Buscar

Dieto e fisio dislipidemia

Prévia do material em texto

P R O F . M O N I Q U E M A R I A L . S . D O A M A R A L
M E S T R A D O E M N U T R I Ç Ã O H U M A N A
M O N I Q U E _ N U T @ Y A H O O . C O M . B R
FISIOPATOLOGIA E DIETOTERAPIA 
DAS DISLIPIDEMIAS
TRANSPORTE
 Lipídeos → hidrofóbicos
 Como podem ser transportados em um meio 
aquoso como o plasma sanguíneo? 
LIPOPROTEÍNAS
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Aterosclerose, 2013 
TRANSPORTE: lipoproteína
 O que são?
 Cerne hidrofóbica + camada superficial hidrofílica
 Funções:
 Manter os lipídeos solúveis; 
 Fornecer um mecanismo para entregar seu conteúdo lipídico aos 
tecidos.
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007 
LIPOPROTEÍNAS
 Quilomicrons: transporte de TG exógenos
 VLDL (Very low density lipoprotein): transporte do TG endógeno
 IDL (Intermediate density lipoprotein): intermediária da VLDL
 LDL (Low density lipoprotein): transporte de colesterol para os 
tecidos
 HDL (High density lipoprotein): transporte reverso do colesterol
Observação: Quanto mais proteína →mais densa é a lipoproteína
Quanto mais lipídeos →menos densa é a lipoproteína
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Aterosclerose, 2013 
APOPROTEÍNAS
 Funções:
 Manutenção e integridade (Ex: apo B)
 Co-fatores de enzimas 
 C-II para a LPL
 A-I para LCAT 
 Inibidores de enzima
 A-II para LPL
 C-I para a CETP
 Ligantes a receptores
 B-100 para o receptor de LDL
 A-I para o receptor de HDL
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007 
LIPOPROTEÍNAS: composição
TRANSPORTE DE LIPÍDIOS
 TRANSPORTE DE LIPÍDIOS - CICLO EXÓGENO
 TRANSPORTE DE LIPÍDIOS – CICLO 
ENDÓGENO
 TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL
HDL??
 Funções:
 Retirar o excesso de colesterol celular;
 Converter o colesterol em ésteres de colesterol através da LCAT;
 Transferir os ésteres de colesterol para outras lipoproteínas;
 Transportar os ésteres de colesterol para o fígado;
 Transportar enzimas antioxidantes (paraoxonase)
 Remover lipídeos oxidados da LDL
 Estimular a liberação de óxido nítrico 
TRANSPORTE REVERSO DO 
COLESTEROL
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
DISLIPIDEMIAS
• São alterações dos níveis plasmáticos dos lipídeos
acima ou abaixo do nível normal.
HIPERLIPIDEMIA:
• Hipercolesterolemia
• Hipertrigliceridemia
• Constituem os principais fatores de risco para a 
doença arterial coronariana (DAC).
V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Aterosclerose, 2013 
 • Hipercolesterolemia isolada: aumento isolado do LDL-c (≥ 160 
mg/dL). 
 • Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos TGL (≥ 150 
mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum).
 • Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (≥ 160 mg/dL) e dos 
TG (≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). 
Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é 
inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o 
não HDL-c ≥ 190 mg/dL. 
 • HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens < 40 mg/dL e mulheres 
< 50 mg/dL) isolada ou em associação ao aumento de LDL-c ou de TG. 
CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
HIPERCOLESTEROLEMIA FAMILIAR
 Suspeitar se:
 CT ≥ 310 mg/dL (para adultos) ou CT ≥ 230 mg/dL (crianças e 
adolescentes), se excluídas dislipidemias secundárias
 Critérios diagnósticos da Hipercolesterolemia Familiar 
(baseado nos critérios da Dutch Lipid Clinic Network [Dutch 
MEDPED])
 Teste genético
Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Aterosclerose, 2013 
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
RISCO CARDIOVASCULAR??
Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira 
de Cardiologia – 2019
 Risco de apresentarem os principais eventos CV (DAC, AVC, 
doença arterial obstrutiva periférica ou IC) em 10 ANOS
Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019
DOENÇAS CARDIOVASCULARES (DCV)
 FASE 2: Escore de risco
Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019
multiplicar o CT por 1,43 
em pacientes em uso de 
estatinas.
CLASSIFICAÇÃO DAS DISLIPIDEMIAS
oETIOLOGIA:
Causas primárias: são aquelas nas quais o distúrbio
lipídico é de origem genética.
Causas secundárias: a dislipidemia é decorrente de estilo
de vida inadequado, de certas condições mórbidas, ou de
medicamentos
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
DISLIPIDEMIAS
 Quais as consequências??
https://lh4.googleusercontent.com/-cPxU8HL7uPc/TYfulOSQCII/AAAAAAAAAFY/FIyYlf8KVEk/s1600/colesterol.png
http://1.bp.blogspot.com/_JfQh9RLGz7Q/SSMYAJUrS6I/AAAAAAAAAHc/5_xYVId5hg8/s1600-h/Arteriopatia.bmp
O que é?
Processo complexo de estreitamento e espessamento das 
paredes das artérias causado pelo acúmulo de lipídeos, 
principalmente colesterol oxidado, em combinação com 
tecido conjuntivo e calcificação.
ATEROSCLEROSE
Agressão ao endotélio (HAS, dislipidemia,tabaco) → Retenção e depósito de LDL na camada 
subendotelial → Oxidação → Atração de macrófagos → Fagocitose sem controle → células 
esponjosas.
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
Injúria pelas células esponjosas (secreção de citocinas e enzima proteolíticas que degradam 
colágeno) → proliferação e migração das células musculares lisas
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
Ocorre a secreção de material fibroso que forma uma capa (cél musc lisas). Morte celular
Placa estável: → redução do calibre → infarto ou derrame. 
Placa instável: ruptura e a hemorragia → trombo → redução do calibre → infarto ou 
derrame. 
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
Redução na Oxigenação dos Tecidos 
Comprometimento do fluxo sanguineo
DIETOTERAPIA
❖Reduzir os níveis de CT, LDL- c, TGL;
❖ Aumentar os níveis de HDL-c;
❖Promover mudanças alimentares permanentes;
❖Melhorar e ou manter peso
❖Prevenir o aparecimento da DCV;
OBJETIVOS DO CUIDADO NUTRICIONAL
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007 
Antropométrica
Dietética
Bioquímica
Clínica
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Xantelasmas;
Excesso de gordura abdominal;
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.gibbeneficios.com.br/images/1/area/qualidade/institucional/19_Nutri%C3%A7%C3%A3o%2520e%2520Doen%C3%A7as%2520Cardio.jpg&imgrefurl=http://www.gibbeneficios.com.br/con-nivel1.aspx%3Fid%3D6%26id1%3D31&usg=__D6-_0_UM1EyB39z8Qn0oy2Su5SI=&h=337&w=357&sz=15&hl=pt-br&start=29&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=hCCm-BEOXR9vyM:&tbnh=114&tbnw=121&prev=/images%3Fq%3Dnutri%25C3%25A7%25C3%25A3o%2Be%2Bdoen%25C3%25A7a%2Bcardiovascular%26start%3D20%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26ndsp%3D20%26biw%3D1076%26bih%3D446%26tbs%3Disch:1&ei=cqaYTaCTH4fVgAeApZm6CA
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007 
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NAS 
HIPERCOLESTEROLEMIAS
I diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular, 2013 
Metanálise: colesterol alimentar exerce pouca influência na 
mortalidade CV, embora neste estudo tenha sido demonstrada 
linearidade entreo consumo de colesterol alimentar e o LDL-c. 
Já o aumento do consumo de ovos, em um contexto de dieta com 
baixo teor de gordura, manteve a relação LDL-c/HDL-c, tanto 
entre indivíduos que absorvem mais colesterol da dieta quanto 
nos hiporresponsivos.
Em razão destes estudos mais recentes da literatura, as atuais 
diretrizes internacionais sobre prevenção cardiovascular 
mostram que não há evidências suficientes para estabelecimento 
de um valor de corte para o consumo de colesterol. 
