Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/20021 0 MECÂNICA INDUSTRIAL O FUSO DE ESFERAS RECIRCULANTES E GUIAS LINEARES Douglas Ribeiro dos Santos fuso de esferas recircu- lantes substitui o fuso trapezoidal muito utilizado em máquinas operatrizes, responsáveis pelo movimento de translação das mesas ou bases, às quais estão presos os porta-ferramen- tas ou as peças a serem usinadas. O fuso trapezoidal, no caso das máquinas operatrizes, trabalha acoplado a uma por- ca trapezoidal en- caixada à mesa que se quer mover, ele- mento já considerado muito im- portante, alcançando precisão de 0,01 milímetros (centésimos de milí- metros), ou seja, este dispositivo pos- sibilita posicionar ou deslocar determi- nado equipamento com essa preci- são.Veja o fuso trapezóide na figura 1 . O fuso de esferas recirculantes rea- liza o mesmo trabalho que o fuso trapezoidal, com inúmeras vantagens, a começar pela precisão que é de 0,001mm (milésimos de milímetros).Um fuso de esferas é um mecanismo que Anteriormente à automação, as máquinas conven- cionais dependiam extremamente da destreza do opera- dor, isso sem levar em conta fatores como saúde, esta- do de espírito, cansaço, etc., com reflexos considerá- veis sobre a quantidade e qualidade da produção, sem falar sobre os altos percentuais de refugo. Com a automação esses incômodos ficaram para trás, a atuação do operador fica agora restrita à supervisão de uma ou várias máquinas, sem interferência direta no processo de produção. Para que essa evolução chegasse às máquinas operatrizes, muitos estudos e desenvolvimentos foram ne- cessários, desde elementos de máquinas e tipos de acio- namentos até sistemas de controle. Dentre esses desen- volvimentos que chegaram com a automação, relativamente recentes e de grande importância, estão os fusos de esfe- ras recirculantes e as guias lineares de rolamentos, itens responsáveis pelo alto nível de sofisticação das máquinas operatrizes e que atualmente são amplamente aplicados em projetos na área da Mecatrônica. permite converter o movimento de rota- ção em translação e vice-versa, um fuso de esferas é um conjunto de acio- namento que possui esferas como ele- mentos de giro. Veja os exemplos das figuras 2 e 3. Para se conseguir o movi- mento contínuo no fuso de es- feras, é necessário ter um cir- cuito de recirculação (ou por fora da castanha com pistas de reenvio ou por dentro da castanha com caminho também helicoidal) ou através de insertos de re- posicionamento das es- feras.Ver detalhes nas fi- guras 4 e 5 . A figura 6 mostra um tubo de esfe- ras montado numa máquina. Vantagens do fuso de esferas sobre o fuso trapezoidal - O grau de rendimento mecâ- nico no fuso trapezoidal é no má- MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 MECÂNICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 1 1 MECÂNICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 1 1 MECÂNICA INDUSTRIAL ximo 50%, enquanto no fuso de es- feras pode chegar em torno de 98%, conforme indicado no gráfico da fi- gura 7 . - Duração de vida mais longa, por seu funcionamento sem desgaste. - Menor potência de acionamento. - Redução do atrito. - Simplificação construtiva. - Ausência do efeito Stick-Slip (fi- car parado –deslizar, efeito muito co- mum nos fusos tradicionais quando se inverte o sentido de rotação do eixo). - Posicionamento mais preciso. - Maior velocidade de translação. - Menor aquecimento. - Devido ao seu alto grau de ren- dimento, os fusos de esferas não são autobloqueantes. Os fusos de esferas e as guias lineares de rolamentos, dentre os ele- Figura 1 - Fuso Trapezoidal - Exemplo nº1. Figura 2 - Fuso de esferas recirculantes - Exemplo nº 2. mentos de máquinas, talvez repre- sentem os mais importantes desen- volvimentos ou evoluções, trazendo vantagens impor tantíssimas, tal como a redução de atrito nos movi- mentos de deslocamento nas máqui- nas. A diminuição do atrito, além de tornar o movimento muito mais “sua- ve”, propiciou considerável economia de energia, fato extremamente im portante para a