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POLÍTICAS DE SAÚDE Políticas de Saúde SISTEMA DE ENSINO Livro Eletrônico 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE Abordaremos nesta aula os principais marcos históricos para melhor compreender como foi o processo de construção das políticas de saúde no Brasil até chegar no SUS. Em cada caixinha do mapa mental abaixo, há um marco histórico que será explicado. Qual o primeiro momento em que o Estado, enquanto governo, passou a ter uma ação dentro da saúde no nosso país? • 1923 – CAPS/Lei Eloy Chaves: Ocorre a criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAPS através da Lei Eloy Chaves. Tanto o financiamento quanto a gestão da CAPS são de gestão dos empregados e empregadores (bipartite); o governo não faz parte. Mas a Lei Eloy Chaves aparece como dois marcos: é considerado o primeiro momento em que o Estado passa a intervir na parte da saúde, mesmo sendo um sistema excludente (pois atendia somente os trabalhadores das grandes empresas); e também o marco inicial da previdência social no Brasil. • 1933 – Unificação das CAPS em IAPS: Já no governo de Getúlio Vargas, as CAPS, que eram formadas por grandes empre- sas, são unificadas em Institutos de Aposentadorias e Pensões – IAPS e formadas por categoria profissional. A gestão passa a ser também do governo (tripartite), prin- 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES cipalmente a financeira. Tanto as CAPS quanto os IAPS tinham como objetivo ofertar assistência de saúde ao trabalhador e à sua família, a compra de medicamentos com preço reduzido, acesso facilitado a serviços de saúde, além de pensões e pecúlio. • 1953 – Criação do MS: O Ministério da Saúde é criado de forma isolada – antes existia junto com o Ministério da Educação. • 1966 – INPS: Já após o golpe militar, os Institutos de Aposentadorias e Pensões são unificados e passamos a ter oficialmente a previdência social no Brasil, com o nascimento do Ins- tituto Nacional da Previdência Social – INPS. Também era excludente, pois só atendia trabalhadores com carteira assinada, trabalhadores formais e seus dependentes. • 1977 – INAMPS: O INPS passa por uma crise muito grande devido a desvios de verba consideráveis para outras ações-fim, como a construção da ponte Rio-Niterói, a Transamazônica e grandes hospitais (chamados de “elefantes brancos”) com tecnologia de ponta, mas que não conseguiam resolver a maior parte dos problemas da população (como doen- ças infectocontagiosas e doenças “da pobreza”). Com esse recurso desviado, criam-se algumas estratégias para melhorar a previdência; uma delas é a criação do Instituto Nacional da Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS. • 1978 – Alma-Ata: Esse é um marco importante, embora não nacional, e com grande impacto em todo o Brasil. A 1ª Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde faz lembrar da Conferência de Alma-Ata, que aconteceu no Cazaquistão, na extinta União Soviética. Esse foi o primeiro espaço de discussão da Atenção Primária. O Brasil não tinha muitas ações nessa área, até porque a saúde tinha um formato de dicotomia – a previdência ofertava assistência e o Ministério da Saúde ofertava ações de promoção e prevenção focado em um modelo sanitarista, as grandes campanhas. Em 1978, acontece então essa discussão e o Brasil passa a tentar fomentar ações no território brasileiro que configuram a organização da Atenção Primária no país. Obs.: � Atenção Primária é um termo equivalente a Atenção Básica. 5m 10m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES • 1981/1982 – CONASP: O Conselho Nacional – CONASP traz uma força para o INPS/INAMPS por conta da crise, com os objetivos de melhorar e tentar resolver a dicotomia, além de interiorizar as ações em saúde. • 1983/1984 – AIS: As Ações Integradas em Saúde – AIS são consideradas o marco inicial da Atenção Primária no Brasil. • 1986 – VIII CNS: O marco mais forte da reforma sanitária no Brasil é a VIII Conferência Nacional de Saúde, que mesmo sendo a oitava, foi a primeira a contemplar a participação popular. Obs.: � A reforma sanitária teve início e meio, mas não teve fim. Todo esse tempo e todas as mudanças que acontecem trazem avanços, embora só vejamos críticas ao SUS por parte da mídia e o anel técnico-burocrático – para que tenhamos que nos esforçar para pagar planos de saúde e consultas privadas. Essa VIII Conferência trouxe em seu relatório alguns pontos, como o conceito ampliado, a criação de um sistema para todos, a descentralização das ações para o município, dentre outras. • 1987/1989 – SUDS: É criado o Sistema Único Descentralizado em Saúde, também chamado de estratégia ponte ou estadualização da saúde. Quando se tem um sistema totalmente vertica- lizado, como era antes do SUS, e se passa a querer implementar ações e serviços descentralizados e baseados em um conceito ampliado de saúde, com a força de ação para os municípios, é preciso prepará-los para receber toda essa demanda. Antes, os municípios só otimizavam; agora terão que planejar, organizar recursos e lidar com esse planejamento e programação. O SUDS é considerado estratégia-ponte porque dá “poder de fogo” aos estados para que eles orientem os municípios à descentralização. Nesse ínterim, a Lei n. 8.080 traz claramente que o SUS foi agregado aos poucos; a CF foi promulgada em 1988 e não foi automaticamente que todo mundo assumiu o SUS de forma conjunta. O SUS passou a ser um sistema para todos, sistema esse preconizado pelo país, nossa maior política pública de saúde, mas tínhamos ciência de 15m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES que alguns municípios não teriam condições. Por isso, o SUDS surge e aos poucos os municípios iam se organizando, deixando de estar no formato do INAMPS e do SUDS e passando ao formato do SUS. • 1988 – Constituição Federal: É quando o SUS é institucionalizado. Os artigos constitucionais da saúde são do 196 ao 200; algumas provas de concursos abordam também a seguridade social, incluindo aí os art. 194 e 195. • 1990 – Lei n. 8.080/1990 e Lei n. 8.142/1990: Já na gestão do governo Collor, ocorre a edição e publicação das duas leis orgâni- cas: a Lei n. 8.080 (que dispõe sobre a organização da saúde no Brasil) e a Lei n. 8.142 (que dispõe sobre as transferências intergovernamentais e da participação da comunidade). • 1991 – NOB 91 e PACS: Edita-se a primeira Norma Operacional Básica – NOB, totalmente retroativa. Obs.: � A gestão de Collor foi conhecida como a que deu o caos ao SUS, que vinha no auge do crescimento por conta de toda a reforma sanitária e do ponto máximo que foi a VIII Conferência. Collor foi eleito e ele fazia parte do anel técnico-burocrático, que não tinha interesse de que o público desse certo, pois o privado precisava ganhar dinheiro. Logo, ele editou as leis e ele mesmo as feriu ao trazer as normatizações, através das NOBs. A NOB 91 é retroativa e vai de encontro às leis orgânicas da saúde. • 1993 – NOB 93: Collor sofre impeachment em 1992 e em 1993, no governo de Itamar Franco, é editada a NOB 93, considerada um grande avanço para aquele momento. Aí começou-se a estratificar os municípios por habilitação (potencial de atendimento); ou seja, de acordo com o que ele tinha de oferta, ele ia passar a assumir a gestão ou não.Os municípios então teriam habilitação no formato incipiente, parcial e semipleno (único em que os municípios fariam sua gestão própria; os demais ainda precisariam se organizar para mudar de habilitação e assumir sua própria gestão). 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES No período de Collor não houve conferências, mas em 1993 ocorreu a IX CNS com o tema central do poder de cumprir e fazer cumprir a lei. Por mais que isso não aconteça na forma plena, sabemos que o SUS é avanço e mudança de comportamento, não só do Poder Público, mas também da sociedade. Obs.: � Outro fato marcante que ocorreu em 1991 foi a criação do Programa de Agentes Comunitários de Saúde – PACS. O estado fazia uma seleção das pessoas que mora- vam na comunidade (e, naquele momento, obrigatoriamente deveria ser na micro área de atuação) e nela se destacavam (como líderes comunitários), que tinham conhecimentos básicos de ações e serviços de saúde, tinham autonomia de aden- trar nas casas das pessoas e identificar problemas através de fichas, instrumentos do antigo SIAB. A partir daí é possível descobrir muita coisa, como pacientes hiper- tensos, diabéticos, pessoas com hanseníase, tuberculose, portadores de deficiência, pessoas dependentes de álcool e outras drogas, gestantes, crianças menores de 2 anos etc. Tudo isso dá vazão à parte que faltava. O PACS identifica, mas não está ligado a uma equipe; eram no máximo 30 agentes para um profissional enfermeiro. Logo, eram muitos problemas identificados por uma equipe que não dava conta de resolvê-los (inclusive até hoje) – visto que a saúde é muito mais do que a ausência de doenças. Naquele momento, o PACS veio para fazer acontecer, inclusive a criação do então chamado Programa de Saúde da Família. • 1994 – PSF: O PSF surge ainda como programa (hoje é visto como estratégia). • 1996 – NOB 96: Surge a NOB 96, conhecida como a mais municipalizadora. Ela deu essa força aos municípios e mudou as formas de habilitação desses. Na 93, havia municípios inci- pientes, parciais e semiplenos; a partir da NOB 96, passam a existir dois tipos de habilitação: gestão plena da atenção básica e gestão plena do sistema municipal. Essa NOB trabalha com barganha: quanto maior o percentual de cobertura, quanto mais ações de tal ação, o município recebe mais dinheiro. Essa época foi de auge de emprego para os profissionais de saúde. Obs.: � A NOB 96 só foi colocada em prática em 1998, na segunda edição. 