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8 Sedação e analgesia

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LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIO 
 
PRINCÍPIOS PRÁTICOS DE SEDAÇÃO E ANALGESIA 
 
RESOLUÇÃO CFM 1.670/03 
Art. 1º: Nos ambientes em que se praticam 
procedimentos sob “sedação consciente” ou 
níveis mais profundos de sedação devem estar 
disponíveis: 
I Equipamentos adequados para a manutenção da 
via aérea permeável bem como a administração 
de oxigênio em concentração superior à da 
atmosfera 
II Medicamentos para tratamento de 
intercorrências e eventos adversos sobre os 
sistemas cardiovasculares e respiratório 
III Material para documentação completa do 
procedimento, devendo ficar registrado o uso das 
medicações, suas doses e efeitos 
IV Documentação com critérios de alta do 
paciente 
 As drogas deprimem o SNC para que ocorra a 
sedação, exceto uma; só que a depressão não 
é só da região frontal de memoria e 
consciência, pode haver depressão do sistema 
respiratória e começa a dessaturar, por isso 
todo o material de VA deve estar disponível 
 Existem drogas que deprimem também o 
sistema cardiovascular, por isso drogas que 
aumentam o sistema nervoso simpático 
precisam estar disponíveis 
 
QUAL MATERIAL NECESSÁRIO? 
ASPIRADOR 
➢ Sistema para aspirar secreções/sondas 
para aspiração 
➢ Existem drogas que podem levar o 
paciente a regurgitar 
MANUTENÇÃO DAS VIAS AÉREAS 
➢ Mascaras faciais 
➢ Mascaras laríngeas 
➢ Cânulas naso e orofaríngeas 
➢ Tubo endotraqueais 
➢ Laringoscópio com laminas 
MONITORES 
➢ Oxímetros de pulso com alarmes 
➢ Monitor cardíaco 
➢ Aparelho para verifica a pressão arterial 
EQUIPAMENTOS PARA REANIMAÇÃO E 
MEDICAMENTOS 
➢ Balão autoinflável (ambu) 
➢ Desfibrilador 
➢ Drogas para reanimação impressos com 
seus protocolos: antagonistas – naloxona e 
flumazenil 
 
QUAIS OS OBJETIVOS 
 Conforto e alivio de dor e ansiedade 
 Reduzir resposta ao estresse 
 Reduzir consciência intraoperatória 
CONSCIÊNCIA INTRAOPERATÓRIA ACIDENTAL 
(CIOA) 
➢ Anestesia insuficiente 
➢ Consciência X Memória 
➢ Consequências psicológicas da CIOA 
➢ Sinais autonômicos: taquicardia, 
hipertensão 
 
CONCEITOS 
 
 Sono leve e profundo é a sedação, simula o 
sono que dormimos durante a noite; pode ter 
sonho, pesadelo, memoria 
 Na anestesia geral o nível de consciência mais 
profundo; o paciente não tem consciência nem 
memoria, não sonha nem tenha pesadelo 
 É um estado de imersão, até chegar na 
anestesia geral passa por todos os níveis 
 
CONCEITOS ASA 
SEDAÇÃO MÍNIMA 
➢ Responde ao comando verbal 
➢ Função respiratória e cardiovascular não 
afetadas 
LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIO 
 
➢ Certa depressão cognitiva e da 
coordenação 
SEDAÇÃO MODERADA 
➢ Depressão da consciência, responde a 
comandos verbais 
➢ Via aérea pérvia 
➢ Função cardiovascular preservada 
SEDAÇÃO PROFUNDA 
➢ Depressão da consciência, não acorda 
facilmente 
➢ Responde após estímulos dolorosos 
repetidos 
ANESTESIA GERAL 
➢ Abolição profunda da sensibilidade a dor 
➢ Abolição da consciência, dos reflexos 
protetores 
➢ Abolição da respiração espontânea e da 
resposta aos estímulos externos 
➢ Precisa intubar o paciente 
 
ESCALA DE RAMSAY 
NÍVEL 1 Ansioso e agitado, insônia ou ambos 
NÍVEL 2 Cooperativo, orientado, tranquilo 
NÍVEL 3 Acordado, responde aos comandos 
NÍVEL 4 Dormindo, responde vivamente ao 
leve toque ou estimulo auditivo alto 
NÍVEL 5 Dormindo, responde lentamente 
NÍVEL 6 Dormindo, não responde 
 
