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Prévia do material em texto

Autoras: Profa. Cybelle Croce Rocha Crane
 Profa. Simone Gonzalez
Colaboradores: Profa. Cielo Griselda Festino
 Prof. Jamilson José Alves da Silva
Compreensão Oral 
da Língua Inglesa
Professoras conteudistas: Cybelle Croce Rocha Crane / Simone Gonzalez
Cybelle Croce Rocha Crane
Especializada em Letras pela Universidade Católica de Santos (Unisantos) e mestre em Língua e Literatura Inglesa 
e Norte-Americana pela Universidade de São Paulo (USP). Possui diversos certificados de proficiência de inglês como 
língua estrangeira e morou fora do Brasil por algum tempo, o que lhe deu maior fluência e ampliou seu conhecimento 
sobre a cultura de língua inglesa. Leciona no curso presencial de Letras da Universidade Paulista (UNIP) – Campus 
Santos/Rangel, e também trabalha com educação a distância, sendo professora universitária há mais de vinte anos.
Simone Gonzalez
Graduada em Letras pela Faculdade Ibero-Americana de Letras e Ciências Humanas em 1989. Mestre em 
Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 
2004. Atualmente é professora adjunta I da Universidade Paulista (UNIP) nas disciplinas relacionadas às línguas 
portuguesa e inglesa. Na mesma universidade, é coordenadora auxiliar do curso de Letras e coordenadora do curso 
de pós-graduação Língua Inglesa e Literatura. Atuou também como coordenadora web do curso Inglês Online na 
Fundação Padre Anchieta (FPA/TV Cultura). Tem experiência em educação presencial e a distância. Em EaD, atua 
com elaboração de material didático, gravação de aulas e tutoria de plataforma virtual em curso de graduação e 
pós-graduação. Faz parte do grupo de pesquisa Encontros Interculturais na EaD: Narrativas de Vida dos Diferentes 
Brasis. Trabalha com formação de professor, multiletramentos no ensino de língua inglesa e portuguesa e tecnologias 
interativas na educação a distância.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
C891c Crane, Cybelle Croce Rocha 
Compreensão oral da língua inglesa / Cybelle Croce Rocha 
Crane, Simone Gonzalez. – São Paulo: Editora Sol, 2020.
 
140 p., il. 
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ISSN 1517-9230.
1. Língua inglesa. 2. Inglês – compreensão oral. 3. Letras. 
I. Gonzalez, Simone II. Título.
CDU 811.111
U505.32 – 20
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcello Vannini
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Ricardo Duarte
 Kleber Souza
Sumário
Compreensão Oral da Língua Inglesa
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................7
Unidade I
1 APARELHO FONADOR .......................................................................................................................................9
2 ALFABETO FONÉTICO DA LÍNGUA INGLESA .......................................................................................... 13
2.1 Conceitos básicos de fonologia ...................................................................................................... 14
3 VOGAIS ................................................................................................................................................................ 16
3.1 Ditongos ................................................................................................................................................... 24
4 CONSOANTES .................................................................................................................................................... 27
Unidade II
5 SONS DE SUFIXOS E TERMINAÇÕES DE PALAVRAS........................................................................... 44
5.1 Palavras terminadas em consoante .............................................................................................. 44
5.2 Palavras terminadas em consoante + E ...................................................................................... 45
5.3 Palavras terminadas em consoante + EE .................................................................................... 46
5.4 Palavras terminadas em -stle .......................................................................................................... 46
5.5 Palavras terminadas em -ing ........................................................................................................... 47
5.6 Palavras terminadas em -tion e -sion .......................................................................................... 48
5.7 O som do L .............................................................................................................................................. 50
5.8 Um pouco sobre a semelhança entre sons ................................................................................ 51
5.9 A pronúncia de -ed .............................................................................................................................. 52
5.10 A pronúncia de -s/-es ...................................................................................................................... 54
5.11 Um único som, muita diferença ................................................................................................... 56
6 INTERAÇÃO SOCIAL ........................................................................................................................................ 57
6.1 Convencionalidade e formulaic expressions ............................................................................. 57
6.2 Idioms ........................................................................................................................................................ 68
6.3 Proverbs .................................................................................................................................................... 75
6.4 Situações de interação social .......................................................................................................... 78
6.5 Ritmo e marcadores conversacionais ........................................................................................... 83
Unidade III
7 ENTONAÇÃO E WORD STRESS ................................................................................................................... 90
7.1 Entonação ............................................................................................................................................... 90
7.2 Padrões de entonação ........................................................................................................................ 92
7.3 Word stress .............................................................................................................................................. 92
8 DIÁLOGOS SITUACIONAIS ............................................................................................................................95
7
APRESENTAÇÃO
Nesta disciplina, procuraremos desenvolver a habilidade comunicativa em língua inglesa e 
estruturar os fundamentos para a produção oral. Apresentaremos o Alfabeto Fonético Internacional 
para o (re)conhecimento dos sons inerentes à língua inglesa e a elaboração de transcrições fonéticas.
Com isso, esperamos que o aluno seja capaz de compreender a relação entre o sistema prosódico 
da língua inglesa e a produção de sentido, desenvolvendo estratégias de reconhecimento e 
reprodução dos sons constituintes dessa língua. Além disso, serão abordados contextos específicos 
de interação social em diversos eventos comunicativos, bem como estruturas linguísticas essenciais 
à compreensão auditiva.
Levando em conta que qualquer idioma tem um sistema específico de pronúncia, ou seja, sons 
característicos dessa língua, trabalharemos com os sons de vogais, semivogais, consoantes e grupos 
consonantais, quadros fonêmicos e produção de sons, diferentes pronúncias, e aspectos teóricos da 
produção de sons em língua inglesa.
Trataremos também de peculiaridades da pronúncia da língua inglesa e de alguns elementos para o 
aprimoramento do aprendizado. Esses aspectos, uma vez incorporados à fala, auxiliarão no alcance de 
um melhor domínio da produção oral do inglês.
INTRODUÇÃO
Esta disciplina busca desenvolver a habilidade interacional em língua inglesa e a produção oral. 
Para isso, são estudados e exercitados os sons e as estruturas linguísticas dessa língua, essenciais à 
compreensão auditiva, assim percorrendo o campo fonético e fonológico do idioma. Você, aluno, 
aprenderá a produzir os sons da língua inglesa e desenvolverá o listening comprehension (compreensão 
auditiva), o que envolve aprender a “ler” e reconhecer o sistema fonológico da língua inglesa.