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
FATORES DIETÉTICOS ADVERSOS NAS
DISLIPIDEMIAS
PREJUDICIAIS
 AGS (SFA)
 AGT (TFA)
 Colesterol 
 Café
 Álcool
 Açúcar simples
BENÉFICOS
 Fitoesterois
 Fibras solúveis
 Soja
 AGI
 Antioxidantes
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NAS 
DISLIPIDEMIAS
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Aterosclerose, 2013 
RECOMENDAÇÕES DIETÉTICAS NAS 
DISLIPIDEMIAS
V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Aterosclerose, 2013 
GORDURA SATURADA
ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
 Últimas décadas → Redução de saturado 
→ devido aumento do LDL e RCV
 Foram substituídos por CHO (simples) 
→ Aumento do RCV e DM
 Depois dos AG trans são o que mais 
aumentam LDL-c
 Também aumentam HDL-c e não 
alteram a relação CT/HDL, se 
comparados ao consumo de CHO. 
+ 1,3 a 1,7 
mg/dL no 
LDL-c
+ 0,4 a 0,5 
mg/dL de 
HDL-c
1% do 
VCT de 
SFA 
Arq Bras Cardiol. 2013;100(1Supl.3):1-40
AGS x AGT
AGS - Mecanismos de aumento do colesterol
 Redução dos receptores de LDL hepáticos; 
 Maior atividade da ACAT → esterificação do 
colesterol das lipoproteínas contendo apo B;
 Aumento na quantidade de COL esterificado 
nas LDL, devido à conformação química 
retilínea dos AGS
I Diretriz sobre o consumo de óleos e gorduras e saúde CV
GORDURA SATURADA X RCV???????
Motivo dos resultados ainda divergentes:
 Em ECR → o grupo com dieta < em AGS → orientado a 
substituí-la por alimentos mais altos em CHO ou AGI, 
para manter a mesma ingestão total de energia. 
Dietary Fats and Cardiovascular Disease: A Presidential Advisory From the American Heart Association, 2017
Dietary Fats and Cardiovascular Disease: A Presidential Advisory From the American Heart Association, 2017
ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
 Seus efeitos variam a 
depender:
 Do nutriente de substituição 
CHO, MUFA ou PUFA?
 Do comprimento da cadeia 
12-, 14-, 16-, 18-carbonos? 
Dietary Fats and Cardiovascular Disease: A Presidential Advisory From the American Heart Association, 2017
ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS
ACIMA DO RECOMENDADO:
• Aumenta LDL e HDL, pressão
arterial, inflamação, eventos CV
• Desenvolvimento e progressão
de DM e obesidade
SUBSTITUIÇÃO:
• CHO SIMPLES: piora perfil
lipídico
• MUFA e PUFA: melhora perfil
lipídico
Arq Bras Cardiol. 2013;100(1Supl.3):1-40
CUIDADO COM SUBSTITUIÇÕES!!!
Arq Bras Cardiol. 2013;100(1Supl.3):1-40
PURE??
 Observado diminuição da mortalidade total quando comparado o
consumo maior de gordura (incluindo seus componentes, gordura
saturada e insaturada).
“Observaram que ao substituir 5% de calorias de CHO pelos
mesmos 5% de calorias de AGPI a mortalidade caía em 11%.
O mesmo não foi observado ao se fazer esta substituição por
AGS, AGMI ou por PTN.”