20m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES • 2000 – EC 29/2000: Essa emenda trata de recursos financeiros: para o SUS dar certo, é preciso ter recur- sos financeiros adequados para cumprir a lei. • 2001 – NOAS 01; 2002 – NOAS 02: Ocorre a publicação das Normas Operacionais básicas. Diferente das NOBs, essas são estadualizadoras: dão “poder de fogo” ao estado e tratam principalmente das ações do nível secundário e terciário. • 2006 – Pacto Pela Saúde: O Pacto Pela Saúde é dividido em Pacto Pela Vida, Pacto de Gestão e Pacto em Defesa do SUS. O Pacto é o primeiro instrumento jurídico que é dialogado entre as três esferas de governo. As NOBs eram normatizações e vinham de cima para baixo; as NOAS também; mas o Pacto trouxe essa ideia de discussão entre as esferas de governo e de gestão compartilhada. Dos seus três componentes: a. O Pacto Pela Vida traz as prioridades sanitárias, inequívocas para todo o território brasileiro; ou seja, todos os municípios devem seguir as diretrizes propostas no Pacto, pois ficou claro que tínhamos inúmeros problemas, mas não poderíamos trabalhar com todos. O Pacto, então, prioriza aqueles que têm maior impacto e magnitude para a população; b. O Pacto em Defesa do SUS traz a ideia de repolitizar as pessoas em relação ao SUS, trazendo esse arcabouço para todos, não só dentro da Academia; e c. O Pacto de Gestão fala da gestão compartilhada, traz indicadores e o extinto Plano Diretor de Regionalização – PDR. • 2009 – Regulamento do SUS • 2011 – Decreto7.508/2011: Ocorre a regulamentação da Lei n. 8.080/1990 através do Decreto n. 7.508/2011. • 2011 – PNAB: Surge a PNAB 2488, que já foi revogada. • 2012 – Lei n. 141/2012: A EC 29/2000 é transformada em lei complementar e fixa valores mínimos dos estados e municípios. O governo federal ainda ficaria com a variação nominal do PIB mais o que foi gasto no ano anterior. 25m 7 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES • 2015 – EC 86/2015: Essa emenda altera principalmente o art. 198 da CF no sentido de também fixar no valor mínimo do governo federal, de forma progressiva, além de trazer as atribuições dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de endemias. • 2015 – Lei n. 13.097/2015: Essa lei altera o art. 23 da Lei n. 8.080 e nela inclui o art. 53-A. • 2017 – Lei n. 13.427/2017: Essa lei inclui mais um princípio do SUS, que pode ser encontrado no inciso XIV do art. 7º da Lei n. 8.080/1990 e que determina que as pessoas vítimas de violência domés- tica terão acesso a todo o tratamento do SUS, incluindo atenção psicológica e cirurgias reparadoras, se for o caso. • 2017 – 2.436/2017: A nova PNAB traz um novo formato de espaço para produzir mais ações dentro da Atenção Primária, que é o primeiro nível de assistência.30m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES HISTÓRIA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE II Nesta aula, destacaremos os pontos mais importantes da história das políticas de saúde no Brasil de forma resumida. • 1923 – CAPs: Marco inicial da previdência Social no Brasil. Criadas pela Lei Eloy Chaves. Momento inicial em que o Estado assume a responsabilidade pelas ações de saúde dos trabalhadores. A gestão era feita pelas empresas e empregados. Era um serviço de saúde excludente. • 1933 – Unificação das CAPs em IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões). Passam a ser por categoria profissional e sua gestão era tripartite: governo (gestão financeira), empregadores e empregados. Também tinha formato excludente. • 1953 – Criação do Ministério da Saúde – O foco de ação eram ações e programas de saúde, incluindo vacinação e o controle de endemias/epidemias – ações de promoção e prevenção. • 1966 – Unificação dos IAPs e criação do Instituto Nacional da Previdência Social – INPS. Ratifica a dicotomia entre a prevenção e a assistência à saúde. Sistema EXCLU- DENTE, só tinham acesso os trabalhadores formais (previdenciários/contribuintes). • 1977 – Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social – INAMPS: responsável pela assistência médica dos previdenciários. EXCLUDENTE. DIRETO DO CONCURSO: 1. (IDECAN) Considerando os componentes da medicina previdenciária no Brasil, as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs), Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs), o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e o Instituto Nacional de As- sistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e o seu financiamento, é correto afirmar que: a. Todos os componentes recebiam financiamento do governo.b. O INPS era financiado pelos empregados e empregadores apenas. c. As CAPs eram financiadas apenas pelos empregados e empregadores. d. Tanto as CAPs quanto o INPS e o INAMPS eram financiados também pelo governo. 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES COMENTÁRIO As CAPs não recebiam financiamento do governo. 2. (CESPE/ANALISTA DE CORREIOS) Com relação à seguridade social e à previdência social brasileiras, julgue o item seguinte. As caixas de aposentadorias e pensões (CAPs) consistiram nas primeiras medidas legais de proteção aos trabalhadores. A obrigatoriedade de criação das CAPs foi esta- belecida pela Lei Eloy Chaves. 3. (IDECAN/MS) A medicina previdenciária no Brasil data de 1923, quando o governo ins- tituiu, pela Lei Eloy Chaves: a. As Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). b. Os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). c. O Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). d. O Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). e. Dos Conselhos Consultivos de Administração de Saúde Previdenciária (IASP). 4. (CESPE/STJ) Tendo como referência a doutrina e a jurisprudência a respeito da organi- zação e dos princípios do sistema de seguridade social brasileiro, julgue o item a seguir. O período de implantação da seguridade social foi marcado, entre outros, pelo advento da Lei Eloy Chaves, que instituiu as caixas de aposentadorias e pensões exclusiva- mente para ferroviários. COMENTÁRIO As caixas de aposentadorias e pensões eram para grandes empresas, não somente para ferroviárias, mas também marítimas, industriais etc. 5m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES 5. (IDECAN/INCA) Na era Vargas (1930-1945), a assistência médica prestada no país através dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs) era voltada: a. A toda população brasileira. b. Apenas aos trabalhadores das forças armadas. c. A todos os trabalhadores brasileiros, independentemente da atividade exercida. d. Apenas aos trabalhadores que exerciam atividade remunerada de determinadas cate- gorias profissionais. 6. (INSTITUTO AOCP/EBSERH) Quem poderia se beneficiar da assistência à saúde de- senvolvida pelo INAMPS, antes da criação do SUS? a. Apenas os trabalhadores informais, sem “carteira assinada”, e seus dependentes, ou seja, não tinha o caráter universal. b. Todos os trabalhadores tanto da economia formal como os informais e seus depen- dentes, ou seja, tinha o caráter universal. c. Apenas os funcionários públicos da União e seus dependentes, ou seja, não tinha o caráter universal. d. Apenas os trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus depen- dentes, ou seja, não tinha o caráter universal. e. A toda população indiscriminadamente, demonstrando assim o caráter universal da assistência. • 1978 – Primeira Conferência Internacional de Cuidados Primários em Saúde, aconte- ceu em Alma-Ata e foi um marco na Atenção Primária em todo mundo. Impulsionou mudanças na organização do sistema de saúde no Brasil. • 1982 – Criação do CONASP – Conselho Nacional de Administração da Saúde Previ- denciária (CONASP), em 1982, a partir do qual foi implementada a política de Ações Integradas de Saúde (AIS), em 1983. Estas constituíram uma estratégia de extrema importância para o processo de descentralização da saúde. • 1983/84 – Implementação das AIS (Ações Integradas em Saúde) como componente originalmente subalterno do Plano do CONASP e como redefinição democratizante de uma política racionalizadora que passou a ter mais espaço com o avanço das lutas democráticas. 