indústria mundial. Outro fator relevante está na sim- plificação construtiva destes ele- mentos, já que possuem um caráter modular de fabricação, e hoje já exis- tem centenas de módulos prontos para serem montados em máquinas, para diferentes aplicações e de vários tamanhos, facilitando projetos, simplificando montagens, futuras manutenções e garantindo relativa economia. Os fusos de esferas possuem opções de alta precisão e alguns deles dispõem de opções simples e eficientes para controlar ou elimi- nar a folga entre a “castanha” (por- ca) e o fuso (eixo com rosca espe- cial que serve como pista para o rolamento das esferas), ou seja, é possível ajustar a pré-carga, item impossível de variar no sistema pa- rafuso-porca. É importante ressal- tar que a folga entre o fuso e a por- ca compromete gravemente os tra- balhos nas máquinas operatrizes ou em qualquer conjunto ou sistema eletromecânico onde se requer mo- vimentos repetit ivos e de alta confiabilidade. É claro que para aplicação corre- ta deste elemento, devemos conhe- cer os tipos disponíveis no mercado conversando com fabricantes, expon- do nossas intenções e escolhendo aquele que mais se adequar às nos- sas necessidades. GUIAS LINEARES A partir dos anos 80 os principais fabricantes de máquinas começaram a empregar as guias lineares em lu- gar dos barramentos tradicionais, pois as elas possuem alta precisão, ex- celente rigidez e deslocamento mais suaves. As guia lineares possuem as mes- mas vantagens sobre os barramentos, que os fusos de esferas recirculantes sobre o fuso convencional. A figura 8 mostra algumas de guias lineares Recomendações gerais no uso dos fusos e das guias lineares Para melhor aplicação dos fusos de esferas e das guias lineares, é ne- cessário ter em mente alguns parâmetros de funcionamento como, por exemplo: - Tipo da carga - Velocidade linear ou rotações por minuto - Aceleração e desaceleração - Temperatura de trabalho - Vida útil requerida - Precisão. MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/20021 2 MECÂNICA INDUSTRIAL A vida nominal de um fuso de esferas ou das guias lineares de ro- lamentos é dada pelo número de re- voluções, ou seja, pelo número de operações ou ciclos por hora para uma dada velocidade constante. Este número representa o quanto o elemento suporta trabalhar sem que apresente algum sinal de fadiga (ge- ralmente os sinais de fadiga apare- cem sobre alguma pista de rolagem, através de escamas ou lascas), da mesma forma como acontece nos rolamentos que suportam determi- nadas (milhares) horas de trabalho, se aplicados corretamente. Devemos lembrar que a vida no- minal de um dado elemento, fornecida em catálogos de fabricantes ou pe- los projetistas, é um número para nos basearmos, não significa que um ele- mento de 5236 horas irá parar ou apre- sentar algum sinal de fadiga só quan- do completar as 5236 horas, ou que depois de 5236 horas o elemento não atenda mais por algumas horas. Figura 4 - Circuito de recirculação. Figura 5 - Caminho helicoidal. Figura 6 - Exemplo nº 3 (em máquina). Figura 7 - Gráfico de rendimento mecânico dos fusos. Figura 8 - Algumas guias lineares. É preciso, no entanto, ter em men- te que a durabilidade prevista de um elemento está garantida se observar- mos os parâmetros especificados pelo fabricante para o dado elemen- to. Vejamos alguns exemplos: Alinhamento O fuso de esferas e a guia linear de rolamentos devem ser montados em perfeito alinhamento. Deve ser ob- servado o tipo de montagem, se ho- rizontal, vertical, inclinado, e a influ- ência da carga e das forças que agem sobre a carga em cada tipo de montagem (figuras 9 , 10 e 11); os fabricantes fornecem as tolerâncias admissíveis de desvio para cada componente, conforme tipo, tama- nho, aplicação,etc. É preciso conhecer as tolerânci- as admissíveis na aplicação destes Figura 3 - Fuso de esfera desmontado. MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 MECÂNICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº3 - ABRIL/2002 1 3 MECÂNICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 