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Comunicação Integrada em MARKETING Comunicação Integrada em MARKETING Co mu nic aç ão In te gr ad a e m M AR KE TI NG Marcelo Esteves Alves Márcio Roberto Camarotto Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Comunicação Integrada em Marketing Marcelo Esteves Alves Márcio Roberto Camarotto IESDE Brasil S.A. Curitiba Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br IESDE Brasil S.A. Al. Dr. Carlos de Carvalho, 1.482. CEP: 80730-200 Batel – Curitiba – PR 0800 708 88 88 – www.iesde.com.br Todos os direitos reservados. © 2010 – IESDE Brasil S.A. É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorização por escrito dos autores e do detentor dos direitos autorais. Capa: IESDE Brasil S.A. Imagem da capa: Shutterstock C172c Camarotto, Márcio Roberto; Alves, Marcelo Esteves / Comunicação Integrada em Marketing. / Márcio Roberto Camarotto; Marcelo Esteves Alves — Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2010. 216 p. ISBN: 978-85-387-1493-4 1. Marketing. 2. Marketing Direto. 3. Estratégia. 4. Merchandising. I. Título. CDD 658.8 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Marcelo Esteves Alves Mestre e Bacharel em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Con- tabilidade da Universidade de São Paulo (FEA- -USP). Graduado em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP). Consultor, pesquisador e pro- fessor com atuação em programas e projetos para empresas e organizações nacionais e inter- nacionais, privadas ou públicas. Doutorando em Ciências Sociais pela Pontifí- cia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Mestre em Administração e especialista em Di- dática do Ensino Superior pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduado em Admi- nistração pela Fundação Armando Álvares Pen- teado (FAAP). Atua como professor em cursos de graduação e pós-graduação em diversas institui- ções, tais como: PUC, Mackenzie, FMU, Anhembi Morumbi, Universidade Cidade de São Paulo, IMES e UniSal. Desenvolve e participa de cursos in company pelo SENAC-SP. Experiência em con- sultoria em gestão de empresas industriais e va- rejistas atuando nas seguintes áreas: estratégia, marketing, competitividade e vendas. Márcio Roberto Camarotto Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io O marketing e a comunicação integrada 11 11 | Introdução 12 | O marketing 14 | O escopo e o conceito de marketing 15 | A natureza da comunicação de marketing 16 | O relacionamento entre o marketing e a comunicação 20 | Conclusão Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 27 | Introdução 27 | Processo da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 31 | Missão e visão 32 | Análise situacional 35 | Objetivos 37 | Orçamento 39 | Conclusão Propaganda e mídias 47 47 | Introdução 47 | Conceito 48 | Objetivos 51 | Briefing 52 | Termos importantes em mídia 53 | Mídias selecionadas e suas características 56 | Conclusão Promoção de vendas e merchandising 63 63 | Introdução 64 | Conceito 65 | Objetivos e públicos 69 | Técnicas de promoção e de merchandising 73 | Conclusão 27 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Vendas e a comunicação pessoal 79 79 | Introdução 80 | Relacionamento com o cliente 82 | Competências do vendedor e ética 84 | Comunicação verbal e não verbal 87 | Métodos de vendas 89 | Conclusão Marketing direto 95 97 | Conceitos 99 | Desenvolvendo uma ação de marketing direto 102 | Marketing industrial 103 | Marketing de relacionamento 104 | Questões éticas e legais 105 | Conclusão Relações públicas, eventos e publicidade 115 115 | Introdução 116 | Relações públicas 118 | Eventos 120 | Organização de eventos 122 | Publicidade 123 | Modelos Apolíneo e Dionisíaco 124 | Conclusão Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io su m ár io Marketing digital 133 133 | Introdução 134 | Conceito e aplicações do marketing digital 135 | Relacionamento empresa-cliente 136 | O cliente na internet 139 | Formatos de propaganda na internet 140 | Plano e resultados da internet 142 | Conclusão Gestão financeira da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 149 | Introdução 150 | Conceitos básicos de finanças 152 | Gestão financeira 153 | Política de preços e comunicação 154 | Investimento na CIM 156 | Retorno sobre Investimentos 157 | Sustentabilidade financeira 158 | Conclusão Estratégias de negócio e a CIM 165 165 | Introdução 166 | Conceitos e objetivos 168 | Formulação de estratégias de negócio 169 | Estratégias de negócios voltadas para o consumidor 170 | Planejamento estratégico da comunicação integrada de marketing 172 | Ações de comunicação e marketing 174 | Conclusão 149 Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Redes sociais 183 184 | O poder das multidões nas redes sociais 186 | A sociedade em rede 189 | Redes sociais no ambiente empresarial 192 | Conclusão Comunicação organizacional 199 199 | Introdução 200 | Missão, visão, políticas e valores 202 | Dimensões da comunicação organizacional 203 | Objetivos 205 | O que e como comunicar 208 | Conclusão Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br C om unicação Integrada em M arketing Apresentação De maneira geral o conceito de marketing de- termina que uma organização deve satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes obtendo lucro como troca. Assim, as empresas precisam di- recionar seus esforços para satisfazer os anseios de seus clientes. O livro Comunicação Integrada em Marketing aborda várias áreas tendo como base itens como: marketing e a comunicação integrada, processo e planejamento, propaganda e mídias, promoção de vendas e merchandising, vendas e comunicação, marketing direto, relações públicas, eventos e pu- blicidades, marketing digital, gestão financeira e estratégia de negócios. Com um enfoque prático, a obra apresenta ainda exercícios ao final de cada capítulo, com o in- tuito de fixar os conceitos transmitidos, permitindo que cada profissional transfira os conhecimentos adquiridos para sua rotina diária de trabalho. Além dos exercícios, são oferecidos textos com- plementares, relacionados à temática de cada capí- tulo, convidando o leitor a refletir sobre os assuntos estudados e buscar o aprofundamento destes. Assim, ao término da obra, o leitor estará prepa- rado para lidar com as diversas etapas envolvidas no processo de Comunicação Integrada em Marke- ting, tema atual e concreto para empresas dos mais variados portes e segmentos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 11 O marketing e a comunicação integrada Introdução De maneira geral, o conceito de marketing determina que uma organiza- ção deve satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes obtendo lucro como troca. Assim, as empresas precisam direcionar seus esforços para satis- fazer os anseios de seus clientes. Esse raciocínio indica que se os clientes estão felizes com a troca estabe- lecida, as vendas e os lucros aumentam. Embora esse conceito pareça simples, sua implementação por toda a admi- nistração não o é. As práticas de gerenciamentode inúmeras empresas priori- zam até os dias atuais outras áreas como finanças, produção e operações. Isso ocorreu especialmente porque, em ambientes menos competitivos, costuma-se dedicar maior atenção aos aspectos internos da administração. A indústria do petróleo e produtores agrícolas estão entre as organizações com essas características. Ao longo do século XX as empresas evoluíram suas orientações no que se refere ao enfoque de sua administração. Na visão de Churchill e Peter (2000), primeiramente as empresas priorizavam a produção, acreditando que se fa- bricassem produtos melhores os clientes iriam comprá-los. Segundo esse raciocínio, os clientes vêm até o produto. Em um segundo momento, as em- presas se orientaram para as vendas, dedicando esforços em produzir bens e serviços, ir até os clientes e levá-los a comprar. O terceiro enfoque é a orien- tação para o marketing, que implica em se descobrir o que os clientes pre- cisam e desejam, produzir de acordo com as informações obtidas e oferecer tais produtos aos clientes. Churchill e Peter (2000, p. 10) acreditam que o quarto enfoque é o valor oferecido ao cliente. Eles afirmam que o marketing voltado para o valor é uma orientação para se alcançar objetivos desenvolvendo valor superior para os clientes. Ele é uma extensão da orientação para marketing. