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4 4 Definição teórica sobre o método vivencial como treinamento de Habilidades Sociais


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4.4 Definição teórica sobre o método vivencial como treinamento de Habilidades Sociais – Empatia 
Na atual sociedade as relações interpessoais apresentam cada vez mais dificuldades, que isso dentro de alguns contextos, estão cada vez mais difíceis se tornando agravantes no cotidiano. Assim, quanto a psicologia, os profissionais passam a conviver com novos valores, e interesses que são manifestados por meio das relações vivenciadas, quanto aos profissionais muitas vezes possuem supressas, assombros em determinadas situações, visto a variante que são apresentadas por meio desses novos comportamentos. 
No método vivencial, as dificuldades de aceitação e entendimento do novo por parte do educador, podem vir a ser expressadas por meio de atitudes negativas frente a situações inesperadas no contato com os profissionais. As habilidades sociais podem ser entendidas como um mecanismo de interação entre as pessoas, vindo a situá-las no campo da comunicação. 
De acordo com Argyle (2005), as habilidades sociais são de diferentes classes, de inúmeros comportamentos sociais que englobam um repertório de um indivíduo e contribuem para uma competência social, vindo a fortalecer um relacionamento produtivo e saudável com demais pessoas, de acordo com a demanda fomentada no ambiente. 
As habilidades sociais, são um conjunto de desempenho apresentados pelo individuo perante demandas de uma situação sendo ela interpessoal e que contribua para uma competência social, essas demandas podem ser utilizadas para desempenho pessoal e variam de acordo com o estágio de desenvolvimento do indivíduo e de variáveis situacionais e culturais (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 1999). 
Segundo Knight (2000), as habilidades sociais podem ser consideradas comportamentos que vem a expressar atitudes, opiniões, desejos, direito de uma forma que se adeque a uma determinada situação, vindo a respeitar a expressão desses comportamentos nos outros (OLAZ; MEDRANO; CABANILLAS, 2011, P. 176). 
Para Wolpe, as habilidades sociais são dispostas como: 
Há três modos gerais para conduzir as relações interpessoais. O primeiro é considerar somente a si mesmo, desconsiderando os outros... O segundo é sempre colocar os outros anates de você... O terceiro é a regra de ouro... Considerar a si mesmo e também os outros (Josep Wolpe). 
Essas habilidades no contexto da psicologia, são de extrema importância, visto que para um bom relacionamento entre profissionais e seus clientes deve haver dinâmica nas interações, as habilidades sociais fazem parte de um desempenho social competente. 
Alguns estudos mostram que se ao longo do tempo, houverem condições que visem a estimulação social do indivíduo de forma favorável, essas habilidades sociais entram em um círculo virtuoso de aperfeiçoamento. No caso de que essas condições de estimulação forem desfavoráveis, as habilidades sociais entram em um processo de enfraquecimento, podendo até desaprender, tendo alta probabilidade de serem substituídas por comportamentos problemáticos (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2011, p. 44). 
Para Caballo (2008) alguns fatores que impedem a atuação hábil de indivíduo, sendo eles: 
I – Respostas hábeis não estão presentes no repertório do indivíduo; 
II – Ansiedade nas interações; 
III - Auto avaliação negativa; 
IV - pelas consequências do comportamento hábil; 
V – Falta de motivação; 
VI - dificuldade em discriminar situações em que as respostas provavelmente seria efetiva; 
VII - Falta de seguridade em seus direitos; 
VIII – O indivíduo está perante a um ambiente que apresenta restrições ao comportamento correto. 
O estudo do autor vem de acordo com os anseios da pesquisa, visto que por meio de programas estruturados de treinamento de habilidades sociais, constituem em alternativas efetivas, pois problemas de comportamentos vivenciais podem acarretar bloqueios quanto a aquisição e desempenho de determinada habilidade social. 
A metodologia vivencial, busca apontar para quais alternativas de intervenção são caracterizadas como não estanques, por meio de linguagem acessível, regidas por uma lógica pedagógica clara e por meio de resultados imediatos, sendo facilmente registrados por meio de simples observação. 