1 3 MECÂNICA INDUSTRIAL elementos. Para aqueles que desejam se aprofundar no es- tudo destes componentes é indispensável conhecer as to- lerâncias de forma e posição (sistema de cotagem que indi- ca a precisão de paralelismo, planicidade, circularidade,per- pendicularidade, entre várias outras variáveis que dizem respeito à tolerância de po- sicionamento e formato geo- métrico de um componente ou entre as peças do conjunto montado) para efetuar ou su- pervisionar uma perfeita mon- tagem destes componentes, vide figura 12 . Sentido de aplicação e grandeza da força (carga) O fuso de esferas deve re- ceber apenas cargas axiais, não radiais, já as guias linea- res permitem a ação de forças e momentos de direções dife- rentes, no entanto, todas as cargas precisam ser conside- radas na hora da seleção do componente. Montagem das guias lineares A superfície de apoio das guias deve ser limpa, não con- tendo rebarbas, finas camadas de limárias de ferro, corpos es- tranhos ou coisas do tipo. Deve também possuir um acabamen- to polido e recoberta com um fina camada de óleo de baixa viscosidade. O encaixe dos parafusos deve ser perfeito, ou seja, não pode ser feita uma montagem forçada, pois isso comprome- teria o alinhamento, impossibi- litando o bom funcionamento das guias. Velocidade Cada elemento deve trabalhar dentro da velocidade para a qual foi projetado. Se a velocidade é uma grandeza variável no projeto, deve-se especificar isso quando da especificação de compra ou con- tato com fabricante, para que o mesmo oriente diferentes tipos de elementos com diferentes materi- ais de fabricação. Lubrificação Boa lubrificação garante o bom funcionamento do elemen- to, preserva o as superfícies de contato e sua duração (vida útil). É essencial utilizar o lubrifican- te recomendado pelo fabrican- te, deve-se observar a periodi- cidade de troca do lubrificante. Também é bom saber que al- guns fabricantes protegem seus componentes com substâncias que impedem que os mesmos sofram corrosão, não sendo substâncias lubrificantes para serem usados durante a opera- ção do equipamento, devendo ser eliminadas quando da mon- tagem do elemento. A lubrificação é um impor- tante item a ser lembrado quan- do da operação destes elemen- tos de máquinas. A falta ou o excesso de lubrificante prejudi- ca o bom funcionamento do ele- mento e reduz sua vida útil, é sempre importante usar o lubri- ficante recomendado pelo fabri- cante, uma vez que misturas de lubrificantes diferentes podem resultar em uma terceira subs- tância com propriedade agres- siva ao elemento. Temperatura A temperatura de trabalho é outro dado importante na hora da seleção e aplicação do elemen- to. Existe hoje a necessidade de aplicação do mesmo tipo de equi- pamento, tanto em laboratórios na área médica (áreas relativa- mente frias) quanto em indústri- as de tratamento térmico, ou seja, indústrias quentes. Portan- to, devemos especificar compo- nentes que atendam as faixas de temperatura reais a que vão ser submetidos. Início de operação Depois de montados estes ele- mentos estarão limpos e lubrificados. Antes de colocar o equipamento a plena carga, é aconselhável que se Figura 9 - Posição horizontal de montagem. Figura 11 - Guias lineares sujeitas a cargas diversas. Figura 10 - Posição inclinada de montagem. MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/20021 4 MECÂNICA INDUSTRIAL façam várias operações em baixa velocidade e carga, desta forma é possível checar a característica de reversibilidade do elemento, a preci- são de posicionamento e verificar se o mesmo funciona como esperado. RECOMENDAÇÕES PARA SELEÇÃO Aqui, estaremos abordando ape- nas parâmetros básicos para sele- ção destes elementos, pois a gama de aplicação é muito vasta, deven- do o projetista, no momento da es- pecificação, entrar em contato com os fornecedores de sua preferência e especificar as condições de traba- lho do componente: comprimento, lar- gura, parâmetros críticos, cargas, momentos que serão aplicados (no caso das