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HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO 
SUMÁRIO 
 
1. Prevenção de acidentes...........................................................................................1 
1.1 Introdução..................................................................................................................1 
 
1.2 Conceito de acidente do trabalho..............................................................................1 
 
1.3 Causas de acidente do trabalho................................................................................4 
 
1.3.1 Causas humanas....................................................................................................5 
 
1.3.2 Causas ambientais.................................................................................................7 
 
2 Higiene do trabalho....................................................................................................9 
 
2.1 Conceituação classificação e reconhecimento dos riscos ambientais..................... 9 
 
2.1.1 Riscos químicos.................................................................................................... 9 
 
2.1.2 Riscos físicos........................................................................................................14 
 
2.1.2.1 Temperatura anormais.......................................................................................14 
 
2.1.2.2 Ruído.................................................................................................................19 
 
2.1.2.3 Iluminação.........................................................................................................23 
 
2.1.2.4 Eletricidade........................................................................................................25 
 
2.1.2.5 Radiações ionizantes e não ionizantes..............................................................57 
 
2.1.2.6 Vibrações...........................................................................................................57 
 
2.1.2.7 Pressões anormais............................................................................................58 
 
2.1.3 Riscos biológicos..................................................................................................58 
 
2.1.4 Riscos ergonômicos..............................................................................................59 
 
2.2.1.5 Riscos de acidentes..........................................................................................60 
 
3. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC e Equipamento de Proteção Individual 
– EPI............................................................................................................................. 63 
 
3.1 EPC.........................................................................................................................63 
 
3.2 EPI...........................................................................................................................63 
 
4 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA......................................... 71 
 
4.1 Constituição da CIPA...............................................................................................71 
 
4.2 Organização da CIPA...............................................................................................71 
 
4.3 Atribuições da CIPA.................................................................................................72 
 
4.4 Funcionamento da CIPA..........................................................................................75 
 
4.5 Treinamento dos membros da CIPA........................................................................74 
 
5 Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO..........................75 
 
5.1 Diretrizes..................................................................................................................75 
 
5.2 Responsabilidades..................................................................................................75 
 
5.3 Desenvolvimento do PCMSO..................................................................................76 
 
6 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais PPRA...........................................79 
 
6.1 Objeto e Campo de aplicação..................................................................................79 
 
6.2 Estrutura do PPRA...................................................................................................80 
 
6.3.1 Medidas de controle..............................................................................................81 
 
6.3.2 Nível de ação........................................................................................................82 
 
6.3.3 Monitoramento......................................................................................................83 
 
6.3.4 Registro dos dados...............................................................................................83 
 
6.4 Responsabilidade....................................................................................................83 
 
6.5 Informação...............................................................................................................84 
 
7. Conceituação e classificação das atividades e operações 
insalubres/perigosas...................................................................................................85 
 
71. Atividades e Operações Insalubres..........................................................................85 
 
7.2 Atividades e Operações Perigosas..........................................................................86 
 
8. Sinalização de segurança.......................................................................................88 
 
8.1 Uso da cor na segurança do trabalho......................................................................88 
 
8.2 Cores utilizadas e sua aplicação..............................................................................88 
 
8.3 Rotulagem das substâncias perigosas....................................................................92 
 
9. Prevenção e Combate a Incêndios.........................................................................94 
 
9.1 Objetivos da proteção contra incêndios....................................................................94 
 
9.2 Condições necessárias para produção de fogo......................................................94 
 
9.3 métodos de extinção do fogo..................................................................................95 
 
9.4 Propagação do incêndio..........................................................................................96 
 
9.5 Procedimentos em caso de incêndio.......................................................................96 
 
9.7 Tipos de equipamentos para combate a incêndio...................................................98 
 
9.8 Como usar um extintor de incêndio.......................................................................102 
 
9.9 Norma regulamentadora 23...................................................................................105 
 
10 Legislação aplicada à segurança e medicina do trabalho.................................111 
 
10.1 Legislação acidentária.........................................................................................111 
 
10.2 Normas regulamentadoras de segurança e medicina do trabalho......................113 
 
11 Primeiros socorros...............................................................................................120 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
1. PREVENÇÃ0 DE ACIDENTES 
 
1.1 Introdução: 
As atividades laborativas surgiram com o homem, porém as relações entre 
essas atividades e as doenças delasderivadas permaneceram praticamente ignoradas 
até cerca de 300 anos atrás. Somente em 1700 é que se teve o início da mentalidade 
prevencionista quando o médico italiano Bernardino Ramazzini divulgou, através de um 
livro, uma série de doenças relacionadas à cerca de 50 profissões. Pela repercussão 
causada pela obra, o médico é chamado de o “Pai da Medicina do Trabalho”. 
Na década de 70 o Brasil buscou de forma desorganizada um 
desenvolvimento econômico e industrial acelerado, tendo sido a nível mundial um dos 
países com maior número de acidentes no trabalho. Ao final dos anos 70 o governo, 
para mudar essa imagem, através da Portaria 3214/78, aprovou normas relativas à 
segurança no trabalho (SESMT – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do 
Trabalho, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, EPI – Equipamento de 
Proteção Individual, caracterização da insalubridade, normas para o trabalho com 
eletricidade, explosivos, da construção civil etc.). 
Hoje em dia, devido à grande competição das indústrias, estas estão mais 
atentas para a segurança do trabalhador considerando-a como um fator de qualidade e 
produtividade. 
Como observaremos até o final deste trabalho, para que se tenha segurança 
no trabalho é preciso que se tenha sempre em mente a palavra prevenção, isto é, que 
se adote uma conduta prevencionista no trabalho, pois é através da atitude de 
prevenção dos acidentes que o trabalho será melhor efetuado e com maior segurança. 
 
1.2 Conceituação de acidente do trabalho 
Conceituação prevencionista: acidente do trabalho é toda ocorrência não 
programada que interfira no andamento normal do trabalho, da qual resulte perda de 
tempo ou danos materiais e/ou lesão ao trabalhador ou as três conseqüências 
simultâneas. 
 A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de 
Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, apresenta os conceitos 
legais de acidente do trabalho, doença profissional e os casos que se equiparam a 
acidente do trabalho. 
 
Apostilas Ideal
 
 
 6 
Conceituação legal: Art. 19. Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo 
exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos 
segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a 
morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporária. 
Art. 20. Considera-se acidente do trabalho, nos termos do Art. 19, as 
seguintes entidades mórbidas: 
I - Doenças Profissionais – entendida como aquela produzida ou 
desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante 
da relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social; 
II - Doenças do Trabalho – entendida como aquela adquirida ou 
desencadeada em função das condições especiais em que o trabalho é realizado e 
com ele se relaciona diretamente, desde que constante na relação mencionada no 
inciso I. 
§ 1° Não são considerados como doenças do trabalho: 
a) doenças degenerativas; 
b) as inerentes a grupo etário; 
c) as que não produzam incapacidade laborativa; 
d) as doenças endêmicas adquiridas por segurados habitantes da região em 
que ela se desenvolva, salvo comprovação de que resultou de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho. 
§ 2° Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na 
relação prevista nos incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que 
o trabalho é executado e com ele relaciona diretamente, a Previdência Social deve 
considerá-la acidente do trabalho. 
 
Art. 21. Equipara-se também ao acidente do trabalho: 
I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, 
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para a perda ou redução da 
sua capacidade de trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para sua 
recuperação; 
II – o acidente sofrido ainda que fora do local e horário de trabalho em 
conseqüência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho; 
Apostilas Ideal
 
 
 7 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada com o trabalho; 
c) ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiro ou de 
companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de 
força maior. 
III – a doença proveniente da contaminação acidental do empregado no 
exercício de sua atividade. 
IV - o acidente sofrido ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou ainda na realização de serviços sob a 
autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para evitar 
prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada 
por esta, dentro de seus planos para melhor capacitação de mão de obra, 
independente do meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, 
qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
§ 1° Nos períodos destinados a refeição ou descanso ou por ocasião da 
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o 
empregado é considerado no livre exercício do trabalho. 
§ 2° Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a 
lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se superponha às 
conseqüências da anterior. 
 
Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência 
Social até o 1º (primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de 
imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e 
o limite máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas 
reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social. 
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o 
acidentado ou seus dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua 
categoria. 
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o 
Apostilas Ideal
 
 
 8 
próprio acidentado, seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o 
assistiu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo nestes casos o prazo 
previsto neste artigo. 
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de 
responsabilidade pela falta do cumprimento do disposto neste artigo. 
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão 
acompanhar a cobrança, pela Previdência Social, das multas previstas neste artigo. 
 
