Buscar

RESUMO SOBRE ULTRASSONOGRAFIA COMPLETO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ULTRASSONOGRAFIA 
• Técnica não-invasiva 
• Sem radiação ionizante 
• Sem contenção química* 
• Equipamento de fácil manipulação 
 
Se denominam ultrassons aquelas ondas de frequência 
superior a audível pelo ouvido humano, ou seja, 20.000 
Hz e a propagação depende da existência de matéria. 
As ondas refletidas pelos órgãos são chamadas Ecos. 
Os ECOS são analisados por um computador e 
transformados em imagem, em uma escala de cinza. 
Existem algumas propriedades como a frequência do 
som ( número de ondas por segundo, geralmente 
utiliza-se freq. De 1 a 10 MHz) e a impedância acústica 
( capacidade que os tecidos vivos possuem de resistir 
ou impedir a transmissão do som. A intensidade dos 
ecos é determinada pela diferença de impedância dos 
tecidos; produto da velocidade das ondas pela 
densidade do meio; qualidade do tecido em transmitir 
as ondas e se formar a imagem). 
ECOGENICIDADE: relacionada a intensidade do cinza 
na imagem avaliada. Se está escura a imagem 
chamamos de anecóica ou anecogênica (área preta 
devido a ausência de ecos e representa líquidos 
homogêneos como urina e bile). Se está cinza, 
chamamos de ecoico ou ecogênico e podemos fazer 
comparações entre tecidos e dentro do mesmo 
parênquima, ou seja, hipoecogênico ou 
hiperecogênico, dependendo da diminuição ou 
aumento da tonalidade de cinza, respectivamente. 
• HIPOECOGÊNICO OU HIPOECOICO: cinza 
obscuro, produzido por ecos de baixa 
intensidade. Representa tecidos que 
produzem reflexão média como linfonodos, 
abscessos e sangue. Os órgãos 
parenquimatosos produzem reflexão maior, 
sendo um cinza mais claro. 
• HIPERECOGÊNICO OU HIPERECOICO: imagem 
branca, produzida por grande reflexão de ecos 
como ossos, tecido conjuntivo denso e gás. 
 
Existem 3 tipos de diagnósticos ultrassonográficos em 
caninos, são eles: 
MODO-A ou ultrassom de amplitude profunda 
identifica a presença de fluido por meio de oscilação 
de traçados. Esse exame não pode definir a origem do 
fluido e não permite a avaliação da viabilidade dos 
órgãos ou tecidos. 
MODO DOPPLER fornece um sinal audível. 
MODO-B ou ultrassom em tempo real convencional 
permite a avaliação do status fisiológico do organismo 
animal. 
 
TÉCNICAS DE VARREDURA DA 
CAVIDADE ABDOMINAL 
Deve ser realizada após tricotomia ampla do abdômen 
e após isso, aplica-se uma grande quantidade de 
substância em gel sobre a pele. Para melhor 
visibilização, promovendo a diminuição de artefatos, o 
animal deve estar em jejum alimentar de no mínimo 
4h. 
IMAGEM E POSIÇÃO DO PACIENTE 
O animal deve ser colocado em decúbito dorsal do lado 
direito do especialista, com seu corpo paralelo ao 
aparelho e a região caudal próxima do braço direito do 
examinador. 
 
Assim, pode-se observar os seguintes órgãos: 
 
 
Posicionamento látero-lateral da cavidade abdominal: 
 
Assim, pode-se observar os seguintes órgãos: 
 
 
As imagens visualizadas cranialmente no paciente 
aparecem à esquerda no monitor ultrassonográfico. As 
imagens caudais ocupam o lado direito. As ventrais ou 
plano superior ou as dorsais ocupam a porção inferior 
do monitor. O lado esquerdo do monitor corresponde 
ao lado direito do animal e assim vice-versa. O ventre 
corresponde à porção superior da tela e o dorso à 
inferior. Os planos oblíquos seguem o mesmo 
direcionamento do longitudinal. 
PROTOCOLO DE VARREDURA: devem ser realizados 
cortes transversais e longitudinais em toda a sua 
extensão, movimentando-se o transdutor 
angularmente, acompanhando o trajeto de estruturas 
vasculares e acidentes anatômicos. 
A avaliação da bexiga é o primeiro passo a ser 
realizado. Localiza-se essa estrutura na linha média 
abdominal, região ventrocaudal, próximo à região 
pélvica, visibilizando uma estrutura com características 
anecóicas (bolsa com líquido). 
A próstata está localizada caudalmente a região da 
bexiga. 
O útero quando gestacional ou com alguma patologia 
visualizado cranialmente a silhueta vesical. 
Para a abordagem hepática, o transdutor deve ser 
colocado imediatamente caudal ao apêndice xifoide, 
na linha média, com pequena pressão sobre o 
abdômen e angulação cranial de aproximadamente 45° 
para obtenção de cortes transversais altos da imagem. 
Na região epigástrica esquerda podemos visualizar a 
cavidade gástrica. Quando o estômago encontra-se 
repleto é comum a presença de artefatos na imagem. 
Mas com esvaziamento gástrico, visualiza-se uma 
imagem semelhante a uma flor do tipo margarida 
aberta. 
Acompanhando-se a cavidade gástrica até a região 
pilórica, seguindo com o transdutor em direção ao 
duodeno, observamos o pâncreas. A identificação da 
imagem pancreática é dificultada se houver presença 
de gás ou conteúdo alimentar na cavidade gástrica. 
Para avaliação do baço utiliza-se como referência a 
cicatriz umbilical e o rebordo costal esquerdo, 
colocando o transdutor na área compreendida entre 
esses pontos anatômicos externos. Podemos utilizar 
ainda a imagem renal esquerda. 
A imagem renal direita pode ser obtida colocando o 
transdutor caudalmente ao último arco costal, lateral à 
direita e com angulação dorsocranial, mantendo certa 
pressão sobre o local. Para a imagem do rim esquerdo, 
coloca-se o transdutor lateralmente a esquerda, tendo 
uma angulação dorsolateral esquerda. 
Para avaliação adrenal esquerda, obtemos primeiro a 
imagem do rim esquerdo e deslizamos lentamente o 
transdutor em direção cranial, obtendo somente a 
imagem da sua margem cranial. A imagem da adrenal 
direita segue os mesmos direcionamentos descritos na 
esquerda. 
O ovário direito e esquerdo são visibilizados logo 
caudalmente a imagem renal. Deslocando de forma 
angular o transdutor para o polo caudal de cada rim. 
A maioria dos linfonodos são visibilizados quando 
apresentam alguma alteração (linfadenomegalia). 
 