guias), velocidade, acele- ração e desaceleração, vida requerida ou esperada, precisão, Figura 12 - Tolerâncias admissíveis em função do componente. acabamento ou qualquer outra va- riável que se fizer necessária. Classificação segundo a carga dinâmica Este tipo de avaliação é usado para estimar a vida do componente até sua fadiga, baseado em uma car- ga axial constante em magnitude e direção. Carga dinâmica equivalente As ações das cargas em um fuso de esferas e nas guias linea- res podem ser ca lcu ladas de acordo com as leis da Mecânica, se as forças forem conhecidas, ou seja, forças de inércia, potên- cia de transmissão, rotação, ve- locidade, aceleração, entre ou- tras. Isso se faz necessário para que se possa calcular a carga di- nâmica equ iva lente , def in ida como uma carga hipotética, cons- tante em magnitude e direção, de ação axial e centrada sobre o fuso. É uma carga que, se apli- cada, produziria o mesmo efeito em termos de vida úti l que as cargas atuais produzem. Classificação pela capacidade de carga estática Se um elemento suporta uma carga limite em estado estático de movimento, uma deformação local e permanente poderá ocor- rer nas esferas e na régua (guias lineares) ou na superfície da ros- ca (fuso de esferas). Quando a de- formação é excessiva, o movimento pode não ser suave, quando as esferas estão em contato num es- forço máximo. A capacidade de carga estática nominal se define como uma carga constante unidir- ecional que produz deformações permanentes, cuja soma das de- formações nas esferas e na super- fície de rolagem (régua ou no fuso), equivalem a 0,0001 vezes o diâme- tro da esfera. Velocidade limite permissível para os fusos de esferas A velocidade limite permissível para um fuso de esferas é aquela que ele não pode exceder por não poder desenvolvê-la em algum mo- mento com segurança, que é dada Figura 13 - Ajuste de pré-carga. Tabela 1 - Valores de referência para o fator estático de segurança ( fs). MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 MECÂNICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 1 5 MECÂNICA INDUSTRIAL MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/2002 1 5 MECÂNICA INDUSTRIAL dos na mesma régua, o valor de fc será 0,81. Fator de contato (fc) É difícil de se obter uma distribui- ção de carga uniforme, quando dois ou mais blocos são usados em uma aplicação. Isso se deve a irregularida- des de superfície, aplicação de for- ças e momentos, ou outros fatores. A carga dinâmica (C) e estacio- nária (Co) devem ser multiplicadas pelo fator de contato, vide tabela 2 . Fator de carga (fs) Vibrações e impactos conjuga- dos com velocidade não podem ser calculados com precisão. Vide abai- xo a tabela 3 obtida através de ex- periências. A - Seleção em função do valor estático de segurança Supondo que o valor de fs seja igual a 5. Supondo que o valor de fw seja igual a 2. Seleção pela capacidade de carga estática Vide classificação de capacida- de de carga estática. fs = fator estático de segurança Co = capacidade de carga estáti- ca nominal Po = carga de impacto Na tabela 1 , são mostrados os valores de referência para o fator es- tático de segurança (fs): Caso em estudo: figura 7 com l2 e l3 = 0. Carga P = 800 (kgf) Curso ls = 1,2 (m) Reciprocidade n = 4 (freq/min) Tempo de vida útil estimado = 8.000 horas (h) Para determinar a carga por blo- co, como temos quatro blocos, en- tão, a carga seria: Po= 800/4 = 200(kgf) Como dois carros serão monta- geralmente pela velocidade limi- te do sistema de recirculação (es- feras dentro da castanha). É ex- pressa em RPM (rotações por minuto) para cada diâmetro de fuso especifico. As velocidades máximas indicadas nos catálogos dos fabrican- tes devem ser aplicadas por curtos períodos de tempo, não como velo- cidades de operação. Altas velocidades associadas com cargas elevadas requerem ex- tensas faixas de torque e resultam numa relativa reduçãoda vida nomi- nal do componente. Eficiência e capacidade de reprodução dos movimentos O desempenho de um fuso de esferas depende principalmente