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GINECOLOGIA E OBSTERÍCIA Larissa Bezerra @MEDVETLARII Distocia Fetal CONCEITOS Eutocia: É o conjunto de eventos fisiológicos que conduzem o útero a expulsar o feto a termo e seus anexos (parto fisiológico) Distocias: É definida como parto difícil, caracterizando-se pelas dificuldades ou impedimentos que o feto encontra para ser expulso do útero, em decorrência de problemas de origem materna, fetal ou de ambos. SITUAÇÃO DO FETO NO MOMENTO DA INSINUAÇÃO NA PELVE MATERNA Apresentação: relaciona eixo longitudinal (dorso do feto) do feto com (o dorso) a mãe; Posição: relaciona o corpo do feto com a pelve materna; Atitude ou postura: relaciona o corpo do feto com suas partes móvies. APRESENTAÇÃO Longitudinal: anterior (quando a cabeça está posicionada para a pelve da mãe) ou posterior; Transversal horizontal: ventral ou dorsal; Transversal vertical: POSIÇÃO Superior (dorso do feto está rente ao dorso da mãe) Inferior (dorso do feto rente a região ventral da mãe) Lateral (lateral do corpo do feto está rente ao dorso da mãe) ATITUDE OU POSTURA Estendida Flexionada (quando o animal estiver flexionado) POSIÇÃO FISIOLÓGICA POSIÇÃO DISTÓRSICA GINECOLOGIA E OBSTERÍCIA Larissa Bezerra @MEDVETLARII POSIÇÃO DISTÓRSICA POSIÇÃO DISTÓRSICA FATORES PREDISPONENTES Idade (novilhas tem mais predisposições); Peso (animais obesos); Raça (rebanhos especializados, Holandesa); Sexo dos bezerros (machos tem mais predisposição); Cruzamento industriais (duas raças com características complementares, para produzir exemplares com produção superior) Ex: Santa Ines e Dorper. Distocia Materna Anomalias Pélvicas: Pelve juvenil; Luxações sacroilíacas; Fraturas; Osteodistrofias. Sinais: depende do tipo da lesão Diagnóstico: palpação retal, Rx. Tratamento: Pré-parto: descarte; abortamento; castração. Parto: tração forçada sob lubrificação; fetotomia (o feto já vai estar morto); cesariana. Pós-parto: descarte; castração (fora de cogitação) DISTOCIAS DA VIA FETAL MOLE Anomalias da Cérvix – Vagina – Vulva Estenoses Hipoplasias Edema Pouca dilatação Tumores Sinais: contrações improdutivas; sem insinuação do feto; GINECOLOGIA E OBSTERÍCIA Larissa Bezerra @MEDVETLARII anexos fetais. Diagnóstico: sinais clínicos e palpação retal. Tratamento: extração forçada com lubrificação; indução medicamentosa; (se fosse caso de estenose, podemos utilizar um fármaco para relaxamento de cérvix) cesariana. DISTOCIAS FUNCIONAIS Atonia uterina: Deficiência nas contrações uterinas podendo ser de origem primária (quando o útero não contrai) ou secundária (quando o útero entrou em exaustão). Primárias: hipocalcemia, prenhez múltipla patológica, disfunções hormonais como deficiência de estrógeno, relaxina e ocitocina, hidropsia das membranas fetais, obesidade e ruptura uterina ou tendão pré-púbico. Secundárias: caracterizada por debilidade ou ausência de contrações uterinas que é verificada principalmente nas distocias de origem fetal. Sinais clínicos: debilidade ou ausência de contrações uterinas, com clara evidência dos sinais da fase prodômica. Diagnóstico: sinais clínicos (você consegue diferenciar se é primário ou secundário através do histórico do animal) Tratamento: indução medicamentosa, cesariana ou fetotomia. Complicações: retenção das membranas fetais. Hipertonia uterina: Aumento das contrações uterinas e abdominais, não sendo eficientes para expulsão do produto, comum na última fase do parto, porém ocorre mais em éguas do que em outras espécies. Tratamento: tranquilização do animal (cuidado com hipotensão no potro) e correção da estática fetal. Distocia fetal Consistem em anomalias fetais que ocorre durante a gestação, como malformação, posições incorretas do bezerro, gêmeos o que impede o desencadeamento normal do parto. Anasarca (ocorre o edema desse bezerro); Mal formações; Monstruosidades (na palpação de animais que ficam com a cavidade aberta, na palpação vaginal você sente as alças intestinais); Partos gemelares. Sinais clínicos: contrações uterinas improdutivas, com eventual presença de extremidades fetais na rima vulvar. Diagnóstico: sinais clínicos e palpação vaginal Tratamento: Retificação da distocia se for o caso; Tração controlada sobre lubrificação; Cesariana; Fetotomia. RETROPULSÃO Consiste em empurra o feto para dentro do útero, para que possa criar um espaço para posicionar corretamente o bezerro, podendo ter auxílio de muletas obstétricas, respeitando sempre as contrações uterinas! EXTENSÃO Consiste em estender membros que se encontra flexionados em posturas incorretas, com força moderada, podendo usar auxílio de correntes obstétricas ou manualmente. OBS: lembre de deixar um membro a frente do outro, por cauda da posição das escápulas, e facilita a saída. GINECOLOGIA E OBSTERÍCIA Larissa Bezerra @MEDVETLARII EXTENSÃO TRAÇÃO É a força exercida para auxiliar o parto, quando as contrações não são suficientes para expulsão do bezerro, utilizando correntes obstétrica presa atrás das orelhas e occipital ou presa acima das articulações do boleto dependendo do caso. OBS: a força exercida não pode superar a força de 2 ou 3 homens, NUNCA usar forças mecânicas. ROTAÇÃO Consiste no movimento de rotação do feto no seu eixo longitudinal, corrigindo sua posição. VERSÃO Quando altera a posição transversal dorsal ou ventral para longitudinal anterior ou posterior.