ARTEFATOS: resultantes da exibição de ecos que 
retornam erroneamente ao transdutor ou da ausência 
deles. A maioria pode ser entendida pela apreciação da 
forma da fonte sonora, da interação do som com os 
tecidos e disseminação espacial dos ecos refletidos. 
Suas origens podem ser: fontes eletromagnéticas, 
fatores operacionais associados ao preparo do 
paciente, técnica de varredura e frequência do 
transdutor ou interação existente entre o paciente e o 
feixe sonoro. 
Os fatores operacionais são relacionados com a 
presença de ar entre a superfície da pele e o transdutor 
ou sujidades da pele, os quais refletem o som, 
dificultando a obtenção da imagem. O uso da 
tricotomia no local a ser examinado, a limpeza da pele 
com éter, e o uso de gel para contato acústico são 
condições necessárias para se obter uma imagem 
adequada. 
Os artefatos de técnica variam de acordo com o tipo de 
transdutor utilizado. A manipulação do técnico no 
aparelho interfere na qualidade da imagem e 
interpretação. 
Alguns artefatos produzidos sob condições técnicas 
específicas podem ser úteis para o diagnóstico. 
Tipos de artefatos: 
Artefatos de resolução espacial: 
Resolução axial: facilita na distinção de duas estruturas 
próximas ao longo do eixo central do feixe sonoro. 
Depende da frequência do transdutor, quanto maior a 
frequência maior a resolução axial. 
Resolução lateral: relacionada à habilidade de 
distinguir dois pontos próximos e lado a lado no 
mesmo plano de profundidade. Também relacionada 
com a frequência do transdutor. 
Artefatos de propagação: 
Reverberação: acontecem quando 2 ou + refletores são 
encontrados no caminho do som ou quando o feixe 
sonoro de alta intensidade retorna ao transdutor e é 
novamente refletido para os tecidos. As múltiplas 
reflexões que ocorrem entre o transdutor e uma 
interface, até a atenuação completa do feixe sonoro 
são reverberações. Quando o eco retorna novamente 
ao transdutor ele receberá um sinal espacial duas vezes 
mais profundo que o refletor original. Esse ciclo do som 
pode ser feitovárias vezes. Pode ocorrer entre a 
superfície do transdutor e a pele do animal na ausência 
de gel resultando em linhas ecogênicas constantes 
exibidas no topo da imagem, tende a ocorrer em 
interfaces, tecido mole com gás e fluido. 
A cauda de cometa é uma reverberação produzida por 
corpos estranhos, tornando fácil localizar e identificar 
objetos de pequenas dimensões graças à velocidade do 
som. Observada atrás de substâncias que tem uma alta 
impedância acústica, como metal. Esse tipo de artefato 
é reconhecido por uma série de ecos estreitamente 
espaçados, discretos, brilhantes e pequenos. Também 
encontrado no trato gastrintestinal, no limite do 
diafragma ou produzido pela agulha de biopsia. 
 
 
Refração 
Ocorre quando parte de um feixe sonoro muda de 
direção ao passar através de uma interface altamente 
ecogênica. Sombras refratárias ocorrem quando a 
onda está em um ângulo oblíquo de incidência entre 
dois pontos. O caminho mais longo percorrido pelo eco 
parece estar mais profundo do que ele realmente se 
encontra. 
 
 
Imagem em espelho 
Ocorre quando o ultrassom é feito de uma interface 
curva altamente refletiva como a entre o diafragma e o 
pulmão. O som é refletido do diafragma para o outro 
refletor, deste volta ao diafragma para então retornar 
ao transdutor. Isso resulta do incorreto 
posicionamento da estrutura de interesse, que é 
posicionada do lado torácico do diafragma. 
 
 
Lobo lateral 
Várias ondas sonoras de baixa intensidade geralmente 
são localizadas periféricas ao eixo principal da onda 
sonora. Elas são de intensidade mais baia que o foco 
principal, mas criam artefatos quando interagem com 
superfícies acústicas altamente refletivas. Pode causar 
ecos especulares ou difusos na imagem. Ocorrem 
adjacentes às superfícies curvas altamente refletivas 
como diafragma, bexiga e vesícula biliar, enquanto 
ecos difusos tendem a ocorrer adjacentes ao gás 
intestinal. O mesmo fenômeno pode causar o 
aparecimento de múltiplos artefatos da agulha durante 
biopsia guiada. 
 
