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Educação em saúde - ebook

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Bruna S. de Deus
ENFERMAGEM 
FASAM 2020
educação em saúde
B R U N A S I L V A D E D E U S | E N F E R M A G E M | E D U C A Ç Ã O E M S A Ú D E | P á g i n a | - 5 - 
DEFINIÇÃO 
OBJETIVO 
SEGMENTOS 
NECESSIDADES PARA PRÁTICA DE EDUCAÇÃO 
CONSIDERAÇÕES 
 
 Segundo o Ministério da Saúde, educação em saúde é 
“Processo educativo de construção de conhecimentos em 
saúde que visa à apropriação temática pela população [...]. 
Conjunto de práticas do setor que contribui para aumentar 
a autonomia das pessoas no seu cuidado e no debate com 
os profissionais e os gestores a fim de alcançar uma atenção 
de saúde de acordo com suas necessidade”. 
 É considerado educação em saúde: 
- Toda assistência de saúde, que envolve no mínimo, a 
interação de duas pessoas; 
- Prática de educação em saúde é inerente ao trabalho em 
saúde; 
- Grande parte do trabalho do profissional da saúde envolve 
transmissão de conhecimentos e orientações; 
- Profissionais devem se sentir o tempo todo sujeitos, do 
processo educativo; 
- Profissionais de saúde tem como função o papel de 
compartilhar o conhecimento técnico específico; 
- Educação deve ter condições de criar um espaço de 
intervenção na realidade, com objetivo de muda-la e 
transforma-la; 
- Educação em saúde é uma ferramenta que pode ser 
utilizada para a promoção da saúde das pessoas; 
- Prática privilegiada do campo das ciências da saúde, em 
especial da saúde coletiva; 
- Através de recursos didáticos pedagógicos é possível que 
o trabalhador da saúde transforme sua vida profissional em 
algo mais rico e inovador; 
- Visa que o trabalhador da saúde consiga trabalhar em 
grupo e/ou melhore seu contato com os usuários; 
- O instrumento da relação educativa é o próprio educador. 
 
 
 A educação em saúde tem como objetivo contribuir para 
o desenvolvimento dos profissionais de saúde, como 
sujeitos autônomos. Para ser educador não se necessita 
tornar especialistas em teorias de educação, teorias 
pedagógicas ou em teorias de comunicação. É importante 
entender a relação entre educação e sociedade. 
 O educador requer um pensar crítico e reflexivo 
permitindo desvelar a realidade e propor ações 
transformadoras. Tornar o indivíduo autônomo, capaz de 
propor e opinar decisões da sua saúde, para cuidar de si, 
para sua família e o meio coletivo. 
 
 
 
 
 
Os três segmentos necessários para a prática de educação 
em saúde são: 
- Profissionais de saúde que valorizam a prevenção e 
promoção de saúde; 
- Gestores que apoiem esses profissionais; 
- População que necessita de construir conhecimento e 
aumentar a autonomia do cuidado. 
 
 
 Para uma boa prática em saúde é importante conhecer 
a comunidade, o território onde o indivíduo está inserido. 
É pensar nas intervenções em saúde que precisam ser 
direcionadas a identificação e redução das 
vulnerabilidades. E ainda, possuir um pensamento 
crítico e reflexivo, permitindo uma compreensão a 
realidade, para propor ações transformadoras. 
 
 
 Existem três considerações para educação em saúde: 
1. Saber o porque, como e quando utilizar. Se 
reinventar, criar técnicas de acordo com as condições 
de trabalho. Buscar em manuais já prontos, e não 
utilizar técnicas como panaceia universal ou 
substituir o contato mais direto entre educador e 
educando. 
2. Considerar todo o recurso didático que se pretende 
aplicar ao outro, e deve experimentar anteriormente 
pelo próprio educador. Para enfrentar as dificuldades 
e adquirir uma maior competência para acolher e 
lidar com as dificuldades dos outros. 
3. A proposta didática deve ser em consonância com a 
postura ética do educador e permitir o 
desenvolvimento da criatividade, interagindo as 
várias dimensões constitutivas de todo o ser humano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B R U N A S I L V A D E D E U S | E N F E R M A G E M | E D U C A Ç Ã O E M S A Ú D E | P á g i n a | - 6 - 
DEFINIÇÃO 
O QUE ENVOLVE? 
PACTO EM DEFESA DA VIDA 
AÇÕES ESPECIFICAS 
PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA (PSE) 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL 
 
 A promoção da saúde é uma estratégia de articulação 
transversal, que confere uma visibilidade aos fatores que 
colocam a saúde da população em risco e às diferenças 
entre necessidades, territórios e culturas presentes no 
nosso país. 
 É uma promoção que visa criar mecanismos que 
reduzam as situações de vulnerabilidade, defendendo de 
forma radical a equidade e incorporando a participação e o 
controle social na gestão de políticas públicas. Como 
exemplo tem-se o apoio a uma garota que sofreu abuso 
sexual. 
 
