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N-2665 MAI/ 2000 PROPRIEDADE DA PETROBRAS 10 páginas INSPEÇÃO EM SERVIÇO DE SISTEMA DE TOCHA (“FLARE”) Procedimento Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela adoção e aplicação dos itens da mesma. CONTEC Comissão de Normas Técnicas Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico- gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros verbos de caráter impositivo. SC - 23 Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e “aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática Recomendada]. Inspeção de Sistemas e Equipamentos em Operação Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão Autora. As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os trabalhos para alteração desta Norma. “A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente, através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade industrial.” Apresentação As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho – GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia, Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS. ../link.asp?cod=N-0001 N-2665 MAI / 2000 2 1 OBJETIVO 1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para a inspeção em serviço de sistemas de tocha instalados em unidades operacionais “onshore”. 1.2 Esta Norma se aplica à inspeção em serviço de sistema de tocha, a partir da data de sua edição. 1.3 Esta Norma contém Requisitos Mandatórios e Práticas Recomendadas. 2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES Os documentos relacionados a seguir contêm prescrições válidas para a presente Norma. NR-13 - Caldeiras e Vasos de Pressão - Portaria nº 3511 do Ministério do Trabalho; PETROBRAS N-13 - Aplicação de Tintas; PETROBRAS N-1514 - Tintas e Indicadores de Alta Temperatura; PETROBRAS N-1594 - Ensaio Não-Destrutivo - Ultra-Som; PETROBRAS N-1596 - Ensaio Não-Destrutivo - Líquido Penetrante; PETROBRAS N-1597 - Ensaio Não-Destrutivo - Visual; PETROBRAS N-1598 - Ensaio Não-Destrutivo - Partícula Magnética; PETROBRAS N-1951 - Inspeção de Revestimentos de Concretos Refratários; PETROBRAS N-2161 - Inspeção em serviço de Cabos de Aço; PETROBRAS N-2162 - Permissão para Trabalho; PETROBRAS N-2566 - Inspeção Eletromagnética de Cabos de Aço; Rotina ABAST-REF - Inspeção de Tubulações de Pequeno Diâmetro; ASME Section VIII Division I - Rules for Construction of Pressure Vessels. 3 DEFINIÇÕES Para os propósitos desta Norma são adotadas as definições indicadas nos itens 3.1 a 3.7. 3.1 Inspeção Externa Inspeção de todos os equipamentos/componentes que podem ser verificados com o sistema de tocha em operação. 3.2 Inspeção Geral Inspeção efetuada nos componentes pelos lados interno e externo, com os equipamentos fora de operação. ../link.asp?cod=N-0013 ../link.asp?cod=N-1514 ../link.asp?cod=N-1594 ../link.asp?cod=N-1596 ../link.asp?cod=N-1597 ../link.asp?cod=N-1598 ../link.asp?cod=N-1951 ../link.asp?cod=N-2161 ../link.asp?cod=N-2162 ../link.asp?cod=N-2566 N-2665 MAI / 2000 3 3.3 Ocorrência Relevante Ocorrência que influi direta ou indiretamente na integridade física dos equipamentos ou na campanha operacional da unidade/sistema. 3.4 Sistema de Tocha Conjunto de equipamentos constituído por vasos de pressão, tubulações, bombas, queimadores, estrutura de fixação; com a finalidade de queima de gases provenientes de uma unidade de processo. 3.5 Vaso de “Blow-Down” Vaso separador de gás/líquido dos efluentes das Unidades de Processo. 3.6 Vaso de Selagem Vaso de selo de água para contenção do possível retorno da chama, do bico para a tubulação da tocha. 3.7 Tocha Coluna vertical constituída por selo hidráulico, coluna da tocha, selo fluidico/molecular, queimador e tubulações, podendo ter uma estrutura de apoio ou ser auto suportada (estaiada). Um exemplo típico é mostrado na FIGURA B-1 do ANEXO B. 4 CONDIÇÕES GERAIS 4.1 Periodicidade de Inspeção 4.1.1 A periodicidade de inspeção deve considerar os fatores de confiabilidade, importância operacional e potencial de risco. 4.1.2 Para os vasos de pressão, a periodicidade deve respeitar os prazos estabelecidos pela norma NR-13. 