Art. 23. Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional 
ou do trabalho, a data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade 
habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o 
diagnóstico, valendo para este efeito o que ocorrer primeiro. 
 
Quanto às conseqüências de um acidente do trabalho, podemos observar 
que este poderá afetar aquilo que é de mais valioso para nós, a saúde. Devemos ter 
em mente que com boa saúde teremos liberdade para fazermos o que quizérmos. Com 
saúde podemos trabalhar, nos sustentar, constituir família, obter um crescimentopessoal e profissional. Além disso, devemos pensar que um acidente causado por nós, 
poderá afetar a saúde de nossos colegas de trabalho e interferir na vida de suas 
famílias. Assim, devemos evitar até os pequenos acidentes, pois estes ocasionam 
perda de tempo, o que afetará a produtividade do trabalho. 
 
1.3 Causas dos acidentes 
As causas dos acidentes podem ser divididas basicamente em causas 
humanas (relacionadas com o trabalhador) e causas ambientais (relacionadas com o 
ambiente de trabalho). 
Conforme abaixo, podemos eliminar ou diminuir as causas dos acidentes 
através da análise de um acidente do trabalho e através de uma prévia análise do 
ambiente de trabalho e de seus trabalhadores. Após essas análises, deve-se procurar 
eliminar ou atenuar os fatores de risco para diminuir-se a probabilidade de ocorrência 
de acidentes. 
 
 
 
 
Apostilas Ideal
 
 
 9 
1.3.1 Causas humanas: 
Chamamos de fator pessoal de insegurança ao comportamento humano, 
devido a uma deficiência ou alteração psíquica ou física, que leva a pessoa a provocar 
o ato inseguro que poderá causar o acidente. 
São fatores pessoais de insegurança: 
. Fator mental (nervosismo, violência, insatisfação com o trabalho etc.); 
. Fator físico (audição, visão, doença etc.); 
. Fator técnico (falta de conhecimento, de experiência, de habilidade etc.); 
. Fator fisiológico (rodízios de turnos de trabalho, hora-extra etc.); 
. Fator social (jogos de azar, embriaguês, relações com a família, relação 
com o patrão e/ou com os próprios colegas etc.). 
 
Para que os fatores acima não venham prejudicar nossas atividades no 
trabalho, abaixo estão relacionadas algumas sugestões de condutas a serem 
desenvolvidas no trabalho: 
- Procurar esquecer os problemas de casa e vice-versa. 
- Procurar ajuda para a solução dos problemas (colegas, chefe). 
- Informar sempre a suas condições físicas e emocionais. 
- Procurar sempre estar em harmonia com os colegas de trabalho. 
- Se não tiver certeza de sua competência para realização de uma tarefa, 
procurar orientação. 
- Conhecer seu material de trabalho. 
 
Como visto acima, o ato inseguro é uma conseqüência de fatores pessoais 
de insegurança, pois significa violar um procedimento aceito como seguro, expondo 
assim, as pessoas a riscos de acidentes. O ato inseguro não é só uma violação de uma 
norma escrita, mas, também, de inúmeras não escritas que a maioria de nós conhece e 
observa por uma questão de instinto de conservação. Os atos inseguros podem ser 
caracterizados basicamente pela existência de três comportamentos: imprudência, 
imperícia e negligência. 
Imprudência: agir sem cautela, sem sensatez, não tomar as devidas 
precauções. Consiste em enfrentar o perigo, arricar-se para ganhar tempo ou para 
evitar o esforço de tomar as devidas precauções. 
Imperícia: falta de habilidade ou de competência técnica para realização de 
uma tarefa. 
Apostilas Ideal
 
 
 10
Negligência: desleixo, displicência e relaxamento ao não observar a maneira 
correta de realizar uma tarefa. Exemplo: por displicência, não cumprir o regulamento de 
segurança. 
Esses comportamentos ficam bem evidenciados nos exemplos abaixo: 
o preconceito (“Acidentes fazem parte do trabalho”); 
o excesso de confiança (“A 20 anos faço assim e nada me aconteceu”); 
o ideia de que o acidente só acontecerá por fatalidade; 
o exibicionismo, brincadeiras e correrias (neutralizar dispositivo de 
 segurança); 
o vontade de revelar-se corajoso; 
o desleixo, indisciplina e insubordinação; 
o falta de rítmo ou concentração no trabalho; 
o lubrificar, ajustar ou limpar máquinas e equipamentos em movimento; 
o utilizar máquinas e equipamentos ou ferramentas defeituosas; 
o trabalhar em máquinas e equipamentos sem proteção; 
o deixar de usar os equipamentos de proteção individual; 
o usar erradamente as ferramentas manuais ou carregá-las nos bolsos; 
o empilhar materiais de modo inseguro; 
o depositar materiais nas passagens ou junto as portas de saída; 
o fumar ou abrir chamas junto a materiais inflamáveis, gases, explosivos 
etc; 
o trabalhar com os cabelos compridos, pulseiras , anéis etc; 
o distrair ou desviar a atenção dos colegas; 
o permanecer embaixo de cargas suspensas; 
o não acatar as normas escritas de segurança do trabalho; 
o atitudes de irreflexão (desempenhar as funções sem antes raciocinar 
sobre as suas conseqüências); 
o etc. 
 
É importante salientar que os atos inseguros são os maiores causadores de 
acidentes, pois os trabalhadores, muitas vezes, acham-se inatingíveis e, assim, não 
possuem a mentalidade prevencionista. Desta forma, colocam em risco a própria vida, 
e o que é mais grave, colocam também em risco a vida dos colegas de trabalho. 
 
 
Apostilas Ideal
 
 
 11
1.3.2 Causas ambientais 
As causas ambientais são aquelas relacionadas com o ambiente de 
trabalho. São caracterizadas pela existência de uma condição insegura. A condição 
insegura é inerente a empresa, ou seja, é a condição física ou mecânica perigosa, 
existente no local, na máquina, no equipamento ou na instalação, que permite ou 
ocasiona o acidente. 
A condição insegura pode ser analisada através da identificação do agente 
causador de acidentes, ou seja, de tudo aquilo que contribua diretamente para a 
ocorrência do acidente. Portanto, ao identificarmos os agentes, estaremos identificando 
uma condição insegura e assim poderemos tomar as medidas de prevenção 
necessárias. 
São exemplos de condições inseguras: 
o falta de ordem e limpeza no local de trabalho (óleo no chão, caixas mal 
empilhadas); 
o máquinas e equipamentos desprotegidos e defeituosos; 
o instalações elétricas em mau estado; 
o ruídos e/ou calor em excesso; 
o iluminação ou ventilação insuficiente; 
o existência de gases, vapores, poeiras ou névoas na atmosfera; 
o falta de sinalização ou avisos de segurança; 
o deficiência de equipamentos, ferramentas ou materiais; 
o pisos, escadas, passagens e coberturas com defeito; 
o armazenamento e manuseio inseguro de materiais; 
o falta de manutenção de máquinas, equipamentos e ferramentas; 
o horários excessivos de trabalho; 
o equipamento de proteção individual insuficiente ou danificado; 
o matéria-prima inadequada; 
o etc. 
 
Para que os fatores acima não venham prejudicar nossas atividades no 
trabalho, abaixo estão relacionadas algumas sugestões de condutas a serem 
desenvolvidas no trabalho: 
- Informar sempre a existência de máquinas com problemas e ferramentas 
danificadas ao responsável pelo setor, mesmo que estas máquinas e equipamentos 
não façam parte de seu trabalho. 
Apostilas Ideal
 
 
 12
- Analisar as condições do local de trabalho. 
- Usar sempre o EPI. 
- Conhecer seu equipamento e material de trabalho bem como os riscos que 
estes podem oferecer para sua saúde. 
 
Apostilas Ideal
 
 
 13
2. HIGIENE DO TRABALHO 
 
“Higiene do Trabalho é a ciência e arte devotada ao reconhecimento, 
antecipação e controle dos fatores ambientais e stress oriundos do ou no local de 
trabalho,que podem causar doença, comprometimento da saúde e bem estar, ou 
significante desconforto e ineficiência entre os trabalhadores ou membros de uma 
comunidade” (ACGIH). 
 