Para o seu desenvolvimento auditivo e oral, é fundamental acessar os sites indicados neste material. 
Ao visitá-los, você poderá ouvir/conhecer os sons e emiti-los quantas vezes desejar, até que se familiarize 
à pronúncia e associe os sons ao alfabeto fonológico da língua inglesa.
Nesta disciplina, para estudar a pronúncia da língua inglesa, dividimos o assunto em áreas de 
conhecimento. Espera-se que, ao fim deste material, você saiba reconhecer e/ou produzir: vogais, 
semivogais, consoantes, grupos consonantais, ditongos, syllable stress, word stress, sentence stress, 
padrões de entonação, question intonation, -s ending, -ed ending e silent letters.
Também veremos estruturas e diálogos classificados por temas e/ou situações de fala: apresentações, 
cumprimentos, despedidas, expressar likes e dislikes, expressar opiniões, expressar preferências, fazer 
pedidos em restaurantes, cafés e bares, entre outros.
Espera-se que, com todas essas informações, você adquira um bom aprendizado de compreensão 
oral da língua inglesa. Nesse sentido, é importante saber:
8
• que para o aprendizado de uma língua estrangeira é necessário compreender mecanismos que o 
auxiliem a se aproximar da realidade dessa língua;
• que não basta estudar somente as estruturas gramaticais e ter um bom vocabulário, se não se 
sabe o que dizer, quando dizer, onde dizer e como dizer algo em outra língua;
• que é essencial conhecer a cultura dos países da língua estrangeira em estudo e haver disposição 
e disciplina para dedicar parte do seu tempo, diariamente, às práticas orais em língua inglesa.
Escutar textos originais em inglês todos os dias, por meio de músicas, filmes, seriados, documentários, 
podcasts etc., é um excelente exercício para começar a adquirir a sonoridade da língua inglesa.
Bom aprendizado!
9
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Unidade I
1 APARELHO FONADOR
Falar obscuramente, qualquer um sabe; com clareza, raríssimos. 
Galileu Galilei
Figura 1 
Schütz (2017) afirma:
As comunidades humanas, desde suas mais remotas origens, sempre 
souberam se comunicar oralmente. A fala é talvez a mais importante das 
características que distinguem o ser humano no reino animal e que lhe 
possibilitam se organizar em sociedade. Nem todas as línguas, entretanto, 
chegaram a se desenvolver em sistemas escritos. Além disso, não há ser 
humano normal que não saiba falar sem limitações, porém só recentemente 
na história da humanidade é que a maioria começou a desenvolver a 
habilidade de escrever, muitos até hoje com limitações.
As comunidades humanas têm falas específicas, ou seja, línguas diferentes, de acordo com o local 
em que vivem. Portanto, não há como aprender uma língua sem entender como ela funciona em sua 
comunidade linguística, imersa na cultura e nos costumes locais.
A fala representa sempre um ato individual – só aí é possível comprovar realizações inéditas do 
sistema e, por isso mesmo, constitui o grau máximo de variação linguística. Caracteriza-se, ainda, por 
ser não convencional, mas opção individual de cada falante. Enfim, a fala é como a língua funciona 
concretamente (PALOMO, 2004).
10
Unidade I
Figura 2 
A fala é a capacidade que o ser humano tem de emitir sons na língua de determinada sociedade. 
Ela segue um caminho específico dentro do corpo, primeiramente com o ar saindo dos pulmões, 
percorrendo brônquios e traqueia e chegando até a laringe. Então, os músculos da glote se contraem, 
regulando a passagem do ar. Os movimentos da glote fazem com que as cordas vocais vibrem e produzam 
sons, como pode ser percebido na imagem a seguir.
Cordas 
vocais
Laringe
Traqueia
Figura 3 
11
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
A fala faz parte de um processo mecânico de comunicação verbal. Ela engloba o uso da voz, a 
articulação de certos músculos, incluindo a laringe e as pregas vocais, além do ritmo, da entonação 
adequada ao que se quer dizer e da intensidade com que se quer passar uma informação. A fala é um 
tipo de comportamento que integra e unifica os órgãos da fonação e da articulação, mas também pode 
envolver a linguagem corporal e visual e, sem dúvida, o órgão auditivo.
O que se ouve através da fala é a combinação do som que se produz com a vibração das pregas 
vocais com a articulação dos fonemas. Socialmente, a fala é considerada uma combinação de símbolos 
linguísticos e ações verbais referentes a objetos e experiências da vida do ser humano de certa 
comunidade linguística. Ela funciona como um elemento de intercomunicação entre locutores, pois 
falar sozinho não consagraria a fala em sociedade, ou seja, precisamos do outro para que a fala tenha 
um retorno, um feedback, uma intercomunicação, como mencionado.
Assim, a fala é uma forma de articulação que une, numa ação integral do corpo, elementos acústicos 
às necessidades e objetivos do indivíduo na comunicação.
Para compreender os sons de outra língua, devemos primeiramente lembrar:
• que os falantes de outra língua falam de maneira diferente de nós e produzem sons que muitas 
vezes não existem em nosso idioma;
• que os diferentes sons devem ser ouvidos e praticados o máximo possível, nas mais diversificadas 
ações comunicativas.
Para falar, temos que articular – ou seja, movimentar – vários ossos e músculos da face e da 
garganta. Esses movimentos diferem de acordo com a língua que falamos. Assim, para falar inglês ou 
qualquer outra língua estrangeira, produzimos movimentos diferentes daqueles que produzimos ao 
falar português.
Fazem parte do aparelho fonador:
• Laringe: canal por onde passa o ar que bate nas pregas.
• Pregas: cordas vocais – que vibram ou não, dependendo do som que se quer emitir.
12
Unidade I
Cavidade 
nasal
Palato duro
Dentes
Palato mole
Língua
Lábios
Laringe
Esôfago
Traqueia
Cordas 
vocais
Figura 4 
A figura anterior mostra a laringe, a traqueia e as cordas vocais para que se tenha uma melhor 
imagem de como funciona a vibração dos sons em nosso corpo. Essa vibração transforma o ar em som, 
que é direcionado para a boca ou para o nariz. Na boca, fazemos diferentes movimentos com a língua 
e os lábios. Também abrimos a boca de formas bem diferentes para transformar o ar ou essa vibração 
sonora nos maisdiversos sons da língua que estamos falando. Por exemplo, quando emitimos o som /p/, 
fechamos os lábios. Perceba isso nestas palavras em inglês: paper, pen, picture, pot, pub.
