
comissão tripartite – CIT. 
 Inclusões: 39. 
 Exclusões: 3. 
 Alterações de itens edição 2018: 19. 
 A Rename 2020 apresenta-se com 921 itens 
(medicamentos e insumos). 
o A Rename é estruturada em cinco componentes: 
Básico, estratégico, especializado, insumos e 
hospitalar. Essa estruturação considera o 
financiamento e a responsabilidade dos entes 
federativos na aquisição das tecnologias. 
 
 A boa prescrição: 
o Deve ser escrita sem rasuras, legível, sem 
abreviaturas, todos os campos preenchidos. 
SAÚDE COLETIVA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
o De acordo com nomenclatura e sistema de pesos e 
medidas oficiais. 
o No âmbito do SUS, o medicamento deve ser 
prescrito pelo nome genérico, obrigatoriamente, 
adotando-se a Denominação Comum Brasileira 
(DCB). 
o É adequado preencher os medicamentos na ordem 
de importância para o tratamento. Exemplo: 
paciente com pneumonia devem ser prescritos na 
ordem: antibiótico, antitérmicos, antieméticos, etc. 
 
 Sugestões para aumentar a adesão ao 
tratamento medicamentoso: 
o Mantenha a comunicação respeitosa com o 
paciente. 
o Desenvolva relações satisfatórias e cooperativas 
com os pacientes. 
o Forneça orientações e estimule a busca de 
informações sobre os fármacos. 
o Dê instruções claras e precisas. 
o Prescreva o esquema posológico ideal para o 
paciente. 
o Avalie o grau de instrução e a capacidade de 
compreensão do paciente. 
o Solicite o apoio e ajuda de familiares ou cuidadores. 
 Medicamentos: Descartar no lugar certo, não 
é lixo. 
 Lei dos medicamentos genéricos: 
o Lei N°9.787, de 10 de fevereiro de 1999, altera a lei 
no 6.360, de 23 de setembro de 1976, que dispões 
sobre a vigilância sanitária, estabelece o 
medicamento genérico, dispões sobre a utilização 
de nomes genéricos em produtos farmacêuticos e 
dá outras providências. 
o Medicamento genérico: As mais recentes 
recomendações da Organização Mundial da Saúde 
(OMS) tentam evitar o uso do termo 
“medicamentos genéricos”, optando por usar 
“produto farmacêutico intercambiável”. 
o Medicamentos similares são medicamentos que 
guardam Equivalência Farmacêutica (mesma 
composição química) ao medicamento inovador, 
enquanto os genéricos são os que, além disto, 
também apresentam bioequivalência (mesma 
composição química e mesmos efeitos terapêuticos) 
com o medicamento inovador. 
 
 Política nacional de assistência farmacêutica – 
PNAF: 
o Provimento e uso racional de medicamentos. 
o Valorização dos serviços, como gestão, dispensação 
e atenção. 
o Desafio: “acesso universal e igualitário” (art.2°, Lei 
8.080/90) às ações e aos serviços de saúde. Não 
necessariamente gratuito. 
o Solução: Programa Farmácia Popular do Brasil 
(2004). 
o Oferecer, a quem pode pagar – usuários com renda 
entre 4 e 10 salários mínimos, que pouco utilizam os 
serviços públicos do SUS, e em cenário de farmácia 
SAÚDE COLETIVA 
 
THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA 
 
comunitária-, tanto medicamentos essenciais a 
preços acessíveis como serviços de dispensação 
orientada. 
 Financiamento Federal e Programas de 
assistência farmacêutica: 
o Anterior a 2007: Financiamento através de 
programas estratégicos. 
o A partir de 2007 até 2018: Blocos de financiamento 
da assistência farmacêutica – Componente básico, 
componente estratégico, componente 
especializado. 
o Programas do Componente Básico: 
 Assistência farmacêutica na atenção 
básica. 
 Financiamento tripartite. 
 Aquisição da distribuição pelosgestores 
estaduais e municipais: Diabetes 
(medicamentos e insumos), saúde da 
mulher. 
o Programas do componente estratégico: 
 Tuberculose, meningite. 
 Malária, Leishmaniose, 
 Tracoma, esquistossomose, 
 Filariose, doença de chagas, 
 DST/Aids, imunobiológicos, 
 Sangue e hemoderivados. 
o Programas do componente especializado: 
 Portaria N° 2981 de 26 de novembro de 
2009: Aprova o componente especializado 
da assistência farmacêutica. 
 Grupo 1: Medicamentos sob 
responsabilidade da união. 
 Grupo 2: Medicamentos sob 
responsabilidade dos estados e distrito 
federal. 
 Grupo 3: Medicamentos sob 
responsabilidade dos municípios e distrito 
federal. 
 
 CEDMEX: 3° gerência regional de saúde 
(Campina Grande).

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