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 12 O marketing e a comunicação integrada Desde que o conceito de marketing chegou e foi disseminado no Brasil, houve diversas interpretações incompletas e incorretas quanto ao seu pro- pósito. Uma confusão muito comum refere-se à crença de que marketing e propaganda são a mesma coisa. Uma mudança importante nos últimos anos diz respeito ao aumento da importância da comunicação para as organizações. A complexidade dos negócios exige integração e planejamento de tudo que se comunica para clientes, funcionários e públicos interessados no negócio da empresa (os chamados stakeholders). O marketing Marketing é um termo usado com diversos significados. Nos últimos anos cada vez mais empresas, entidades e governos perceberam que ações e es- tratégias de marketing contribuem significativamente com seus objetivos. Em inglês a palavra market significa mercado. Sugere-se que marketing indica ação no mercado. Costuma-se traduzir a palavra marketing por mer- cadologia, ou seja, estudos de mercados. Na realidade é difícil encontrar uma palavra ou uma expressão que expli- que o significado exato de marketing. No meio empresarial alguns pensam em vendas quando se fala de marketing, enquanto outros associam marke- ting com propaganda e publicidade. Precisa-se compreender que o escopo de marketing é mais abrangente e convida as empresas a uma mudança na conduta dos negócios. Uma reflexão refere-se à seguinte indagação: marketing é um departa- mento ou uma filosofia empresarial? Para muitas organizações marketing é apenas um departamento. E esse departamento possui atribuições relacio- nadas a produtos (administração e desenvolvimento), pesquisas de merca- do e de satisfação, identificação das necessidades dos clientes, comunicação (propaganda e promoção), marcas e embalagem. Essas atribuições são ne- cessárias e contribuem significativamente para as vendas e para o relaciona- mento com os clientes quando desempenhadas com competência. Por outro lado, para desempenhar com competência suas responsabilida- des a área de marketing depende da performance e de decisões tomadas por Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O marketing e a comunicação integrada 13 outros setores da organização. Para alguns negócios, se não houver a adoção dos princípios de marketing disseminados por toda organização tem-se um papel secundário para essa área tão importante, uma vez que as empresas enfrentam concorrência crescente. É importante entender que para os clien- tes seu contato com a empresa não é departamental. Se ao entrar em uma agência bancária o cliente enfrentar problemas com a segurança ou com o atendimento, sua insatisfação será evidente e a área de marketing pouco ou nada poderá fazer para reverter essa percepção dos clientes, uma vez que o funcionamento de uma agência depende de seus processos, operações, pes- soas e estrutura. A American Marketing Association (AMA) apresentou em 2004 a seguinte definição: “Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a de- terminação do preço, a promoção e a distribuição de ideias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais”. Outra definição é apresentada por Limeira (2003, p. 2): “Marketing é a função empresarial que cria continuamente valor para o cliente e gera van- tagem competitiva duradoura para a empresa, por meio da gestão estraté- gica das variáveis controláveis de marketing: produto, preço, comunicação e distribuição”. Ambas as definições indicam que a satisfação dos clientes é condição básica para que o marketing atinja seus objetivos. Ao se considerar o ponto de vista dos consumidores, há uma quantidade grande de fatores que pode- rão influenciar o grau de satisfação, por exemplo, os atendimentos pré e pós- -vendas, as facilidades de compra, o ambiente físico ou virtual, eficiência do produto ou serviço, o prazo e modo de pagamento, as garantias, a assistên- cia técnica, a pontualidade da entrega, as ofertas, os preços etc. Constata-se então que muitas outras áreas da empresa além do marketing participam e alimentam a relação da mesma com seus clientes. A contínua valorização dos clientes e a necessidade de satisfazê-los fize- ram o marketing assumir um papel estratégico dentro da organização. Todas as funções organizacionais possuem metas e colaboram direta ou indireta- mente com os resultados, mas é fundamental que todas as áreas dentro da organização entendam e valorizem o cliente, pois o mesmo, em última ins- tância, é quem paga a conta. Assim, além das funções departamentais de marketing, torna-se necessário que a filosofia do bom trabalho para a satis- fação dos clientes permeie todas as áreas da organização. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 14 O marketing e a comunicação integrada Para Zenone e Buairide (2003, p. 22), de acordo com a concepção tradicional, o marketing era uma atividade acessória para as empresas em relação à produção; seu âmbito limitava-se à área de vendas, distribuição e publicidade. Na concepção moderna de marketing, seu papel é primordial na gestão de empresas; seu âmbito de atuação engloba desde a concepção do produto até o serviço pós-venda. A prática de marketing exige que se verifique alguns requisitos. São eles: deve haver indivíduos ou organizações que precisem ou desejem algo; � há alguém capaz de produzir e oferecer esse algo de modo satisfatório; � é preciso existir um processo de troca interessante para ambas as partes. � Assim, a premissa do estudo de marketing implica em afirmar que a em- presa deve sua existência aos seus clientes e/ou consumidores. A origem da estratégia, considerando-se a visão de marketing, reside nos clientes da em- presa, e não naquilo que a empresa tem por objetivos. O marketing é, então, a orientação fundamental, o modo de pensar e administrar qualquer negócio. O escopo e o conceito de marketing Muitas pessoas que não trabalham em marketing não compreendem o seu real significado. Quando se analisa marketing como uma função dos ne- gócios ou um departamento, tem-se uma visão ainda limitada, pois segundo essa perspectiva marketing é uma função como produção, recursos huma- nos ou contabilidade. Embora existam tarefas que podem ser classificadas de funcionais, é importante observar que seu escopo é maior. Para Kotler (2006, p. 4), “marketing é um processo social pelo qual indiví- duos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação,da oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com os outros”. O conceito acima remete a outras reflexões: O que as pessoas priorizam quando fazem trocas? � Quais são as prioridades e motivações dos clientes no processo de � compra? Como mudam essas prioridades ao longo do tempo? � Como os clientes comparam as ofertas das empresas? � Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O marketing e a comunicação integrada 15 Como a renda e a classe social dos indivíduos influenciam as motiva- � ções de compra? Em que medida as atividades de marketing afetam a qualidade perce- � bida pelos clientes em relação a um produto ou serviço? Quais são os melhores métodos de comunicação com os clientes? � Portanto, as atividades de marketing são mais complexas do que para muitos parece. Como citado acima, é preciso a colaboração dos diversos de- partamentos e áreas da empresa para que o objetivo da satisfação do cliente seja verdadeiramente alcançado. Ademais, a relação dos clientes com as em- presas por meio do processo de troca é dinâmica e está em constante trans- formação. Acompanhar essa evolução demanda um sistema de informações eficaz e constante, e canais de comunicação abertos e contínuos. Assim, compreender os clientes em seu comportamento de compra, in- vestigar os atributos positivos e negativos dos concorrentes, e analisar as tendências e mudanças de preferências alargam o escopo das atividades de marketing impondo aos profissionais da área novas práticas de atuação e pesquisas sistemáticas. A natureza da comunicação de marketing A comunicação de marketing é um aspecto importante da missão geral de marketing e um dos principais determinantes de sucesso de uma em- presa. O componente comunicação diz respeito ao “P” de promoção, sigla em inglês de promotion. O significado da palavra promoção nesse contexto refere-se a promover o produto, a marca, a empresa, uma oferta etc. Nos últi- mos anos profissionais e professores de marketing têm utilizado a expressão comunicação de marketing ao invés da palavra promoção. As organizações modernas, com ou sem fins lucrativos, usam várias formas de comunicação de marketing para promover suas propostas para o mercado com o propósito de atingir seus objetivos financeiros e não financeiros. Segundo Shimp (2002, p. 31), “comunicação é o processo pelo qual os pensamentos são transmitidos e o significado é compartilhado entre organizações e pessoas.” Ainda segundo o mesmo autor, a comunicação de marketing representa o conjunto de todos os elementos no mix de marketing de uma marca que facilitam trocas ao estabelecer significado compartilhado com os clientes daquela marca. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 16 O marketing e a comunicação integrada Por mix de marketing entende-se o composto mercadológico ou os 4Ps, como ficou popularizado no Brasil. Os 4Ps possuem o seguinte significado: Produto � – representa o bem ou serviço que está sendo comercializa- do, como um carro, um sapato, um seguro de vida ou uma passagem aérea. Esse “P” também é composto pela marca, pelo design, pela em- balagem, pelas cores e apresentação do produto. Todos esses aspectos comunicam algo aos clientes. Preço � – refere-se a quanto o cliente irá despender para adquirir o bem ou serviço. O preço também comunica algo na medida em que os clientes costumam comparar diversas ofertas e normalmente as- sociam preço com atributos como qualidade e durabilidade. Também envolve descontos, prazos de pagamento e crédito. Praça � – trata-se da maneira como os produtos e serviços chegam até os clientes. Em que lojas os produtos são encontrados, como e por quem são entregues. Engloba ainda assistência técnica e revendas. Promoção ou comunicação � – diz respeito a todas as ferramentas de comunicação usadas para promover os produtos e serviços, tais como as propagandas, os vendedores e a internet. Os profissionais de marketing procuram transmitir significados de suas marcas e os consumidores interpretam esse significado que pode ou não ser aquele que foi pretendido pelo comunicador. Um automóvel caminhonete pode possuir mais de um significado para os clientes potenciais. Alguns podem simplesmente perceber o carro adequado para transportar objetos na traseira, enquanto para outros pode sugerir um estilo de vida irreverente e simples. O relacionamento entre o marketing e a comunicação O aumento da concorrência e a intensificação da disputa pelos clientes em diversos mercados ocasionaram um incremento da comunicação de marketing. Pode-se afirmar que cresceu a importância do “P” de promo- ção relativo ao mix de marketing. Nos tempos atuais a sociedade vivencia uma verdadeira revolução relativa aos meios de informação e comunicação. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O marketing e a comunicação integrada 17 Como parte dessa realidade as empresas precisam estabelecer estratégias coerentes e eficazes de comunicação com os diversos públicos com os quais se relacionam diariamente. As organizações descobriram a importância de articular as comunicações que estabelecem com o ambiente em que estão inseridas. Para a área de marketing é especialmente importante as comunicações relativas ao merca- do-alvo da empresa. Por mercado-alvo entende-se o cliente que a organiza- ção procura atender com a sua oferta ao mercado. A figura 1 apresenta o fluxo do gerenciamento de marketing e onde a comunicação participa da estratégia mercadológica. Mercado-alvo Segmentação e posicio- namento de mercado Análise da situação Análise das oportunidades de mercado Objetivos e metas de marketing Estratégia de marketing Produto Preço Canais de distribuição Comunicação Programas de marketing Respostas do mercado-alvo Missão organizacional Figura 1 – Fluxo de Gerenciamento de Marketing. (O G D EN , 2 00 2, p . 3 . A da pt ad o. ) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 18 O marketing e a comunicação integrada Fluxo do gerenciamento de marketing Segundo o fluxo apresentado anteriormente, o gerenciamento de marke- ting considera inicialmente a declaração de missão da empresa. A missão diz respeito à razão da existência da empresa, ou seja, o que ela é, em que setor está localizada e qual é seu negócio. Embora uma reflexão rápida indique que respostas para as indagações acima sejam óbvias, nem sempre são, uma vez que a declaração de missão remete a uma reflexão dos gestores da organização que extrapolam ideias simples, como obter lucro e produzir produtos para determinado mercado. A análise da situação busca trazer informações do histórico da empre- sa em relação a resultados mercadológicos e financeiros alcançados, cres- cimento da empresa, inovações realizadas, volumes e evolução das vendas, entre outras informações. Além dessas informações internas, deve oferecer dados relativos ao macro ambiente da empresa que inclui o ambiente polí- tico-legal, os passos da concorrência, a situação econômica e social, mudan- ças culturais que afetam os negócios, influências tecnológicas, entre outros fatores. Nessa etapa, especialmente complexa, busca-se o entendimento do momento competitivo vivido pela empresa quando a análise se estabelece. No passo seguinte, apresentado na figura 1, são