No entanto, essa metodologia vida fomentar a criatividade, ou seja, sem descaracterizar sua finalidade. De acordo com Del Prette & Del Prette (2006, p. 148), o uso de vivencias perante habilidades sociais constitui estratégias que permitem criar, de forma natural demandas que possam emitir habilidades sociais, facilitando o uso de contingências que sejam apropriadas para manutenção desse repertório. 
As vivências são pilares fundamentais para recursos de programas de formação, visto que elas permitem aprendizagem de habilidades sociais que estabeleçam ocasiões para que os participantes lidem com déficits pessoais (OLAZ; MEDRANO; CABANILLAS, 2011, p. 194). 
A metodologia de vivencia se ancora mediante a perspectiva das teorias sobre a inteligência, quando elas se enfatizam várias experiências, como por exemplo, o movimento, a memória, a imaginação, raciocínio, interação, essas inteligências intra e interpessoais, que criam um norte para base da inteligência emocional e social. 
Del Prette & Del Prette (2006, p. 149), citam que no modo vivencial “a maior ênfase recai sobre a qualidade da interação social do educador com seus educandos e dos educandos entre si”. Requer e promove desenvolvimento sócio emocional, de suas habilidades de convivência e um ambiente saudável entre eles.
De acordo com Del Prette & Del Prette (2005, p. 101), o conceito de vivencia é: 
Vivencia é uma atividade de grupo, estruturada de modo análogo (simulação; reprodução fiel de uma situação real) ou simbólico (situações que não existem fielmente na realidade; fantasias; normalmente lúdicas) a situações cotidianas, que cria oportunidades para desempenhos específicos permitindo que o facilitador avalie os comportamentos observados e utilize as contingenciais (possibilidade de acontecimentos) pertinentes para fortalecer e/ ou ampliar o repertório de habilidades sociais dos participantes. 
Com isso, por meio de adoção de procedimentos que orientem por meio dessa vertente, podem contribuir para a prevenção de problemas. Segundo Del Prette & Del Prette (2004, p. 106 – 107): 
Tanto pelo conteúdo quanto pela forma, as vivencias devem, portanto, propiciar desempenhos e experiências interpessoais significativas que articulem, simultânea ou alternadamente, demandas cognitivas, emocionais e comportamentais, criando oportunidades de observação, descrição e feedback por parte do terapeuta ou facilitador e também por demais participantes. 
Com isso, os objetivos do método de vivencia devem sempre ser colocados em prática de forma clara sendo explicitados e esclarecidos, ou seja as pessoas que não estiverem no grupo executor das vivencias, automaticamente estarão no grupo de observação. 
No método vivencial os indivíduos devem sair melhor do que entraram. Ferreira, Lopes & Del Prette (2011), tendem a explicar que por meio da aplicação do método de vivencias, o facilitador deve fornecer e mediar consequências, intervindo e dando feedbacks imediatos, quando situações pertinentes acontecerem. 
Segundo Dias (2010), alguns aspectos devem ser considerados para a aplicação do método vivencial, sendo elas: 
I - Adequação de demandas em relação ao objetivo e nível de complexibilidade; 
II - Envolvimento de participações; 	
III - Fortalecimento de comportamentos de observação e auto observação; 
IV – Oportunizar comportamentos; 
V – Oportunizar aprendizagem; 
VI – Garantir atenção; 
VII - Fomentar diferentes tipos de vivencia. 
Para o autor quantos aos facilitadores estes devem atender alguns requisitos sendo estes primordiais para o desenvolvimento e eficácia do método vivencia, como estão dispostos: 
I - Qualificação na área; 
II - Conhecimento acerca das ferramentas de aprendizagem; 
III - Participação do programa de treinamento; 
IV – Conhecer a clientela; 	
V - Possuir respeito e princípios éticos. 
Oestudo do autor vem de acordo com os anseios da pesquisa, visto que a atuação do facilitador deve ocorrer por meio de confiança, empatia, comprometimento, interações sociais, cooperação e coesão. Com isso o perfil dos treinadores possui influência direta no resultado do treinamento, pois pessoas que possuem habilidades sociais tendem a favorecer e encorajar todo o processo do método vivencial. 