 
 A educação em saúde vai envolver as seguintes coisas: 
- Conjunto de saberes e práticas que orientem para a 
prevenção de doenças e promoção da saúde; 
- Recursos que usem o conhecimento produzido no campo 
da saúde e atinge o dia a dia das pessoas; 
- Compreensão dos condicionantes do processo de saúde-
doença, oferecendo subsídios para adotar novos hábitos e 
conduta de saúde. 
 
 
 O Pacto em Defesa da vida, foi criado em 2001 e definido 
para nortear as realizações de educação/promoção em 
saúde, por meio de macroprioridades. As 
macroprioridades são: 
- Promoção de atividade física; 
- Promoção de hábitos saudáveis, de alimentação e de vida; 
- Controle do tabagismo; 
- Controle do uso abusivo de bebida alcoólica; 
- Cuidados voltados ao processo de envelhecimento. 
 
 
 As macroprioridades possuem ações especificas a serem 
realizadas, são algumas delas, definidas pelo ministério da 
educação: 
- Alimentação saudável; 
- Prática corporal/atividade física; 
- Prevenção e controle do tabagismo; 
- Redução da morbimortalidade em decorrência do uso 
abusivo de álcool e outras drogas; 
- Redução da morbimortalidade por acidades de trânsito; 
- Prevenção da violência e estímulo à cultura da paz; 
- Promoção do desenvolvimento sustentável. 
 
 
 
 
 O programa saúde na escola tem como objetivo unir a 
saúde com a educação, afim de contribuir na formação 
social e integral dos estudantes da rede pública por meio de 
ações de prevenção, promoção e atenção à saúde. 
 É um programa que possui uma estratégia de integração 
e articulação permanente entre as políticas e ações de 
educação e de saúde. Busca incluir as temáticas de 
educação em saúde no projeto político pedagógico das 
escolas. 
 
 
 A alimentação saudável atrelada a educação em saúde, 
busca desenvolver campanhas que orientem e sensibilizem 
a população a respeito dos benefícios de uma alimentação 
saudável. Busca ainda produzir e distribuir matérias 
educativos, alguns deles atualmente são: 
- Guia alimentar da população brasileira; 
- 10 Passos para uma alimentação saudável para diabéticos 
e hipertensos; 
- Cadernos de atenção básica sobre prevenção e tratamento 
da obesidade; 
- Orientações para a alimentação saudável dos idosos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B R U N A S I L V A D E D E U S | E N F E R M A G E M | E D U C A Ç Ã O E M S A Ú D E | P á g i n a | - 7 - 
PRÁTICA CORPORAL/ATIVIDADE FÍSICA 
PREVENÇÃO E CONTROLE DO TABAGISMO 
REDUÇÃO DE MORBIDADE DE ALCOÓL E DROGAS 
REDUÇÃO DE MORBIDADES PELO TRÂNSITO 
PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E ESTÍMULO DA PAZ 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 A educação em saúde visa junto das escolas melhorar a 
prática de atividade física, para isso, elas organizam os 
serviços de saúde de forma a desenvolver ações de 
aconselhamento junto a população, sobre benefícios de 
estilos de vida saudável. Ainda em conjunto, desenvolvem 
campanhas de divulgação que estimulem os modos de viver 
saudáveis e tem como objetivo reduzir fatores de risco para 
doenças não transmissíveis. 
 
 
 Atividades que podem ser realizadas para prevenir e 
controlar o tabagismo, são realizadas por meio de ações 
educativas para população, visando promover as 
comunidades livres de tabaco, divulgando ações com 
relação ao tabagismo e seus diferentes aspectos, como: 
- Dia Mundial sem Tabaco (31 de maio); 
- Dia Nacional de Combate ao Fumo(29 de agosto). 
 
 
 Atividades que investem em ações educativas e 
sensibilizadoras para crianças e adolescentes quanto ao uso 
abusivo de álcool e suas consequências. De modo que 
produza e distribua material educativo para orientar e 
sensibilizar a população sobre os malefícios do uso abusivo 
de álcool. 
 