 
Artefatos de atenuação 
Sombreamento acústico: resultante da interação do 
feixe do som com um limite acústico altamente 
refletido como osso, cálculo ou gás. Esses objetos 
causam uma grande reflexão que atenua o feixe sonoro 
e bloqueia a sua passagem para uma camada mais 
profunda de tecido. Esse fenômeno tem aplicação 
diagnóstica, pois o reconhecimento da sombra ajuda 
na localização de calcificações e gás. 
 
 
Reforço acústico: evidenciado como um aumento na 
ecogenicidade posterior a estruturas preenchidas com 
fluidos anecoicos como cistos e vesícula biliar e 
urinária. Portanto, essas regiões apresentaram um 
brilho mais forte que as regiões circunjacentes. 
Utilizado para auxiliar na identificação de presença de 
fluido no interior de uma estrutura. 
 
 
Sombreamento lateral: ocorre na margem de uma 
superfície curva, uma vez que parte do feixe sonoro 
que é refratado ou refletido nesse local não retorna ao 
transdutor, diminuindo a intensidade de retorno do 
feixe sonoro. Essa sombra é observada distal as 
margens laterais de estruturas císticas, vesícula biliar e 
urinária e no polo renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADRENAIS 
Introdução e técnica de varredura 
Para visibilização normal é necessária a utilização de 
transdutores de alta resolução, ou seja, de alta 
frequência. As frequências utilizadas são de 5 a 10MHz 
dependendo do porte do animal. A adrenal direita é 
encontrada entre a veia cava caudal e a margem cranial 
do rim direito. A adrenal esquerda é visibilizada entre 
a aorta e o rim esquerdo. Deve-se lembrar que esses 
órgãos estão localizados anatomicamente em região 
cranial aos rins. A adrenal esquerda é mais facilmente 
detectada devido ao deslocamento cranial da adrenal 
direita (impressão renal do fígado). 
Anatomia ultrassonográfica 
As adrenais normais são achatadas, bilobadas e 
localizam-se cranialmente aos rins. Ao exame 
encontra-se dificuldade em visibilizar estas estruturas 
por serem hipoecogênicas. Elas são divididas em região 
medular central hiperecogênica e cortical 
hipoecogênica. 
Alterações nas adrenais 
Hiperadrenocorticismo: o primário, ou seja, devido à 
presença de patologia na adrenal, está geralmente 
associado aos adenomas ou adenocarcinomas. De um 
modo geral são unilaterais (aumento da adrenal e 
perda do padrão ecogênico do órgão), havendo atrofia 
da adrenal contralateral. 
Feocromocitoma: É o tumor de células cromofilicas da 
medular. Apresentam-se como massas arredondadas 
com ligeira heterogeinicidade do parênquima. 
Incidentalomas adrenais: são massas encontradas de 
forma acidental nas adrenais. Essas massas de 
egogenicidade heterogênea podem estar associadas 
ao hiperadrenocorticismo silencioso, à fase inicial 
assintomática do feocromocitoma ou alguma 
deposição de tecido metastático. 
 
 
OVÁRIOS 
Os ovários de cadelas e gatas costumam ser estruturas 
difíceis de serem avaliadas ao exame em virtude do seu 
pequeno tamanho e do fato de sua ecogenicidade ser 
semelhante à dos tecidos adjacentes. Muitas vezes 
também, o gás presenta em alças intestinais 
localizadas próximas aos ovários causa reverberação e 
pode contribuir para a dificuldade do exame 
ultrassonográfico detalhado desses. A dificuldade de 
localização dos ovários vai depender também da face 
do ciclo estral em que o animal se encontra. Durante o 
anestro, normalmente eles são menores e não há 
estruturas como folículos em seu parênquima, que 
auxiliam na identificação. Portanto, sua ecogenicidade 
vai se tornar mais homogênea. Nas outras fases do 
ciclo estral, pode-se localizá-los com maior facilidade 
de acordo com o crescimento dos folículos. A presença 
de estruturas císticas ovarianas também auxilia na sua 
identificação, já que contribuem para a 
heterogenicidade do parênquima, deixando-o menos 
semelhante às estruturas ao seu redor. 
 
Técnica de varredura 
Localizados caudalmente ao polo caudal dos 
respectivos rins. Ao exame, recomenda-se localizar 
primeiramente os rins como referencial para a 
identificação do ovário ipislateral. Os transdutores 
mais usados são os de 5 a 7,5MHz. Na existência de um 
transdutor de 10MHz, pode-se utilizá-lo 
imediatamente, já que sua alta resolução permite uma 
avaliação bem mais apurada da glândula. 
 
Cistos ovarianos 
Ao exame, são estruturas esféricas, anecogênicas com 
reforço acústico posterior. Cistos foliculares e 
luteínicos não são diferenciados no ultrassom, mas 
sabe-se que ovários policísticos se diferenciam de 
neoplasias císticas. As neoplasias que contém cistos 
normalmente são septadas e possuem parede 
hiperecogênica, espessada e irregular. Ovários não 
neoplásicos policísticos podem apresentam estruturas 
císticas bem definicas, com paredes finas, conteúdo 
liso não septadas, anecogênicas com reforço distal ou 
conter um numero de cistos de tamanho reduzido, que 
aumentem o tamanho do ovário e o tornem 
homogêneo e isoecogênico em relação ao córtex renal. 
 