2.1 Conceituação, classificação e reconhecimento dos riscos 
ambientais. 
Os riscos ambientais são aqueles relacionados com o ambiente de trabalho. 
Consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes 
no ambiente de trabalho, capazes de causar danos à saúde do trabalhador em função 
de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição. Consideram-se 
também como riscos ambientais os agentes mecânicos e outras condições de 
insegurança existentes nos locais de trabalho, capazes de propiciar e contribuir para a 
ocorrência de acidentes do trabalho provocando lesões à integridade física do 
trabalhador. 
 
2.1.1 Riscos químicos 
Os produtos químicos estão presentes em quase todos os processos 
industriais como, por exemplo, para: limpeza, processamento industrial, pintura, 
remédios, inseticidas, lubrificantes etc. Sem o devido cuidado, esses produtos podem 
ser perigosos para a saúde dos trabalhadores e até mesmo letais. Por isso, é 
importante que os trabalhadores conheçam os produtos químicos do seu ambiente de 
trabalho. 
Quanto ao estado físico, os produtos químicos podem se apresentar nas 
formas: sólida, líquida e gasosa. Os produtos químicos que se encontram em 
suspensão ou dispersão no ar podem ser classificados como: 
a) Aerodispersóides: estes contaminantes são sistemas diversos, cujo meio 
de dispersão é gasoso e cuja fase dispersa consiste de partículas sólidas ou líquidas. 
Apresentam tamanho bastante reduzido e podem se manter por longo tempo em 
suspensão no ar. Para diferenciar os aerodispersóides, são utilizados os seguintes 
termos: 
Apostilas Ideal
 
 
 14
- Poeiras: aerodispersóides formados por dispersão e constituídas por 
partículas sólidas, geralmente com diâmetros maiores que 1 micron. Ex: poeiras de 
sílica, asbesto (amianto) e algodão. 
- Névoas: aerodispersóides constituídos por partículas líquidas, 
independentemente da origem e do tamanho das partículas. Ex: névoa de ácido 
sulfúrico e de tinta. 
- Fumos: aerodispersóides formados por condensação, sublimação ou 
reação química e constituídos por partículas sólidas, geralmente com diâmetros 
menores que 1 micron. Ex: fumos metálicos. 
- Fumaças: aerodispersóides resultantes da combustão incompleta de 
materiais orgânicos. São constituídas, geralmente, por partículas com diâmetros 
inferiores a 1 micron. 
b) Gases: são as substâncias que em condições normais de temperatura e 
pressão (25°C e 760mmHg) estão na forma gasosa (Exemplos: hidrogênio, oxigênio e 
nitrogênio). 
c) Vapores: são a fase gasosa de uma substância que a 25°C e 760mmHg é 
líquida ou sólida (Exemplos: vapor d’água, de gasolina, de naftalina etc). 
 
Conforme os efeitos fisiológicos sobre o organismo, os produtos químicos 
podem ser classificados em: 
- Irritantes: são substâncias que produzem inflamações nos tecidos vivos 
com que entram em contato direto, tais como a pele, a conjuntiva ocular e as vias 
respiratórias. Ex: ácido sulfúrico, amônia, cloro, gases nitrosos (solda elétrica), ozônio 
etc. 
- Asfixiantes: são aqueles que causam o bloqueio dos processos vitais 
tissulares (asfixia) pela falta de oxigênio. Podem ser subdivididos em: 
. Asfixiante simples: são as substâncias que têm a propriedade de deslocar o 
oxigênio do ar. O ar precisa manter, no mínimo, 18% de oxigênio para que a vida 
humana seja mantida sem risco algum. São exemplos de asfixiantes simples: 
nitrogênio, metano, acetileno, dióxido de carbono, hélio e etano. 
. Asfixiante químico: são substâncias que, ao ingressarem no organismo, 
interferem no processo de absorção do oxigênio pelo organismo. Ex: monóxido de 
carbono (CO), gás sulfídrico, anilina e ácido cianídrico. 
Apostilas Ideal
 
 
 15
- Narcóticos: são as substâncias que apresentam ação depressiva sobre o 
sistema nervoso central, produzindo efeito anestésico após terem sido absorvidos pelo 
sangue. Ex: éter etílico, acetona, hidrocarbonetos alifáticos, benzeno etc. 
- Intoxicantes sistêmicos: são compostos que causam lesões nos órgãos. 
Por exemplo, o benzeno e o tolueno são compostos que causam lesões no sistema 
formador de sangue. Já o álcool metílico e etílico e o dissulfeto de carbono atuam sob o 
sistema nervoso. Como compostos tóxicos orgânicos e metais tóxicos citam-se: o 
cianureto de sódio, cianureto de potássio, fluoreto e a maioria dos metais (chumbo, 
mercúrio, cádmio, berílio etc). 
Os materiais particulados, poeiras, fumos, neblinas e névoas, podem não ser 
tóxicos, mas mesmo assim, provocarem efeitos prejudiciais no organismo. Há poeiras 
que são produtoras de fibroses (poeira de sílica e de amianto). Há também poeiras 
inertes que não produzem efeitos apreciáveis, a não ser quando em grande 
concentração nos pulmões (ex: alguns carbonatos, sais complexos de alumínio e 
carvão). Por fim, há partículas que têm efeito alergizante e/ou irritante (ex: poeiras de 
algumas madeiras (caviúna), partículas de óleos vegetais (castanha e caju), pólens, 
resinas, sementes secas de mamona etc). 
Quanto à forma de absorção, os produtos químicos podem ser absorvidos: 
- por ingestão: a ingestão ocorre acidentalmente nos casos onde o 
trabalhador come, bebe ou fuma num ambiente de trabalho contaminado. É um 
processo que ocorre mais freqüentemente com as crianças. 
- pela pele: a substância penetra no organismo através da pele. A pele e sua 
gordura protetora agem como uma barreira efetiva. O agente químico pode agir apenas 
na superfície da pele provocando irritação primária ou penetrar no organismo através 
da pele, atingindo o sangue e provocando uma intoxicação generalizada. 
- por inalação: é a mais importante via de penetração de contaminantes. As 
substâncias são inaladas quando estão dispersas no ar atmosférico. Os gases e 
vapores absorvidos passam ao sangue para serem distribuídos a outras regiões do 
organismo. Os sólidos e líquidos absorvidos ficam retidos nos tecidos, podendo 
produzir uma ação localizada, ou dissolvem-se sendo possível sua distribuição através 
do aparelho circulatório. A capacidade pulmonar é de aproximadamente 1m³ de ar por 
hora e a superfície alveolar tem uma área de 80/90m². 
As vias de eliminação dos agentes químicos são: suor, urina e fezes. 
 
Apostilas Ideal
 
 
 16
Os fatores que colaboram para que os agentes químicos causem danos à 
saúde são: 
- O tempo de exposição aos agentes químicos; 
- O nível de concentração do produto; 
- A toxidez da substância; 
- A forma e o estado em que a substância se apresenta e 
- O grau de sensibilidade do indivíduo ao produto químico. 
 
Como medidas preventivas quanto à exposição aos produtos químicos, 
citam-se: 
- Ventilar o ambiente (abrir janelas e portas, usar ventiladores quando a 
concentração for alta); 
- Substituir o produto por um menos tóxico; 
- Modificar o processo industrial (efetuar o mesmo trabalho de forma 
diferente sem o uso de produtos químicos); 
- Confinar o equipamento que produz maior contaminação; 
- Usar os equipamentos de proteção individual adequados (máscara para pó, 
máscara para gases, luvas); 
- Limitar o tempo de exposição (consultar pessoa especializada sobre o 
tempo máximo de exposição a um produto químico, alternar tarefas,usar EPI); 
- Treinamento e 
- Exames médicos. 
 
Abaixo, são relacionadas algumas sugestões de condutas a serem 
desenvolvidas no trabalho: 
 - Informar sempre qualquer reação sofrida no organismo devido ao uso de 
um produto químico, assim, mais rápido será o socorro médico. 
- Nunca ingerir produtos desconhecidos. 
- Manter o ambiente limpo. 
- Identificar os produtos através de rótulos. 
 
Exemplo: 
- Tipo de produto: nome 
- Finalidade: limpeza de sanitários 
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 17
- Cuidados: evitar contatos com a pele, não ingerir, evitar inalação, ventilar 
ambiente, usar máscara; 
- Em caso de intoxicação: ingerir bastante água, procurar imediatamente um 
médico. 
 