4.1.3 Para o sistema de tocha à exceção dos vasos de pressão, a periodicidade de inspeção não deve ultrapassar a 72 meses. N-2665 MAI / 2000 4 Nota: A periodicidade de inspeção pode ser reduzida em função do histórico do equipamento e de problemas verificados durante a campanha ou inspeção externa. [Prática Recomendada] 4.2 Preparação para Inspeção Devem ser verificados os seguintes itens, a fim de que possa ser elaborada a programação de inspeção: a) relatórios de inspeções anteriores; b) recomendações de inspeção efetuadas durante a operação e na última inspeção; c) modificações de projeto; d) planejamento da inspeção (END’s, pontos a verificar baseando-se em relatórios de inspeção); e) materiais e equipamentos de inspeção conforme o ANEXO A; f) norma de construção do equipamento; g) histórico de não-conformidades operacionais, incluindo pontos críticos, valores de espessura medidos e espessura mínima dos equipamentos. 4.3 Requisitos de Segurança 4.3.1 Antes do início dos trabalhos de inspeção, verificar se as condições existentes permitem a execução dos serviços e obter a permissão para trabalho, conforme requisitos da norma PETROBRAS N-2162. 4.3.2 Utilizar os EPI’s recomendados para a execução dos serviços de inspeção, inclusive rádio transceptor. 4.3.3 Verificar se os acessos, andaimes e iluminação são suficientes e adequados. 4.3.4 Avaliar quanto a riscos (queda de pessoas, materiais, intoxicação e calor radiante), os trabalhos de inspeção e/ou manutenção. 4.3.5 A avaliação clínica das pessoas deve ser efetuada pelos órgão de saúde ocupacional, inclusive quanto à aerofobia/claustrofobia. 4.3.6 Não pode haver simultaneidade de trabalhosno topo e na base da tocha. 4.3.7 Os trabalhos de inspeção/manutenção não devem ser efetuados em tempo chuvoso, com descargas elétricas atmosféricas ou vento forte. ../link.asp?cod=N-2162 N-2665 MAI / 2000 5 4.3.8 Em caso de emergência nas unidades com descarte para o sistema de tocha, interromper os trabalhos. 5 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 5.1 Roteiro de Inspeção Externa (Em Operação) - Inspeção Visual Através da inspeção visual externa dos equipamentos, observar as condições dos seguintes itens: a) estado da pintura dos equipamentos quanto à ocorrência de empolamento, empoamento, descascamento, fendilhamento e impregnação de impurezas; b) deformações nos costados dos vasos de pressão, corpos cilíndricos e selo molecular da tocha; c) estado físico do concreto, estojos de fixação da estrutura, quanto à corrosão, trincas e infiltração; d) estado dos componentes de escadas de acesso e plataformas, quanto à avarias mecânicas e corrosão; e) integridade do sistema de aterramento; f) estado de fixação das linhas auxiliares (vapor, ar, água, gás combustível) e condições físicas; g) estado dos acessórios, bocas de visita quanto às condições físicas, soldas; h) estado dos estais (cabos de aço) quanto à corrosão, tensão (se aplicável); i) estado da estrutura de suportação do “flare” (se aplicável). 5.2 Roteiro de Inspeção Geral (Fora de Operação) 5.2.1 Inspeção Externa A inspeção externa deve ser efetuada conforme o roteiro descrito no item 5.1 e acrescido dos itens abaixo: Nota: Antes da parada do sistema de tocha é recomendável fazer inspeção preliminar externa e emitir recomendação prévia. [Prática Recomendada] 5.2.1.1 Efetuar teste de martelo em tubulações e conexões de diâmetro inferior a 2”, conforme prescrições da Rotina ABAST-REF - Inspeção de Tubulações de Pequeno Diâmetro. 5.2.1.2 Efetuar ensaios não-destrutivos em pontos pré-determinados no plano de inspeção. N-2665 MAI / 2000 6 5.2.1.3 Verificar as condições dos estais (cabos de aço) quanto à corrosão, fixação e arames partidos, podendo ser utilizada a inspeção eletromagnética de cabos de aço, conforme norma PETROBRAS N-2566 e tensão conforme procedimento interno. Caso seja observada alguma anormalidade na flecha dos cabos de aço, recomenda-se a avaliação da carga atuante nos cabos de aço. 5.2.1.4 Efetuar medição de espessura em pontos pré-determinados no plano de inspeção, do sistema da tocha, a medição deve ser conforme norma PETROBRAS N-1594. 5.2.1.5 Verificar a existência de trincas ou deterioração por alta temperatura, na parte superior da tocha e na junta dissimilar (bico x coluna) do queimador. 5.2.1.6 Efetuar ensaio radiográfico nas conexões de pequeno diâmetro. 5.2.2 Inspeção Interna Inspecionar visualmente e através de complementação por ensaios não-destrutivos (END) os componentes do lado interno dos equipamentos, verificando no mínimo, as condições dos itens abaixo: 5.2.2.1 Selo Hidráulico/Vaso de Selagem a) condições do casco e calotas quanto à trincas, corrosão, incrustação, empolamento por hidrogênio; b) condições físicas do revestimento interno (se aplicável) quanto a empolamento, descascamento, fendilhamento; c) efetuar ensaio não-destrutivo através LP e/ou PM conforme pontos pré-estabelecidos no plano de inspeção conforme normas PETROBRAS N-1596 e N-1598, respectivamente. 