“Primeiro, nota-se uma redução de mortalidade geral com o
consumo de gordura saturada até chegar a um nível de cerca
de 6-8%. Após isto, atinge-se praticamente um platô. De fato,
a redução do RCV no grupo que consumia cerca de 9,5% de
calorias deste nutriente foi de 15% e a do grupo com maior
consumo (13,2%) foi de 14%. Ou seja, pelos próprios dados
do estudo, não há porque indicarmos um consumo amplo de
gordura saturada.“
por Eduardo Lapa
https://cardiopapers.com.br/author/eduardo-lapa/
GORDURA TRANS
Derivam da hidrogenação de óleos poliinsaturados
 Elevam o LDL-c, reduzem o HDL-c (efeito adicional);
 Fontes: óleos e gorduras hidrogenadas, margarinas duras, chocolates,
pães recheados, maionese, massas folhadas, pipoca de microondas,
salgados de pacote;
 Não há consenso em relação à quantidade máxima permitida na dieta 
(menor que 1% das calorias totais da dieta)
GORDURA TRANS
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://1.bp.blogspot.com/_7fqUbQaV4Jg/SlaBlagTj7I/AAAAAAAAAnM/4ogZkYcwpyo/s400/Gordura%2BTrans.bmp&imgrefurl=http://giselesevero.blogspot.com/2009/07/vila.html&usg=__HmgmDqeBj0y6l5ODFCcI0xyTCPU=&h=300&w=319&sz=24&hl=pt-br&start=1&zoom=1&itbs=1&tbnid=ctPeUE6cdjqVJM:&tbnh=111&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dgorduras%2Btrans%26hl%3Dpt-br%26biw%3D1090%26bih%3D446%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=AiWaTe6gD83TgQez_7y_CA
AGT - Mecanismos de aumento do colesterol
 OS MESMOS DO AGS
 REDUÇÃO DO HDL:
 Aumento da atividade da CETP (transfere COL das HDL 
para VLDL e LDL→ HDL rica em TGL). 
 Aumentam o catabolismo das Apo A1
 Diminuição do catabolismo da Apo B-100.
 Em animais → induz a produção de HDL com + TGL →
melhor substrato para a lipase hepática.
GORDURA INSATURADA
MONOINSATURADOS
SUBSTITUIR SATURADO POR 
MUFA:
• Otimiza redução de LDL
• Melhora SI e reduz risco de DM
• Melhora controle da PA
• 15% do VET → reduz RCV
Ômega – 3 (marinha → EPA e DHA)
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
Ômega – 3 (marinha → EPA e DHA)
Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019
Ômega – 3 (vegetal → ALA)
Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia – 2019
Notas sobre suplementos de Ômega-3 
 Em nosso meio, a quantidade de EPA e DHA por cápsula de óleo de 
peixe é variável, a cápsula também é composta por outros AGPI, AGMI 
e AGS, além de gelatina e glicerina com veículos. 
 Preparação mais purificada, com 85% de EPA-DHA, é comercializada 
no exterior. 
 É altamente recomendado que a suplementação seja prescrita e 
acompanhada por um profissional médico e/ou nutricionista 
especialista na área. 
 Cavala (1,8 - 5,1)
 Arenque (1,2 - 3,1)
 Sardinha (1,7)
 Salmão (1,0 - 1,4)
 Atum (0,5 - 1,6)
 Truta (0,5 - 1,6)
 Camarão (0,2 - 0,5)
 Lagosta (0,3 - 0,4)
 Bacalhau (0,2 - 0,3)
 Linguado (0,2)
Concentração em g de ácido Linolênico /100g pescado
Reduzem a secreção hepática de VLDL = ↓ TG plasmático
ÁCIDOS GRAXOS ω3 
IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2007 
Dietary Fats and Cardiovascular Disease: A Presidential Advisory From the American Heart Association, 2017
Encontrados apenas nos vegetais e desempenham funções estruturais 
semelhantes ao colesterol em tecidos animais.
• Competem com a absorção do colesterol; 
• Dieta ocidental: 100 a 300mg/dia; Vegetarianos: 600mg/dia
• Reduzem as taxas de CT, LDL-c e de TGL;
• Ingestão em torno de 2g/dia = ↓ CT em 8,2% e LDL-c em 10%.
•Pode haver redução de TGL em 6 a 10%
FITOSTERÓIS
Margarinas – 20g/dia para obter 1,6g de fitoesterol
Silva SMCS, Mura JDP. 2012.