A avaliação do risco de exposição a um agente químico num ambiente de 
trabalho deve ser feita da forma mais correta possível, determinando-se a 
concentração do agente no ambiente, cuidando para que as medições sejam 
realizadas com aparelhagem adequada e que sejam o mais representativas possíveis 
da exposição real a que estão submetidos os trabalhadores. 
A Norma Regulamentadora NR-15 (atividades e Operações Insalubres), em 
seu Anexo 11, determina que a avaliação das concentrações dos agentes químicos 
através de métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser 
feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto ao nível respiratório do 
trabalhador. Entre cada uma das amostragens deverá haver um intervalo, de no 
mínimo, 20 minutos. 
O Anexo 11 determina ainda que cada uma das concentrações obtidas nas 
referidas amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na equação que 
segue, sob pena de ser considerada situação de risco grave e iminente. 
 
Valor máximo = LT x FD. 
Onde: 
LT = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro 1 do 
Anexo 11 da NR-15 (Tabela de limites de tolerância para jornada de 48 horas por 
semana). 
FD = fator de desvio, segundo o Quadro 2 - Anexo 11 da NR-15. 
 
O limite de tolerância será considerado excedido quando a média aritimética 
das concentrações ultrapassar os valores fixados no Quadro 1. 
Se o agente químico apresentar “valor teto” assinalado no Quadro 1, 
considerar-se-á excedido o limite de tolerância, quando qualquer uma das 
concentrações obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados no mesmo 
Quadro. 
Alguns agentes químicos estão assinalados no Quadro 1 como agentes que 
podem ser absorvidos por via cutânea, e, portanto, exige na sua manipulação, o uso de 
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 18
luvas adequadas bem como EPI adequado às outras partes do corpo. A falta destes 
caracteriza a insalubridade da atividade. 
 
Quanto à forma de avaliação quantitativa do nível de concentração dos 
agentes químicos, têm-se aparelhos que podem ser reunidos em três grandes grupos: 
- aparelhos de leitura direta (amostragem instantânea): permitem o 
conhecimento do nível de concentração do contaminante com uma simples leitura. Ex.: 
tubos colorimétricos e aparelhos eletrônicos com sensores eletroquímicos. 
- aparelhos de separação do poluente do ar: separam o contaminante, 
recolhendo-o num meio apropriado (filtro). A amostragem se dá de forma contínua. 
Posteriormente o filtro é enviado para um laboratório para análise qualitativa e 
quantitativa. É necessário conhecer-se o volume de ar, para se determinar o grau de 
concentração do contaminante por metro cúbico de ar. Ex.: bomba de alta vazão, 
coletor gravimétrico, precipitador eletrostático e inpinger. 
- aparelhos de coleta de amostras de ar contaminado: são aparelhos que 
servem para coletar certa quantidade de ar, para ser analisada posteriormente em 
laboratório. São sacos plásticos, garrafões ou qualquer outro recipiente que possa ser 
bem fechado. Esses aparelhos são utilizados normalmente quando não há 
possibilidade de utilização de outros aparelhos. 
 
2.1.2 Riscos físicos 
Outro tipo de risco a que o trabalhador está sujeito no ambiente de trabalho 
é o risco devido aos agentes físicos. Estes riscos se caracterizam pela transferência de 
energia do agente físico para o trabalhador. Dependendo da quantidade de energia 
absorvida pelo trabalhador, o organismo deste poderá sofrer conseqüências, como, por 
exemplo, desenvolver uma doença profissional. 
Os agentes físicos mais importantes são: as temperaturas anormais (calor e 
frio), ruído, vibrações, pressões anormais, iluminação, radiações ionizantes e não-
ionizantes, umidade e eletricidade. De acordo com os objetivos deste curso, a seguir 
comentaremos alguns desses agentes. 
 
2.1.2.1 Temperaturas anormais 
A temperatura normal do corpo humano é de aproximadamente 37°C. O 
corpo humano produz calor e para manter sua temperatura em 37°C (equilíbrio 
térmico), perde calor para o ambiente se a sua temperatura for maior que a 
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 19
temperatura do ambiente e recebe calor do ambiente se a sua temperatura for menor 
do que a temperatura do ambiente. Estas trocas térmicas entre o corpo humano e o 
ambiente se manifestam através de quatro procedimentos básicos: 
- Convecção: é a transmissão de calor através de um fluido (ar). 
- Evaporação: consiste na evaporação do suor e, em certa medida, do 
vapor que é exalado dos pulmões na respiração. 
- Radiação: é a transmissão de calor através de ondas ou raios 
infravermelhos. 
- Condução: é a transmissão de calor por contato direto. 
É sabido que existe um grande número de atividades profissionais que 
expõem os trabalhadores à ambientes de trabalho que apresentam condições térmicas 
diferentes (exposição ao calor excessivo) daquelas a que o organismo está habituado a 
suportar, como por exemplo: fundições, ambientes com caldeiras, trabalhos a céu 
aberto (construção civil), ambiente fechados etc. Outro fator importante a salientar é o 
de que além das condições do ambiente de trabalho, tem influência marcante no 
conforto térmico do trabalhador o tipo de atividade que este exerce. Quanto maior a 
atividade física, maior a produção de calor e queima de calorias. 
Se o ambiente for quente o trabalhador poderá sofrer os seguintes efeitos: 
- cãibras do calor devido à perda excessiva de sal; 
- desidratação (perda de água); 
- prostação térmica (Distúrbio circulatório resultante da impossibilidade 
desse sistema compensar a solicitação excessiva a que fica submetido. Sintomas: dor 
de cabeça, tonturas, mal estar, fraqueza e até inconsciência); 
- Intermação ou insolação (Distúrbio no sistema termorregulador cujos 
sintomas são: tonturas, vertigens, tremores, convulsões e delírios. O termo intermação 
refere-se a fontes de calor artificiais e o termo insolação a fonte natural (Sol). É um 
estado patológico gravíssimo que pode levar a morte e, portanto, deve receber 
tratamento médico imediato); 
- choque térmico; 
- redução da capacidade de concentração; 
- irritabilidade; 
- sonolência; 
- diminuição da capacidade de trabalho; 
- desmaios; 
- catarata, etc. 
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 20
Para evitar os efeitos acima, como medidas preventivas, sugere-se: 
- aclimatar o trabalhador, isto é, expô-lo aos poucos ao calor; 
- ingerir água e sal para compensar a perda ocorrida pela sudorese; 
- se a sobrecarga térmica for intensa, deve-selimitar o tempo de exposição 
através de pausas para descanço; 
- usar equipamentos de proteção individual tais como: óculos com lentes 
especiais, luvas, mangotes, capuzes, aventais para proteger as partes expostas ao 
calor; 
- controlar as condições do ambiente através da isolação da fonte de calor 
ou de uma ventilação do ambiente e controle da umidade; 
- adotar medidas para circulação de ar; 
- adotar medidas de controle da umidade do ar (evitar umidade excesssiva); 
- não expor a pele ao sol (queimaduras); 
- usar roupas leves que facilitem a evaporação do suor e 
- usar roupas claras, pois estas absorvem menos calor. 
A avaliação da exposição ao calor num ambiente de trabalho deve ser 
realizada de acordo com o Anexo 3 da Norma Regulamentadora n°15 (NR 15 – 
Atividades e Operações Insalubres) da Portaria 3214/78. 
Segundo o Anexo 3 a exposição ao calor deve ser avaliada através do 
"Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo" – IBUTG, definido pelas equações que 
se seguem: 
Ambientes internos ou externos sem carga solar: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg 
 