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES • 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde – Sendo a primeira a permitir a participa- ção popular. Pode ser considerada o maior marco do movimento sanitário. Seu relató- rio tem caráter importante na construção de um sistema de saúde para todos. DIRETO DO CONCURSO: 7. (FUNCAB/SEJUS-RO) Durante 1981 e 1982, o governo federal buscou formular alter- nativas para superar a crise financeira vivenciada no sistema da previdência. Dentre o conjunto de medidas propostas, podemos citar a: a. Criação do Conselho Nacional de Administração da Saúde Previdenciária – CONASP. b. Implantação das Caixas de Aposentadorias e Pensões – CAP. c. Ampliação das atividades do Serviço Especial de Saúde Pública – SESP. d. Convocação da VI Conferência Nacional de Saúde. e. Instituição do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde. 8. (IADES/EBSERHP) Com o fim do regime militar, as lideranças do movimento sanitário assumiram efetivamente posições em postos-chave nas instituições responsáveis pela política de saúde no País. Acerca desse tema, assinale a alternativa correta quanto ao evento que foi convocado como expressão dessa nova realidade. a. IV Conferência Nacional de Saúde. b. VII Conferência Nacional de Saúde. c. VIII Conferência Nacional de Saúde. d. I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde. e. Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp). 9. (MS CONCURSOS/PREFEITURA DE PIRAÚBA – MG) Com a Constituição de 1988 foi fundado o arcabouço jurídico-institucional do SUS, consagrando em grande parte os preceitos acordados por ocasião da: a. VII Conferência Nacional de Saúde. b. VIII Conferência Nacional de Saúde. c. VIII Conferência Regional de Saúde. d. VII Conferência Regional de Saúde. 10m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES COMENTÁRIO Os ideais do SUS foram discutidos na VIII CNS em 1986, mas ele só foi institucionaliza- do em 1988. 10. (IADES/SES-DF) O Movimento Sanitário Brasileiro, intensificado a partir das décadas de 1970 e 1980 em consonância com as lutas pelo processo de redemocratização da sociedade brasileira, teve como ponto alto da própria articulação a(o) a. VIII Conferência Nacional de Saúde. b. Conferência Internacional de Saúde de Alma-Ata. c. I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde. d. Relatório Lalonde. e. 9ª Conferência Global de Promoção da Saúde. • 1988 – Promulgação da Carta Magna de 1988, a primeira a contemplar o SETOR SAÚDE em seus artigos: 196 ao 200 – Institucionaliza o SUS. • 1987/89 – Criação do SUDS – Sistema Único Descentralizado “estadualização” da Saúde. Teve grande importância de Saúde. Conhecido como estratégia ponte ou no processo de Descentralização das ações e serviços de saúde. • 1990 – Edição das Leis Orgânicas da Saúde: Lei n. 8.080/1990 (dispõe sobre a orga- nização do SUS) e Lei n. 8.142/1990 (dispõe sobre o controle social e o financia- mento do SUS). • 1991 – Edição da primeira Norma Operacional Básica – NOB 91 – Retroage e possui características centralizadores. O PACS (Programa de Agentes Comunitários) é criado e a atenção básica começa a ganhar importância no Sistema de Saúde. • 1993 – Edição da segunda Norma Operacional Básica – NOB 93 – Traz formas de habilitação dos municípios, estratificando o grau de autonomia destes. Os municípios poderiam ser classificados em: incipientes, parciais e semiplenos. • 1994 – Criação do Programa Saúde da Família. Grande avanço para a Atenção Básica no Brasil. 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES • 1996 – Edição da terceira Norma Operacional Básica – NOB 96. Institui o Piso da Atenção Básica e fortalece a descentralização e a Atenção Básica, incentivando finan- ceiramente os municípios a estruturara rede, através da Atenção Básica e da Saúde da Família. • Habilita os municípios em Gestão Plena da Atenção Básica e Gestão Plena do Sis- tema Municipal. • 2000 – Emenda Constitucional n. 29 de 2000 – Traz a importância da fixação de valo- res mínimos para o financiamento do SUS. Somente em 2012, a Lei n. 141/2012 traz em seu texto os valores mínimos para aplicação de recursos próprios, pelos estados, DF e municípios, no setor da saúde. • 2001 – Edição da primeira Norma Operacional de Assistência à Saúde – NOAS 2001 – Esta NOAS-SUS atualiza a regulamentação da assistência, considerando os avanços já obtidos e enfocando os desafios a serem superados no processo permanente de consolidação e aprimoramento do Sistema Único de Saúde. • 2002 – Edição da segunda Norma Operacional de Assistência à Saúde – NOAS 2002 – Esta NOAS-SUS assegura a manutenção das diretrizes organizativas definidas pela NOAS-SUS n. 01/2001, procura oferecer as alternativas necessárias à superação das dificuldades e impasses oriundos da dinâmica concreta de sua implementação. • 2006 – Divulgação do Pacto pela Saúde através da Portaria n. 399/2006. O Pacto é composto por 3 componentes, cada um traz prioridades para todas as esferas de governo: Pacto em Defesa do SUS (repolitização), Pacto pela Saúde (prioridades ine- quívocas a todos os gestores) e Pacto de Gestão (gestão compartilhada). • 2009 – Publicação do Regulamento da Saúde através da Portaria n. 2.048/2009, cria o Regulamento do SUS, revoga a Portaria n. 399/2006. • 2011 – Publicação do Decreto n. 7.508/2011 – Regulamenta a Lei Orgânica n. 8.080/1990. Traz conceitos importantes e fortalece a regionalização através da Instituição de Regi- ões de Saúde – o que garante a INTEGRALIDADE da assistência em saúde. • 2011 – Publicação da Nova Portaria da Atenção Básica – PNAB. • 2012 – Sancionada a Lei Complementar n. 141/2012, que traz em seu texto os percen- tuais mínimos a serem investidos pelas esferas de governo nas ações e serviços de saúde. Deixa claro, em seu texto, quais são as ações e serviços de saúde. 15m 7 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA A N O TA ÇÕ ES • 2015 – Emenda Constitucional n. 86/2015 – Altera o art. 198 da Constituição Federal, deixando claro o valor mínimo a ser investido pelas esferas de governo. Deixa claro o valor mínimo de 15% para a União – recursos próprios. • 2015 – Publicação da Lei n. 13.097/2015 – Altera o art. 23 da Lei Orgânica da Saúde n. 8.080/1990 – passando a ser permitida a participação direta e indireta de capital estrangeiro na assistência à saúde no Brasil. Inclui o art. 53-A na citada LOS. • 2017 – Publicação da Lei n. 13.427/2017 – Altera o art. 7º da Lei n. 8.080/1990, incluindo mais um princípio. DIRETO DO CONCURSO: 11. (AOCP/PREFEITURA DE JOÃO PESSOA – PB) Assinale a alternativa correta acerca da evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde (SUS). a. Antes da implementação do Sistema Único de Saúde (SUS) pela Constituição Fede- ral de 1988, existia a chamada assistência médico-hospitalar, prestada pelos Estados e Municípios, a qual também pautava-se pelo princípio da universalidade. b. O Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) prestava serviço a toda população, em caráter universal, com recursos provenientes do reco- lhimento de taxas sociais. c. Em meados da década de 80, começaram a ser implementadas as Ações Integradas de Saúde, cujas principais diretrizes eram a universalização, a acessibilidade, a des- centralização, a integralidade e a participação comunitária. d. A Instituição do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde – SUDS – se deu por meio de celebração de convênio entre o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS) e o governo federal. 12. (CESPE/EBSERH) Em relação à evolução histórica da saúde no Brasil, julgue o item a seguir. Antes da implantação do SUS, as ações predominantes do Ministério da Saúde eram de promoção da saúde e prevenção de doenças, voltadas para campanhas de vacina- ção e controle de endemias. 20m 8 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br História das Políticas de Saúde II SAÚDE PÚBLICA 13. CESPE/EBSERH) Em relação à evolução histórica da saúde no Brasil, julgue o item a seguir. O Movimento da Reforma Sanitária Brasileira foi, inicialmente, um movimento da inte- lectualidade universitária e dos profissionais de saúde; os setores sindicais e os movi- mentos populares se incorporaram ao movimento posteriormente. COMENTÁRIO Quem encabeçou inicialmente esse movimento foram os professores e os universitários – na década de 60, dando o formato em 70 e ganhando corpo em 80. Com o passar do tempo e o entendimento da própria população acerca de seus direitos, naquela época hou- ve grande presença do ABC paulista e dos movimentos populares – visto que as periferias começaram a surgir de forma desordenada. GABARITO 1. c 2. C 3. a 4. E 5. d 6. d 7. a 8. c 9. b 10. a 11. c 12. C 13. C ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES PNH – POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO 1 - INTRODUÇÃO, PRINCÍPIOS E PRINCÍPIOS NORTEADORES A PNH é uma política considerada transversal e é um dos maiores avanços dentro do nosso Sistema Único de Saúde. Contextualizando Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) visa colocar em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde e proporcionar mudanças nos modos de gerir e de cuidar. Obs.: Quando se fala em colocar em prática os princípios do SUS, é preciso se lembrar do art. 7º da Lei n. 8.080/1990, que traz, através de seus incisos, os 14 princípios do SUS. Então há uma divisão teórica entre os princípios doutrinários e os princípios organizati- vos. A PNH vem corroborar, ajudar, para o alcance da operacionalização, de colocar em prá- tica o que o SUS propõe como princípios. A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários, para constru- írem processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que, em muitas circunstâncias, resultam em atitudes e práticas desumanizadoras, que inibem a auto- nomia e a corresponsabilidade dos profissionais da área de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si (BRASIL, 2013). Obs.: Gestores, trabalhadores e usuários: 3 atores sociais. 