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://veja.abril.com.br/saladeaula/140207/imagens/becel.jpg&imgrefurl=http://veja.abril.com.br/saladeaula/140207/p_06.html&usg=__1TFwI79YAnqTJHFgcA6LBMtJ57Y=&h=227&w=320&sz=29&hl=pt-br&start=4&zoom=1&itbs=1&tbnid=7lqmkjHO1u2u6M:&tbnh=84&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dfitosterois%2Bmargarina%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26biw%3D1090%26bih%3D446%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=RiiaTe3rE8LZgAeq7_WQCg
• Alimentos (creme vegetal, leite) ou cápsulas → eficácia semelhante;
• Preferencialmente nas refeições, fracionados ou não
• Efeitos observados a partir de 3 a 4 semanas. 
• Para efeito hipolipemiante:
• Cremes vegetais acrescidos de fitosteróis→ 2 colheres de sopa
• Cápsulas contendo entre 650 a 900 mg por cápsula→ 2 a 3por dia, 
FITOSTERÓIS
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://veja.abril.com.br/saladeaula/140207/imagens/becel.jpg&imgrefurl=http://veja.abril.com.br/saladeaula/140207/p_06.html&usg=__1TFwI79YAnqTJHFgcA6LBMtJ57Y=&h=227&w=320&sz=29&hl=pt-br&start=4&zoom=1&itbs=1&tbnid=7lqmkjHO1u2u6M:&tbnh=84&tbnw=118&prev=/images%3Fq%3Dfitosterois%2Bmargarina%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26biw%3D1090%26bih%3D446%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=RiiaTe3rE8LZgAeq7_WQCg
R$ 9,00 (4) Iogurte (75g) – 1,1g
R$ 23,00 Leite (400ml) – 1,2g
R$ 80,00
2 cápsulas - 1,3g
R$ 35,00 – 45,00
2 cápsulas – ??
R$ 90,00 – 110,00
1 cápsula – 1,6g
SOLÚVEIS 
 Pectina (frutas) e gomas (aveia, cevada e leguminosas); 
 Reduzem a absorção do colesterol, “arrastam” os sais biliares e produzem os AGCC; 
 Psilium e farelo de aveia (3g/ dia de beta-glucana).
INSOLÚVEIS
 Celulose (trigo), hemicelulose (grãos) e lignina (hortaliças); 
 Aumentam a saciedade, auxiliando na redução da ingestão calórica;
 Recomendação: 20 a 30 g/dia (NCEP);
 5 a 10g de solúveis → redução do colesterol.
FIBRAS
Silva SMCS, Mura JDP. 2012.
Auxiliar no tratamento da hipercolesterolemia;
15 a 30g de ptn de soja
 Redução 5% no LDL-c e 11% no TGL
 Aumento 3% no HDL-c
SOJA
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sateremawe.com.br/Protugues/derivados_20soja_20menor%255B2%255D.jpg&imgrefurl=http://www.sateremawe.com.br/Protugues/Soja.htm&usg=__NXl27hE1iLICl4s-R0_5LeFnizg=&h=346&w=472&sz=39&hl=pt-br&start=6&zoom=1&itbs=1&tbnid=vOCIhdfxjbJvJM:&tbnh=95&tbnw=129&prev=/images%3Fq%3Dsoja%26hl%3Dpt-br%26biw%3D1090%26bih%3D446%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=ACiaTfTJKcLDgQeI9p26CA
 Cafestol e Kaweol – Substâncias presentes no grão; 
 Capacidade de elevar o colesterol total e LDL-c;
 São removidos do grão após adição de água quente;
 Filtro de papel ou pano?
 Café árabe ou expresso – maior quantidade
CAFÉ
 5 xíc/dia (150ml - 10mg de cafestol) durante 4 sem elevam o CT em 5,01mg/dL
e TGL em 7,08mg/dL
 6 xíc/dia durante 8 sem → aumento do CT em 11,8mg/dL, LDL-c em 6,5mg/dL
e TGL em 5,9mg/dL
Cuppari, 2012.
 Funções:
Reduzem a agregação plaquetária
 Inibem a oxidação da LDL
FLAVONÓIDES
Aterogenicidade
Risco de DAC
Cuppari, 2012.
Redução modesta do CT e LDL-c:
 Lactobacillus acidophilus
 Mistura de L. acidophilus e Bifidobacterium lactis, e 
Lactobacillus plantarum. 
