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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PEDAGOGIA PROPOSTA DE TRABALHO PARA A DISCIPLINA DE PESQUISA E PRÁTICA EM EDUCAÇÃO – PROJETO Professor: Joana Darc Venancio Bárbara Jeanne Quelhas Natal Silva MATRÍCULA: 201703017013 Rio de Janeiro, 30 de Maio de 2020 INCLUSÃO E AVALIAÇÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS NA PROPOSTA PEDAGÓGICA MONTESSORIANA. Trabalho de Projeto apresentado como exigência da disciplina PPE – Projeto Orientador: Joana Darc Venancio Resumo Esta pesquisa tem como principal objetivo identificar como é realizada a inclusão e avaliação do aluno com necessidades educacionais especiais a partir do método Pedagógico de Ensino Montessoriano, visando observar e verificar qual a contribuição para formação deste aluno. PALAVRA CHAVE: INCLUSÃO, MONTESSORI, AVALIAÇÃO E NECESSIDADES Introdução A presente pesquisa partiu da observação das práticas pedagógicas observadas em sala de aula durante a realização de estágio na instituição de ensino Aldeia Montessori Escola Experimental, durante o ano letivo de 2019. Bem como o estudo qualitativo e bibliográfico, Buscando assim identificar as contribuições do método de Maria Montessori nesse processo de inclusão e avaliação de crianças com necessidades educacionais especiais. Para desta forma entender, como a proposta pedagógica montessoriana contribui para a inclusão e avaliação do aluno com deficiência em sala de aula. 1- TEMA Inclusão e Avaliação do aluno com deficiência na Proposta Pedagógica Montessoriana. 2- PROBLEMA Como a proposta Pedagógica Montessoriana contribui para a inclusão e avaliação do aluno com deficiência em sala de aula? 3- JUSTIFICATIVA Até hoje é questionado o porquê e como fazer para realizar a inclusão de um aluno com deficiência e qual seria a contribuição que essa ação traria para o educando e os outros que estão a sua volta e no seu dia a dia sendo dentro de sala de aula ou fora dela. Pensarmos nesta questão nos faz perceber que é de grande importância que o aluno dito “especial” seja integrado na sociedade, começando então este processo de integração social na escola através de profissionais preparados e dispostos a alcançar grandes progressos mesmo sendo em passos curtos, pois seus avanços não dependem somente de laudos clínicos e tratamentos medicinais, mas também de um conjunto de fatores pedagógicos realizados dentro de uma escola que se propõe e tem prazer em realizar a inclusão. O Método Montessori de ensino nos faz refletir como inclusão do aluno com deficiência pode ser prazerosa e revolucionária, considerando o contexto educacional em que vivemos hoje, quebrando vários tabus e receios que muitos profissionais da área da educação têm quando se deparam com tal situação em sua escola, percebendo que não tem professores qualificados e dispostos a enfrentar tal desafio que é educar. 4- OBJETIVO GERAL Esta pesquisa tem como principal objetivo identificar como é realizada a inclusão e avaliação do aluno com necessidades educacionais especiais a partir do método Pedagógico de Ensino Montessoriano, visando observar e verificar qual a contribuição para formação deste aluno. 5- OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Analisar como é realizada a inclusão e avaliação na escola de alunos com necessidades educacionais especiais. 2. Identificar como é aplicado Método Pedagógico de Ensino Montessoriano e sua forma de educar e desenvolver o potencial humano. 3. Verificar como é a inclusão e avaliação de alunos com deficiência nas salas de aulas de escolas Montessorianas. 