da geometria de contato das superfí- cies e de seu acabamento, como também do ângulo de hélice da ros- ca. É lógico que as condições de trabalho (carga, lubrificação, pré- carga, alinhamento, etc.) também influenciam sobre o desempenho do componente. Jogo axial e pré-carga Castanhas pré-carregadas es- tão sujeitas a muito menos defor- mação elástica que as castanhas não carregadas. Entretanto, a pré- carga deverá ser usada quando a precisão de posicionamento for muito importante. Pré-carga é aquela força aplica- da à castanha, através de parafusos, no sentido de fazê-la se fechar mais, eliminando as folgas axiais, diminu- indo o espaço e incrementando mai- or rigidez ao conjunto (castanhas, es- feras e fuso), tornando o movimento mais seguro (figura 13 ). EXEMPLO DE SELEÇÃO DE UMA GUIA LINEAR Há duas maneiras de selecionar uma guia linear: uma depende do va- lor do fator estático de segurança e a outra depende da vida útil neces- sária. Normalmente, a última é a pre- ferida. Tabela 2 - Fator de contato. Tabela 3 - Fator de carga. MECATRÔNICA ATUAL Nº 3 - ABRIL/20021 6 MECÂNICA INDUSTRIAL Agora é só selecionar em um for- necedor uma guia linear que atenda a condição de kgfCo 2469≥ . B - Seleção em função da vida útil Quando utilizamos guias lineares, devemos levar em conta todos os fa- tores decorrentes da aplicação da carga, pois as guias estão sujeitas a vibrações e impactos imprevisíveis quando em operação. Também deve- mos considerar a temperatura de tra- balho e dureza da guia linear confor- me os gráficos das figuras 14 e 15 . É usual selecionar uma dureza de HRC 58 a 62 para as guias lineares. Observamos também que acima de 100ºC de temperatura de trabalho, segundo o gráfico devemos aplicar o fator fT . Para se calcular a vida útil de uma guia linear, multiplicamos o número de horas estimadas pela distância percorrida por hora, com isso obtemos a distância total a ser percorrida pela guia. A fórmula mostrada a seguir in- clui todos estes fatores descritos acima : Agora é só selecionar em um fornecedor uma guia linear que aten- da a condição de . C – Vida útil das Guias Lineares Testes realizados com um gru- po de guias lineares idênticas e nas mesmas condições de trabalho comprovaram que 90% delas não apresentaram sinais de fadiga. Calculamos pela fórmula: Onde : Lh= hora de vida útil(hr) L = vida útil (Km) ls = curso (m) n = ciclo por minuto Temos também que: Onde: C= carga dinâmica básica (kgf) Pc = carga (kgf). FABRICANTES Dentre os fabricantes de fusos de esferas recirculantes e guias linea- res de rolamentos, estão os princi- pais fabricantes de rolamentos e empresas especializadas na trans- missão de movimento. São muitos os usuários destes im- portantes elementos de máquina. Além da Automação Industrial, podemos des- tacar fabricantes de máquinas e fer- ramentas, Robótica, centros de usi- nagem, áreas de instrumentos médi- cos, setor aeroespacial, entre outros. Figura 14 - Gráfico de temperatura. Na verdade as aplicações são inú- meras, basta haver uma necessida- de e conhecer os principais tipos dis- poníveis no mercado. Entre as principais diferenças construtivas de fabricante para fabri- cante podemos citar: ângulo de héli- ce, tipo de arco ou raio por onde ro- lam as esferas. Citamos aqui alguns fabricantes de fácil consulta, via Internet: www.obr.com.br www.skf.com.br www.thk.com.br www.nsk.com.br www.boschrexroth.de CONCLUSÃO Como vimos, os fusos de esferas e as guias lineares são elementos de máquina importantíssimos hoje em dia, e suas vantagens são inúmeras sobre os fusos normais e os barramentos tradicionais. Abordamos também al- guns fatores relevantes que devemos ter em mente quando pensarmos na aplicação desses componentes, e apresentamos alguns conceitos de di- mensionamento ligados aos equipa- mentos e, finalmente, um roteiro de cálculo simples. Todavia, quando for preciso aplicar estes componentes, é necessário expor todas as caracte- rísticas do projeto ao fornecedor para uma melhor seleção. l Figura 15 - Gráfico de dureza.
Compartilhar