Assim, cada som de cada língua requer movimentos diferentes, fazendo com que nosso aparelho 
fonador se adapte aos novos sons. Dedique-se, a partir de agora, a ouvir a língua inglesa em músicas, em 
filmes, na internet e na televisão com mais afinco, prestando atenção nesses detalhes. É uma questão 
de treino. Nosso aparelho fonador se adapta aos sons da nova língua na medida em que os praticamos 
várias vezes. É claro que algumas pessoas têm mais habilidade que outras para aprender novos sons, mas 
sem a menor dúvida todos somos capazes disso.
O domínio sobre a língua falada começa com o entendimento oral, e este começa com o 
reconhecimento das palavras contidas no fluxo da produção oral. Conseguir isolar cada conjunto de 
fonemas correspondentes a cada unidade semântica (palavra) dentro da sequência ininterrupta de sons 
no fluxo da produção oral é um desafio considerável.
13
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Schütz (2017) afirma que a grandeza desse desafio é mais bem compreendida se considerarmos que 
o aparelho articulatório de sons do ser humano (cordas vocais, cavidade bucal, língua etc.) mostra-se 
extremamente limitado quando comparado ao universo de conhecimento e comunicação criado por 
sua mente.
Para completar esse imenso universo linguístico e poder representá-lo oralmente, é necessário 
flexibilizar ao máximo o aparelho articulatório, criando-se diferenças ínfimas na articulação de sons, 
as quais adquirem grande importância e exigem o máximo de nosso aparelho auditivo. Além disso, o 
uso que o ser humano faz de seu aparelho articulatório para se comunicar varia consideravelmente de 
idioma para idioma, o que explica por que na pronúncia a interferência entre duas línguas se torna mais 
evidente e é mais crítica.
A interferência fonológica da língua materna na língua estrangeira que se aprende, na maioria dos 
casos, permanece para sempre, mesmo com pessoas que já adquiriram pleno domínio sobre o vocabulário 
e a gramática da língua estrangeira.
Uma pessoa que está aprendendo uma língua estrangeira não reconhece de imediato os sons dessa 
língua exatamente como eles são. Portanto, é importante entender as diferenças entre a língua materna 
e a língua que se está aprendendo. É essencial aprender o sistema fonológico da língua estrangeira, pois 
isso ajudará o aprendiz a tomar consciência de que os sons de um e de outro idioma não são exatamente 
iguais e que essas diferenças podem ser relevantes no significado, afetando o entendimento.
2 ALFABETO FONÉTICO DA LÍNGUA INGLESA
O Alfabeto Fonético Internacional (AFI) – em inglês, International Phonetic Alphabet (IPA) – é um 
sistema de transcrição fonética de uso universal. Proposto em 1888 pela Association Phonétique 
Internationale, possibilita a anotação fonética e fonológica de signos orais produzidos em qualquer idioma. 
O IPA é construído com base no alfabeto latino, com o acréscimo de signos diacríticos que definem as 
propriedades articulatórias dos fonemas. Ele também contém signos específicos para anotar largura, 
acento e tom, no nível da palavra e da oração. O seu uso é limitado aos objetivos metalinguísticos – 
por exemplo, nos dicionários (ALFABETO…, 2019).
Como se pode perceber, o IPA é um sistema de notação fonética, um método de transcrever os sons 
de uma ou várias línguas, e funciona como uma forma de representação padronizada dos sons do idioma 
que está sendo falado. Ele é utilizado por linguistas, fonoaudiólogos, professores e estudantes de 
idiomas estrangeiros, tradutores, entre outros.
O IPA foi projetado para representar apenas algumas características da fala que podem ser distinguidas 
no idioma falado, como fonemas, entonação e separação de palavras e sílabas.
Entende-se por fonema a menor unidade sonora de uma língua que estabelece contraste de 
significado para diferenciar palavras. Entonação, ou mesmo entoação, é a variação de altura utilizada 
na fala que incide sobre uma palavra ou oração, e não sobre fonemas ou sílabas.
14
Unidade I
Para representar outras características da fala, mais específicas, como o ranger dos dentes, a língua 
presa e os sons feitos com lábios leporinos, utiliza-se um conjunto ampliado de símbolos, chamado de 
extensões ao IPA, os quais não serão abordados aqui.
Quando inseridos em textos, os caracteres do IPA devem ser dispostos entre barras. Por exemplo, 
dizemos que a pronúncia de sapo é /’sapu/.
Vejamos alguns exemplos de transcrição fonética de palavras inglesas:
• the /ði/
• though /ðo /
• thanks /θæηks/
• think /θiηk/
• eye /ai/
• meat /mi:t/
• two /tu:/
A seguir, apresentamos algumas definições teóricas importantes para o estudo da pronúncia e da 
oralidade do inglês.
2.1 Conceitos básicos de fonologia
O nível fonológico de uma língua é o mesmo que o estudo da fonética. A fonética pode ser de dois 
tipos: acústica e articulatória.
• Acústica: diz respeito à transmissão dos sons emitidos.
• Articulatória: refere-se à descrição dos sons necessários para a produção da fala do ser humano. 
Tais sons são produzidos pelo aparelho fonador.
Alguns conceitos básicos:
• Fonêmica: corpus fonético que se ocupa dos menores segmentos que marcam significado 
(os fonemas).
• Fonema: menor unidade do sistema sonoro de uma língua. Pronunciamos os fonemas de maneira 
distinta dependendo da cultura e do local onde nos encontramos.
15
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
• Alofones: variantes do fonema.
• Distribuição complementar: condicionada à posição (inicial, medial ou final de sílaba ou de 
palavra), ao contexto fonético e à acentuação.
Como esses conceitos podem nos ajudar? O fato de conhecermos os fonemas de uma língua 
estrangeira nos possibilita uma comunicação mais eficaz. Certamente, levará um tempo para (re)conhecermos 
os fonemas. Mas lembre-se sempre de que isso é uma questão de disciplina. Tenha contato com o 
idioma pelo menos 15 minutos por dia. Leia, assista a noticiários em inglês, ouça músicas, participe, em inglês, 
das redes sociais, converse em inglês. Veja que é possível aprender muito sobre a pronúncia da língua 
inglesa divertindo-se.