5m 10m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES Fundamenta-se em: Obs.: Trocar e respeitar saberes é muito importante, pois exige a escuta do profissional. Obs.: A equipe deve ser multiprofissional e deve utilizar saberes multidisciplinares. 15m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES A PNH se estrutura a partir de: Princípios Quando se fala em protagonismo, está querendo dizer que aquela pessoa atendida no SUS, usuária do SUS, é protagonista de sua vida, tem expertise de decidir e de ser corres- ponsávelno seu processo do cuidar. Então não adianta apenas o profissional da saúde pres- crever o medicamento e ofertar a receita. É preciso sensibilizar, trocar saberes, entender o desejo, os medos, os anseios e as dores da pessoa para que possa torná-la parte da deci- são, parte do processo, para que a pessoa saiba que seu papel será tomar a medicação no horário correto. 20m 25m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização II POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES PNH – POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO II PRINCÍPIOS NORTEADORES (BRASIL, 2004) 1. Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e de gestão, para fortalecer/estimular processos integradores e promotores de compromissos/ responsabilização; 2. Estímulo a processos comprometidos com a produção de saúde e com a produção de sujeitos; Obs.: Quando se fala em saúde, está se falando de conceito ampliado. 3. Fortalecimento do trabalho em equipe multiprofissional, para estimular a transdisci- plinaridade e a grupalidade; 4. Atuação em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e solidário, em confor- midade com as diretrizes do SUS; Obs.: Quando se fala em rede de atenção, está se falando de um processo articulado e contínuo de cuidado, onde há organização só em pontos de atenção que não têm uma importância maior ou menor que o outro. O que diferencia cada ponto de aten- ção é a densidade tecnológica utilizada naquele processo. Então, essa alta conecti- vidade entre os pontos de atenção traz a visão de algo poliárquico, onde não se tra- balhará apenas no sentido de hierarquizar densidade tecnológica, e sim em pontos de atenção, que juntos formam uma rede, a qual deve ter como ponto de atenção e centro de organização do cuidado a atenção básica. 5.Utilização da informação, da comunicação, da educação permanente e dos espaços da gestão na construção da autonomia e do protagonismo de sujeitos e de coletivos. 5m 10m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização II POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES Obs.: � É importante ficar atento à diferença entre os Princípios e os Princípios Norteadores: princípio é a base filosófica. Os princípios norteadores dão a ideia de qual passo se deve tomar para alcançar os princípios. MÉTODO, DIRETRIZES E ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Método O HumanizaSUS, como também é conhecida a Política Nacional de Humanização, aposta na inclusão de trabalhadores, de usuários e de gestores na produção e na gestão do cuidado e dos processos de trabalho. A comunicação entre esses três atores do SUS provoca movimentos de perturbação e de inquietação que a PNH considera o “motor” de mudanças e que também precisam ser inclu- ídos como recursos para proporcionar saúde. 15m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização II POLÍTICAS DE SAÚDE Diretrizes Segue, abaixo, a descrição sucinta das diretrizes da PNH (BRASIL, 2013): Obs.: Quando se fala em gestão participativa, não se pode separar a atenção da gestão, de modo que se realiza uma gestão participativa e a cogestão. Há vários instrumen- tos que podem ser utilizados, como a gestão compartilhada, quando trabalhadores da unidade de saúde, de tempos em tempos, se revezam e vão levar os problemas identificados pela totalidade para trazer algumas soluções. A cogestão funciona prin- cipalmente no Colegiado Gestor. Um bom equipamento para lidar com a Cogestão e a Gestão Compartilhada é a Gerên- cia de Porta Aberta, onde o gerente não fica apenas como figura do papel administrativo, ele também se envolve. 20m 25m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conte- údo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclusiva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização III POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES PNH - POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO III Clínica ampliada e compartilhada • Apresenta a finalidade de contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do pro- cesso saúde/doença; • Preconiza o afeto nas relações, a qualificação do diálogo e as decisões compar- tilhadas; Valorização do trabalhador • É importante dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão e apostar em sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho; Obs.: a ideia de valorização não é em relação apenas à remuneração, mas também em relação ao que o profissional faz, valorização dos resultados e acertos. Defesa dos direitos dos usuários • Os usuários de saúde têm direitos garantidos por lei, e os serviços de saúde devem incentivá-los a conhecer esses direitos e assegurar que eles sejam cumpridos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta. APROFUNDANDO A TEMÁTICA, TEMOS A SEGUINTE DESCRIÇÃO DESSES CONCEITOS (BRASIL, 2010): Acolhimento: uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Polí- tica Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS; Política: implica o compromisso coletivo de envolver-se nesse “estar com” e potencializa protagonismos e vida nos diferentes encontros; Ética: envolve o compromisso com o reconhecimento de outro, na atitude de acolhê-lo em suas diferenças, dores, alegrias, modos de viver, sentir e estar na vida; 5m 10m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização III POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES Estética: diz respeito à invenção de estratégias, nas relações e nos encontros do dia a dia, que contribuem para dignificar a vida e para construir nossa própria humanidade. 3 - DISPOSITIVOS, DIRETRIZES ESPECÍFICAS POR NÍVEL DE ATENÇÃO Dispositivos Para viabilizar os princípios e os resultados esperados com o HumanizaSUS, a PNH opera com os seguintes dispositivos, aqui entendidos como ‘tecnologias’ ou ‘modos de fazer’ (BRASIL, 2006): • Acolhimento com classificação de risco; Obs.: está relacionado à equidade. • Equipes de referência e de apoio matricial; • Projeto terapêutico singular e projeto de saúde coletiva; Obs.: é um instrumento alinhado à clínica ampliada. • Projetos de construção coletiva (cogeridos) da ambiência; • Colegiados de gestão; • Contratos de gestão; • Sistemas de escuta qualificada para usuários e trabalhadores da saúde: gerência de “porta aberta”, ouvidorias, grupos focais e pesquisas de satisfação; • Projeto “Acolhendo os Familiares/Rede Social Participante”: visita aberta, direito de acompanhante e envolvimento no projeto terapêutico; • Programa de Formação em Saúde e Trabalho e Comunidade Ampliada de Pesquisa; • Programas de qualidade de vida e saúde para os trabalhadores da saúde; • Grupo de Trabalho de Humanização. 15m20m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização III POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES Marcas/Prioridades da PNH que deverão ser alcançadas • Reduzir as FILAS e o TEMPO de ESPERA, ampliar o acesso e proporcionar um atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco. • Todo usuário do SUS saberá QUEM SÃO os PROFISSIONAIS que CUIDAM de SUA SAÚDE, e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. • As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o ACOMPANHAMENTO de PESSOAS de sua REDE SOCIAL (de livre escolha) e os DIREITOS do código dos usuários do SUS. • As unidades de saúde garantirão GESTÃO PARTICIPATIVA aos SEUS TRABALHA- DORES e USUÁRIOS assim como EDUCAÇÃO PERMANENTE aos trabalhadores. 