5.2.2.2 Tocha a) base: - avaliar estado físico do concreto e estojos de fixação da estrutura, quanto à corrosão, trincas e infiltrações; b) estrutura: - estado do aterramento, pintura e grau de deterioração dos perfis e fixadores, quanto à corrosão; c) escadas de acesso e plataformas: - estado físico dos guarda-corpos, piso e degraus, quanto à deterioração; d) fixação de tubulações e de linhas auxiliares (vapor, água, gás combustível e ar): - estado físico dos grampos de fixação, cintas e suportes, quanto à corrosão e deformação; - condições físicas das tubulações; e) coluna: (se aplicável) - estado físico da chaparia, efetuar teste com martelo e medição de espessura; - observar o acúmulo de detritos e a existência de corrosão. ../link.asp?cod=N-2566 ../link.asp?cod=N-1594 ../link.asp?cod=N-1596 ../link.asp?cod=N-1598 N-2665 MAI / 2000 7 5.2.2.3 Selo Molecular/Selo Fluidico Estado físico da chaparia, observando existência de incrustações, corrosão e obstrução. 5.2.2.4 Queimador a) bico: - condições físicas do bico, refratário e sua ancoragem, quanto a deterioração; b) atomizadores: - condições físicas dos orifícios quanto à corrosão, deformação, erosão e sinais de obstrução; c) acessórios: - estado físico do venturi, flanges, tubulações, quanto à corrosão, sinais de vazamento e erosão; - estado físico dos bicos dos pilotos; d) anel de vapor: - condições físicas dos bicos quanto à erosão e deterioração. 5.2.2.5 Vaso de “Blow-Down” a) condições do casco e calotas quanto à trincas, corrosão, incrustação, empolamento por hidrogênio; b) condições físicas do revestimento interno (se aplicável) quanto a empolamento, descascamento, fendilhamento; c) efetuar ensaio não-destrutivo através LP e/ou PM conforme pontos pré-estabelecidos no plano de inspeção conforme normas PETROBRAS N-1596 e N-1598, respectivamente. 5.2.2.6 Tubulações Verificar as condições físicas quanto à corrosão e empolamento pelo hidrogênio, em locais de possível acesso. 6 REPAROS 6.1 Todos os reparos devem ser realizados conforme recomendações de inspeção específicas, devendo obedecer ao código de construção do equipamento. 6.2 Quando o reparo convencional for de difícil execução, podem ser aplicadas técnicas alternativas, desde que aprovadas préviamente pelo profissional habilitado. [Prática Recomendada] ../link.asp?cod=N-1596 ../link.asp?cod=N-1598 N-2665 MAI / 2000 8 7 CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO 7.1 Ensaios Não-Destrutivos Conforme o código de fabricação do equipamento e normas PETROBRAS N-1594, N-1596, N-1597 e N-1598 respectivamente para ensaios: ultra-som, líquido penetrante, visual e partícula magnética. 7.2 Pintura Conforme prescrição das normas PETROBRAS N-13 e N-1514. 7.3 Refratários Conforme os requisitos da norma PETROBRAS N-1951. 7.4 Cabos de Aço (Estais) Conforme os requisitos da norma PETROBRAS N-2566. 8 REGISTRO DE RESULTADOS Todos os itens inspecionados, devem ser registrados de forma precisa em um relatório de inspeção, assim como os defeitos encontrados e reparos efetuados devem ter sua localização e identificação de forma rastreável. O relatório de inspeção deve conter no mínimo as seguintes informações: a) objetivo; b) normas de referência; c) tipo e identificação do equipamento; d) fluido e categoria do equipamento; e) data de início e término e local da inspeção; f) identificação e assinatura do inspetor e profissional habilitado; g) tipo de inspeção e área inspecionada; h) descontinuidades detectadas e resultados das inspeções e intervenções efetuadas; i) testes e reparos efetuados; j) recomendações de inspeção; k) conclusões; l) data prevista para a próxima inspeção. _________ /ANEXO A ../link.asp?cod=N-1594 ../link.asp?cod=N-1596 ../link.asp?cod=N-1597 ../link.asp?cod=N-1598 ../link.asp?cod=N-0013 ../link.asp?cod=N-1514 ../link.asp?cod=N-1951 ../link.asp?cod=N-2566 N-2665 MAI / 2000 9 ANEXO A - EQUIPAMENTOS, INSTRUMENTOS E MATERIAIS DE INSPEÇÃO - calibre de medição de espessura; - caderneta de anotações; - aparelho medidor de espessura por ultra-som; - espátula; - espelho; - graxa acoplante para ultra-som; - estilete; - conjunto para líquido penetrante; - conjunto para partícula magnética (“Yoke”); - lanterna; - lápis de fusão; - máquina fotográfica com “flash”; - martelo de bola (300 g); - medidor de dureza de campo; - binóculo; - imã; - trena; - conjunto para execução de teste por pontos; - giz/marcador. _________ /ANEXO B 10 FIGURA B-1 - SISTEMA DE TOCHA TÍPICO MAI / 2000N-2665 ANEXO B - FIGURA
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