Ambientes externos com carga solar: 
IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg 
 
onde: 
tbn = temperatura de bulbo úmido natural; 
tg = temperatura de globo; 
tbs = temperatura de bulbo seco. 
Os aparelhos que devem ser usados nesta avaliação são: termômetro de 
bulbo úmido natural, termômetro de globo e termômetro de mercúrio comum. As 
medições devem ser efetuadas no local onde permanece o trabalhador, à altura da 
região do corpo mais atingida. 
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 21
Os limites de tolerância para exposição ao calor, em regime de trabalho 
intermitente com períodos de descanso no próprio local de prestação de serviço e em 
regime de trabalho intermitente com período de descanso em outro local (local de 
descanso) são apresentados, respectivamente, nos Quadros 1 e 2 do Anexo 3. A 
avaliação é realizada levando-se em consideração o tipo de atividade exercida pelo 
trabalhador (Leve, Moderada ou Pesada) cuja determinação é feita consultando-se o 
Quadro 3. 
Tratou-se, neste item, até aqui, da exposição ao calor, porém, existem 
atividades em que o trabalhador se expõe ao frio (ex.: câmaras frigoríficas). O frio 
excessivo provoca perda de destreza manual e diminui as atividades fisiológicas. Por 
exemplo, cai a freqüência do pulso, da pressão arterial e da taxa metabólica, chegando 
a extremos de depressão das células cerebrais, inibindo as atividades dos mecanismos 
termocontroladores do sistema nervoso. 
Para evitar a hipotermia (diminuição da temperatura do corpo), o organismo 
aciona alguns mecanismos, entre os quais pode-se indicar: 
- vasoconstrição sanguínea; 
- desativação (fechamento) das glândulas sudoríparas; 
- diminuição da circulação sanguínea periférica e 
- a transformação química de lipídios (gorduras armazenadas). 
Entre as consequências da hipotermia, podem ser citados: mal estar geral, 
diminuição da destreza manual, comportamento extravagante (hipotermia do sangue 
que rega o cérebro), congelamento dos membros (os mais afetados são as 
extremidades), lesões locais pelo frio (urticária pelo frio, pé de imersão) etc. 
As exposições fatais ao frio são resultado, quase sempre, de exposições 
acidentais, envolvendo a dificuldade de escapar do ambiente frio ou de imersão em 
água fria. A morte ocorre quando a temperatura do corpo é inferior a 28° C, por falha 
cardíaca. 
No caso de existência de frio em conjunto com fatores, como o vento, 
umidade e sal (no caso dos pescadores), pode originar reumatismo localizado e dores 
nas articulações dos pés e das mãos. O frio, associado ao vento, também predispõe o 
organismo a doenças e resfriados. A combinação do frio com as vibrações origina 
perturbações ósseas e articulares, perda de sensibilidade e cãibras dolorosas, nas 
mãos (síndrome de Raynaud). Trabalhadores idosos ou com problemas no sistema 
circulatório necessitam atenção especial. 
Entre as medidas preventivas aos efeitos do frio, destacam-se: 
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 22
- a utilização da proteção individual adequada e 
- a limitação do tempo de trabalho. 
Em relação à proteção individual, o trabalhador deve estar provido de 
casaco adequado, gorro e calçado de couro de sola isolante (botas impermeáveis). O 
agasalho deve resguardar o pescoço e a cabeça. É importante lembrar que as roupas 
úmidas perdem a capacidade isolante, não conseguindo impedir a perda de calor. A 
roupa deve assegurar o máximo isolamento possível. Para as mãos, são aconselhadas 
luvas de dedos curtos e bem ajustadas às mangas; quanto maior for a velocidade do 
vento e menor for a temperatura na área de trabalho, maior deverá ser o isolamento 
requerido na roupa de proteção. 
Outras medidas que podem ser adotadas são: 
a) diminuir, ao máximo, a velocidade do ar dentro dos locais de trabalho; 
b) os assentos devem ser termicamente isolantes; 
c) limitar, o máximo possível, as posturas sedentárias, bem como os ritmos 
intensos, sendo preferíveis os ritmos regulares de trabalho; 
d) o trabalhador deve executar as tarefas sem precisar retirar as luvas, 
evitando a manipulação direta de produtos frios com as mãos; 
e) as portas das câmaras frigoríficas devem abrir do interior e dispor de sinal 
luminoso e sonoro para que possa ser percebida a presença da pessoa; 
f) as roupas de proteção devem estar sempre secas, limpas e em bom 
estado de conservação, pois quando muito usadas perdem a eficácia como isolante; 
g) aconselha-se que sejam realizadas pausas regulares de 20 min em locais 
aquecidos (com temperaturas acima de 20° C); 
h) o trabalhor deve alimentar-se com produtos de maior valor calórico; 
i) os trabalhadores expostos ao frio devem fazer controle médico periódico. 
A avaliação da exposição ao frio é determinada por avaliação qualitativa, 
através de simples inspeção do local de trabalho e verificação da proteção adequada 
ao trabalhador, conforme o Anexo n°9 da NR15 (Atividades e Operações Insalubres). 
Embora não esteja previsto no Anexo 9 da NR 15, a existência de 
parâmetros que permitam uma avaliação quantitativa da exposição ao frio, a ACGIH 
dispõe de TLV, que são comparados aos valores medidos de temperatura do ar e 
velocidade do vento. Todos os índices de estresse por frio têm limitações, mas, em 
condições adequadas, proporcionam uma informação útil; são eles: Wind Chill Index 
(WCI), índice de sensação térmica e índice de estresse térmico. 
 
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 23
2.1.2.2 Ruído: 
 
O som é composto por ondas formadas por variações de pressão do ar, 
ondas que viajam por este de forma semelhante àquelas que provocamos quando 
jogamos uma pedra na água. O som também é um tipo de vibração, só que sonora. 
Estas variações de pressão (som) atingem a nossa orelha, entram no nosso ouvido até 
bater no tímpano (pele fina esticada como um tambor). O tímpano vibra com qualquer 
som, e assim mexe com três ossinhos minúsculos ligados ao caracol (ou clóclea), que 
é a parte mais importante do ouvido, e que faz com que esses movimentos sejam 
levados ao cérebro através de condutores nervosos, que nos faz perceber e 
compreender o som. 
Podemos definir ruído como todo o som ruím, que agride nossos ouvidos. 
Ficar muito tempo num lugar com ruído ou mesmo pouco tempo sob um ruído muito 
intenso destrói exatamente a parte mais importante do ouvido, o caracol (surdez 
profissional). Uma vez destruídoo caracol, ficamos surdos, sem possibilidades de cura, 
onde nem os aparelhos de audição ajudam. 
Além da perda auditiva, o ruído ocasiona outros problemas ao trabalhador 
como: 
- cansaço excessivo, falta de atenção e concentração; 
- insônia e perda de apetite; 
- alterações de comportamento (irritação, mau humor etc); 
- dores de cabeça; 
- ansiedade e depressão; 
- tonturas e náuseas (enjôo); 
- aumento da pressão arterial; 
- etc. 
 
Para diminuirmos as possibilidades de perda auditiva por ruído e a 
ocorrência dos problemas acima, devemos analisar e atuar sobre os seguintes fatores: 
- nível de ruído (quanto mais intenso, pior); 
- a composição do ruído (quanto mais fino (agudo), pior); 
- o tempo de exposição ao ruído (quanto maior o tempo, pior); 
- os ruídos de impacto (prensas e martelos), são piores que os contínuos, 
portanto, o trabalhador nunca deve se expor a ruídos intensos sem proteção; 
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 24
- as vibrações transmitidas pelo chão (solo), objetos e paredes pioram o 
efeito do ruído; 
- o repouso em ambientes silenciosos é fundamental para não piorar os 
problemas causados pelo ruído. Se for observada uma perda auditiva, deve-se 
procurar um médico e identificar os elementos causadores desta perda para que 
medidas de proteção possam ser adotadas. 
 