25m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Natale Oliveira de Souza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização IV POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES PNH - POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO IV DIRETRIZES ESPECÍFICAS POR NÍVEL DE ATENÇÃO (BRASIL, 2004) Na Atenção Básica: • Elaborar projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social (família e outras pessoas importantes par o indivíduo), considerando as políticas intersetoriais e as necessidades de saúde; • Incentivar as práticas promocionais da saúde (trata-se de uma das ações da preven- ção primária); • Estabelecer formas de acolhimento e de inclusão do usuário que visem otimizar os serviços, acabar com as filas, hierarquizar os riscos e propiciar o acesso aos demais níveis do sistema (vale lembrar que a atenção básica é a ordenadora do sistema); e • Definir protocolos clínicos, para garantir a eliminação de intervenções desnecessá- rias, respeitando-se as diferenças e as necessidades do sujeito. Obs.: essa eliminação de intervenções desnecessárias também é conhecida como preven- ção quaternária. Na Atenção Especializada: • Garantir a agenda extraordinária em função da análise de risco e das necessidades do usuário; • Estabelecer critérios de acesso, identificados de forma pública, incluídos na rede assistencial, com efetivação de protocolos de referência e contrarreferência; • Otimizar o atendimento ao usuário, articulando a agenda multiprofissional em ações diagnósticas e terapêuticas que impliquem diferentes saberes e Terapêuticas de rea- bilitação; e • Definir protocolos clínicos, para garantir a eliminação de intervenções desnecessárias (prevenção quaternária), respeitando-se as diferenças e as necessidades do sujeito. Na Atenção Hospitalar: Nesse âmbito, são propostos dois níveis crescentes (B e A) de padrões para adesão à PNH: 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br PNH – Política Nacional de Humanização IV POLÍTICAS DE SAÚDE A N O TA ÇÕ ES Parâmetros para o nível B Parâmetros para o nível A Existência de Grupos de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho definido; Garantia de visita aberta com a presença do acompa- nhante e de sua rede social, respeitando a dinâmica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do acompanhante; Existência de mecanismos de desospitalização, visando encontrar alternativas para as práticas hospi- talares, como as de cuidados domiciliares; Garantia de continuidade de assistência com sistema de referência e de contrarreferência; Mecanismos de recepção com acolhimento aos usu- ários; Mecanismos de escuta para a população e os traba- lhadores; Equipe multiprofissional (com, no mínimo, médico e enfermeiro) de atenção à saúde, para seguir os pacientes internados, e com horário pactuado para atender à família e/ou à sua rede social. Grupo de Trabalho de Humanização (GTH) com plano de trabalho implantado; Garantia de visita aberta, com a presença do acom- panhante e de sua rede social, respeitando a dinâ- mica de cada unidade hospitalar e as peculiaridades das necessidades do acompanhante; Existência de mecanismos de desospitalização, visando encontrar alternativas para as práticas hospi- talares, como as de cuidados domiciliares; Obs.: vale lembrar que os cuidados domiciliares estão descritos atualmente na Portaria n. 825/2016 Garantia de continuidade de assistência com sistema de referência e de contrarreferência; Ouvidoria em funcionamento; equipe multiprofissional (com, no mínimo, médico e enfermeiro) de atenção à saúde, para seguir os pacientes internados, e com horário pactuado para atender à família e/ou à sua rede social; Conselho gestor local com funcionamento adequado; Acolhimento com avaliação de risco nas áreas de acesso (pronto-atendimento, pronto-socorro, ambula- tório, serviço de apoio diagnóstico e terapia); Plano de educação permanente para trabalhadores com temas sobre humanização em implementação. Obs.: essas diretrizes por nível são uma parte mais específica da matéria e, portanto, pre- cisam ser decoradas. 5m 10m ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Natale Oliveira De Souza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Questões de PNH – Política Nacional de Humanização RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE RESIDÊNCIA A N O TA ÇÕ ES QUESTÕES DE PNH – POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DIRETO DO CONCURSO 1. (UFAL/RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL/2015) Identifique, nas opções abaixo, um dos princípios norteadores da Política de Humanização: a. Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos integradores e promotores de compromissos/ responsabilização. b. todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde, e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial. c. Promoção de ações que assegurem a participação dos trabalhadores nos processos de discussão e decisão, reconhecendo, fortalecendo e valorizando seu compromisso com o processo de produção de saúde e seu crescimento profissional. d. consolidar e expandir a rede virtual de humanização, facilitando trocas, dando visibilidade às experiências exitosas e multiplicando práticas comprometidas com a Política Nacional de Humanização (PNH). e. reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde. COMENTÁRIO a. A alternativa dispõe corretamente um dos princípios da PNH. b. Na realidade, a alternativa descreve uma marca da PNH. c. Trata-se de uma marca da PNH. d. Esse compromisso não se aplica apenas à rede de virtual, mas também com a rede que implementa a PNH. e. A alternativa descreve outra marca da PNH. 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Questões de PNH – Política Nacional de Humanização RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE RESIDÊNCIA A N O TA ÇÕ ES 2. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS-AL/2012/UFAL)A Política Nacional de Humanização toma cinco diretrizes centrais para orientar a ação das equipes que têm por tarefas produzir saúde, são elas: I – Acolhimento. II – Gestão Democrática das organizações de saúde, dos processos de trabalho e de formação, da clínica e da saúde coletiva. III – Clínica Ampliada. IV – Valorização do trabalho dos trabalhadores da saúde. V. Garantir os direitos dos usuários. Verifica-se que esta(ão) correta(s) a. I, II, III e IV, apenas b. I, II e IV apenas. c. II, III e IV, apenas. d. II e III, apenas. e. I, II, III, IV e V COMENTÁRIO Percebe-se que os itens descrevem corretamente as cinco diretrizes centrais previstas na PHN. 3. (RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM SAÚDE COLETIVA/UPE/2014) Analise as afirmativas. sobre o significado da Humanização da Atenção à Saúde. I – Humanizar a atenção à saúde é valorizar a dimensão subjetiva e social em todas as práticas de atenção e de gestão no SUS. II – É fortalecer o compromisso com os direitos do cidadão, destacando-se o respeito às questões de gênero, etnia, raça, orientação sexual e o respeito às populações específicas. III – É estabelecer vínculos solidários e de participação coletiva, por meio da gestão participativa, com os trabalhadores e os usuários. 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Questões de PNH – Política Nacional de Humanização RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE RESIDÊNCIA A N O TA ÇÕ ES Assinale a alternativa CORRETA. a. Somente I está correta. b. Somente I e II estão corretas. c. Somente I e III estão incorretas. d. I, II e III estão corretas. e. Somente I e III estão corretas. COMENTÁRIO Os itens I e II estão corretos. O item III está errado, pois deixou de citar o gestor. 4. (ESPBA/CEFETBAHIA/2018) De acordo com o Ministério da Saúde, a humanização deve ser encarada não apenas como um programa, mas “[...] como uma política pública que [...] transversaliza as diferentes ações e instâncias gestoras do [...]” (BRASIL, 2010, p. 17) Sistema Único de Saúde (SUS) estando, dessa forma, presente em todos os espaços de produção de saúde. Sobre a humanização da atenção e da gestão na saúde proposta pela Política Nacional de Humanização (HumanizaSUS), é correto afirmar que a. incentiva a valorização da ambiência, com organização de espaços de trabalho saudáveis e acolhedores. b. insere a proposta de um trabalho coletivo para que o SUS seja mais acolhedor e mais ágil, ainda que menos resolutivo. c. estimula o fortalecimento do controle social, com caráter participativo, em todas as instâncias do SUS, exceto no âmbito da gestão. d. busca estabelecer mudanças nos modelos de atenção e de gestão, por meio da dissociabilidade entre as ações de cuidado e o fazer dos gestores. e. propõe um fomento à autonomia e ao protagonismo dos usuários, reduzindo parte da responsabilidade dos trabalhadores da saúde sobre as ações de cuidado. COMENTÁRIO b. A agilidade não pode ter relação com a resolutividade. É possível ser mais ágil, mas é preciso garantir a capacidade de resolver a maior parte dos problemas. 