 
Muitas vezes, os cistos não podem ser diferenciados de 
folículos em crescimento, por meio desse exame. 
Neoplasias 
Os tumores ovarianos não são comuns em cadelas e 
gatas. Possuem aparência muito variável no ultrassom 
e não podem ser diferenciados dessa maneira. 
 
Esses tumores podem ser avaliados de acordo com sua 
localização, tamanho, uni ou bilateralidade, contornos 
e ecogenicidade. Além das características intrínsecas à 
neoplasia em si, a ultrassonografia ainda permite que 
se avalie a presença de líquido livre, as possíveis 
alterações uterinas (como hiperplasia endometrial 
cística e ou piometra) e as metástases que podem 
ocorrer. 
Outras alterações ovarianas 
As mais comuns são císticas, decorrentes de porção de 
estroma ovariano não retirado e granulomas por 
reação ao fio de sutura, que podem inclusiveapresentar fístulas que drenam conteúdo purulento 
para o exterior através da pele. Esses granulomas 
apresentam características variáveis, mas 
normalmente são heterogêneos, com contornos 
irregulares e até mesmo pouco definidos. 
 
ÚTERO 
Técnica de varredura 
Muitas vezes não é possível avaliar o útero normal, não 
gravídico ao exame, principalmente os cornos uterinos 
que na condição normal não possuem conteúdo em 
seu lúmen. A vesícula urinária repleta é importante no 
exame do trato reprodutivo, pois serve de janela 
acústica para a onda sonora atingir a estrutura 
localizada logo dorsalmente a ela, no caso, o corpo 
uterino. 
Alterações uterinas 
Gestação: o diagnóstico precoce da gestação se torna 
um requerimento comum aos ultrassons. 
 
 
Vesículas gestacionais: 
 
 
 
 
Endometrite: detecta-se seu aumento, assim como o 
espessamento da parede, mucosa com contorno 
irregular e normalmente uma pequena quantidade de 
conteúdo anecoico em seu lúmen. 
Hiperplasia endometrial cística: aumento do diâmetro 
uterino com múltiplos cistos irregulares, de tamanho 
variado, na parede uterina. 
Piometra: estrutura tubular com lúmen hipo e 
anecogênico, com parede de espessura variada e ecos 
luminais de acordo com a quantidade de debris 
celulares. Normalmente há presença de reforço 
acústico distal pela natureza líquida do conteúdo. Os 
cornos aumentados podem ser visualizados como 
estruturas lineares ou tortuosas e, ao corte transversal, 
se apresentam arredondados ou ovoides. O 
diagnóstico se torna mais difícil quando o diâmetro do 
útero é menor do que o diâmetro do intestino delgado, 
mas os cornos uterinos podem ser diferenciados das 
alças intestinais com conteúdo líquido por causa da 
ausência de peristaltismo. 
 
Piometra de coto: presença de uma massa entre a 
bexiga e o cólon, podendo ser heterogênea ou cística. 
Granuloma de coto: são estruturas pouco definidas, 
com ecogenicidade mista, de hipo ou hiperecogênica a 
exotextura heterogênea, localizados 
dorsocaudalmente à vesícula urinária. 
Neoplasias uterinas: tumores de útero raros em 
cadelas e gatas. Os mais comuns são os leimiomas, e 
dentre os malignos, os leiomiossarcomas nas cadelas e 
os adenocarcinomas nas gatas. Os leiomiomas são 
caracterizados por massas homogêneas isoecogênicas 
à parede uterina. As neoplasias uterinas não possuem 
características específicas que possam diferenciá-las 
entre si e entre essas e os granulomas, hematomas ou 
mesmos abcessos. 
 
 
 
 
 
APARELHO REPRODUTOR MASCULINO 
Escroto, testículos e epidídimo 
Técnica de varredura 
Não é necessário nenhum preparo prévio. Deve-se usar 
transdutores de 5 e 7,5MHz. O comprimento e o 
diâmetro dos testículos devem ser obtidos por meio de 
imagens sagitais e transversais. 
Anatomia 
Testículo 
Textura homogênea hipo ou isoecoica em relação à 
próstata, com região central do mediastino 
hiperecoica. A medida do mediastino testicular é de 
aproximadamente 2mm de diâmetro, tanto no plano 
sagital como no transversal. 
 
Epidídimo 
Varia de anecoica para hipoecoica, relativamente ao 
parênquima testicular. (ver imagem acima) 
 
Alterações testiculares 
Hidrocele: presença de imagem isoecoica e difusa. 
Variocele: dilatação dos vasos. 
Criptorquidismo: estrutura arredondada e de 
contornos bem definidos, compatíveis com a imagem 
do testículo. 
Torção do cordão espermático: diminuição uniforme 
na ecogenicidade do testículo com torção espermática. 
Com doppler, ausência de fluxo sanguíneo. 
Orquite/Epididimite: processo inflamatório com 
contorno irregular e hipoecoico. Contorno irregular, 
pode apresentar áreas hipoecoicas e presença de 
floculações decorrentes da presença de material 
supurativo, áreas hipo e hiperecoicas com ou sem 
mineralização resultantes de granulomas (epipidimo). 
Neoplasias testiculares: 3 tipos: sertolioma, seminoma 
e leydigoma. A imagem do sertolioma é hipoecoica e 
bem delimitada, apresentando sua margem 
hiperecoica e podendo apresentar no seu interior áreas 
anecoicas. 
 