Com a finalidade de melhorar seu conhecimento sobre fonemas, uma análise contrastiva também 
pode auxiliá-lo. Ela é o tipo de análise pela qual obtemos:
• fonemas do inglês diferentes daqueles do português;
• fonemas parecidos nas duas línguas, mas que apresentam uma diferente “distribuição”, ou seja, 
“lugar” na palavra (início, meio ou fim).
É natural pensar que os sons de uma língua estrangeira são similares aos sons de nossa língua 
materna. Mas às vezes, ao tentar reproduzir fonemas diferentes em uma língua estrangeira segundo 
nossa maneira de “falar” – ou melhor, segundo nosso modo de produzir “nossos” sons –, podemos 
cometer erros de transferência negativa ou interferência.
Por causa da proximidade fonética, reproduzimos o fonema do inglês como o faríamos em português. 
Embora tenhamos certos fonemas praticamente iguais, por se encontrarem em distribuição diferente, 
não podem ser pronunciados da mesma forma. A escrita da língua materna também interfere, pois as 
letras do alfabeto são as mesmas nas duas línguas.
Dessa forma, concluímos que “erros” de pronúncia podem ser cometidos se o aluno não compreender 
todo o seu mecanismo articulátório, ou seja, se não treinar o aparelho fonador.
 Lembrete
Tenha em mente que você precisa treinar seu aparelho fonador para 
produzir os “novos sons” da língua estrangeira.
Cuidado: um erro comum, cometido no início do processo de ensino-aprendizagem de uma língua 
estrangeira, é substituir um fonema por outro. Por exemplo: to think (pensar) é bem diferente de to 
sink (afundar).
16
Unidade I
 Saiba mais
Para mais informações sobre os sons da língua inglesa, leia o texto a seguir:
SOUNDS of English. In: ASTON UNIVERSITY. [s.d.]. Disponível em: https://
www2.aston.ac.uk/lss/research/lss-research/ccisc/discourse-and-culture/west-midlands-english-speech-and-society/sounds-of-english. Acesso 
em: 2 dez. 2019.
Vejamos primeiro como funcionam os sons das vogais da língua inglesa.
3 VOGAIS
Figura 5 
Para compreender a diferença dos sons das vogais em português e em inglês, observemos 
alguns apontamentos.
Em português, temos cinco letras (ou representações gráficas) para os sons das vogais A, E, I, O, U. 
Combinamos esses sons formando sequências de vogais, como ditongos e tritongos. Veja a seguir os 
oito sons de vogais em português.
Quadro 1 
Vogal em português Exemplo de palavra com o som da vogal
A amor
à manhã
Ê mesa
É era
I irmão
Ô povo
Ó hora
U uma
17
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Em inglês, também existem cinco letras para as vogais, bem como sequências delas que formam 
ditongos. Na fala, esses símbolos gráficos representam diversos sons, os quais se agrupam e estabelecem 
relações com as consoantes de maneira distinta do que ocorre em português.
Na língua inglesa, como são as vogais?
• Cinco representações gráficas: A, E, I, O, U.
• Doze sons (sem contar os ditongos).
• Uma mesma letra pode ter sons diferentes – por exemplo, a letra I em palavras como time e timid.
• O mesmo som pode ser graficamente representado de formas diferentes – por exemplo, o ea em 
easter tem o mesmo som do ee em beet.
 Saiba mais
Para ouvir as palavras em inglês, utilize dicionários online que tenham 
o recurso de áudio. Alguns deles:
https://dictionary.cambridge.org/
https://www.lexico.com/
https://www.linguee.com.br
Como explicado, o IPA é um sistema de símbolos fonéticos em que cada símbolo está associado a um 
som específico. Conhecendo o IPA, podemos utilizar seus símbolos para fazer a transcrição fonética das 
palavras em inglês e, a partir dela, praticar nossa pronúncia, garantindo uma comunicação satisfatória 
em boa parte das comunidades que falam inglês.
O IPA sistematiza os sons da língua inglesa e classifica em 12 os sons das vogais em inglês. A seguir, 
seus respectivos símbolos fonéticos.
i:
deep
i
dip

look
u:
fool
e
net
ə
about
ε:
skirt
c:
floor
æ
hat
∧
bus
α:
car
α
spot
Figura 6 
18
Unidade I
 Lembrete
É importante ressaltar que, na transcrição fonética, os símbolos do IPA 
devem aparecer entre barras: /i:/, /u:/, /e/ etc.
Ainda sobre vogais, com base em Silva (2012), podemos destacar o seguinte:
• Qualidade vocálica da vogal: características das vogais no que tange à posição dos lábios e da 
língua quando de sua pronúncia.
• Vogal longa: é geralmente representada, no IPA, pelo símbolo seguido de dois-pontos – por 
exemplo, /i:/.
• Vogal breve: é geralmente representada, no IPA, sem os dois-pontos – por exemplo: /∧/.
 Saiba mais
Os sites a seguir fazem transcrição fonética de palavras:
http://upodn.com/phon.asp
http://www.phonetizer.com/
Agora vamos evidenciar, um a um, os sons das vogais por meio de palavras que os exemplificam. 
Acesse dicionários online com recurso de áudio para ouvir as palavras e relacioná-las aos seus 
símbolos fonéticos.
Atenção para um detalhe: a parte grifada de cada palavra é a que corresponde ao símbolo/som 
evidenciado na imagem.
 Observação
É importante que você se familiarize com o IPA. Portanto, consulte a 
transcrição dos exemplos dados. Use os sites indicados.
19
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
i:
deep
cheap me
eat people
he sea
key seat
leave sheep
machine sleep
i
dip
bit lick
busy live
chick miss
city ship
enjoy sit
kiss slip
ε:
skirt
bird shirt
dirty sir
early skirt
earth turn
girl word
nurse worst
e
net
bed net
best pet
bread ready
guest said
many when
merry yes
c:
floor
abroad ignore
audience ought
cord saw
door sport
fork talk
hall taught
α
spot
block on
cod plot
costume positive
hospital shot
hot sock
moderate spot
20
Unidade I
u:
fool
chew rude
fool shoe
football shoot
Luke soup
move suit
pool two

look
book pull
cookbook push
could put
full should
good sugar
look would
α:
car
barn lark
car March
cart Mars
far part
guitar sergeant
heart smart
æ
hat
bag lack
Brad man
cat map
fabric pan
fat pat
hat sad
∧
bus
bus flood
cousin honey
cup love
does ugly
double up
duck worry
ə
about
about marvelous
action mother
agree occur
America photograph
correct sofa
father teacher
21
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Agora estão representados, um a um, os símbolos fonéticos (IPA) que correspondem às vogais na língua 
inglesa. Como dito, são 12 os sons vocálicos, sem contar os ditongos, dos quais trataremos mais adiante.