5m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Questões de PNH – Política Nacional de Humanização RESOLUÇÃO DE QUESTÕES DE RESIDÊNCIA c. Na realidade, a PNH inclui o âmbito da gestão no controle social. d. O que se busca é a indissociabilidade entre a atenção e a gestão. e. Na realidade, o que se busca não é reduzir, mas sim potencializar essa relação entre os gestores, trabalhadores e usuários no processo de cuidado. GABARITO 1. a 2. e 3. b 4. a ���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pela professora Natale Oliveira de Souza. A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 02 e suas atualizações POLÍTICA NACIONAL DA ATENÇÃO BÁSICA – PNAB Professora Natale Souza OBSERVAÇÕES: Art. 1º Esta Portaria aprova A política nacional de atenção básica - PNAB Com vistas à revisão da Estabelecendo-se as diretrizes para Regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, no âmbito do sistema único de saúde - SUS, Parágrafo único. A Política Nacional de Atenção Básica considera Os termos atenção básica - AB e atenção primária à saúde - APS, nas atuais concepções, como Art. 2º A Atenção Básica é o conjunto de ações de saúde Individuais Familiares e Coletivas Que envolvem Promoção Prevenção Proteção Diagnóstico Tratamento Reabilitação Redução de danos Cuidados paliativos vigilância em saúde Desenvolvida por meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, Realizada com equipe multiprofissional e Dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes assumem responsabilidade sanitária. §1º A Atenção Básica será A principal porta de entrada e centro de comunicação da RAS, Coordenadora do cuidado e ordenadora das ações e serviços disponibilizados na rede. § 2º A Atenção Básica será Ofertada integralmente e gratuitamente a todas as pessoas De acordo com suas necessidades e demandas do território Considerando os determinantes e condicionantes de saúde. § 3º É proibida qualquer exclusão baseada em Idade Gênero funcional e outras. Raça/cor Etnia Crença Nacionalidade Orientação sexual Identidade de gênero Estado de saúde Condição socioeconômica Escolaridade Limitação física Intelectual § 4º Para o cumprimento do previsto no § 3º, serão adotadas estratégias que permitam Minimizar desigualdades/iniquidades, de modo a evitar Exclusão social de grupos que possam vir a sofrer estigmatização ou discriminação, de maneira que impacte na autonomia e na situação de saúde. PROF – NATALE SOUZA O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios A pesquisa relacionada ao artigo foi realizada no ano de 2010 e teve como ponto principal, analisar o sistema de saúde brasileiro, traçando uma linha desde a antecedência do SUS (como eram desenvolvidas as políticas de atenção à saúde naquele momento no Brasil), passando pela criação do SUS e finalizando com uma análise da atual conjuntura da atenção naquele período, bem como as projeções para o futuro. Introdução ➢O Brasil passou por grandes transformações políticas, econômicas, demográficas e sociais nos últimos 40 anos. (PAIM, et al., 2011). ➢Em 1970, sob o regime militar, apresentou um dos maiores crescimentos econômicos do mundo, mas as melhorias na qualidade de vida beneficiaram de forma desproporcional os setores mais privilegiados da população. ➢Entre 1970 e 2000, o país passou por uma transição demográfica: a proporção de pessoas com mais de 60 anos (10% em 2009) dobrou e a urbanização aumentou de 55,9% para 80%. Introdução • Em 2020, espera-se que a taxa de dependência dos idosos seja de 68 pessoas com mais de 60 anos para cada 100 crianças e adolescentes, e a proporção da população com idade para entrar no mercado de trabalho deverá atingir o maior valor na história do país DESTAQUE Introdução ➢As condições de vida também sofreram mudanças substanciais. Em 1970, apenas 33% dos domicílios tinham água encanada, 17% possuíam saneamento básico e menos da metade tinha eletricidade; ➢Em 2007, 93% dos domicílios dispunham de água encanada, 60% tinham acesso a serviço de esgoto e a maioria, à eletricidade. ➢A posse de bens de consumo também aumentou; em 2008, mais de 90% dos domicílios possuíam um refrigerador e um aparelho de televisão, 75% tinham telefones celulares, 32% tinham um computador pessoal e 80% dos brasileiros com 15 anos de idade ou mais tinham acesso à internet banda larga. Introdução ➢Tais mudançasnas condições de vida afetaram a saúde e o comportamento de saúde dos brasileiros; (Determinantes e condicionantes da Saúde). Resumo dos principais fatores de mudanças levantados pelos autores: Prevalência de Obesidade e sobrepeso está aumentando; A qualidade da dieta da população parece estar melhorando com o tempo (de acordo com dados das pesquisas o consumo de frutas e legumes têm contribuído para esse feito); A prática de atividade física é baixa nas capitais; O tabagismo diminuiu em virtude do Programa Nacional de Controle do Tabaco; O abuso do álcool ainda é um desafio. Introdução ➢As mudanças nas taxas de mortalidade e morbidade estão relacionadas a essas transições demográficas, epidemiológicas e nutricionais. Introdução • De acordo com Paim et al. (2011), As doenças do aparelho circulatório são a principal causa de morte, seguidas pelo câncer e por causas externas (sobretudo homicídios e acidentes de trânsito). • As doenças crônicas são as que mais contribuem para a carga de doença, e as doenças transmissíveis, apesar de estarem diminuindo, ainda afetam uma parcela considerável da população. DESTAQUE Contexto do sistema de saúde brasileiro O sistema de saúde brasileiro é constituído por uma variedade de organizações públicas e privadas estabelecidas em diferentes períodos históricos (PAIM et al., 2011); ➢No início do século XX, campanhas realizadas sob moldes quase militares implementaram atividades de saúde pública; ➢A natureza autoritária dessas campanhas gerou oposição de parte da população, políticos e líderes militares. Tal oposição levou à Revolta da Vacina, em 1904. Episódio de resistência a uma campanha de vacinação obrigatória contra a varíola sancionada por Oswaldo Cruz, o então Diretor Geral de Saúde Pública DESTAQUE Art. 3º São Princípios e Diretrizes do SUS e da RAS a serem operacionalizados na Atenção Básica: I - Princípios: Universalidade; Equidade; e Integralidade. II - Diretrizes: Regionalização e Hierarquização Territorialização; População Adscrita; Cuidado centrado na pessoa; Resolutividade; Longitudinalidade do cuidado; Coordenação do cuidado; Ordenação da rede; e Participação da comunidade. Art. 4º A PNAB tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e consolidação da Atenção Básica. Parágrafo único. Serão reconhecidas outras estratégias de Atenção Básica, desde que observados os princípios e diretrizes previstos nesta portaria e tenham caráter transitório, devendo ser estimulada sua conversão em Estratégia Saúde da Família. Art. 5º A integração entre É condição essencial para o alcance de resultados que atendam às necessidades de saúde da população, na ótica da integralidade da atenção à saúde e visa A Vigilância em Saúde e Atenção Básica Estabelecer processos de trabalho que considerem Os determinantes; Os riscos; e Danos à saúde Na perspectiva da intra e intersetorialidade. Art. 6º Todos os estabelecimentos de saúde que prestem ações e serviços de Atenção Básica, no âmbito do SUS, de acordo com Anexo XXII ❑ Serão denominados Unidade Básica de Saúde (UBS). (Origem: PRT MS/GM 2436/2017, Art. 6º) Parágrafo Único. Todas as UBS são consideradas potenciais espaços de Educação Formação de recursos humanos Pesquisa Ensino em serviço Inovação e avaliação tecnológica para a RAS. FIQUE ATENTO! O art. 6º da Portaria nº 2.436/ 2017 passa a vigorar da seguinte forma. (Redação dada pela PRT GM/MS nº 397 de 16.03.2020) Art. 6º Os estabelecimentos de saúde que ofertem ações e serviços de Atenção Primária à Saúde, no âmbito do SUS, de acordo com o Anexo XXII, serão denominados: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2020/prt0397_16_03_2020.html I - Unidade Básica de Saúde (UBS): estabelecimento que não possui equipe de Saúde da Família; II - Unidade de Saúde da Família (USF): estabelecimento com pelo menos 1 (uma) equipe de Saúde da Família, que possui funcionamento com carga horária mínima de 40 horas semanais, no mínimo 5 (cinco) dias da semana e nos 12 meses do ano, possibilitando acesso facilitado à população. Parágrafo único. As USF e UBS são consideradas potenciais espaços de Educação Formação de recursos humanos Pesquisa Ensino em serviço Inovação e avaliação tecnológica para a RAS. Art. 6º-A Aplicam-se à USF os dispositivos do Anexo I deste Anexo referentes à UBS, quando estes dispositivos dispuserem sobre estabelecimentos de saúde com equipe de Saúde da Família. O processo histórico da organização do setor de saúde e o antecedente para o sistema brasileiro de cuidado da saúde Art. 7º São responsabilidades comuns a todas as esferas de governo: I - contribuir para a reorientação do modelo de atenção e de gestão com base nos princípios e nas diretrizes contidas nesta portaria; II - apoiar e estimular a adoção da Estratégia Saúde da Família - ESF como estratégia prioritária de expansão, consolidação e qualificação da Atenção Básica; III - garantir a infraestrutura adequada e com boas condições para o funcionamento das UBS, garantindo espaço, mobiliário e equipamentos, além de acessibilidade de pessoas com deficiência, de acordo com as normas vigentes; IV - contribuir com o financiamento tripartite para fortalecimento da Atenção Básica; V - assegurar ao usuário o acesso universal, equânime e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, além de outras atribuições que venham a ser pactuadas pelas Comissões Intergestores; VI - estabelecer, nos respectivos Planos Municipais, Estaduais e Nacional de Saúde, prioridades, estratégias e metas para a organização da Atenção Básica; VII - desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação da força de trabalho para gestão e atenção à saúde, estimular e viabilizar a formação, educação permanente e continuada dos profissionais, garantir direitos trabalhistas e previdenciários, qualificar os vínculos de trabalho e implantar carreiras que associem desenvolvimento do trabalhador com qualificação dos serviços ofertados às pessoas; VIII - garantir provimento e estratégias de fixação de profissionais de saúde para a Atenção Básica com vistas a promover ofertas de cuidado e o vínculo; IX - desenvolver, disponibilizar e implantar os Sistemas de Informação da Atenção Básica vigentes, garantindo mecanismos que assegurem o uso qualificado dessas ferramentas nas UBS, de acordo com suas responsabilidades; X - garantir, de forma tripartite, dispositivos para transporte em saúde, compreendendo as equipes, pessoas para realização de procedimentos eletivos, exames, dentre outros, buscando assegurar a resolutividade e a integralidade do cuidado na RAS, conforme necessidade do território e planejamento de saúde; XI - planejar, apoiar, monitorar e avaliar as ações da Atenção Básica nos territórios; XII - estabelecer mecanismos de autoavaliação, controle, regulação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados pelas ações da Atenção Básica, como parte do processo de planejamento e programação; XIII - divulgar as informações e os resultados alcançados pelas equipes que atuam na Atenção Básica, estimulando a utilização dos dados para o planejamento das ações; XIV - promover o intercâmbio de experiências entre gestores e entre trabalhadores, por meio de cooperação horizontal, e estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção Básica; XV - estimular a participação popular e o controle social; XVI - garantir espaços físicos e ambientes adequados para a formação de estudantes e trabalhadores de saúde, para a formação em serviço e para a educação permanente e continuada nas Unidades Básicas de Saúde; XVII - desenvolver as ações de assistência farmacêutica e do uso racional de medicamentos, garantindo a disponibilidade e acesso a medicamentos e insumos em conformidade com a RENAME, os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, e com a relaçãoespecífica complementar estadual, municipal, da união, ou do distrito federal de medicamentos nos pontos de atenção, visando a integralidade do cuidado; XVIII - adotar estratégias para garantir um amplo escopo de ações e serviços a serem ofertados na Atenção Básica, compatíveis com as necessidades de saúde de cada localidade; XIX - estabelecer mecanismos regulares de auto avaliação para as equipes que atuam na Atenção Básica, a fim de fomentar as práticas de monitoramento, avaliação e planejamento em saúde; e XX - articulação com o subsistema Indígena nas ações de Educação Permanente e gestão da rede assistencial. A reforma no setor saúde brasileiro ➢A proposta brasileira de reforma no setor saúde, que começou a tomar forma em meados da década de 1970, estruturou-se durante a luta pela redemocratização; ➢A concepção política e ideológica do movimento pela reforma sanitária brasileira defendia a saúde não como uma questão exclusivamente biológica a ser resolvida pelos serviços médicos, mas sim como uma questão social e política a ser abordada no espaço público; • O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) foi fundado em 1976, organizando o movimento da reforma sanitária e, em 1979, formou-se a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (ABRASCO). Ambas propiciaram a base institucional para alavancar as reformas. DESTAQUE Sobre a Reforma Sanitária ➢ Nunca foi somente uma reforma setorial; ➢O movimento da reforma sanitária cresceu e formou uma aliança com parlamentares progressistas, gestores da saúde municipal e outros movimentos sociais.; ➢Em 1986, a 8ª Conferência Nacional de Saúde aprovou o conceito da saúde como um direito do cidadão e delineou os fundamentos do SUS, com base no desenvolvimento de várias estratégias que permitiram a coordenação, a integração e a transferência de recursos entre as instituições de saúde federais, estaduais e municipais; ➢durante a Assembleia Nacional Constituinte (1987-88), o movimento da reforma sanitária e seus aliados garantiram a aprovação da reforma, apesar da forte oposição por parte de um setor privado poderoso e mobilizado. O sistema de saúde atual O sistema de saúde brasileiro é formado por uma rede complexa de prestadores e compradores de serviços que competem entre si, gerando uma combinação público-privada financiada sobretudo por recursos privados (PAIM et al., 2011). O sistema de saúde tem três subsetores: ➢ O subsetor público, no qual os serviços são financiados e providos pelo Estado nos níveis federal, estadual e municipal, incluindo os serviços de saúde militares; ➢ O subsetor privado (com fins lucrativos ou não), no qual os serviços são financiados de diversas maneiras com recursos públicos ou privados; e por último, ➢ O subsetor de saúde suplementar, com diferentes tipos de planos privados de saúde e de apólices de seguro, além de subsídios fiscais. Descentralização e gestão participativa A descentralização do sistema de saúde esteve vinculada a um processo mais amplo de transição política e de reconfiguração da Federação Brasileira, iniciado pelos movimentos democráticos da década de 1980 e moldado, posteriormente, pelos programas de ajuste macroeconômico (PAIM et al., 2011); ➢A descentralização do sistema de saúde foi a lógica subjacente da implementação do SUS; para isso, foram necessárias legislação complementar, novas regras e reforma administrativa em todos os níveis do governo. Descentralização e gestão participativa ➢Para administrar essa política descentralizada, os mecanismos de tomada de decisão foram ampliados no sistema, com participação social e construção de alianças entre os principais atores envolvidos; ➢Além das conferências nacionais de saúde, foi institucionalizada uma estrutura inovadora, que estabeleceu conselhos de saúde e comitês intergestores nos níveis estadual (bipartite) e federal (tripartite) nos quais as decisões são tomadas por consenso. Componentes do sistema de saúde ➢ O SUS tem como função realizar ações de promoção de saúde, vigilância em saúde, controle de vetores e educação sanitária, além de assegurar a continuidade do cuidado nos níveis primário, ambulatorial especializado e hospitalar (PAIM et al., 2011). Financiamento ➢ O sistema de saúde brasileiro é financiado por meio de impostos gerais, contribuições sociais (impostos para programas sociais específicos), desembolso direto e gastos dos empregadores com saúde; ➢O financiamento do SUS tem como fontes as receitas estatais e de contribuições sociais dos orçamentos federal, estadual e municipal; ➢As demais fontes de financiamento são privadas – gastos por desembolso direto e aqueles realizados por empregadores. Organização e oferta de serviços de saúde ➢Atenção básica O desenvolvimento da atenção primária – ou atenção básica, como é chamada no Brasil – tem recebido muito destaque no SUS (PAIM et al., 2011); ➢Impulsionada pelo processo de descentralização e apoiada por programas inovadores, a atenção básica tem o objetivo de oferecer acesso universal e serviços abrangentes, coordenar e expandir a cobertura para níveis mais complexos de cuidado (p. ex., assistência especializada e hospitalar), bem como implementar ações intersetoriais de promoção de saúde e prevenção de doenças. Atenção secundária ➢ A prestação de serviços especializados no SUS é problemática, pois a oferta é limitada e o setor privado contratado muitas vezes dá preferência aos portadores de planos de saúde privados (PAIM et al., 2011); ➢A atenção secundária é pouco regulamentada e os procedimentos de média complexidade frequentemente são preteridos em favor dos procedimentos de alto custo; ➢O SUS é altamente dependente de contratos com o setor privado, sobretudo no caso de serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. Atenção terciária e hospitalar ➢A atenção terciária no SUS inclui alguns procedimentos de alto custo, realizados predominantemente por prestadores privados contratados e hospitais públicos de ensino, pagos com recursos públicos a preços próximos ao valor de mercado; ➢Como ocorre em vários outros sistemas de saúde em todo o mundo, os desafios da assistência hospitalar no Brasil incluem o controle de custos, o aumento da eficiência, a garantia da qualidade da atenção e da segurança do paciente, a provisão de acesso a cuidados abrangentes, a coordenação com a atenção básica e a inclusão de médicos na resolução de problemas. Infraestrutura (oferta) ➢ Na sua grande maioria, as unidades de atenção básica e as de emergência são públicas, enquanto os hospitais, ambulatórios e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico (SADT) são majoritariamente privados; Acesso e uso dos serviços de saúde ➢ O acesso aos serviços de saúde no Brasil melhorou consideravelmente após a criação do SUS; ➢As desigualdades por nível educacional no uso de serviços de saúde estão diminuindo de forma consistente. Embora a utilização