 
Próstata 
Técnica de varredura 
Transdutores de 5 ou 7MhZ. O comprimento 
corresponde à máxima distância no eixo uretral. A 
altura é o maior diâmetro perpendicular ao eixo do 
comprimento. 
Anatomia 
Parênquima com ecogenicidade homogênea definida 
como inomogênea, geralmente hipoecogênica com 
relação aos tecidos adjacentes. A região biliar é 
hiperecogênica em relação ao parênquima. Seu 
formato deve ser simétrico e com bordos lisos. 
 
Alterações prostáticas 
Hipertrofia/ Hiperplasia benigma: prostatomegalia, 
com parênquima homogêneo, normalmente com 
caráter simétrico e difuso. Pode haver presença de 
estruturas císticas múltiplas e difusas. 
Cistos prostáticos: área focal ou multifocal, hipo ou 
anecogênica, maior que 1,5 a 2cm. 
 
Prostatite bacteriana: espaços intraparenquimais 
maiores que 1,5 a 2cm, preenchidos por líquidos 
compatíveis com abcesso e revelados por imagem 
hipoecogênica difusa ou focal. O abcesso causa uma 
imagem da glândula de margem interna irregular, 
cavidade lobulada e lúmen septado. Nos casos 
crônicos, tem uma imagem levemente hiperecogênica 
de distribuição irregular que pode representar 
mineralização ou presença de ar. 
Cistos paraprostáticos: estrutura anecoica de bordos 
finos, deslocando a bexiga, aparentando ser uma 
extensão da área prostática. 
Neoplasia prostática: áreas hiperecogênicas focais ou 
difusas, no interior do parênquima. 
 
PÂNCREAS 
A dimensão do órgão, limites pouco definidos, 
ecogenicidade semelhantes ao mesentério, obesidade 
do paciente, movimentação torácica, dor abdominal e 
a proximidade do órgão de estruturas contendo gás 
pode determinar a dificuldade do examinador ao 
efetuar a busca deste órgão. 
Órgão em forma de V constituído de dois lobos, direito 
e esquerdo e um corpo. O lobo direito localiza-se 
dorsomedialmente ao duodeno, o lobo esquerdo está 
localizado entre estômago, cólon e baço. O corpo está 
localizado na região caudal ao piloro e ventral à veia 
porta. Para realizar o exame sugere-se jejum de no 
mínimo 8 a 18 horas. Normalmente usa-se 
transdutores de 5 a 10MHz e o animal fica em decúbito 
dorsal, dependendo da dor que o animal apresenta na 
região abdominal. Apresenta ecogenicidade 
homogênea, um pouco mais ecoica que o tecido 
hepático. 
Alterações pancreáticas 
Pancreatite: na fase aguda, fica aumentado, com 
bordos bem definidos e ecogenicidade aumentada. 
Com a evolução da doença e sua cronicidade o tecido 
torna-se mais ecogênico, podendo ter áreas de perda 
do parênquima. O órgão diminui de tamanho e sua 
identificação fica mais dificultada. 
Neoplasia: em pequenos animais é incomum. 
Normalmente os tumores pancreáticos apresentam 
aumento de ecogenicidade, perda do padrão 
característico do órgão (heterogêneo), na ecotextura e 
presença de massas locais e metastáticas. 
 
 
 
TRATO GASTRINTESTINAL 
Limitações baseiam-se nos artefatos provocados pelo 
ar intraluminal que comprometem o exame de 
pacientes com acúmulo acentuado de gás no trato, 
tornando o pouco sensível ao diagnóstico de 
enfermidades como torção gástrica e as obstruções 
intestinais gasosas. Portanto é indicado na avaliação de 
doenças de origem obstrutiva, inflamatória, neoplásica 
e em alterações de motilidade. Os transdutores 
recomendados são de 7,5 e 10MHz. Os animais são 
inicialmente examinado em decúbito dorsal e 
posteriormente movimentados para o decúbito direito 
ou esquerdo durante o exame, com a intenção de 
promover uma melhor janela acústica por meio do 
deslocamento do fluido intraluminal para a região de 
interesse. A administração de fluido via sonda gástrica 
promove o preenchimento do estômago com fluido e 
promove melhor visibilização de estruturas do 
abdômen cranial, como pâncreas e região hilar 
hepática. 
Estômago 
Em cães, o estômago está localizado no abdômen 
cranial,caudal ao parênquima hepático, craniolateral 
ao baço e cranial ao rim esquerdo. Atravessa a 
cavidade abdominal em um eixo perpendicular à 
coluna vertebral. 
 
 
 
O estômago apresenta um peristaltismo regular, com 
aproximadamente 4 a 5 contrações por minuto. Nos 
gatos, o estômago encontra-se contraído e em forma 
de roseta. O peristaltismo normal nesta espécie está 
em torno de 4 a 5 contrações por minuto e pode 
aumentar pela administração oral de líquidos. Os 
hormônios do trato gastrintestinal como a gastrina, 
colecistoquinina, secretina, inibidores colinérgicos, 
adrenérgicos e noradrenérgicos podem influenciar a 
motilidade gástrica. As camadas identificadas 
ultrasonofraficamente são na direção do lúmen pra 
fora. A) mucosa visibilizada como uma linha 
hiperecoica em contato com o lúmen. B) mucosa-
hipoecoica C) Submucosa-hiperecoica D) muscular 
própria-hipoecoica E) subserosa/ serosa-hiperecoica. 
 