observadas as oportuni- dades de mercado. Entende-se que após a análise da situação, o consequente entendimento do mercado em que atua e a verificação de suas potencialida- des e fraquezas, a organização deverá descobrir oportunidades de mercado que a levarão aos seus objetivos de crescimento e desenvolvimento. Nesse passo recomenda-se a utilização de ferramentas qualitativas e quantitativas que possam ajudar a empresa a identificar os mercados e avaliar a impor- tância relativa de cada um deles.Técnicas qualitativas, por exemplo, podem ser utilizadas para avaliar a percepção dos consumidores sobre determina- do serviço ou produto. De modo geral se pretende identificar quais são os melhores mercados-alvo para os produtos e serviços que a empresa possui condições de oferecer. O mercado-alvo diz respeito ao grupo de clientes que a empresa decide direcionar seus esforços mercadológicos. Aspectos como a disposição de comprar e condições financeiras devem ser considerados nessa decisão. Em seguida são estabelecidos os objetivos e metas de marketing. Sua de- terminação deve ser coerente com as análises realizadas nos passos anteriores. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O marketing e a comunicação integrada 19 Objetivos são mais genéricos e indicam ações menos específicas. As metas, ao contrário, devem possuir as seguintes características para serem eficazes: Objetividade e clareza � – isso implica ter fácil comunicação e entendi- mento de todos os envolvidos. Quantificáveis e temporais � – boas metas apresentam referências nu- méricas e horizonte de tempo para sua conquista. Atingível � – boas metas são audaciosas e ao mesmo tempo atingíveis, ou seja, representam um desafio motivador, e não algo tão distante onde seu alcance seja improvável. Relevantes � – uma meta deve ser importante para as pretensões mer- cadológicas da empresa. Consistentes � – boas metas são consistentes quando não geram con- flitos e transmitem mensagens contraditórias. Um exemplo refere-se ao incremento de vendas em mercados saturados com aumento de preços, uma vez que em mercados que apresentam saturação o au- mento de vendas leva normalmente a concessão de mais descontos, promoções etc. Isso é contraditório com o aumento de preços. Na etapa seguinte, as estratégias de marketing são construídas com o propósito de atingir os objetivos e metas determinados. Na estratégia ocorre uma descrição dos mercados-alvo e decisões de atuação para cada um deles. Nessa etapa do plano torna-se necessário o entendimento da segmentação de mercado visualizada pela empresa e a escolha dos produtos e serviços que serão ofertados nesses segmentos. Outra definição estratégica dessa etapa refere-se ao posicionamento dos produtos e serviços. Tais decisões envolvem preços praticados, nível de qualidade e atendimento ofertados, e diferenciais oferecidos em relação à concorrência. Pode-se dividir as escolhas estratégicas de marketing observando o compos- to mercadológico tradicional, como mostra a figura 1. Concretamente as escolhas estratégicas descritas anteriormente dizem respeito aos 4Ps, ou seja, ao produto, ao preço, à praça ou canais de distribuição e à promoção ou comunicação. Ressalta-se que cada um dos elementos do composto de marketing en- volve uma série de estudos, análises e possibilidades estratégicas. Eles estão também totalmente inter-relacionados e as decisões estratégicas devem con- siderar sua integração. Um produto que pretende atingir o mercado popu- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 20 O marketing e a comunicação integrada lar, por exemplo, deve possuir atributos, marca e embalagem que ofereçam atratividade ao público-alvo escolhido. Mas isso não é suficiente, uma vez que o preço deve ser compatível e de acordo com aquilo que o cliente-alvo está disposto a pagar. É preciso também que o produto seja acessível e facil- mente encontrado por esse público. Da mesma forma, a comunicação usará as mídias e ferramentas de vendas, promoção e merchandising que levem as informações e argumentações necessárias para atração dos clientes-alvo. A comunicação, objeto deste livro, possui papel fundamental no gerencia- mento mercadológico e o termo comunicação integrada de marketing busca justamente considerar as interligações do plano de marketing nas diversas áreas envolvidas, pois as organizações se comunicam o tempo inteiro, de di- versas maneiras e com