 
 Promover discussões intersetoriais que incorporem 
ações educativas à grade curricular de todos os níveis de 
formação, além de apoiar campanhas de divulgação em 
massa dos dados referentes às mortes e sequelas 
provocadas por acidentes no trânsito. 
 
 
 Realizar atividades que estimulem a articulação 
intersetorial envolvendo a redução e controle de situações 
como abuso, exploração e turismo sexual. 
 
 
 Utilizar da orientação para práticas de saúde de modo 
que haja interação entre saúde, meio ambiente e educação, 
criando um desenvolvimento sustentável. Realizar 
atividades que estimulem a produção do conhecimento e 
desenvolvimento de capacidades em desenvolvimentos 
sustentáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A EDUCAÇÃO 
O QUE É APRENDER? 
AUTONOMIA X SUBMISSÃO 
MODELO TRADICIONAL DE EDUCAÇÃO 
MODELO PROBLEMATIZADOR DE EDUCAÇÃO 
 
 
 A educação deve ser uma contribuição para a 
autoformação do indivíduo, de maneira que ensine a 
assumir a condição humana, ensine a viver e ainda ensine 
a como se tornar um cidadão. Educação em saúde deve 
compreender-se como uma proposta que visa desenvolver 
o indivíduo e seu grupo a capacidade de analisar de forma 
crítica a sua realidade. Dessa maneira, o ser humano, 
torna-se capaz de decidir ações que possam resolver 
problemas e modificar situações, organizando e realizando 
ações que vão se avaliar como espírito crítico. 
 
 
 Aprender é uma atividade que acontece no educando, 
sendo estimulada pelo educador. Nenhum ser pode 
aprender por outro. Logo, ensinar não é o mesmo que 
aprender, então se o educando não aprender, todo o 
esforço para ensinar será perdido. 
 
 
 A educação de forma dominadora, mantém a 
ingenuidade dos educandos, que são doutrinados a ficarem 
acomodados ao mundo da opressão, e essa forma de 
educação vem sendo criticada. 
 Educar não pode se definir pelo ato de depositar ou 
narrar, ou ainda transferir/transmitir conhecimentos e 
valores aos educandos, mas sim um ato cognoscente, 
havendo cedimento de lugar para educação 
problematizadora, que sugere uma superação da 
contradição educador-educando. 
 É necessário um novo discurso no campo da saúde em 
educação, pois ainda há práticas educativas hegemônicas. 
A convivência entre práticas emergentes e hegemônicas 
pode delinear dois modelos de prática de educação em 
saúde, o modelo tradicional e o modelo 
dialógico/problematizador. 
 
 
 No modelo tradicional é atribuído a importância suprema 
ao conteúdo da matéria, esperando que os educandos 
absorvam, sem modificação, e reproduzam o que lhes foi 
ensinado. É caracterizado pela transmissão do 
conhecimento e experiências do professor, uma educação 
bancária. O educando, nesta forma de educação é passivo. 
 
 É tomador de notas, exímio memorizador, prefere 
manejar conceitos abstratos a resolve-los de forma 
original e criar problemas de realidade em que vive. 
 A educação considera que quanto mais se ensina, mais 
se sabe. Uma cabeça cheia, onde o saber se empilha uma 
pilha de livros. São formados seres submissos, não tendo 
estímulo de criação onde o educador é opressor pois não 
se adapta e não busca outros conhecimentos, não sendo 
desafiado pelos educandos. 
 É uma educação vertical, onde o educador é sempre 
superior ao educando. Na história sempre houve a 
estrutura de ações educativa em saúde no sentido de 
ampliar o saber da população sobre os principais danos. 
No entanto, recomendações sobre o que é certou ou 
errado com relação a doenças e sua prevenção se 
disseminavam na população. Os indivíduos são carentes 
de informações de saúde. 
 Este modelo, em educação em saúde tem como foco as 
patologias, tendo uma relação profissional-paciente 
impositiva. Dessa forma, muitas vezes o próprio paciente 
se culpa pela sua doença. 
 Nesse processo, os educadores são autores e os autores 
do processo, os educandos são seus objetos. Os 
educadores modelam, os educandos são modelados. Os 
educadores optam, os educandos seguem a opção do 
educador. Os educadores atuam, os educandos tem 
ilusão de que atuam, na atuação dos invasores. 
 