No lúmen são descritos quatro tipos de constituintes: 
1) fluido anecoico 2) muco que se apresenta como 
material ecogênico sem sombreamento acústico 3) ar 
apresentando reflexão com sombreamento acústico 4) 
alimento, anecoico com pontos ecogênicos. A 
espessura da parede gástrica em cães varia entre 3 e 
5mm. Nos gatos a média é de 2mm entre rugas e 4,4m 
na região das rugas. 
 
 
 
Intestino Delgado 
O duodeno proximal é estudado na região 
cranioventral do abdômen, ao lado do rim e lobos 
hepáticos direitos. A espessura da parede do duodeno 
em cães normais está em torno de 5mm em raças 
grandes, 4 mm em raças médias e 3mm em raças de 
pequeno porte. Nos gatos a espessura varia de 2 a 
2,4mm. 
 
Os demais segmentos do intestino delgado localizam-
se na região média do abdômen e para o exame o baço 
e a bexiga são utilizados como janela acústica. Não é 
possível determinar a localização exata dos segmentos 
do intestino, à exceção da porção duodenal. A 
espessura das demais porções do intestino em cães é 
de 2 a 3mm. Em gatos, além do duodeno, localizam-se 
o jejuno, íleo terminal, junção ileocólica e os 
segmentos de intestino grosso. Entretanto, há a 
necessidade de utilizar aparelhagem de alta resolução. 
O íleo terminal e junção ileocólica são mais 
proeminentes, irregulares, ovoides e possuem a 
camada submucosa com elevada ecogenicidade, de 2 a 
3mm de espessura. Essa imagem foi descrita como 
imagem em cogumelo. 
 
Intestino Grosso 
O cólon descendente pode ser identificado pela 
imagem em forma de C produzida pelo gás 
dorsalmente à bexiga urinária. A parede costuma ser 
mais fina que o restante do trato gastrintestinal. 
 
Alterações do trato gastrintestinal 
Obstrução: consiste no impedimento mecânico ou 
funcional à progressão do conteúdo do tubo digestivo. 
Os pacientes tendem a apresentar distensão gasosa de 
alças, o eu representa um fator limitante ao emprego 
da ultrassonografia. Contudo, nos pacientes que 
apresentam distensões predominantemente fluidas, o 
ultrassom pode fornecer valiosa contribuição 
diagnóstica. 
 
As etiologias podem ser por causa funcional e 
mecânica. 
A causa funcional é o íleo afuncional que é causado 
pela irritação peritoneal, seja por distúrbios 
hidroeletrolíticos, isquêmicos ou mais raramente, 
distúrbios extra-abdominais. Nesses casos, as alças 
estão distentidas, sem peristaltismo e com estase 
líquida. Nos cães, uma causa frequente de íleo 
afuncional são as gastrenterites de origem viral. Nesses 
casos, há dilatação fluida generalizada nos segmentos 
intestinais associadas à hipomotilidade ou ausência de 
motilidade. 
 As causas mecânicas de obstrução podem ser divididas 
em extrínsecas ao trato (aderências, hérnias externas, 
hérnias internas e vólvulo); intrínsecas à parede do 
trato gastrintestinal (tumores, alterações 
inflamatórias, alterações isquêmicas, intussuscepção, 
estenose hipertrófica de piloro e defeitos congênitos) 
e intraluminais (corpos estranhos, bezoar, impactação 
fecal). 
Nos quadros obstrutivos, evidencia-se distensão de 
alças com aumento de peristaltismo proximal a ponto 
de obstrução. A detecção de diferentes tipos e graus de 
dilatação em diferentes segmentos intestinais deve 
alertar para a possibilidade de quadro obstrutivo. Em 
felinos, qualquer dilatação fluida em segmentos de 
intestino delgado é fortemente sugestiva de processos 
obstrutivos, uma vez que essa espécie não costuma 
acumular conteúdo fluido no trato gastrintestinal. 
Intussuscepção: imagem de múltiplas camadas de 
anéis concêntricos no corte longitudinal e uma imagem 
em alvo no corte transversal, representando as 
camadas intestinais do intussuscepto e os 
intussuscipiences. Esses achados já foram descritos 
como imagem de ancinho ou tridente ou salsicha em 
virtude de sua forma típica. Massas intramurais, efusão 
peritoneal e corpos estranhos podem ser encontrados 
em concomitância às intussuscepções, podendo 
também agir como fatores predisponentes à sua 
formação. 
 
 
 
Corpos estranhos: os gastrintestinais são frequentes 
em pequenos animais. A escolha do método vai 
depender da quantidade de ar intraluminal no sistema 
digestório, disponibilidade do equipamento, custo do 
exame, preferência pessoal e experiência de executor. 
A identificação depende da forma, propriedades físicas 
e alterações intestinais associadas como o acúmulo de 
fluido ou gás. Os objetos que apresentam uma forte 
impedância acústica (metálicos) não permitem a 
propagação da onda sonora, sendo visibilizados como 
uma interface brilhante com forte sombreamento 
acústico posterior. 
 
 
Os corpos estranhos lineares costumam ser 
visibilizados como uma linha hiperecoica intraluminal 
que pode ou não produzir sombreamento acústico 
posterior. Nos gatos, a formação de tricobezoares está 
relacionada a um grande acúmulo de pelo, 
principalmente em felinos de pelos longos. Evidencia 
essa massa no interior do estômago, com superfície 
anterior hiperecogênica, associada a um forte 
sombreamento acústico posterior. 
Doença Gastrintestinal inflamatória: o espessamento 
da parede gastrintestinal é o achado sonográfico mais 
comumente visibilizado. O estudo da distribuição, 
simetria, extensão e arquitetura das camadas parietais 
nas lesões é um critério útil na diferenciação entre 
processos inflamatórios e neoplásicos. 
 