Como a prática é o caminho do sucesso nesta disciplina, apresentamos na sequência alguns quadros 
com pares de palavras que são chamados minimal pairs.
Figura 7 – So similar… but completely different
Um minimal pair é o conjunto de duas palavras que possuem apenas uma distinção fonética entre 
elas, ou seja, as palavras são formadas pelos mesmos fonemas, exceto um. Isso fica explícito quando 
fazemos a transcrição fonética delas. Por exemplo:
• beat/bit
— beat /bi:t/
— bit /bit/
• bed/bird
— bed /bed/
— bird /b3:d/
• fool/full
— fool /fu:l/
— full /fl/ 
22
Unidade I
Observe que, nesses exemplos, apenas um fonema diferencia uma palavra da outra.
Pratique a pronúncia e a transcrição fonética dos minimal pairs mostrados nos quadros a seguir. 
Utilize os dicionários e sites de transcrição indicados antes. O símbolo fonético (IPA) na parte superior 
das colunas indica o único fonema que diferencia cada palavra.
Quadro 2 
i
dip
i:
deep
live leave
it eat 
fit feet 
this these
Quadro 3 
i
pit
e
pet
bill bell 
pin pen 
chick check
fill fell 
Quadro 4 
e
met
æ
mat
men man
pen pan
bet bat
bed bad
Quadro 5 
æ
hat
∧
hut
cap cup 
sack suck
ban bun 
bag bug
23
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Quadro 6 
æ
hat
ɒ
hot
hat hot 
cat cot 
cap cop 
sack sock
Quadro 7 
ɔ:
port

put
fall full
talk took 
ball bull
fought foot 
Quadro 8 

look
u:
Luke
pull pool 
full fool 
soot suit 
Considerando que agora você já conhece os 12 sons das vogais na língua inglesa e compreende que 
a prática constante – falando e ouvindo – o levará a uma comunicação mais eficaz, o próximo passo é 
avançar nos nossos estudos fonéticos e apresentar os ditongos.
 Saiba mais
O site a seguir é excelente para aprimorar os estudos nesta disciplina. 
Nele encontra-se material completo sobre o IPA – vogais e consoantes – 
nas sessões Minimal Pairs, Lessons, Podcasts e Video.
https://pronuncian.com
24
Unidade I
3.1 Ditongos
Figura 8 
O ditongo ocorre quando o som de duas vogais se encontra em uma mesma sílaba. Há oito ditongos 
na língua inglesa, apresentados a seguir.
I e
beer
eI
tray
ə
sure
ɔI
toy
o
coat
eə
bear
ai
eye
a
house
Figura 9 
Essa figura mostra os símbolos fonéticos dos ditongos segundo o IPA. Abaixo de cada símbolo, há uma 
palavra representativa. Com isso, avançamos no nosso conhecimento do IPA e na nossa capacidade de ler 
as transcrições fonéticas, o que nos possibilita pronunciar e compreender melhor os sons em língua inglesa.
A seguir, um quadro com os símbolos dos oito ditongos da língua inglesa, seguidos de exemplos de palavras 
nas quais podemos encontrá-los. Não se esqueça de praticar a transcrição dessas palavras nos sites indicados. 
Ao realizar a transcrição, observe onde cada ditongo se encontra e pratique a pronúncia das palavras.
Quadro 9 
Diphthongs Examples
/Iə/ beard, beer, clear, dear, here, hero, pier, year
/ə/ cure, Europe, mature, poor, sure, tourist
/eə/ air, bear, compare, hair, pear, there
/eI/ fake, fate, gate, great, pain, say, taste, wait
/ɔI/ annoy, boy, coin, destroy, joy, oil, toy
/aI/ buy, eye, height, I, like, my, ride, side, style, try
/o/ boat, coat, load, show, so
/a/ bow, brow, cow, house, how, mouse
25
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Algo muito importante a ser observado é que a língua inglesa é falada por um gigantesco número 
de pessoas e em todos os continentes da Terra, tanto como língua nativa quanto como segunda línguaou língua estrangeira. Diante desse universo de falantes, é previsível e absolutamente natural que haja 
inúmeras variantes linguísticas no que tange à pronúncia das palavras, nosso objeto de estudo neste 
momento. O IPA sistematiza e padroniza a pronúncia dos fonemas, mas precisamos estar cientes de que 
as variações estão presentes em todos os lugares. O IPA é importante porque nos norteia e fundamenta 
nossos estudos. Entretanto, é fundamental ter em mente o caráter dinâmico e fluido das línguas em uso, 
nas ações comunicativas.
Retomando nosso foco, e aproveitando que nossos estudos estão voltados para as vogais, cabe 
destacar as letras Y e W, consideradas semivogais.
No que diz respeito ao som, o Y pode ter som de vogal ou de consoante. Quanto ao som de consoante, 
vamos discuti-lo no próximo tópico, ao apresentar o quadro fonético das consoantes. Com relação ao Y 
com som de vogal, pode ser pronunciado das seguintes maneiras:
• /i:/ happy, party /hæpi:/ /’pα:rti:/
• /i/ gym, myth /ʤim/ /miθ/
• /aI/ my, fly /mai/ /flai/
• /eI/ say, day /sei/ /dei/
• /ɔI/ toy, boy /tɔi/ /bɔi/
Com o W acontece algo semelhante. Ele pode ser foneticamente representado assim: /w/, e isso 
veremos a seguir, no tópico sobre consoantes. Entretanto, em algumas palavras, ele forma ditongos:
• tomorrow /tu:’mɔ:ro/
• power /pa er/
• slowly /sloli:/
• now /na/
Bem, agora que as vogais e seus símbolos fonéticos foram mostrados e exemplificados, voltemos 
nossa atenção para as consoantes.
Antes, porém, vamos encerrar este tópico com um poema. Leia-o em voz alta, diversas vezes, 
exercitando os sons das vogais estudados até este ponto. A leitura de poemas é excelente para praticar 
pronúncia, ritmo e entonação.