Baseando-se nos fatores acima, para acabar com o ruído no ambiente de 
trabalho, ou até mesmo diminui-lo, devemos basicamente agir de duas maneiras: 
a) Usando medidas de proteção coletiva, que podem ser efetuadas de três 
formas: 
- Controle do ruído na fonte: consiste em agir sobre a máquina, equipamento 
ou processo. Significa por exemplo: efetuar uma boa manutenção da máquina; utilizar 
materiais que absorvam as vibrações nos encaixes, nas juntas e acoplamentos (ex.: 
metal por borracha) e fechar as partes mais barulhentas da máquina. 
- Controle do ruído na trajetória: consiste em agirmos sobre o local onde está 
a máquina ou equipamento, diminuindo a transmissão pela estrutura ou pelo ar, como 
por exemplo: usar calços de borracha, colocar biombos e anteparos (Ex.: de cortiça, de 
lã de vidro etc), fechar a porta e enclausurar a máquina. 
- Diminuição do tempo de exposição ao ruído: não permanecer mais tempo 
exposto ao ruído do que está determinado na NR-15. Isto deve ser analisado por 
pessoal técnico especializado. Para controlar o tempo de exposição pode-se atuar 
através: da alteração de rotinas de trabalho nas áreas mais ruidosas, do rodízio de 
pessoal, de alterações de horários de trabalho etc. 
b) Usando equipamentos de proteção individual: 
Quando não for conseguido eliminar o ruído ou atenuá-lo a níveis não 
prejudiciais, deve-se utilizar o equipamento de proteção individual (EPI). O EPI a ser 
utilizado em locais de ruído é o que chamamos de protetor auricular. O protetor pode 
ser do tipo circum-auricular ou do tipo inserção. 
Os do tipo circum-auriculares são usados fora do ouvido, cobrindo a orelha. 
São muitas vezes, menos confortáveis, mas nos protegem melhor do ruído e oferecem 
menos riscos de infecção. 
Os de inserção devem ser colocados dentro do ouvido (bucha, tampa de 
borracha, silicone ou de plástico). São menos eficientes e favorecem as infecções por 
ficarem em contato direto com o ouvido. Por isso, devem estar limpos, serem trocados 
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 25
periodicamente e acondicionados em caixas protetoras. Apresentam dimensões fixas e 
padronizadas (pequeno, médio e grande), sendo necessário para cada usuário o 
conhecimento das dimensões do conduto auditivo. 
O uso de protetores auriculares como medida de proteção na exposição ao 
ruído é uma ação que requer certos cuidados, ou seja, o que se deseja de um protetor 
auricular é que este atenue o ruído ambiental a valores os mais baixos possíveis ou, no 
pior caso, aos valores máximos permissíveis compatíveis com a exposição em 
questão. Porém, a atenuação oferecida em decibéis por um determinado protetor 
auticular não é um valor fixo, sendo distinta para diferentes tipos de ruído. Assim 
sendo, a proteção oferecida deve ser calculada em cada caso. Esse cálculo de 
estimativa pode ser feito de várias maneiras, uma das quais, apenas a título de 
exemplo em função dos objetivos deste curso, o chamado método NIOSH N°2 – RC 
(Índice de Redução Acústica). 
Quanto à exposição ao ruído, cabe salientar que muitas vezes o trabalhador 
não percebe a perda da capacidade auditiva, pois este se acostuma com o ruído. 
Porém, com o passar do tempo, tendo maior dificuldade para escutar, percebe o 
problema. Mas, há pouca coisa a fazer, pois esta perda auditiva é irreversível. Portanto, 
é importante que se desenvolva uma conduta de prevenção no ambiente trabalho, 
contra o ruído. 
Quanto à avaliação da exposição ao ruído num ambiente de trabalho, o 
Anexo 1 da Norma Regulamentadora n°15 (NR 15 – Atividades e Operações 
Insalubres) da Portaria 3214/78 dispõe sobre a avaliação do ruído contínuo ou 
intermitente e o Anexo 2 sobre a avaliação do ruído de impacto. 
Entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para os fins de aplicação de 
Limites de Tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Os níveis de ruído 
contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível 
de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de resposta 
lenta (SLOW). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. 
Os tempos de exposição aos níveis de ruído não devem exceder os limites 
de tolerância fixados no Quadro a seguir. 
 
 
 
 
 
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Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente 
NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA 
PERMISSÍVEL 
85 8 horas 
86 7 horas 
87 6 horas 
88 5 horas 
89 4 horas e 30 minutos 
90 4 horas 
91 3 horas e 30 minutos 
92 3 horas 
93 2 horas e 40 minutos 
94 2 horas e 15 minutos 
95 2 horas 
96 1 hora e 45 minutos 
98 1 hora e 15 minutos 
100 1 hora 
102 45 minutos 
104 35 minutos 
105 30 minutos 
106 25 minutos 
108 20 minutos 
110 15 minutos 
112 10 minutos 
114 8 minutos 
115 7 minutos 
 
 
 
Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será 
considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente 
mais elevado. 
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para 
indivíduos que não estejam adequadamente protegidos. 
Se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de 
exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos 
combinados, de forma que, se a soma das seguintes frações: 
 
C1/T1 + C2/T2 + C3/T3+ ……………… + Cn/Tn 
 
exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância. 
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 27
Na equação acima, Cn indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a 
um nível de ruído específico, e Tn indica a máxima exposição diária permissível a este 
nível, segundo o Quadro de limites de tolerância acima. 
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de 
ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, 
oferecerão risco grave e iminente. 
Quanto ao ruído de impacto, o Anexo 2 o define como aquele que apresenta 
picosde energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores 
a 1 (um) segundo. 
Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor 
de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para 
impacto. As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador. O limite de 
tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (linear). Nos intervalos entre os picos, 
o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo. 
Em caso de não se dispor de medidor de nível de pressão sonora com 
circuito de resposta para impacto, será válida a leitura feita no circuito de resposta 
rápida (FAST) e circuito de compensação "C". Neste caso, o limite de tolerância será 
de 120 dB(C). 
As atividades ou operações que exponham os trabalhadores, sem proteção 
adequada, a níveis de ruído de impacto superiores a 140 dB(LINEAR), medidos no 
circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no circuito de 
resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente. 
 
2.1.2.3 Iluminação 
As formas básicas de iluminação são: 
- Natural: quando existe o aproveitamento direto ou indireto da luz solar. 
- Artificial: quando é utilizado um sistema de iluminação, em geral a partir da 
eletricidade, que pode ser de dois tipos: 
- Geral: para iluminar todo um ambiente. 
- Suplementar: para reforçar a iluminação de uma determinada superfície ou 
tarefa. 
Uma iluminação deficiente pode ocasionar as seguintes conseqüências: 
- maior fadiga ocular; 
- maior risco de acidentes; 
- menor produtividade; 
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 28
- menor qualidade do trabalho e 
- ambiente psicologicamente negativo. 
 
Em ambientes industriais onde há presença de máquinas é importante a 
atenção com relação ao efeito estroboscópico. Este é um fenômeno que pode resultar 
da combinação de máquinas girantes ou com movimento alternado com uma fonte 
piscante (60Hz) que não é percebida (lâmpadas fluorescentes). Essa combinação pode 
resultar na falsa impressão de que a máquina está parada ou com pouco movimento, o 
que pode causar acidentes. Outro fator que aumenta a probabilidade de ocorrência de 
acidentes é a variação brusca de iluminância. 
Para que se tenha uma iluminação adequada alguns aspectos devem ser 
considerados: 
- tipo de lâmpada (reprodução de cores, eficiência luminosa, carga 
térmica); 
- tipo de luminária (difusão e diretividade da luz, ofuscamentos, reflexos); 
- quantidade de luminárias (valor da iluminância); 
- distribuição da luz (homogeneidade, contrastes, sombras); 
- manutenção (reposição e limpeza) e 
- cores (refletância/ambiente). 
 
A legislação brasileira, através da Portaria 3214/78, dispõe na NR17 
(Ergonomia), em seu item 17.5.3, sobre as condições de iluminação nos ambientes de 
trabalho. No item 17.5.3.3 há a determinação de que os níveis mínimos de 
iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminância 
estabelecidos na NBR 5413, norma brasileira registrada no INMETRO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 29
2.1.2.4 Eletricidade: 
Os riscos oriundos da eletricidade estão presentes em quase todos os 
ambientes de trabalho. Os riscos podem ser pessoais (choque elétrico) e materiais 
(incêndios). 
Os órgãos do corpo humano funcionam através de impulsos elétricos 
enviados pelo cérebro. O choque elétrico é uma perturbação fisiológica decorrente da 
passagem de uma corrente elétrica de origem externa pelo organismo. Esta corrente 
externa se soma a corrente interna (impulsos elétricos) provocando perturbações no 
funcionamento do organismo. 
O choque elétrico pode ser sofrido por contato direto (contato de pessoas e 
animais diretamente com partes energizadas de uma instalação elétrica) ou indireto 
(contato de pessoas e animais com partes metálicas (equipamentos) ou elementos 
condutores que, por falha de isolação, ficaram acidentalmente energizados). 
Entre os efeitos fisiológicos (perturbações) da corrente elétrica, podemos 
citar: 
 Tetanização: paralisia muscular devido à passagem da corrente elétrica 
pelos tecidos nervosos que controlam os músculos. Superposta aos impulsos de 
comando da mente a corrente os anula podendo bloquear um membro ou o corpo 
inteiro. De nada valem, nestes casos, a consciência do indivíduo e sua vontade de 
interromper o contato. 
Quando a corrente de choque é muito intensa, há uma repulsão violenta que 
pode até jogar a pessoa causando quedas e pancadas perigosas que podem ser 
consideradas como os efeitos indiretos do choque. 
 