A inflamação tem sido caracterizada por um 
espessamento mais extenso, com a estratificação das 
camadas parietais preservadas, ou seja, as camadas 
apresentam-se bem diferenciadas, com nítido 
predomínio da visibilização da camada submucosa. Nas 
neoplasias o espessamento tende a ser localizado com 
marcante perda da estratificação das camadas. A 
linfoadenomegalia mesentérica é relativamente 
comum na doença ativa (aumento de lonfonodos e de 
sua ecogenicidade). 
Neoplasias gastrintestinais: O adenocarcinoma é a 
neoplasia maligna mais comum em cães, seguida pelo 
leiomiossarcoma e o leiomioma. O linfoma é a 
neoplasia mais comum em gatos, seguida por 
adenocarcinoma e mastocitoma. Relacionados com o 
espessamento da parede em diferentes graus, focal ou 
difuso, muitas vezes irregular, e com perda da 
integridade das camadas da arquitetura da parede. 
 
 
 
 
SISTEMA HEPÁTICO E BILIAR 
As lesões hepáticas podem ser diagnosticadas como 
alterações no padrão do parênquima, são mais comuns 
em cães e podem evoluir para quadros de cirrose. 
Técnica de varredura 
Transdutor colocado sobre o processo xifoide e sofre 
angulação de 30 a 40° com o plano dorsal. Nessa 
posição, o fígado e o diafragma são facilmente 
visibilizados. A angulação do transdutor 
craniodorsalmente, nesse caso, é necessária para 
desviar o eixo da onda dos gases e estômago. Com o 
transdutor nessa posição, basta realizar angulações e 
movimentos laterais para acompanhar o órgão como 
um todo, verificando todos os seus bordos e lobos, 
tanto em cortes transversais como em longitudinais.FÍGADO 
Um fígado normal apresenta contornos lisos e margens 
de ângulos agudos (muito bem verificada em quadro 
de ascites). O parênquima normal tem ecogenicidade 
uniforme ou homogênea, levemente mais grosseiro 
que o baço. Esta uniformidade só é alterada com a 
presença dos grandes vasos portais e hepáticos, 
numerosas estruturas tubulares anecogênicas, de 
vários tamanhos. 
 
 
VESÍCULA BILIAR 
O sistema biliar é formado pela vesícula biliar e pelos 
ductos biliares. A vesícula é visibilizada à direita da 
linha média. Quando observado o ducto encontra-se 
paralelo à veia porta. Em felinos, possui parede mais 
ecogênica e aspecto mais tortuoso se comparado aos 
do canino. A vesícula é oval, de tamanho variado, com 
parede fina e hiperecogênica. Em seu interior 
encontra-se conteúdo anecoico e homogêneo. Quando 
esse conteúdo estiver mais denso pode haver o 
depósito de lama biliar. Esse achado é comum em cães 
idosos, obesos e sedentários, e pode indicar uma 
estase biliar discreta em casos de anorexia ou jejum 
prolongado. A presença de alterações congênitas é 
vista mais comumente em felinos, podendo citar a 
duplicação do ducto e da própria vesícula. A septação 
parcial da vesícula pode ser vista em felinos siameses. 
Alterações hepáticas difusas hiperecogênicas 
Principais doenças que causam o aumento difuso da 
ecogenicidade hepática são: cirrose, infiltração 
gordurosa, hepatopatia por esteroides, diabete 
mellitus, linfoma, colangiohepatite crônica a algumas 
intoxicações. 
 A cirrose e a colangiohepatite geralmente apresenta o 
fígado com suas dimensões diminuídas. Nas outras 
doenças, o fígado apresentará suas dimensões 
aumentadas (hepatomegalia). 
Alterações hepáticas difusas hipoecogênicas 
As paredes dos vasos portais ficam mais evidentes e 
esse padrão hepático caracteriza quadros de hepatite 
aguda, linfoma, leucemia e congestão passiva crônica. 
Normalmente nesses casos o fígado apresenta sua 
dimensão aumentada, parênquima hipoecogênico, 
esplenomegalia e dilatação de veias portais e cava 
caudal. 
Alterações hepáticas focais 
Podem ser múltiplas ou únicas. Podemos classifica-las 
de acordo com a ecogenicidade da lesão, em alterações 
anecogênicas, hipoecogênicas, hiperecogênicas ou 
mistas. 
Calcificação hepática: pontos hiperecogênicos. 
Neoplasias: incomuns em cães e gatos. As metástases 
são mais frequentemente encontradas. O padrão 
ecogênico das neoplasias é bastante variado. 
Entretanto, algumas apresentam características 
singulares como a hiperecogenicidade em casos de 
carcinoma hepatobiliar e focos circundados de 
ecogenicidade diferente ao parênquima em casos de 
metástase de tumor venéreo transmissível. 
 
 
Infiltração gordurosa: pode ser visibilizada de forma 
irregular nos lobos hepáticos, de forma similar à 
ecogenicidade de neoplasias primárias e secundárias. 
Hematoma: hemorragia aguda apresenta-se 
hiperecogênica. Com o tempo vai se tornando 
hipoecogência até voltar a apresentar o padrão normal 
do parênquima hepático. As margens são 
normalmente irregulares e pouco definidas. 
Cistos: estruturas arredondadas de conteúdo 
anecoico. Esses podem ser congênitos ou adquiridos, 
únicos ou múltiplos, associados ou não a doenças 
renais e pancreáticas. 
 