6- REFERENCIAL TEÓRICO Os principais autores abordados nesta pesquisa, Beyer, Almeida, Barros e Carvalho, esclareceram algumas das muitas dúvidas em relação a inclusão e avaliação de alunos com deficiência e a importância de profissionais preparados, duvidas essas que cercavam e ainda cercam as escolas nos dias atuais, deixando esclarecido também a forma de trabalho de uma escola com Proposta Pedagógica Montessoriana e o seu principal objetivo para realizar a inclusão de alunos com deficiência. Beyer (2013) critica o pensamento de muitos em relação a escola inclusiva acredita ser um discurso confuso quando se afirma ser uma instituição de qualidade pedagógica aquela que aceita sem qualquer tipo de distinção alunos com características variadas. Ele defende o direito do acesso irrestrito de todas as crianças em uma escola regular, e acredita que a identificação da necessidade particular de cada aluno em sua aprendizagem através de um olhar cuidadoso e atento e a prática de uma pedagogia diferenciada para cada um é que garantirá o acesso, permanência e resposta satisfatória as demandas determinadas na aprendizagem. É desafiante a ideia de ter uma escola aberta e inclusiva, afirma BEYER (2013), e que só será possível uma experiência com resultado de sucesso se houver profissionais preparados e compromissados a tornar dessa ideia uma responsabilidade conjunta entre alunos, pais e instituição escolar, sendo estes os principais sujeitos capazes de executar qualquer tipo de transformação e reforma educacional que já foi descrita em documentos legais. O currículo escolar deve ser o mesmo para todos já que toda criança tem capacidade de aprender, porém deve haver um olhar atento ao progresso de cada uma levando em consideração suas características de aprendizagem, pois se não atingir os conteúdos propostos ao seu nível deverá ocorrer mudanças no currículo geral. Beyer (2013) defende que: A ideia que transparece é a do currículo menos alterado possível, ou seja, a preservação do currículo vigente no sistema regular de ensino, porém com suficiente flexibilidade para possibilitar adaptações conforme as necessidades dos alunos. (Beyer, 2013, p.71) Beyer (2013) salienta que cada aluno apresenta uma necessidade, sendo assim a didática em sala de aula só será especifica se estas forem consideradas. A inclusão deve ser nutrida através de avaliação contínua, porém muitas vezes não acorre, pois muitos professores vindos de cursos de formação apesar de terem em seus estudos diversos comentários sobre as políticas de inclusão terão mesmo assim receio, pois foram preparados para avaliar o que já foi visto, não tendo capacidade de lidar com a diversidade. Beyer (2013) deixa isso claro quando diz que: O atendimento dos alunos com necessidades especiais nas escolas do sistema regular de ensino aumenta em termos de desafio como resultado da formação docente lacunar. A maioria dos professores egressos dos cursos de formação estão mal preparados para lidar com tal heterogeneidade escolar. (Beyer, 2013, p.73) Completando a ideia de Beyer (2013), Almeida (2011) afirma que não temos um modelo a seguir quando pensamos no processo de construção da inclusão, mas devemos insistir em mudanças e essas devem ocorrer nos profissionais preparados para esses ambientes e esses sim farão toda a diferença para a melhoria interna e enfatiza que o principal papel do pedagogo é fazer com que os profissionais docentes se comprometam em mudar e realizar mudanças. Muitas escolas públicas e privadas esquecem que a inclusão vai muito além do espaço físico, não se preocupando com investimento para aqueles que farão tudo acontecer, o corpo docente. Muito além do espaço físico adequado, deve se pensar em dar vida a eles, fazer de fato tornar real a idealização de inclusão, mas muitas escolas, do contrário disso, pensam somente no encantamento dos pais em ver e visitar ambientes preparados, porém com pouca vida. O autor apresenta essa ideia quando diz: Muitas escolas ainda investem bastante em espaços: salas, laboratórios, piscinas, quiosques, auditórios etc., mas esquecem-se de que esses investimentos físicosprecisam estar combinados com os investimentos do corpo humano, que irá dar vida a tudo isso. (Almeida, 2011, p. 51) Desta forma segundo o autor existem muitas escolas que possuem espaços diversos, todos muito bem preparados, porém neles não são praticadas atividades que buscam a excelência e desenvolver o potencial do principal ator da escola, o aluno. Através desse pensamento pode perceber que a satisfação e encantamento dos pais em visitar e matricular seu filho na escola que se diz inclusiva são as estruturas físicas. Almeida (2011) esclarece