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Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS Disciplina: Ética e Exerc. Da Enfermagem - SAU220 Docente: Marluce Alves Nunes Oliveira Discentes: Alexia Fraga Oliveira e Luanne do O Oliveira Nascimento Data: 17/03/2021 RESENHA CRÍTICA - FILME QUASE DEUSES (2004) O filme, relata a história de Vivien Thomas (1910-1985), jovem negro americano, que vivia na cidade de Nashville no EUA, com o sonho de ser médico. Após perder seu emprego de carpinteiro, conseguiu uma vaga para limpeza no hospital da cidade, no qual ele cuidava dos cachorros que eram utilizados em cirurgias experimentais do Dr. Alfred Blalock (1899-1964). Vivien sonhava em ser médico e para realizar esse sonho juntava suas economias em um banco, mas infelizmente o banco foi à falência e ele viu o seu sonho ir embora juntamente com seu dinheiro. Dentro do laboratório em que trabalhava, Vivien começou a ler os livros do seu patrão, e ali foi se destacando porque aprendia tudo muito rápido, ele demonstrava conhecimento e habilidade que poucos médicos, mesmo formados, não tinham e isso chamou atenção do Dr. Alfred, que logo começou ensinar a Vivien. Juntos, Vivien ajudou o Dr. Alfred a descobrir que a transfusão sanguínea seria a solução para os casos de choque hipovolêmico, a partir disso, o Dr. Alfred começou a se destacar no meio médico, e foi trabalhar no hospital Johns Hopkins como cirurgião chefe. Durante uma festa em sua casa, lhe foi apresentada a oportunidade de fazer uma cirurgia cardíaca pela primeira vez, algo que era inimaginável para a época. Vivien por ser negro, e viver na epoca da segregação racial, muitos olhavam torto ao ve-lo de jaleco, além disso, ganhava muito menos do que a função que exercia, e também não tinha formação para aquela função, isso acabava fazendo com que até os outros negros fossem preconceituosos com ele, e sua esposa se indignava com isso. Ao perceber o que acontecia ao seu redor, Vivien pediu demissão, pois não achava justo trabalhar e não ganhar o salário real. O Dr. Blalock sabia da importância de Vivien para suas pesquisas, e foi atrás dos seus superiores para conseguir um aumento para Vivien, que por não ter formação superior, não podia receber esse aumento, mas o Dr. conseguiu convencer sobre a importância de Vivien para o desenvolvimento da pesquisa. Logo após, Vivien voltar a trabalhar no Hopkins, ele começaram a desenvolver uma técnica para operação cardíaca da doença "síndrome do bebê azul” , conhecida como Tetralogia de Fallot, mas para isso, precisavam de um coração compatível com a patologia, então fizeram modificações nos cachorros, para obter um coração com o mesmo defeito do bebê. Algo que deixava todos os médicos impressionados, era a habilidade de Thomas, que mesmo sem formação operava até de olhos fechados, isso fez com outros médicos começarem a querer aprender com ele. Depois de muito esforço de Vivien e o Dr. Alfred, eles conseguiram operar o cachorro, que em primeiro momento não obtiveram sucesso total, por usarem uma sutura não ideal, mas, logo conseguiram entender o que tinham feito de errado e reverteram o caso. Blalock já se sentia preparado para a realização da cirurgia do bebê, e apesar do consentimento dos pais, a igreja era contra por achar que só Deus poderia tocar no coração de alguém, mas mesmo assim, Dr. Alfred foi a frente com o procedimento. No momento do procedimento ele não se sentiu seguro por Vivien não estar ao seu lado, mas Thomas não podia entrar na sala de cirurgia porque não era médico, mesmo assim, o Blalock exigiu que Thomas assistisse a cirurgia ao seu lado, lhe dando todo apoio e orientação. Após o sucesso da cirurgia, o Dr. Alfred Blalock foi homenageado em um congresso por ser o primeiro a realizar uma cirurgia cardíaca de sucesso, porém levou os créditos sozinho, por ser branco. Vivien, muito triste com a situação, voltou para sua cidade natal, onde tentou entrar na faculdade de Medicina, mas não obteve sucesso, pois teria que começar do zero. Mesmo lutando contra sua vontade, Thomas voltou para o Johns Hopkins e pediu seu emprego de volta, pois não conseguia ficar longe da cirurgia. Após trabalhar 40 anos no laboratório, Vivien virou diretor do mesmo, Dr. Alfred mostra seu arrependimento por não ter partilhado os créditos com Thomas em uma visita, logo depois Blalock vem a falecer, mas Vivien não deixa de trabalhar. Permanecendo por mais 15 anos no hospital, em 1976, foi condecorado Doutor Honorário, e virou parte do corpo docente da Johns Hopkins, onde também virou instrutor de cirurgia, o que foi um grande feito para época e para toda sua comunidade. Apesar de ir contra os princípios éticos, por não ter formação na área, ele era extremamente capacitado para o que ele fazia, e o Dr. Alfred Blalock sempre estava ao seu lado, além disso, Vivien não operava em pessoas, apenas nos cachorros nas cirurgias experimentais.
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