26
Unidade I
In my opinion
It’s all a matter of opinion
We all have one of these
We always have something to say
Even if no one else agrees
My wife says I don’t have one
I have to ask her what to say
She thinks I’ll say something stupid
She says, “You’re just made that way”
If we go to a fancy restaurant
She orders what food we’ll eat
She tells me when I’m finished
And when to leave my seat
Even on our wedding day
Before I could say, “I do”
She told the preacher, “Of course, he does”
So I just mumbled, “True”
If it sounds like I am henpecked
My wife says that’s not true
She says to tell you, “You’re all wrong”
She doesn’t tell me what to do
So be glad you’re not in my shoes
A man who lives this way
The only words I’m allowed to utter
Is, “Yes dear whatever you say”
Well, I think I’ll end this poem
And try to get on with my life
But before I go, I want you to know
I probably better ask my wife
Fonte: Belt (2011).
27
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
4 CONSOANTES
Figura 10 
É chegada a vez das consoantes. Seus símbolos fonéticos, 24 no total, são mostrados a seguir. 
É importante lembrar que, tal como ocorre com as vogais, a ortografia nem sempre corresponde 
à forma de pronunciar, ou seja, os fonemas têm características próprias e regras que devem ser 
observadas e praticadas.
p b t d t∫ ʤ k g
f v θ ð s z ∫ ʒ
m n η h l r w j
Figura 11 
Antes de prosseguir com os exemplos, é necessário comentar a questão do vozeamento:
Todas as línguas apresentam consoantes e vogais. Vogais são tipicamente 
vozeadas, e consoantes podem ser vozeadas ou desvozeadas. Uma 
consoante é vozeada quando é produzida com a vibração das cordas vocais 
e é desvozeada quando as cordas vocais não vibram (SILVA, 2012, p. 24).
Ou seja, há consoantes vozeadas (em inglês, voiced) e desvozeadas (em inglês, voiceless). Essa 
classificação é importante para nossos estudos, pois influencia em determinados padrões fonéticos.
Na figura anterior, as voiceless consonants estão nos espaços pintados de verde; já as voiced 
consonants estão nos espaços com fundo branco.
28
Unidade I
A seguir, um quadro com exemplos de palavras nas quais há voiceless consonants. Com a ajuda dos 
dicionários com áudio e dos sites de transcrição fonética indicados, ouça cada palavra e pratique sua 
transcrição o máximo que puder. Observe que os sons das consoantes em destaque não provocam a 
vibração das cordas vocais.
Quadro 10 
Voiceless consonant sounds Examples
/p/ pet, Peter, pig
/t/ talk, tea, top
/t∫/ chat, chocolate, church
/k/ car, Carol, key, Korea
/f/ fork, fun, future 
/θ/ anything, ethic, think 
/s/ price, science, silly
/∫/ action, push, shy, social
/h/ hole, house, who
 Observação
Os estudos nesta disciplina só serão efetivos se acompanhados de 
recursos auditivos e de transcrições fonéticas. Além disso, ouvir inglês 
diariamente deve fazer parte de seus estudos.
 Saiba mais
Para a prática de compreensão oral, consulte:
https://www.eslvideo.com
O próximo quadro apresenta as voiced consonants, com exemplos.
Quadro 11 
Voiced consonant sounds Examples
/b/ basketball, bee, boy
/d/ dance, diary, dude
/ʤ/ age, cage, jeep, joke
/g/ bag, girl, glass, tag
/v/ vain, Victor
29
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Voiced consonant sounds Examples
/ð/ feather, than, there, they
/z/ fizz, prize, zip, zoo
/ʒ/ measure, rouge, television
/m/ mirror, model, monkey
/n/ nature, never, new
/η/ feeling, king, reading
/l/ late, lip, Luke
/r/ rainbow, rat, round
/w/ one, well, whale, why
/j/ university, yard, yes
Agora você já foi apresentado a todos os 24 sons consonantais, vozeados e desvozeados. Tente se 
familiarizar com os sons da língua inglesa ouvindo-os e emitindo-os tão frequentemente quanto possível.
Prosseguindo nos nossos estudos, algumas considerações se fazem necessárias.
Figura 12 
Os sons do TH
Como você já deve ter percebido, alguns consonant sounds merecem uma atenção especial. Um deles 
é o /θ/. Graficamente, ele se apresenta como TH. É um voiceless sound e não tem correspondente 
em português. Por isso, é necessário estar bem atento a ele. Coloque a língua entre os dentes e sopre. 
Tente imitar o som de uma cobra (um longo som de sss…), mas com a língua entre os dentes. Nesse caso, 
não ocorre vibração das cordas vocais (por isso é voiceless). Mas atenção: esse som não é parecido com 
o de F, S ou T em português.
Vamos tentar: thank, theory, thin, think, thought, tooth.
30
Unidade I
Observe alguns minimal pairs e pratique a pronúncia.
Quadro 12 
/θ/ /f/
thin fin
thirst first
three fee
Quadro 13 
/θ/ /t/
thick tick
thin tin
three tree
Em outros casos, o som do TH deve ser emitido com voz, ou seja, é um voiced sound. Novamente, não 
existe correlato em português. Como podemos, então, produzir esse som? Tente imitar o som de uma 
abelha: zzz… A língua tocará os dentes de baixo por trás. Tente agora emitir o mesmo som mantendo a 
língua entre os dentes. Assim, o som do TH será produzido com voz. Fazendo corretamente, você estará:
• com sua língua entre os dentes;
• soprando o ar;
• vibrando suas cordas vocais.
Lembre-se que a vibração nas pregas vocais indicará que o som está sendo produzido corretamente.
Agora, vamos tentar: that, their, then, these, this, those.
Preste atenção nos minimal pairs a seguir. Há uma tendência a confundir o som voiced do TH com 
o som de D, mas são diferentes.
Quadro 14 
/ð/ /d/
their dare
then den
they day
31
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Os sons /β/ e /ʤ/
Outros dois sons que podem ser confundidos são /β/ e /ʤ/. Perceba que, como o próprio símbolo 
fonético indica, nas palavras com som /ʤ/, o som de /d/ está presente de forma bem sutil, o que não 
acontece em /ʒ/.
Pratique a pronúncia das palavras a seguir.
Quadro 15 
/ʒ/ /ʤ/
explosion age
invasion cage 
revision gin 
rouge joy 
usual suggest 
Os sons do X
Em inglês, a letra X nunca representa o som de S, mas sim outros sons, como /ks/, o mesmo que 
produzimos em português para táxi (táksi).
Figura 13 
Além disso, o X pode representar o som de /gz/: exam, example, exist, existence.