esse fato quando diz: Isso quer dizer que as estruturas físicas das escolas ainda continuam ocupando, na visão de avaliação dos pais, para os conceitos de uma escola muito boa, lugar principal, pois, caso contrário, dificilmente se atingiria tal satisfação. (Almeida, 2011, p. 52) Almeida (2011) afirma, em relação a avaliação, que existem dois extremos apresentados pelos profissionais de educação, uns que aceitam e concordam com a aplicação de provas e outros que são completamente desfavoráveis, mas se fosse realizado uma pesquisa a maioria dos profissionais acharia válido com a justificativa de que consideram de grande importância para o processo educativo. Ele diz que realizar a avaliação é de grande importância para construção de ambientes educativos inclusivos, mas que se deve ser avaliado o clima escolar nos momentos antes desse processo avaliativo, considerando que para muitos isso pode ser momentos de tensão. Aborda a ideia de avaliação inicial e final como uma oportunidade para direcionar práticas educativas e norte para as atitudes dos profissionais durante o ano letivo, sendo a inicial aplicar ao aluno uma avaliação no início do ano com conteúdo básicos e a partir do resultado verificar o trabalho realizado anteriormente. Ele enfatiza que a melhor forma de se identificar com qual grupo irão trabalhar é: avaliando um grupo diverso criando então um ambiente educativo biodiverso, transdisciplinar aceitando a particularidade de cada um que irá compor esse ambiente. Após a avaliação inicial deve-se realizar a final, pois assim serão comparadas as feitas no início podendo perceber as melhorias mais ou menos significativas. Da mesma forma, Barros (2005) afirma que a filosofia de Maria Montessori surgiu também através desta investigação, uma busca para conhecer a relação que havia na vida e educação da criança, considerando suas experiências, examinando a criança de perto, buscando a melhor metodologia para seu desenvolvimento e aprendizagem, considerando a questão de realizar a observação do ser humano na sua totalidade vendo que sua vida é união de mente e espírito. Barros (2005, p. 12) salienta essa questão quando diz: “Apontando o fato de se observar o ser humano na sua totalidade, percebendo o seu viver e o encarando com uma união de corpo, mente e espírito” Carvalho (2010), também em relação a avaliação, aponta que ela é uma base para realizar análises das políticas pedagógicas e práticas adotadas pela instituição sendo então considerada uma prática indispensável, pois o aluno passa a não ser rotulado e considerado responsável por seu erros e acertos explicando então muitas das dificuldades enfrentadas por eles. A ideia fica clara quando é dito: Entendemos que todos somos avaliadores e sujeitos da avaliação. Os resultados desse processo contínuo e permanente não devem ser utilizados como rótulos que estigmatizam e, sim, como “dicas” das situações que precisam ser revistas e, certamente, modificadas. (Carvalho, 2005 p. 163) A autora também acredita que o desejo do professor deve ser o de contribuir para a formação de um aluno cidadão permitindo o seu aprendizado através da curiosidade, da interação com o meio e o objeto, esta consideração pode ser comparada a dita por Barros (2005) onde afirma que Maria Montessori criou então seu método para permitir que as crianças manifestassem suas ações conforme suas necessidades internas. 7- METODOLOGIA Observação em sala de aula, bem como abordagem qualitativa e bibliográfica como: livros e artigos científicos em conformidade com os objetivos gerais e específicos da pesquisa. REFERÊNCIAS ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Minha escola recebeu alunos para a inclusão - Que faço agora? 4ª Edição. Rio de Janeiro: WAK, 2011. BARROS. Ana Paula dos Santos. Maria Montessori. Rio de Janeiro: 2005. Disponível em 2020. BEYER, Hugo Otto. Inclusão e Avaliação na escola de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Editora Mediação, 2013. CARVALHO, Rosita Edler. Educação Inclusiva: com os pingos nos “is”. 3º Edição. Porto Alegre: Meditação, 2006.
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