 Parada respiratória: paralisia muscular (tetanização) devido à passagem 
da corrente elétrica pelos tecidos nervosos que controlam os músculos responsáveis 
pela respiração. Ocorre se a corrente de choque for de valor elevado, normalmente 
maior do que 30mA, e circular por um período de tempo relativamente pequeno (alguns 
minutos). Assim, a morte ocorrerá por asfixia. Neste caso deve-se aplicar a respiração 
artificial (respiração boca a boca) dentro de um intervalo de tempo inferior a 4 minutos, 
se não a morte ocorrerá com certeza. 
 
 Queimaduras: genericamente, a corrente elétrica atinge o organismo 
através do revestimento cutâneo. Por este motivo as vítimas de acidente com 
eletricidade apresentam, na maioria dos casos, queimaduras. Devido à alta resistência 
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 30
da pele, a passagem de corrente elétrica produz alterações estruturais conhecidas 
como “marcas da corrente” oriundas do efeito joule, ou seja, da quantidade de energia 
que é transformada em calor. 
As características das queimaduras provocadas pela eletricidade diferem 
daquelas causadas por efeitos químicos ou térmicos. Em relação às queimaduras por 
efeito térmico, aquelas causadas pela eletricidade são geralmente menos dolorosas 
pois a passagem da corrente poderá destruir as terminações nervosas. Não significa, 
porém, que sejam menos perigosas, pois elas tendem a progredir em profundidade 
mesmo depois de desfeito o contato ou a descarga. 
As queimaduras podem ocorrer de diversas formas, como por exemplo: 
- por contato: quando o acidentado toca uma superfície condutora 
energizada. 
- por arco voltaico: geralmente apresentam extensão e profundidade 
variáveis de acordo com o acréscimo do gradiente de tensão que originou a descarga 
elétrica. 
- por radiação: possuem um caráter semelhante às queimaduras por 
exposição ao sol e podem ser incapacitantes. Tem-se um caso em que 5 elementos 
trabalhando a cerca de 20 metros de um quadro de distribuição, ocorrido um curto-
circuito no quadro, tiveram que ser encaminhados a um hospital em virtude das lesões 
sofridas. 
- por vapor metálico: por fusão de um fusível ou condutor, há emissão de 
vapor de cobre (em alguns casos, prata ou estanho) que, em locais fechados, pode 
atingir a face ou as mãos. Embora bastante incomum essa situação demostra a 
necessidade de se colocarem os equipamentos elétricos em locais bem ventilados. 
 
 Fibrilação ventricular: batimento desordenado das contrações (sístole) e 
das expansões (diástole) do coração devido à corrente elétrica atingir o músculo 
cardíaco. Nesta situação, o coração deixa de bombear o sangue resultando na falta de 
oxigênio nos tecidos do corpo e no cérebro. O coração raramente se recupera por si só 
da fibrilação ventricular. No entanto, se aplicarmos uma corrente de curta duraçãoe de 
intensidade elevada, a fibrilação pode ser interrompida e o ritmo normal do coração 
pode ser restabelecido. O aparelho empregado para esta finalidade é o desfibrilador 
ventricular. Não possuindo tal aparelho, a aplicação da massagem cardíaca permitirá 
que o sangue circule pelo corpo dando tempo para que se providencie o aparelho, pois 
só a massagem não permitirá que o coração recobre da fibrilação ventricular. Às vezes, 
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não ocorre a fibrilação ventricular, mas sim, a parada cardíaca. Neste caso deverá ser 
suficiente a aplicação da massagem cardíaca. 
 As perturbações oriundas do choque elétrico serão mais graves ou menos 
graves, dependendo dos seguintes fatores: 
 Intensidade da corrente elétrica: quanto maior a intensidade da corrente 
elétrica maior será o risco do choque elétrico, conforme podemos observar na tabela 
abaixo. 
Efeitos gerais da corrente alternada eficaz (15 a 100Hz) em pessoas de boa saúde 
Intensidade (mA) Perturbações possíveis Estado possível 
após o choque 
Salvamento Resultado 
final provável 
1 (limiar de sensação) Nenhuma Normal Normal 
2 a 9 Sensação cada vez mais 
desagradável à medida que 
a intensidade aumenta. 
Contrações musculares. 
Normal Desnecessário Normal 
10 a 25 (25mA é o 
limite). Podem ocorrer 
efeitos fatais se a 
corrente não for 
cortada. 
Sensação dolorosa. 
Contrações violentas 
(agarramento ou repulsão). 
Perturbações circulatórias. 
Morte aparente Respiração 
artificial 
Restabeleci-
mento ou 
morte 
26 a 100 Sensação insuportável. 
Contrações violentas. 
Asfixia. Perturbações circu- 
latórias graves, inclusive 
fibrilação ventricular. 
Morte aparente Respiração 
artificial 
Restabeleci-
mento ou 
morte 
Acima de 100 Asfixia imediata. 
Fibrilação ventricular. 
Morte aparente Respiração 
artificial. 
Reanimação 
difícil. 
Restabeleci-
mento ou 
morte 
Vários ampéres Asfixia imediata. 
Queimaduras graves. 
Morte aparente 
ou imediata 
Praticamente 
impossível 
Morte 
 
Como vimos acima, a intensidade da corrente elétrica é um fator 
determinante na gravidade da lesão por choque elétrico. No entanto, observa-se que, 
para correntes do tipo corrente contínua (cc), as intensidades da corrente deverão ser 
mais elevadas para ocasionar as sensações do choque elétrico, a fibrilação ventricular 
e a morte. No caso da fibrilação ventricular, esta só ocorrerá se a corrente contínua for 
aplicada durante um instante curto, específico e vulnerável do ciclo cardíaco. Em outros 
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tipos de lesões tornam-se necessárias intensidades de corrente contínua de 3 a 5 
vezes maiores do que as do tipo alternada (ca). 
As correntes alternadas de freqüência entre 20 e 100Hz são as que 
oferecem maior risco. Especificamente as de 60 Hz, normalmente usadas nos sistemas 
de fornecimento de energia elétrica, são as mais perigosas uma vez que elas se situam 
próximas à freqüência a qual a possibilidade de ocorrência de fibrilação ventricular é 
maior. Para correntes alternadas de freqüências elevadas, acima de 2000Hz, as 
possibilidades de ocorrer o choque elétrico são pequenas; contudo, ocorrerão 
queimaduras, devido a corrente tender a circular pela parte externa do corpo, ao invés 
da interna. 
Outro aspecto a salientar é o de que as pessoas do sexo feminino são mais 
sensíveis aos efeitos do choque elétrico. 
 
 Influência da freqüência no limiar de sensação da corrente 
Freqüência 
(Hz) 
Limiar da 
sensação (mA) 
50-60 1,0 
500 1,5 
1.000 2,0 
5.000 7,0 
10.000 14 
100.000 50 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 33
 Tempo de exposição do indivíduo a corrente elétrica: quanto maior o 
tempo de exposição maior será o risco decorrente do choque elétrico. Por isso, é 
importante que os circuitos elétricos sejam sempre dotados de dispositivos tais como o 
disjuntor diferencial que interrompe a corrente de choque assim que detectada na 
grande maioria dos casos de choque elétrico. 
 
 Percurso da corrente através do corpo: tem grande influência na 
gravidade do choque elétrico o percurso seguido pela corrente no corpo da vítima. Uma 
corrente de intensidade elevada que circule de uma perna à outra pode resultar só em 
queimaduras locais, sem outras lesões mais sérias. No entanto, se a mesma 
intensidade de corrente circular de um braço ao outro da vítima, poderá levar a uma 
parada cardíaca. A figura abaixo fornece a porcentagem da corrente elétrica que 
passará pelo coração em relação à corrente que está atravessando o corpo em cada 
condição. 
 