QUEM PODERÁ FAZER? 
 Resolução CFM 1.670/03: 
o Sedação profunda só pode ser realizada 
por médicos qualificados e em ambientes 
que ofereçam condições seguras para sua 
realização, ficando os cuidados do paciente 
a cargo do médico que não esteja 
realizando o procedimento que exige 
sedação 
 
ONDE PODE SER NECESSÁRIA? 
 Centro cirúrgico/obstétrico 
 Unidade de terapia intensiva 
 Centro de exames diagnósticos 
 Consultórios odontológicos 
 
DROGAS E PERFIL FARMACOLÓGICO 
OBJETIVOS 
➢ Duração de ação mais curta 
➢ Menos incidência de efeitos colaterais 
➢ Combinação muito usada: 
benzodiazepínicos + opioides 
 
BENZODIAZEPÍNICOS 
 Hipnose e sedação, ansiólise, amnesia 
anterógrada e efeito anticonvulsivante 
 O problema é que produzem depressão 
respiratória central dose-dependente 
 Agem nos receptores GABA, promovendo a 
entrada no neurotransmissor GABA na célula; 
o GABA é inibitório e promove 
hiperpolarização no neurônio porque permite 
a entrada de íons Cl, a célula não consegue 
despolarizar; acontece com benzo, propofol e 
etomidato 
 Cuidado na associação com opioides porque 
eles também fazem depressão respiratória, 
doses altas dos dois é perigoso 
 Cuidado em pacientes com DPOC ou outras 
doenças pulmonares porque já não tem uma 
reserva boa de oxigênio 
 Pequena redução da pressão arterial media 
(pequena depressão cardiovascular), mas 
ainda assim são muito seguras do ponto de 
vista cardiovascular 
MIDAZOLAM 
➢ Agente de 1ª escolha para medicação pré-
anestésica ou agente sedativo para 
anestesia ambulatorial (amnésia 
anterógrada) 
➢ Maior beneficio é o início rápido de ação e 
a meia vida curta 
➢ É muito segura 
➢ Muito lipossolúvel 
➢ Atravessa a BHE 
➢ É mais eliminada mais rápida que o 
Diazepam, consegue ter essa segurança 
quanto a depressão respiratória 
➢ Sedação leve e moderado: 0,03 a 0,3 
mg/kg/h 
• Infusão contínua (pacientes de UTI, 
tolerância): 0,01 a 0,6 mg/kg/h 
• Sedação profunda: 0,4 a 0,5 mg/kg > 
0,5 – 1 ucg/kg/h 
LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIO 
 
➢ Flumazenil: 0,01 a 0,02 mg/kg → 
ANTAGONISTA DO MIDAZOLAM, usa 
quando tem efeito colateral indesejado do 
benzo 
➢ Doses altas: 
• Hipotensão e depressão respiratória 
• Sedação excessiva 
➢ Pacientes de risco: nefropatas e obesos 
mórbidos 
➢ Uso prolongado UTI: pode promover 
tolerância, retardo no desmame da 
ventilação mecânica e síndrome de 
abstinência 
 
PROPOFOL 
 O despertar é mais rápido e completo após 
sedação com propofol, por isso é uma sedação 
segura; tanto o início de ação quanto o 
despertar são bem rápidos 
 Possui propriedades antiemético, ansiolítica e 
antipruriginosa 
 Pode ser usado como sedativo, hipnótico e 
indutor do coma a depender da dose 
 Não tem efeito analgésico, por isso associa 
com opioides 
 Inicio de ação: menos de 1 min 
 Tempo de despertar: 10 a 15 min 
 Não requer ajuste de dose para insuficiência 
renal ou hepática 
 Efeitos adversos: 
o Dor no local da injeção 
o Depressão respiratória e/ou cardiovascular 
(o propofol é uma ótima escolha, mas em 
cardiopatas, choque hemorrágica lança 
mão de outras drogas) 
o Hipertrigliceridemia: UTI 
 