de serviços varie amplamente entre pessoas que possuem seguros de saúde e as que não os possuem, a diferença entre esses dois grupos também está diminuindo (PAIM et al., 2011). Conclusões ➢ Em 1988, a Constituição brasileira reconheceu a saúde como um direito do cidadão e um dever do Estado e estabeleceu a base para a criação do SUS, que se fundamenta nos princípios da universalidade, integralidade e participação social; ➢Esse reconhecimento constitucional do direito à saúde só foi possível após longa luta política e graças à atuação do Movimento pela Reforma Sanitária; ➢Nos últimos 20 anos, houve avanços na implementação do SUS. Realizaram-se inovações institucionais, como um intenso processo de descentralização que outorgou maior responsabilidade aos municípios na gestão dos serviços de saúde, além de possibilitar os meios para promover e formalizar a participação social na criação de políticas de saúde e no controle do desempenho do sistema. Conclusões ➢ O SUS é um sistema de saúde em desenvolvimento que continua a lutar para garantir a cobertura universal e equitativa;➢ Para superar os desafios enfrentados pelo sistema de saúde brasileiro, será necessária uma nova estrutura financeira e uma revisão profunda das relações público-privadas; ➢ O maior desafio enfrentado pelo SUS é político. Questões como o financiamento, a articulação público-privada e as desigualdades persistentes não poderão ser resolvidas unicamente na esfera técnica. (PAIM et al., 2011). REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PAIM, Jairnilson; TRAVASSOS, Claudia; ALMEIDA, Celia; BAHIA, Ligia; MACINKO, James. O sistema de saúde brasileiro: história, avanços e desafios. The Lancet, [online] 9 May, 2011. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo _saude_brasil_1.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/artigo_saude_brasil_1.pdf OBRIGADA! Art. 8º Compete ao Ministério da Saúde a gestão das ações de Atenção Básica no âmbito da União, sendo responsabilidades da União: I - definir e rever periodicamente, de forma pactuada, na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), as diretrizes da Política Nacional de Atenção Básica; II - garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento da Atenção Básica; III - destinar recurso federal para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica, de modo mensal, regular e automático, prevendo, entre outras formas, o repasse fundo a fundo para custeio e investimento das ações e serviços; IV - prestar apoio integrado aos gestores dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios no processo de qualificação e de consolidação da Atenção Básica; V - definir, de forma tripartite, estratégias de articulação junto às gestões estaduais e municipais do SUS, com vistas à institucionalização da avaliação e qualificação da Atenção Básica; VI - estabelecer, de forma tripartite, diretrizes nacionais e disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de gestão, formação e educação permanente dos gestores e profissionais da Atenção Básica; VII - articular com o Ministério da Educação estratégias de indução às mudanças curriculares nos cursos de graduação e pósgraduação na área da saúde, visando à formação de profissionais e gestores com perfil adequado à Atenção Básica; e VIII - apoiar a articulação de instituições, em parceria com as Secretarias de Saúde Municipais, Estaduais e do Distrito Federal, para formação e garantia de educação permanente e continuada para os profissionais de saúde da Atenção Básica, de acordo com as necessidades locais. Art. 9º Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal a coordenação do componente estadual e distrital da Atenção Básica, no âmbito de seus limites territoriais e de acordo com as políticas, diretrizes e prioridades estabelecidas, sendo responsabilidades dos Estados e do Distrito Federal: I - pactuar, na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e Colegiado de Gestão no Distrito Federal, estratégias, diretrizes e normas para a implantação e implementação da Política Nacional de Atenção Básica vigente nos Estados e Distrito Federal; II - destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica, de modo regular e automático, prevendo, entre outras formas, o repasse fundo a fundo para custeio e investimento das ações e serviços; III - ser corresponsável pelo monitoramento das ações de Atenção Básica nos municípios; IV - analisar os dados de interesse estadual gerados pelos sistemas de informação, utilizá- los no planejamento e divulgar os resultados obtidos; V -verificar a qualidade e a consistência de arquivos dos sistemas de informação enviados pelos municípios, de acordo com prazos e fluxos estabelecidos para cada sistema, retornando informações aos gestores municipais; VI - divulgar periodicamente os relatórios de indicadores da Atenção Básica, com intuito de assegurar o direito fundamental de acesso à informação; VII - prestar apoio institucional aos municípios no processo de implantação, acompanhamento e qualificação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da Estratégia Saúde da Família; VIII - definir estratégias de articulação com as gestões municipais, com vistas à institucionalização do monitoramento e avaliação da Atenção Básica; IX - disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação permanente dos membros das equipes de gestão e de atenção; X - articular instituições de ensino e serviço, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde, para formação e garantia de educação permanente aos profissionais de saúde das equipes que atuam na Atenção Básica; e XI -fortalecer a Estratégia Saúde da Família na rede de serviços como a estratégia prioritária de organização da Atenção Básica. Art. 10 Compete às Secretarias Municipais de Saúde a coordenação do componente municipal da Atenção Básica, no âmbito de seus limites territoriais, de acordo com a política, diretrizes e prioridades estabelecidas, sendo responsabilidades dos Municípios e do Distrito Federal: I - organizar, executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica, de forma universal, dentro do seu território, incluindo as unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela União; II - programar as ações da Atenção Básica a partir de sua base territorial de acordo com as necessidades de saúde identificadas em sua população, utilizando instrumento de programação nacional vigente; III - organizar o fluxo de pessoas, inserindo-as em linhas de cuidado, instituindo e garantindo os fluxos definidos na Rede de Atenção à Saúde entre os diversos pontos de atenção de diferentes configurações tecnológicas, integrados por serviços de apoio logístico, técnico e de gestão, para garantir a integralidade do cuidado. IV -estabelecer e adotar mecanismos de encaminhamento responsável pelas equipes que atuam na Atenção Básica de acordo com as necessidades de saúde das pessoas, mantendo a vinculação e coordenação do cuidado; V - manter atualizado mensalmente o cadastro de equipes, profissionais, carga horária, serviços disponibilizados, equipamentos e outros no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde vigente, conforme regulamentação específica; VI - organizar os serviços para permitir que a Atenção Básica atue como a porta de entrada preferencial e ordenadora da RAS; VII - fomentar a mobilização das equipes e garantir espaços para a participação da comunidade no exercício do controle social; VIII - destinar recursos municipais para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica; IX - ser corresponsável, junto ao Ministério da Saúde, e Secretaria Estadual de Saúde pelo monitoramento da utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos município; X - inserir a Estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços como a estratégia prioritária de organização da Atenção Básica; XI -prestar apoio institucional às equipes e serviços no processo de implantação, acompanhamento, e qualificação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da Estratégia Saúde da Família; XII - definir estratégias de institucionalização da avaliação da Atenção Básica; XIII -desenvolver ações, articular instituições e promover acesso aos trabalhadores, para formação e garantia de educação permanente e continuada aos profissionais de saúde de todas as equipes que atuam na Atenção Básica implantadas; XIV - selecionar, contratar e remunerar os profissionais que compõem as equipes multiprofissionais de Atenção Básica, em conformidade com a legislação vigente; XV -garantir recursos materiais, equipamentos e insumos suficientes para o funcionamento das UBS e equipes, para a execução do conjunto de ações propostas; XVI - garantir acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial necessário ao cuidado resolutivo da população; XVII -alimentar, analisar e verificar a qualidade e a consistência dos dados inseridos nos sistemas nacionais de informação a serem enviados às outras esferas de gestão, utilizá-los no planejamento das ações e divulgar os resultados obtidos, a fim de assegurar
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