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Citogenética clínica

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MIRIÃ ORTEGA . 1 
 
BBPM III GENÉTICA 
Citogenética clínica 
-Importante categoria de doenças genéticas 
-Responsáveis por grande proporção: perdas gestacionais; deficiência intelectual; malformações congênitas; papel 
importante na patogênese do câncer 
- Estão presentes em quase 1% de todos ou nativivos; 2% de todas as gestações em mulheres com mais de 35 anos; 
metade de todos os abortos espontâneos do 1º trimestre 
INDICAÇÕES CLÍNICAS PARA ANÁLISE CROMOSSÔMICA 
-Problemas de crescimento e desenvolvimento precoce: falha de crescimento. Malformação múltipla; fácies 
dismórfica; dupla genitália 
• NATIMORTOS E MORTE NEONATAL 
-Incidencia de 10% natimorfos e 0,7 nativivos 
-10% em crianças que falecem em período neonatal 
A análise cromossômica deveria ser realizada em todos os natimortos e óbitos neonatais 
• PROBLEMAS DE INFERTILIDADE 
-mulheres que apresentam amenorreia 
-Casais com historia de infertilidade ou abortos recorrentes 
• NEOPLASIAS 
• GESTAÇÃO EM MULHER DE IDADE AVANÇADA: isso se dá pelo próprio ciclo da gametogênese 
CÉLULAS PARA ANÁLISE CROMOSSÔMICA 
1. CULTURA DE SANGUE PERIFÉRICO: permite análises rápidas; porem tem curta duração 
2. BIÓPSIA DE PELE: analisa a produção de fibroblastos; porem é um método invasivo 
3. LINFOCITOS: analisa células imortalizadas; método caro e trabalhoso 
4. MEDULA ÓSSEA: não necessita de cultura, porem é invasivo e permite a análisa apenas de cromossomos 
pobres 
5. ANÁLISE DE CÉLULAS FETAIS 
-Amniocintese ou células das vilosidades coriônicas 
CARIÓTIPO 
-Quantidade e o aspecto dos cromossomos eucariotos 
-Analisa-se: comprimento, posição dos centrômeros, padrão d bandas e qualquer diferenã entre os cromossolhos 
1. Colheita: 5ml de sangue e separação 
2. Montagem da cultura: meio de cultura (antibióticos) e soro fetal bovino 
-Adicionar fito-hemaglutinina→ para crescer os leucócitos 
-cultivo em estufa a 37°C por 72 horas 
3. Bloqueio da divisão celular : colchicina → acumulo de metáfases 
4. Colheita da cultura: hipotonização e centrifugação: entumecimento dos linfócitos, eliminação eritrócitos e 
separação das cromátices 
5. Fixação com metanol e acido acético (3:1) 
6. Coloração e análise 
IDENTIFICAÇÃO CROMOSSÔMICA 
1. TELOCÊNTRICO: centrômero na extremidade terminal 
-Na espécie humana não existe esse tipo 
2. ACROCÊNTRICO: centrômero próximo a extremidade 
-Cromossomos 13, 14, 15, 21, 22 e Y 
 
 
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BBPM III GENÉTICA 
3. SUBMETACÊNTRICO: braços q e p são desiguais 
2, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 17, 18 e X 
4. METACÊNTRICO: braços q e p aparentemente iguais 
1, 3, 16, 19 e 20 
BANDEAMENTO G 
-Tratamento com tripsina e coloração com Giemsa 
-Bandas claras e escuras intercaladas 
-BANDAS G+ escuras: ricas em AT (pobre em genes) → heterocromatina 
-BANDAS G- claras: ricas em GC (rica em genes) → eucromatina 
BANDEAMENTO Q 
-Coloração pela quinacrine mostarde e examinado por microscopia fluorescente 
-Bandas brilhantes ou turvas com diferente intensidade de fluorescência 
-Brilhantes: ricas em AT 
-Opacas: ricas em GC 
-Importância: detecção de deleções, inversões e duplicações em humanos 
BANDEAMENTO C 
-Corar regiões de DNA com muita repetição: centrômero, heterocromatina constitutiva, telômeros e DNA satélite 
-Banda heterocromática aumentada: pode acarretar problemas no pareamento e não-disjunção dos cromossomos 
ou influenciar na expressão de alguns genes, resultando em prole anormal, abortos ou mortes neonatal 
BANDEAMENTO R 
-Cromossomos aquecidos, antes da coloração, apresentam bandas reversas 
-Alta temperatura, desnatura proteínas e do DNA de constituição AT-rica, mantendo o DNA CG-rico com 
configuração original 
-Uso para detector de deleções ou translocações 
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS (autossômicos e/ou sexuais) 
Numéricas 
1. Poliploidias 
 
• Triploidia (XXX, XYY)→ expectativa de 
vida muito baixa 
Causas: dispermia (fertilização 
simultânea de dois espermatozoides ou 
espermatozoide 2n 
-Diandria: erro paterno → dispermia a 
principal causa de triploidia 
-Diginia: erro materno 
Anomalia meiótica: não ocorre 
disjunção meiótica (erro na meiose I ou 
II) → resulta num óvulo ou 
espermatozoide diploide 
 
 
 
 
 
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BBPM III GENÉTICA 
• Tetraploidia (XXXX, XXYY) →incompatível com a vida 
 
2. Aneuploidias 
 
• Cromossomos autossômicos 
-Síndrome de Down (47 XX, +21 OU 47XY, +21) 
-Edwards (47XX +18; 47XY +18) 
Patau (47 XX +13; 47 XY +13) 
 
• Cromossomos sexuais 
-Turner (45 X) 
-Klinefelter (47 XXY) 
-Trissomia do X (47, XXX) 
-Síndrome XYY (47, XYY) 
Estruturais 
Rearranjos estruturais resultam da ruptura dos cromossomos seguida pela reconstituição em uma combinação 
anormal 
-São menos frequentes do que aneuploidias 
A. BALANCEADOS: conjunto cromossômico possui o complemento normal do material cromossômico – 
normalmente não apresentam efeito fenotípico 
• Inversão: não provoca fenótipo anormal e apresenta risco de gerar gametas anormais 
-O cromossomo sofre duas fraturas e é reconstituído invertido 
-Paracêntricas: não inclui o centrômero e as rupturas são apenas em um braço 
-Pericentrica: inclui centrômero e a ruptura em cada braço 
• Translocação: troca de segmentos de dois cromossomos, geralmente não homólogos 
Pode ser uma translocação recíproca: ruptura de cromossomos não homólogos com a troca recíproca dos 
segmentos → geralmente só 2 cromossomos envolvidos 
• Inserção 
 
B. NÃO-BALANCEADO: material cromossômico ausente ou adicional 
• Deleção 
• Duplicação 
• Marcadores e cromossomos em anel 
• Isocromossomos 
• Cromossomos discentricos

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