E ainda, no início das palavras, o X tem som de Z: xelophone, xenophobia, xerox.
Os sons do S
Em português, no início das palavras, o S sempre aparece antecedido porvogal, como em asma, 
escorpião e isto, mas, em inglês, o som de S pode iniciar uma palavra sem a ajuda de uma vogal, ou 
seja, sozinho. Alguns exemplos: scarlet, school, small, smoke, sneak, stop, student.
32
Unidade I
Os estudantes de inglês como língua estrangeira podem se equivocar ao pronunciar o S que inicia 
palavras sozinho. Há uma tendência a pronunciar o som de I antes do S. Evite cometer tal equívoco.
Algumas palavras, ainda, iniciam-se com SC, mas mantêm o som inicial de S ao serem pronunciadas: 
scenario, scene, scent, science, scissors.
Vejamos agora os quatro casos do inglês em que o S aparece no fim da palavra.
Quadro 16 
3a pessoa do singular do 
simple present Palavras no plural Caso possessivo
Abreviação dos verbos 
auxiliares is ou has
plays / dances / works books / pencils / schools John’s car.
He’s working. (is)
He’s got two brothers. (has)
Preste atenção nas regras para a pronúncia do S final:
• Quando a palavra termina em sons desvozeados (voiceless sounds), a pronúncia de -s é /s/. 
Exemplos: top = tops / back = backs / faith = faiths.
• Quando a palavra termina em sons vozeados (voiced sounds), a pronúncia de -s é /z/. Exemplos: 
car = cars / live = lives / bathe = bathes / alarm = alarms.
• Quando a palavra termina em som de vogal, vogal + Y, Y ou W, a pronúncia de -s é /z/, porque 
esses sons são vozeados (voiced sounds). Exemplos: agree = agrees / shampoo = shampoos / sky 
= skies / employ = employs / allow = allows / convey = conveys.
• Quando a palavra termina em -es, essa terminação tem o som /iz/. Exemplos: watch = watches / 
language = languages / please = pleases / boss = bosses / church = churches.
Veja agora outros exemplos dos três tipos de pronúncia da terminação -s/-es.
Quadro 17 
-s = /s/ -s = /z/ -es = /iz/
cats cars boxes 
jokes dogs dishes 
snakes parties glasses 
sports questions languages 
stamps things surprises 
33
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Os sons do K e do G
Os sons das letras K e G não são pronunciados quando aparecem antes da letra N, ou seja, ficam 
mudos. Exemplos: gnaw, knead, knell, know.
Os sons do CH
Em inglês, o CH, diferentemente do português (pronunciado com som de X), representa dois sons, 
mas nenhum equivale a X.
• CH com som de /k/: anchor, charisma, high-tech, mechanic, psycho.
• CH com som de /t∫/: cheap, children, choice, kitchen, rich, teacher.
Vamos agora praticar alguns minimal pairs. Essa prática nos ajuda a reparar nas diferenças, por 
vezes mínimas, entre dois sons. Recomendamos que você tente transcrever as palavras dos quadros 
a seguir, utilizando os sites recomendados neste material. Lembre também que todo dicionário deve 
apresentar, logo após a entrada do termo, a transcrição fonética entre barras. Essa transcrição precisa 
seguir criteriosamente o Alfabeto Internacional. Portanto, serve também de fonte para seus estudos.
Quadro 18 
/t/ /t∫/
tear chair
tease cheese
test chest
tick chick
till chill
tip chip
Quadro 19 
/∫/ /t∫/
dish ditch
ship chip
shoe chew
shop chop
wash watch
34
Unidade I
Quadro 20 
/s/ /θ/
pass path
sick thick
sin thin
sink think
sum thumb
Quadro 21 
/s/ /z/
bus buzz
price prize
sip zip
Sue zoo
Quadro 22 
/f/ /θ/
fin thin
first thirst
Fred thread
free three
roof Ruth
Quadro 23 
/d/ /ð/
Dan than
dare there
day they
doze those
side scythe
Quadro 24 
/l/ /r/
fly fry
glass grass
light right
lip rip
long wrong
35
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Quadro 25 
/p/ /b/
cap cab
path bath
pear bear
pie buy
tope robe
Quadro 26 
/t/ /d/
cart card
time dime
tore door
train drain
trip drip
Quadro 27 
/k/ /g/
back bag
class glass
clock clog
coat goat
curl girl
Quadro 28 
/r/ /h/
rabbit habit
rat hat
ride hide
roast host
rope hope
rug hug
Após a prática dos minimal pairs, estamos certos de que você já está mais familiarizado com os sons 
da língua inglesa.
36
Unidade I
Vale mencionar mais um ponto a ser observado: algumas consoantes da língua inglesa são chamadas 
de silent consonants, isto é, consoantes que não têm som na pronúncia das palavras. Em português, são 
chamadas de consoantes mudas.
Vejamos alguns exemplos. Lembre-se de usar os sites de transcrição.
Quadro 29 
Silent H Silent P
ghost pneumatic
heir pneumonia 
honor psychiatrist 
hour psychic 
rhino psychologist 
when psychopath 
whistle pterosaur 
why receipt
Silent K Silent G
knee design 
knight foreign 
knit gnome 
knock gnostic 
knot making 
know sign 
knowledge studying
 Saiba mais
Mais uma dica de site para praticar a pronúncia:
https://www.spellzone.com
37
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Figura 14 
Veja a seguir o que pode ser feito para aprimorar o aprendizado da produção de sons em 
língua inglesa:
• Lembre-se de que a relação entre a ortografia e o som das palavras em língua inglesa é bastante 
irregular e depende de vários fatores. Por isso, é importante:
— conhecer o Alfabeto Fonético;
— consultar o dicionário para verificar a transcrição fonética;
— escutar inglês o máximo possível.
• Conheça e utilize os símbolos fonéticos (IPA) fazendo a transcrição das palavras.
• Fale em inglês com as pessoas o máximo possível, sejam elas falantes de inglês como primeira 
língua, como segunda língua ou como língua estrangeira.
• Sempre que possível, entre em contato com filmes, seriados, documentários, podcasts e músicas 
em inglês.
• Tenha em mente que, além dos fonemas, é preciso conhecer a acentuação tônica das palavras. 
Todos os dicionários indicam qual é a sílaba mais forte com o símbolo [ ‘ ]. Observe-o e pratique 
a pronúncia.
• Pratique a entonação (melodia) das frases.