Abcessos: podem apresentar lesões com grande 
variação de ecogenicidade, dependendo da evolução 
do processo e da aparência da necrose central. 
Normalmente, em cães, os abcessos apresentam uma 
área central hipoecogênica ou anecogênica, com 
margens hipercoicas irregulares e pouco definidas. 
Necrose: as etiologias das necroses hepáticas são 
quadros de lesões químicas, virais, tóxicas e 
imunomediadas. O padrão pode ser difuso ou 
multifocal e visibiliza-se áreas hipoecogênicas ao longo 
do parênquima hepático sem contornos definidos. 
Hiperplasia nodular: presente em 60% dos cães idosos 
e pode não ser detectada ao exame. As lesões benignas 
podem apresentar características mistas com dilatação 
venosa hepática. 
Alterações das vias biliares 
Espessamento da parede: pode ser encontrado em 
animais com colecistite, colangiohepatite e hepatite. 
 
Cálculos biliares: podem ser fixos ou móveis, tendo 
tamanhos variáveis. 
Obstrução de vias biliares: presença ou não de 
dilatação da vesícula biliar pela dilatação do ducto 
biliar. 
 
Alterações vasculares 
Dilatação de suas veias, presença de trombos (imagens 
hipoecoicas com dilatação cranial) e presença de 
desvios portossitêmicos. Algumas neoplasias 
vasculares podem ser observadas ao longo da parede 
dos vasos. 
 
 
 
BAÇO 
As principais indicações clínicas são: esplenomegalia, 
massa abdominal, trauma abdominal, pesquisa de 
metástases, anemias, hipertensão e hipotensão 
vascular. 
O animal deverá ser contido e posicionado em 
decúbito dorsal e lateral direito. Apresenta-se 
envolvido por uma cápsula lisa bem definida e 
ecogênica. Seu parênquima tem uma ecogenicidade de 
granulação mais evidente graças à presença das 
trabéculas. Apresenta ecotextura homogênea, mais 
densa e fina que o fígado. É considerado 
hiperecogênico em relação ao córtex renal e ao 
parênquima hepático e hipoecogênico em relação ao 
parênquima renal. 
 
A principal diferença entre as artérias lienais e veias 
lienais é que as artérias apresentam diâmetro luminal 
menor e parede hiperecogênica, não sendo possível 
acompanhar o seu trajeto no parênquima, e as veias 
são vistas como um Y quando penetram no hilo. 
Apresentando-se com maior calibre e parede não 
ecogênica, tornando seu trajeto visível no parênquima. 
O doppler colorido pode ser usado para diferenciar 
artérias e veias. 
Alterações esplênicas 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA URINÁRIO 
RINS 
Podem ser avaliados em decúbito lateral esquerdo ou 
direito e decúbito dorsal. Ambos os rins devem ser 
avaliados nos cortes transversais e longitudinais. 
O rim esquerdo localiza-se na região entre o estômago 
e a borda cranial do baço. O rim direito localiza-se na 
impressão hepática. No corte longitudinal dos rins 
podemos identificar à cápsula renal hiperecogênica, a 
região cortical e a medular (a primeira mais ecogênica 
que a segunda) e a região dos cálices e pelve renal. 
Alguns animais apresentam excesso de gordura na 
cápsula renal, podendo ser visibilizado esse acúmulo 
logo após a cápsula, com característica hiperecogênica. 
 
 
 
Alterações renais 
Nefropatias: aumento de ecogenicidade do 
parênquima renal. Algumas estruturas podem estar em 
processo de necrose, degeneração, portanto é 
importante a avaliação completa. 
Doença parasitária: Dioctophyma renale → nematoide 
destrói o parênquima renal, deixando apenas 
preservada a região da cápsula. 
Doenças císticas: podem ser congênitos ou adquiridos, 
únicos ou múltiplos, uni ou bilaterais, associados a 
outros órgãos ou não. A característica é de uma 
estrutura arredondada com conteúdo anecoico e 
paredes finas. 
 
 
 
Neoplasias: incomuns. Padrão misto com perda de 
definição do parênquima renal. 
Hidronefrose: dilatação da pelve e cálices renais, 
comprometendo o parênquima renal. Presença de 
conteúdo anecoico na região de pelve renal e dilatação 
de ureter. 
 
 
Cálculos: estruturas hiperecogênicas. 
 
Ureteres 
Normalmente não visibilizados. Detectados comente 
quando estão dilatador por ectopia, ureterite ou 
obstrução. 
 
 
 
BEXIGA 
Órgão oco, com forma piriforme. Localiza-se na região 
abdominal caudal e sua distensão varia de acordo com 
o volume urinário em seu interior. 
 
Alterações da bexiga 
Cistite: parede da bexiga espessada. Presença de 
estruturas intraluminares como debris celulares, 
sangues, coágulo e sedimentos. 
 
 
Cálculos: estruturas hiperecogênicas no lume vesical, 
formando sombras acústicas de alta intensidade de 
acordo com o tamanho dos cálculos. Normalmente 
aderidos à parede da bexiga e por contato podem 
provocar umquadro de cistite, havendo aumento da 
espessura da parede e presença de sedimentos. 
 
Neoplasias: mais comum é a de células de transição. 
Nesse caso, observamos espessamento focal de parede 
irregular com presença de massa hiperecoica. 
 
 
URETRA 
Observamos a estrutura quando temos a presença de 
acúmulo de urina e presença de cálculos (dilatação).

Continue navegando