 
 Neste modelo a educação parte do princípio que uma 
pessoa somente conhece algo bem quando a transforma, 
sendo transformada também nesse processo. Um modelo 
que pode ser deferido como modelo dialógico, por ser um 
diálogo seu instrumento fundamental. 
 Uma atividade só será geradora se desafiar o indivíduo, 
de modo que ele necessite aceitar o desafio, dentro dos 
meios que ela precisará se adaptar fará com que a 
aprendizagem seja mais acessível. 
 A educação prepara o ser pra investir os conhecimentos 
no seu dia a dia, de modo que os educandos possuam 
participação ativa, e a atividade precisa ser natural para 
resolver o problema. 
 
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 O educador educa e também é educado no mesmo 
processo, promovendo uma troca de ambos os lados, que 
crescem juntos. 
 O indivíduo é reconhecido como um ser que sabe, que 
sempre acrescentará algo, mesmo que não saiba o saber 
técnico-científico. É um modelo participativo, que há uma 
troca entre ambos, mesmo que com vivências e 
conhecimentos diferentes. 
 Possui uma dupla dimensão de processo, onde os 
educandos são objetos e donos de sua própria educação. Os 
educandos vão ter uma abordagem crítico reflexiva. 
 É um modelo de mudanças duradouras, de modo 
progressivo em hábitos de vida e comportamentos para 
construção de novos sentidos e significados. O educando 
deixa sua ignorância de lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL 
 
 
 O estabelecimento de diálogos entre diversos campos do 
conhecimento, pode gerar um auxílio nas ações de gestores 
e professores. Tal qual onde a escola é um meio de 
formação para multiplicar os saberes que podem intervir 
no meio que vivem e estabelecer relações sociais, somente 
claro, se as práticas de ensino derem a oportunidade de ser 
protagonista. 
 O cuidado com a saúde vem da reelaboração de 
significados capazes de rompes as fronteiras dos avanços 
da área médica, gerando assim uma contradição para 
aqueles que defendem o aumenta da produção e 
disseminação de informações. Para algumas indivíduos 
quanto mais se tem acesso a informações, mais se sabe, no 
entanto se estas informações forem errôneas o indivíduo 
pode fazer escolhas nas quais coloque sua própria saúde e 
da comunidade em risco. 
 
 
 Para Vigotsky o ser humano é um ser histórico, social, 
biológico e cultural. Com isso ele diz que não se deve 
ensinar e nem aprender sem considerar essas aspectos. 
Para ele, existem cinco ideias centrais que compõem o seu 
postulado, são elas: 
1. Apresentar o ser humano como resultado da interação 
sociocultural e do seu eu; 
2. Propor que o meio, a cultura e a história modifiquem o 
ser humano e suas concepções; 
3. Estender as mudanças para estruturas biológicas, 
anteriormente imutáveis; 
4. Apresentar a linguagem como uma mediadora entre o 
mundo interno e o mundo externo; 
5. Apresentar a consciência humana como um produto 
cultura, histórico, mutável e influenciável. 
 Logo, toda ação do ser humano não ocorre isoladamente, 
mas sim como um resultado da história e também pode ser 
um determinante da história. As interaçõessociais e 
interferências do meio em que o ser humano convive 
podem gerar influências no contexto em que este se insere. 
 A teoria sociocultural aponta que os processos superiores 
mentais são originados pelas relações sociais e 
entendimentos de que indivíduo elabora sobre o seu meio. 
 Vigotsky defende que as escolas e os professores são 
elementos que podem diminuir as distâncias entre os 
saberes das culturas populares e os elaborados nas 
academias do ensino institucionalizados e científicos. A 
escola com seu plano pedagógico, espaço e ações e os 
professores pela escuta, trabalho em rede. 
 
 As percepções sobre são saúde devem ser considerada 
individuais, intransferíveis e subjetivas, no entanto 
também devem ser entendidas como um processo 
advindo dos processos históricos e culturais de cada ser 
e do seu grupo social ao longo do seu desenvolvimento. 
 Estudantes e profissionais terão significados 
diferentes para uma determina coisa igual, por isso é 
necessário o intercâmbio e uma adaptação de 
linguagem para melhor comunicação e aprendizado. 
 As discussões, se desconectadas da realidade do 
indivíduo não são suficientes, por isso é necessário uma 
adaptação, principalmente nas escolas por meio das 
práticas pedagógicas, afim de capacitar esses 
indivíduos. Dessa maneira, os profissionais de saúde 
devem quebrar barreiras, elaborando mapas culturais, 
históricos e sociais, afim de haver uma maior integração 
entre saúde-doença aos estudantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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