• Acesse os speaking dictionaries, dicionários eletrônicos de bolso ou online. Tais dicionários 
fornecerão a pronúncia a ser praticada.
• Consulte o anexo, neste livro-texto, sobre consonants, um quadro em inglês com um resumo das 
consoantes e seus respectivos sons.
• E o mais importante de tudo: nem pense em estacionar – parar – aqui. Este é só o começo de 
seus estudos. Falar uma língua é uma atividade complexa, que demanda tempo e dedicação, 
38
Unidade I
prática e observação, motivação e entusiasmo. Mantenha-se envolvido em seu processo de 
ensino-aprendizagem e pense nele como um processo contínuo e prazeroso.
Figura 15 
Os tongue twisters (trava-línguas) podem se tornar um exercício divertido de prática da oralidade.
Figura 16 
Para treinar habilidades orais, tente ler os tongue twisters a seguir. Eles ajudam a “soltar a língua”, 
facilitando a comunicação.
 
Tongue twister 1
Peter Piper picked a peck of pickled peppers.
A peck of pickled peppers Peter Piper picked.
39
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
If Peter Piper picked a peck of pickled peppers, where’s the peck of pickled peppers Peter 
Piper picked?
Tongue twister 2
I wish to wish the wish you wish to wish, but if you wish the wish the witch wishes, so 
I won’t wish the wish you wish to wish.
Tongue twister 3
Luke Luck likes lakes.
Luke’s duck likes lakes.
Duck takes licks in lakes Luke Luck likes.
Tongue twister 4
A big black bug bit a big black dog on his big black nose.
Tongue twister 5
How much wood would a woodchuck chuck if a woodchuck could chuck wood?
He would chuck, he would, as much as he could, and chuck as much wood as a woodchuck 
would if a woodchuck could chuck wood.
Tongue twister 6
She sells seashells by the seashore.
Fonte: 50 tongue…, (s.d.).
 Saiba mais
Há mais tongue twisters em:
50 TONGUE twisters to improve pronunciation in English. Engvid, [s.d.]. 
Disponível em: https://www.engvid.com/english-resource/50-tongue-
twisters-improve-pronunciation/. Acesso em: 2 dez. 2019.
40
Unidade I
 Resumo
Nesta unidade, abordamos a pronúncia de vogais, semivogais, 
consoantes e alguns encontros consonantais. Buscamos apresentar 
exemplos para elucidar diferentes pronúncias do sistema de sons do inglês. 
Para isso, primeiramente, vimos como funciona o aparelho fonador, pois 
assim fica maisfácil entender como se dá o funcionamento dos sons.
As vogais têm sutilezas em sua sonoridade e nos movimentos que 
fazemos com o aparelho fonador para produzi-las. Entre tantos sons 
possíveis que são representados pelas vogais e pelos encontros vocálicos 
(ditongos), destacamos alguns com o intuito de mostrar casos específicos e 
motivar a prática dos alunos.
O aluno deve ter percebido que as diferenças de pronúncia dos sons 
vocálicos nem sempre aparecem na escrita, o que pode gerar dúvidas nos 
aprendizes da língua inglesa. Se um estrangeiro estivesse aprendendo 
português, certamente enfrentaria muitas dificuldades também. Fenômenos 
assim ocorrem em todas as línguas. Desse modo, ao apontarmos algumas 
dificuldades e irregularidades da pronúncia do inglês, estamos mostrando 
que isso é natural no aprendizado.
Ao conhecer os sons de consoantes e encontros consonantais, o 
aluno pôde ver novamente a existência de sons distintos do português 
e praticá-los corretamente. Algumas consoantes são muito diferentes e 
requerem bastante atenção. Podemos perceber que, com muita prática, 
é possível se comunicar em inglês satisfatoriamente.
 Exercícios
Questão 1. Uma possível forma de estudar os sons de uma língua é por meio da leitura e análise 
de textos que explorem seus recursos fonético-fonológicos, como textos construídos com base na 
aliteração, que consiste na repetição de determinados sons, geralmente consonantais. Com base nessas 
informações, analise os textos a seguir.
Texto I
She sells
seashells
by the seashore.
Disponível em: https://examples.yourdictionary.com. Acesso em: 2 dez. 2019.
41
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
Texto II
Can you keep the cat
from clawing the couch?
It’s creating chaos.
Disponível em: https://examples.yourdictionary.com. Acesso em: 2 dez. 2019.
Texto III
Twinkle, twinkle, little star,
How I wonder what you are.
Up above the world so high,
Like a diamond in the sky
Twinkle, twinkle, little star,
How I wonder what you are!
Disponível em: https://study.com/academy. Acesso em: 2 dez. 2019.
Predomina a aliteração como recurso sonoro nos textos:
A) I e II, somente.
B) I e III, somente.
C) I, somente.
D) III, somente.
E) I, II e III.
Resposta correta: alternativa A.
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: nos textos I e II predomina a aliteração.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: no texto III predomina a rima.
42
Unidade I
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: a aliteração predomina no texto I, mas não somente nele.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: no texto III predomina a rima.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: no texto III predomina a rima.
Questão 2. Do ponto de vista fonético-fonológico, os sons apresentam diversas classificações. O som /f/, 
por exemplo, presente em palavras como fork, fun e future, é classificado como um voiceless consonant 
sound e costuma ser representado pela letra F. No entanto, por inúmeras questões de combinação 
e enlace entre as palavras em uma frase, pode ocorrer modificação em um som. Nos casos a seguir, 
assinale a alternativa em que a letra F representa um voiced consonant sound, um som diferente do que 
ocorre em fork, fun e future.
A) This is my favorite car.
B) I’m thinking of you.
C) We are about to fly.
D) I loved this furniture.
E) Turn off all the lights.
Resposta correta: alternativa B.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: nesta alternativa, a letra F representa o seu som “clássico”, classificado como voiceless 
consonant sound.
B) Alternativa correta.
Justificativa: nesta alternativa, a letra F representa o som /v/, classificado como voiced consonant 
sound. A palavra of tem como som /ɔ:v/.
43
COMPREENSÃO ORAL DA LÍNGUA INGLESA
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: nesta alternativa, a letra F representa o seu som “clássico”, classificado como voiceless 
consonant sound.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: nesta alternativa, a letra F representa o seu som “clássico”, classificado como voiceless 
consonant sound.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: nesta alternativa, a letra F representa o seu som “clássico”, classificado como voiceless 
consonant sound.

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