Não houve diferenças significativas para HDL-c e TG
PROBIÓTICO
Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. Arq Bras Cardiol 2017; 109(2Supl.1):1-76 
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.sateremawe.com.br/Protugues/derivados_20soja_20menor%255B2%255D.jpg&imgrefurl=http://www.sateremawe.com.br/Protugues/Soja.htm&usg=__NXl27hE1iLICl4s-R0_5LeFnizg=&h=346&w=472&sz=39&hl=pt-br&start=6&zoom=1&itbs=1&tbnid=vOCIhdfxjbJvJM:&tbnh=95&tbnw=129&prev=/images%3Fq%3Dsoja%26hl%3Dpt-br%26biw%3D1090%26bih%3D446%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=ACiaTfTJKcLDgQeI9p26CA
OVO
 Nutrientes: folato, riboflavina, selênio, colina e vitaminas A, D, E, K e 
B12, Fe, P, Ca, Mg, Na, K, Cl, I, Ma, Zn), proteína de alta qualidade e 
lipídeo; 
 Um simples ovo contém de 50 a 250 mg de colesterol, dependendo do 
tamanho; 
 Pesquisas indicam que a ingestão de um ovo ao dia pode ser aceitável, 
se outros alimentos ricos em colesterol forem limitados na dieta; 
 Deve-se ter cuidado na forma de preparo.
(I diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular, 2013) 
Coco e Óleo de coco
 Gordura saturada (82%) → Ácido láurico (aprox. metade)
 Demais AG: mirítico, palmítico, esteárico e de cadeia curta. 
Poder em elevar LDL-C, bem como o HDL. 
(I diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular, 2013) 
 óleo de coco como um "alimento saudável“:
 72% do público americano em comparação com 
 37% dos nutricionistas.
 Esta distância entre a opinião leiga e pericial pode ser 
atribuída à comercialização de óleo de coco na imprensa 
popular. 
Como o óleo de coco aumenta o colesterol LDL, causa de 
DCV e não tem efeitos favoráveis compensatórios 
conhecidos, nos posicionamos contra o uso de óleo de 
coco.
Dietary Fats and Cardiovascular Disease: A Presidential Advisory From the American Heart Association, 2017
Coco e Óleo de coco
AG interesterificado
Não há evidências científicas que permitam concluir o efeito do rearranjo 
de AG na gordura interesterificada sobre parâmetros metabólicos e de 
desenvolvimento da aterosclerose e desfecho cardiovascular. 
Cuidado!! Troca de AGI por AGS no TGL
(I diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular, 2013) 
HIPERTRIGLICERIDEMIA
Pacientes com níveis muito elevados de triglicérides e que
apresentem quilomicronemia, devem reduzir a ingestão de
gordura total da dieta. Recomenda-se a ingestão de no
máximo 15% das calorias diárias na forma de gordura
(NCEP ATPIII), além da restrição total do consumo de
álcool.
ATIVIDADE FÍSICA
 Reduz TGL, aumenta HDL-C, porém pouca alteração sobre 
o LDL-C
 Na DCV: provoca angiogênese, aumenta a circunferência 
luminal
 Qual? Como?
 Duração de 60 minutos 
 Intensidade: avaliar
 Frequência 3 a 5 x/semana
 Aquecimento e alongamento (5 minutos), 
 Aeróbio (30 a 40 minutos)
 Resistência muscular localizada (15 a 20 minutos)
 Alongamento e relaxamento (5 minutos). Dietary Fats and Cardiovascular Disease: A Presidential Advisory From the American Heart Association, 2017
TERAPIA FARMACOLÓGICA
 Indicação:
 Sempre que não houver efeito satisfatório das MEV ou 
impossibilidade de aguardar seus efeitos. 
 A escolha está condicionada ao tipo de dislipidemia:
 Colesterolemia:
 Estatinas (redução da HMG-CoA redutase)
 Ezitimiba (inibidor da absorção de colesterol)
 Resinas de troca (reduz a absorção intestinal de sais biliares)
 Trigliceridemia:
 Fibratos (aumento da produção e ação da LPL)

Continue navegando