A empatia envolve algumas vertentes, são três principais que a compõe: afetivo, cognitivo e reguladores de emoções. Para a psicologia e neurociências atuais a empatia pode ser dita como uma forma de inteligência emocional. Pode ser considerada ainda como um estado de entendimento empático, em se colocar no lugar do outro, como por exemplo sentir a dor ou prazer que o outro sente e por meio da perspectiva que o outro se sobrepõe diante dessas emoções. 
Diante disso, as habilidades empáticas são caracterizadas por meio da expressão afetiva pelo modo de compreender e compartilhar experiências, sejam elas positivas, negativas do interlocutor, assim colocam em foco a necessidade do outro. 
[...] Quando as pessoas precisam negociar interesses e necessidade pessoais, a empatia é um complemento importante da assertividade, gerando maior equilíbrio na relação (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2006, p. 150). 
A empatia pode ser definida como a “capacidade de compreender e sentir o que alguém sente em uma situação de demanda afetiva, comunicando-lhe adequadamente tal como compreensão e sentimento” (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2006, p. 150.
Assim, esse conceito de empatia visa atribuir três vertentes: sendo o afetivo, o cognitivo, e o comportamental, nessas vertentes há aspectos que devem ser considerados e levados em consideração como fundamentais para que a empatia seja aprimorada e que quando exercitada são fundamentais para o exercício da empatia em relação ao outro; 
I - Observar, ouvir o outro; 
II - Demonstrar interesse; 
III - Inferir, reconhecer sentimentos; 
IV - Compreender a situação; 
V - Demonstrar respeito; 
VI - Expressar compreensão; 
VII - Oferecer ajuda; 
VIII - Compartilhar. 
Os componentes cognitivos, afetivos e comportamentais, funcionam de forma interligada, ou seja integrada, e são regidos por meio da preocupação em ajudar o outro, prestar apoio, confortar, consolo a alguém que está vivenciando uma experiência ruim ou boa, é compartilhar sentimentos. Com isso, a empatia tem o efeito de validar os sentimentos daquele que está vivenciando uma experiência positiva ou negativa, ampliando as trocas e fortalecendo vínculos de amizades (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2006, p. 151). 
No componente cognitivo, é interpretar e compreender seus sentimentos e pensamentos, no afetivo é onde busca-se experimentar a emoção do outro, no comportamental é onde busca-se compreender sentimentos relacionados as dificuldades ou êxitos do outro. 
Com isso, pessoas que buscam exercer a empatia no método vivencial, são vistas como calorosas, sensíveis que buscam produzir resultados positivos em relação aos demais, por meio de respostas empáticas e por meio de técnicas elaboradas a empatia se torna um facilitador em relação ao desempenho do modo vivencial de habilidades sociais. 
Referências: 
ARGYLE, M. The development of applied social psychology. In: GILMOUR, G.; DUCK, S . (orgs.). The development of social psychology. London: Academic Press, 1980. p. 81 -106.
CABALLO, V. E. Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. São Paulo: Santos, 2008.
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL P RETTE. A Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação. Rio de Janeiro: Vozes, 1999. 
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE. A Psicologia das relações interpessoais: vivências para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes, 2004. 
DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE. A Avaliação multimodal de habilidades sociais: procedimentos, instrumentos e indicadores.In: Estudos sobre habilidades sociais e relacionamento interpessoal. Bandeira, M.; Del Prette, Z.A.P.; Del Prette, A. (Orgs). São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006.
DIAS, T. P.; OLIVEIRA, P. A; FRANÇA, M. L. P. O método vivencial no campo das habilidades sociais: construção histórico-conceitual e sua aplicação. Revista Estudos e Pesquisas em Psicologia, 11. (2). 2010. p. 472 -87
LOPES, D. C.; DEL PRETTE, Z. A. P. Programa multimídia de habilidades sociais. In: DEL PRETTE, Z. A. P.; DEL PRETTE, A. (Orgs.). Habilidades sociais: intervenções efetivas em grupo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011. p. 145-173.