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A V A L I A Ç Ã O E S T A T Í S T I C A D A S M E D I Ç Õ E S P A R T E I P R O F ª S U É L L E N S I L V A E P R O F ª T H A Í S C O R R E A Análise Química Instrumental e Metrologia Química Erros de Medição As medidas invariavelmente envolvem erros e incertezas. Apenas alguns deles ocorrem devido a equívocos cometidos pelo analista. Mais comumente, os erros são causados por padronizações ou calibrações malfeitas ou variações aleatórias e incertezas nos resultados. Toda medida é influenciada por muitas incertezas, que se combine para produzir uma dispersão dos resultados, Uma vez que as incertezas nas medidas nunca podem ser completamente eliminadas, os dados de medidas podem nos fornecer apenas uma estimativa do valor “verdadeiro”. A média e a Mediana A medida mais amplamente usada como valor central é a média, representada por 𝒙 . A média, também chamada média aritmética, é obtida pela divisão da soma das réplicas de medidas pelo número de medidas do conjunto: 𝑥 = 𝑥 𝑁𝑖=1 𝑁 A mediana é o valor central em um conjunto de dados que tenham sido organizados em ordem de magnitude. A média e a Mediana Exemplo: Foram preparadas 8 soluções a partir de uma concentração conhecida (2,0 mol/L) de cobre, os resultados foram 1,93; 1,94; 1,95; 1,95; 1,96; 1,98; 1,98; 1,99 𝑥 = 1,93 + 1,94 + 1,95 + 1,95 + 1,96 + 1,98 + 1,98 + 1,99 8 𝑥 = 1,96 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝐶𝑢 Mediana = 1,95+1,96 2 = 1,955 ≃ 1,95 𝑚𝑜𝑙 𝐿 𝑑𝑒 𝐶𝑢 Precisão A precisão é a proximidade dos resultados em relação aos demais, obtidos exatamente da mesma forma. Três termos podem ser empregados para descrever a precisão de um conjunto de dados de réplicas: Desvio padrão, variância e o coeficiente de variação. Fonte: Toledo (2020) Desvio Padrão Os desvios obtidos para uma medida são expressos como Desvio médio ou estimativa do desvio –padrão (S) 𝒔 = (𝒙𝒊 − 𝒙 )² 𝑵 𝒊=𝟏 𝑵 − 𝟏 Obs: N-1 = número de graus de liberdade S² é chamado de Variância SR é a estimativa do desvio padrão relativo 𝑺𝑹 = 𝑆𝑥100 𝑥 Desvio PAdrão Exemplo: Utilizando os dados do exemplo anterior temos: 𝑺 = 𝟏,𝟗𝟑− 𝟏,𝟗𝟔 𝟐+ 𝟏,𝟗𝟒−𝟏,𝟗𝟔 𝟐+ 𝟏,𝟗𝟓−𝟏,𝟗𝟔 ²+ 𝟏,𝟗𝟓−𝟏,𝟗𝟔 𝟐+𝟏,𝟗𝟔−𝟏,𝟗𝟔)²+ (𝟏,𝟗𝟖−𝟏,𝟗𝟔)²+(𝟏,𝟗𝟖−𝟏,𝟗𝟔)²+(𝟏,𝟗𝟗−𝟏,𝟗𝟔)² 𝟖−𝟏 𝑺 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏𝟑 𝑺𝑹 = 0,0213𝑥100 1,96 = 1,08 Exatidão A exatidão indica a proximidade da medida do valor verdadeiro, ou aceito, e é expressa pelo erro. Observe que a exatidão mede a concordância entre um resultado e o valor aceito. A precisão, por outro lado, descreve a concordância entre os vários resultados obtidos da mesma forma. Podemos determinar a precisão medindo as réplicas da amostra. A exatidão é com frequência mais difícil de ser determinada porque o valor verdadeiro é geralmente desconhecido. Então, um valor aceito precisa ser utilizado em seu lugar. A exatidão é expressa em termos do erro absoluto ou erro relativo (Skoog). Erro absoluto Erro absoluto E, na medida de uma quantidade x, é dado pela equação 𝑬 = 𝒙𝒊 − 𝒙𝒗 Em que xv é o valor verdadeiro ou aceito. Tomando o exemplo da presença de cobre, teríamos como valor verdadeiro 2,0 mol/L, o erro absoluto em relação a média é de 0,04. 𝑬 = 𝟏, 𝟗𝟔 − 𝟐, 𝟎 = −𝟎, 𝟎𝟒 Obs: o sinal negativo indica que o valor experimental é menor que o valor verdadeiro, quando o sinal é positivo indica que é maior do que o valor verdadeiro. Erro Relativo ER, de uma medida é o erro absoluto divido pelo valor verdadeiro. Erros relativos podem ser expressos em termos porcentuais, parte por mil ou por milhão, dependendo da magnitude do resultado. 𝐸𝑅 = 𝑥𝑖−𝑥𝑣 𝑥𝑣 𝑥 100 𝐸𝑅 = 1,96𝑖−2,0 2,0 𝑥 100 = 2,0% Observe as representações gráficas Tipos de Erros em Dados Experimentais A precisão de uma medida é prontamente determinada pela comparação dos dados de réplicas cuidadosas de experimentos. Infelizmente, uma estimativa da exatidão não é tão fácil de ser obtida. Para determinar a exatidão, temos de conhecer o valor verdadeiro, que geralmente é o que ser busca em uma análise. Erros sistemáticos: têm um valor definido e uma causa identificável e são da mesma ordem de grandeza para réplicas de medidas realizadas de maneira semelhante. Erros Instrumentais Erros de métodos – comportamento químico ou físico não ideal de reagentes. Erros pessoais. Efeitos dos erros sistemáticos em resultados analíticos Podem ser constantes como proporcionais. Nos erros constantes, o erro absoluto permanece constante em relação ao tamanho da amostra, mas o erro relativo varia com o aumento ou diminuição do tamanho da amostra. Os erros proporcionais aumentam ou diminuem de acordo com o tamanho da amostra tomada peara a análise. Efeitos dos erros sistemáticos em resultados analíticos Exemplo: Erro Constante Suponha que 0,50 mg de um precipitado seja perdido como resultado de ele ter sido lavado com 200 mL do líquido de lavagem. Se o precipitado pesa 500 mg, o erro relativo devido à perda pela solubilidade é de - (0,50/500) x 100% = 0,1%. A perda da mesma quantidade de um precipitado pesando 50 mg resulta em um erro relativo de - 1,0%. Próximas aulas: vocês irão aprender como trabalhar com esses dados utilizando excel OBRIGADA! Referências Disponível em> http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/docs%5CP2_PoliticaRastrea bilidade_Renata.pdf< acesso em 05/03/2019 SKOOG, WEST, HOLLER, CROUCH, Fundamentos de Química Analítica, Tradução da 8ª Edição norte-americana, Editora Thomson, São Paulo-SP, 2006.
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