ETOMIDATO 
 Sedativo e hipnótico de curta duração 
 Sem poder analgésico; lançar mão de um 
opioide em procedimentos dolorosos 
 Não altera a hemodinâmica, por isso é ótimo 
para pacientes com instabilidade 
hemodinâmica (choque hemorrágica, choque 
séptico, cardiopatas) 
 Pode causar insuficiência adrenal após infusão 
prolongada ou após dose única 
 Inicio de ação: 15 a 45 segundos 
 Duração de efeito: até 15 min 
 
CETAMINA 
 Agente que promove sedação, hipnose e 
analgesia 
 Único anestésico venoso que possui 
características de estimular o SCV em 
pacientes com reserva boa de catecolaminas, 
libera catecolaminas e adrenalina, porem em 
cardiopatas essa liberação é maléfica, levando 
a taquicardia e até IAM 
 Efeito broncodilatador importante mínima 
depressão respiratória: boa para asmáticos 
 Anestésico dissociativo: alucinações → Efeito 
de depressão no sistema cortical, mas de 
estimulação do sistema límbico, elas agem nos 
receptores MNDA (associados ao glutamato – 
excitatório); ao estimular o límbico o paciente 
tem muita alucinação (não é bom usar isolada) 
 A dextro-cetamina oferece maior potência 
analgésica, recuperação mais rápida e menor 
incidência de delírio 
 A alucinação diminui muitoao associar com 
benzodiazepínico 
 Aumento do metabolismo cerebral, do fluxo 
sanguíneo cerebral e da pressão intracraniana 
 
CLONIDINA E DEXMEDETOMIDINA (PRESEDEX) 
 Sedativo, ansiolítico e analgesia leve 
 Não produz depressão respiratória 
 Agem nos receptores alfa2 pré sinápticos que 
é relacionado ao feedback da noradrenalina; 
são agonistas e ao agonizar ele diminui a 
secreção de adrenalina e noradrenalina na 
fenda sináptica, deprimindo o córtex 
 Diminuição do cronotropismo e inotropismo, 
diminuição da RVS, do DC e do consumo 
miocárdico → Diminui catecolaminas, 
adrenalina e noradrenalina gerando 
bradicardia tolerada (revertida com atropina) 
 Adjuvante, diminuindo o consumo/doses de 
outros anestésicos venosos 
 Inicio de ação: 1 a 3 min 
 Tempo de ação: 10 min 
 Dexmedetomidina geralmente é usada em 
infusão contínua (é um sono semelhante ao 
LARISSA MENEZES – TÉC. CIRÚRGICAS E ANESTESIO 
 
habitual, não é profundo e não produz 
depressão respiratória); a clonidina não é 
 
OPIÓIDES 
 Efeitos adversos: 
o Depressão respiratória e apneia 
o Bradicardia e hipotensão 
o Náuseas e vômitos 
o Retenção urinaria 
o Constipação 
o Prurido 
 Naloxona (Narcan): 0,4 mg/mL 
o Dose: 0,1 a 0,2 mg, podendo ser repetida 
a cada 2 minutos 
FENTANIL 
➢ Analgesia e sedação leve 
➢ Não é depressão da consciência, o objetivo 
é o efeito analgésico 
➢ Potencializa os benzodiazepínicos 
➢ É uma droga estável hemodinamicamente 
e depressora do sistema respiratório 
➢ Dose: 1 a 2 ucg/kg bolus 
➢ Inicio de ação: 1 a 2 min 
➢ Tempo de ação: 30 a 60 min 
➢ Pode ser usado em infusão contínua 
REMIFENTANIL 
➢ Ação ultracurta, devendo ser utilizada em 
infusão contínua 
➢ Meia-vida de aproximadamente 3 min 
➢ Metabolização plasmática por esterases 
(não depende do fígado para ser 
metabolizado) 
➢ Ao parar a infusão, para a analgesia do 
paciente 
➢ Rápido desenvolvimento de tolerância e 
hiperalgesia 
➢ Alto custo 
 
MONITORIZAÇÃO 
 Eletroencefalograma 
o 40 a 60: anestesia geral 
o Abaixo de 40: coma 
o Acima de 60: o paciente está começando a 
despertar, saindo da sedação

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