Porcentagem da corrente que circula pelo coração em função do tipo de contato 
 
 Sensibilidade do organismo: a intensidade da corrente que circulará pelo 
corpo da vítima dependerá, bastante, da resistência elétrica que esta oferecer à 
passagem da corrente e também de qualquer outra resistência adicional entre a vítima 
e a terra. A resistência que o corpo humano oferece a passagem da corrente é quase 
que exclusivamente devida à camada externa da pele a qual é constituída de células 
mortas. Esta resistência está situada entre 100.000 e 600.000 ohms quando a pele 
apresenta-se seca e não apresenta cortes; a variação apresentada é função da sua 
espessura. Quando, no entanto encontra-se úmida, a condição mais facilmente 
encontrada na prática, a resistência elétrica do corpo pode ser tão baixa quanto 500 
ohms. Esta baixa resistência é originada pelo fato de que a corrente pode então passar 
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pela camada interna da pele que apresenta menor resistência. Também, ao estar com 
cortes, a pele pode oferecer uma baixa resistência. 
O valor elevado oferecido quando a pele está seca é relativamente difícil de 
ser encontrado na prática, pois mesmo que uma pessoa execute trabalhos que exijam 
pequeno esforço físico, seu corpo transpira e com isto a resistência é reduzida 
significativamente. Pelo mesmo motivo, ambientes que contenham muita umidade 
fazem com que a pele não ofereça uma resistência elevada. Assim, normalmente a 
resistência média do corpo humano em condições normais situa-se na faixa de 1000 a 
1500 ohms. 
A resistência oferecida pela parte interna do corpo, constituída pelo sangue, 
músculos e demais tecidos, comparativamente à da pele é bem baixa, medindo 
normalmente 300 ohms em média e apresentando um valor máximo de 500 ohms. 
Outro fator a considerar é o de que a resistência do corpo varia com a 
tensão aplicada. Note-se que para uma tensão aplicada de 50v, a resistência do corpo 
humano em 99% dos casos é superior a 5000 ohms, enquanto que em 1% dos casos 
pode baixar até cerca de 1000 ohms. Com 220v, a situação é decisivamente mais 
desfavorável: em 99% dos casos a resistência do corpo humano é superior a 2800 
ohms, enquanto que em 1% dos casos pode baixar até 800 ohms. 
 
Quanto aos níveis de tensão, definine-se como Baixa Tensão (BT) a tensão 
superior a 50 volts em corrente alternada ou 120 volts em corrente contínua e igual ou 
inferior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre 
fases ou entre fase e terra. Alta Tensão (AT) é a tensão superior a 1000 volts em 
corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua,entre fases ou entre fase e 
terra. Extrabaixa tensão é a tensão não superior a 50v em corrente alternada e 120v 
em tensão contínua (entre fases ou entre fases e terra). 
Levando em conta os diversos fatores, a NBR 5410 prevê valores máximos 
admissíveis para a tensão de contato, são as chamadas tensões de contato limite (em 
CA): 
- Situação 1, correspondendo a locais residenciais (quartos, salas cozinhas, 
corredores), comerciais (lojas, escritórios) e industriais (depósitos e a maior parte dos 
locais de produção) - 50v; 
- Situação 2, correspondendo à àreas externas (jardins, feiras), canteiros de 
obras, trailers, campings, locais condutores, ambientes molhados em geral - 25 v. 
 
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 35
A proteção contra choques elétricos compreende, em caráter geral, de dois 
tipos de proteção: 
 Proteção básica: meio destinado a impedir contato com partes vivas 
perigosas em condições normais (por exemplo, isolação básica ou separação básica, 
uso de barreira ou invólucro e limitação da tensão). 
 
Barreira de isolação e condutores isolados 
 
Barreiras de isolação 
 
 Proteção supletiva: meio destinado a suprir a proteção contra choques 
elétricos quando massas ou partes condutivas acessíveis tornam-se acidentalmente 
vivas (por exemplo, equipotencialização e seccionamento automático da alimentação, 
isolação suplementar e separação elétrica). 
Tem-se, ainda, a proteção adicional, que é a proteção em caráter específico, 
que consiste no meio destinado a garantir a proteção contra choques elétricos em 
situações de maior risco de perda ou anulação das medidas normalmente aplicáveis, 
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de dificuldade no atendimento pleno das condições de segurança associadas a 
determinada medida de proteção e/ou, ainda, em situações ou locais em que os 
perigos do choque elétrico são particularmente graves (por exemplo, realização de 
equipotencializações suplementares e o uso de proteção diferencial-residual de alta 
sensibilidade). 
Pelo exposto acima, como medidas de controle do choque elétrico, 
apresenta-se a seguir alguns exemplos de proteção ao choque: 
 Aterramento: a primeira finalidade do aterramento elétrico é eliminar os 
perigos de choque elétrico surgidos devido a um defeito no equipamento ou instalação 
elétrica que possibilite o surgimento de tensões elétricas em partes que não pertençam 
ao circuito elétrico suscetíveis de serem tocadas por uma pessoa. A eliminação de tais 
perigos, ao se empregar o aterramento elétrico, se dará através da apresentação de 
um caminho de menor resistência à corrente elétrica para a terra do que aquele 
oferecido pelo corpo da vítima. Este método de proteção constitui-se, pois, de dois 
pontos fundamentais: o primeiro consiste no transporte da energia elétrica que 
circularia pelo corpo da vítima caso não houvesse o aterramento, e o segundo, na 
descarga desta energia para a terra. O transporte da corrente elétrica de defeito para a 
terra é realizado através de um condutor, o qual deve possuir certas características 
para desempenhar a sua função. Uma destas características é de que seja um bom 
condutor de eletricidade, de preferência de cobre. Outro requisito é de que as 
dimensões de sua seção transversal permitam transportar a densidade de corrente 
esperada devido à falha no equipamento. A segunda finalidade do aterramento elétrico 
é a de proteger as instalações elétricas de incêndios ou explosões resultantes da 
manipulação de produtos inflamáveis e/ou explosivos. 
 
Aterramento elétrico com uma haste 
 
Haste de 
aterramento 
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 37
 Dispositivo de proteção contra tensão de contato operado por corrente (à 
corrente diferencial-residual-DR): esses dispositivos constituem-se no meio mais eficaz 
de proteção das pessoas e animais contra choques elétricos. Estes dispositivos 
permitem o uso seguro e adequado da eletricidade, reduzindo o nível de perigo às 
pessoas, as perdas de energia e os danos às instalações, porém sem dispensar outros 
elementos de proteção (disjuntores, fusíveis etc.). A sua aplicação é específica na 
proteção contra a corrente de fuga. 
 
 
Fonte: Recomendação Técnica de Procedimentos. RTP 05 - FUNDACENTRO 
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 38
O dispositivo DR tem por finalidade impedir a existência de uma “tensão de 
contato” demasiadamente elevada em uma peça condutora de eletricidade que não 
faça parte do circuito elétrico do equipamento ou da instalação elétrica. 
O princípio de funcionamento destes dispositivos é decorrente da aplicação 
da lei de Kirchhoff, ou seja, em uma instalação sem defeito, a soma geométrica das 
correntes nos condutores de fase e neutro é nula. Logo, o campo magnético gerado é 
nulo e a tensão induzida no secundário do transformador também será nula, não 
havendo, portanto, grandeza elétrica residual para conversão numa ação mecânica. 
A detecção dessa diferença é feita por um núcleo ferromagnético que 
envolve os condutores (menos o condutor PE) e que tem um enrolamento, no qual, em 
condições normais, não circula nenhuma corrente. Se houver uma diferença entre as 
correntes de entrada e de saída, surgirá uma tensão entre os terminais desse 
enrolamento, que acionará um eletroímã, que por sua vez abrirá o circuito principal. A 
corrente convencional de atuação do DR é representada por IΔn. Um DR de corrente 
nominal de 30mA oferece proteção contra contatos indiretos e, se a corrente nominal 
for menor ou igual a 30mA, oferecerá proteção também contra choques diretos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo de atuação do disjuntor diferencial 
 
 
 
 
 
 
10A 10A 10A 10,5A 
Id=0,5A 
O circuito principal 
será aberto 
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 Isolamento da fonte de energia: o propósito desta medida de proteção é 
fazer com que o equipamento ou a instalação elétrica sejam alimentados por um 
sistema elétrico que não tenha seus potenciais elétricos com referência a terra, para 
que na ocorrência de uma falha não causem risco de choque elétrico. São maneiras de 
separar um sistema elétrico que não possua seus potenciais elétricos com referência a 
terra de um que os possua o emprego de um transformador isolador ou de um conjunto 
motor-gerador. 
 
 
 
 
Transformador isolador 
 
O isolamento elétrico entre os dois circuitos, primário e secundário, oferecido 
pelos meios acima mencionados, deve ser suficientemente elevado, a fim de garantir 
um perfeito isolamento elétrico. Na prática, sempre ocorre uma fuga de corrente entre 
os circuitos, conforme ilustra a figura abaixo. Neste caso, a pessoa que toque um dos 
condutores do lado secundário, conforme ilustra a figura, dependendo da fuga que 
exista, poderá sofrer um choque elétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dupla isolação: este tipo de proteção é normalmente aplicado a 
equipamentos portáteis, tais como furadeiras elétricas manuais, os quais podem ser 
empregados nos mais variados locais e condições de trabalho, e mesmo por suas 
características, requerem outro sistema de proteção, que

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