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Ligas de Uso Odontológico As ligas nada mais são que a associação de dois ou mais metais na formação de um novo, um dos exemplos mais comuns de liga, inclusive, é o amalgama usado em restaurações, no entanto o uso das ligas na odontologia não se resume somente a restauração, bem como a trabalhos indiretos com diferentes extensões e complexidades como é o caso das próteses onde as tensões mecânicas envolvidas podem ser muito elevadas. O uso das ligas na odontologia para fundição tem sido influenciado, historicamente, por três fatores 1. As mudanças tecnológicas das próteses dentarias Os trabalhos no inicio de seu uso eram grosseiros e as próteses acabavam, também, por serem pesadas atrapalhando inclusive a fonação e salivação do paciente 2. Avanços metalúrgicos Ao decorrer do tempo e surgimento de novos metais e criação de novas combinações com estes as ligas foram se aperfeiçoando e expandindo o tipo de metais utilizados 3. Variações de preços dos metais nobres desde 1968 aos dias atuais No inicio de seu uso as ligas mais comuns eram as de ouro visto o mesmo ser mais barato e acessível, no entanto a partir de, mais o menos, os anos 70 seu uso foi diminuído, trocando pela prata e com o tempo por outros materiais. Características ideais das ligas odontológicas · Resistencia a oxidação, corrosão e compressão · Boa dureza superficial · Escoamento que permita brunimento · Baixa contração de fundição · Compatibilidade biologica (deve se atentar ao níquel e berílio os quais apresentam alto potencial alérgeno) · Baixo custo Evolução das ligas Odontológicas Com a evolução e descoberta de novos materiais e consequentemente a disponibilidade de uma grande variedade de ligas para fundição, com composições amplamente diversificadas e aplicações variadas ficou difícil classificar as ligas de forma única Classificação das ligas para fundição · Metais altamente nobres Estas contêm 40% ou mais de ouro e 60% ou mais de elementos metálicos nobres · Metais nobres Se trata de uma liga mediana contendo 25% ou mais de elementos metálicos nobres · Metais básicos Contém menos de 25% de elementos metálicos nobres e o resto da liga, ou seja, os cerca de 75% são de materiais básicos, mais comuns e que são até suscetíveis a corrosão que pode até gerar um manchamento, mas que não influencia negativamente em nada visto ser resolvido facilmente com um polimento Ligas de metais altamente nobres para restaurações metaloceramicas · Ligas de Ouro com Platina e Paládio Apresenta até 88% de ouro e quantidades variadas de platina e paládio, além disso estes dois últimos materiais são escolhidos em virtude de sua cor dourada a qual se mistura bem esteticamente com o ouro · Ligas de Ouro com Paládio Contém entre 44% e 55% de ouro e entre 35 e 45% de paládi · Metaloceramicas a base de Ouro São constituídas de 40% ouro e 60% metais nobres como platina e paládio, é justamente esta proporção que a distingue das ligas de ouro com platina e paládio Ligas de metais nobres para restaurações metaloceramicas · Ligas a base de Paládio Contem pelo menos 25% de metais nobres, mas não necessariamente precisa conter ouro · Ligas de Prata e Paládio Teve seu boom nos anos 70 devido ao grande aumento do preço do ouro, sendo, portanto, mais baratas, porem com qualidade equivalente · Ligas de Cobre e Paládio Tem um custo semelhante as anteriores mas apresenta proporção de metais nobres de até 25% · Ligas de Paládio e Cobalto Apresenta um custo semelhante as denominadas ligas livres de níquel e berilo que apesar de baratas não são biocompativeis com todos os organismos. São as ligas mais resistentes a deformação sob alta temperatura, de todas as ligas nobres. É importante salientar que o cobalto apesar de também apresentar um certo potencial alérgeno se encontra em posição bem mais favorável que o níquel. · Ligas de Paládio, Gálio e Prata e de Paládio, Gálio, Prata e Ouro São as ligas mais recentes de materiais nobres, sendo muito indicadas ao uso com porcelana na prótese visto serem termicamente compatíveis em questão de expansão térmica com a mesma Ligas de metais básicos para restaurações fundidas e metaloceramicas · Níquel- Cromo (níquel não é biocompativel com todos os pacientes apresentando alto potencial alérgeno) · Cromo- Cobalto · Níquel-Cromo-Berílio (berílio não é biocompativel com todos os pacientes apresentando alto potencial alérgeno) · Titânio puro São as ligas mais utilizadas, cerca de 70% dos laboratórios utilizam, assim se o profissional deseja utilizar uma liga de metal diferente deve se especificar bem ao protético. Apresenta como grande vantagem o preço, além disso tais ligas possuem dureza de superfície próxima aos materiais metálicos nobres e altamente nobres; para mais se trata de um material bastante rígido/duro e consequentemente acaba por apresentar resistência clínica ao manchamento que se assemelha as ligas mais caras Não existe um grande problema em seu uso, devendo somente se atentar ao que o paciente deseja e a presença de alergias no mesmo devido a presença de níquel e berílio; até porque esteticamente tais próteses com estas ligas tem características estéticas muito semelhantes as ligas de valor mais elevado. Riscos e prevenção quanto aos profissionais Deve se ter um sistema de ventilação e exaustão eficiente no local de manipulação visto a inalação do vapor de metais como o berilo, níquel, porcelana, amianto, pó de revestimento e até produtos do gesso e etc, pode vir a desenvolver um câncer de pulmão a longo prazo Riscos e prevenção quanto aos pacientes A alergia mais comum é a niquel, no entanto de todo modo deve se investigar previamente uma alergia a metais e encaminhar o paciente para um dermatologista ou alergista, podendo inclusive perguntar até no caso de pacientes que usam brincos e acessórios tenham tido alguma sensibilidade a alguma bijuteria para que se possa orientar o protético o material mais adequado a aquele paciente
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