os mais variados públicos. Assim, tratar a comunicação de modo estratégico tornou-se vital para as organizações do século XXI. Os programas de marketing são determinados em seguida e nesse mo- mento tem-se a execução e a implantação das ações. Cronogramas e alo- cação de recursos humanos e financeiros são atividades dessa etapa. Em termos de equipe de marketing, nessa etapa são respondidas perguntas como: quem faz o quê? Por quê? Quando? Em quanto tempo? etc. Em seguida tem-se as respostas do mercado-alvo. Monitorar o desem- penho, a efetividade das estratégias adotadas, a aceitação dos clientes, as reações dos concorrentes e o retorno financeiro alcançado são itens perten- centes à última etapa do gerenciamento de marketing. Na realidade, como a própria figura demonstra, as respostas do mercado-alvo são subsídios para que as organizações reiniciem o processo de planejamento. Como o ambiente competitivo muda, é natural que o gerenciamento de marketing e as comunicações mercadológicas também mudem. Ademais, as empresas evoluem quando aprendem com seus acertos, erros e é nessa etapa do processo que os resultados são analisados. Conclusão A compreensão da relação entre marketing e comunicação integra- da é fundamental para o estabelecimento de estratégias mercadológicas. Embora muitos confundam as expressões marketing e comunicação e outros as tomem como sinônimas é importante ressaltar que há diferenças no seu escopo e significado. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O marketing e a comunicação integrada 21 Pode-se afirmar que a comunicação integrada está contida em marketing, uma vez que o termo marketing atualmente é considerado uma estratégia de negócio voltado a satisfazer diversos públicos, especialmente os clientes- -alvo da organização. A área de marketing sofreu profundas transformações nas últimas déca- das e enfrenta desafios crescentes em função das mudanças culturais e tec- nológicas atuais. A comunicação integrada tornou-se ainda mais importante em função das novas mídias e do ambiente informacional que vivemos. Não é exagero afirmar que todas as ações, apresentações e pessoas de uma empresa comu- nicam alguma coisa para seus clientes e públicos interessados. Em outras pa- lavras, as empresas estabelecem comunicações com a sociedade e o merca- do o tempo inteiro. Assim, é necessária uma atuação integrada pela área de marketing para que exista consistência nesse conjunto de mensagens, que crescentemente são interativas. Assim, marketing e comunicação caminham juntos para que os propósitos organizacionais sejam alcançados. Ampliando seus conhecimentos Garantindo a relevância do marketing nas organizações Cecília Andreucci* Há algumas décadas, a área de marketing reinava absoluta no jogo de poder das organizações. Em determinados momentos de crise econômica esta força tendia para a área financeira, por razões óbvias, mas logo se via a retomada da importância do marketing. Era uma época de ouro onde, num mercado subexplorado, com pouca oferta de mídia, o lançamento de um produto, com grande exposição no horário nobre da televisão, garantia, na maioria das vezes, o sucesso da empreitada e também a mitificação do líder de marketing que coordenou o empreendimento. Nos últimos anos, contudo, vimos um movimento de fragmentação das áreas de marketing, o seu afastamento dos processos decisórios importan- tes e também é comum ouvirmos comentários sobre a “juniorização” da área. Fornecedores de serviços de marketing reclamam veladamente da dificulda- * Cecília Andreucci é ad- ministradora de empresas, mestre em comunicação e práticas de consumo, pós- graduada em Marketing (ESPM) e especialista em Marketing de Bens de Consumo (Kellogg Busi- ness School). É sócia-dire- tora da Brainz Marketing. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br22 O marketing e a comunicação integrada de de receber um briefing adequado, de interagir com seus clientes de forma satisfatória e de ter uma avaliação justa de seus trabalhos prestados. Certamente teríamos exemplos de organizações que, por valores e prin- cípios, mantém no marketing as decisões centrais relacionadas à estratégia e à experiência da marca, mas não é delas que vamos falar neste texto. Vamos abordar aquelas empresas que veem no marketing um centro de custo, e não de investimento, e que olham o profissional de marketing como menos estra- tégico do que o responsável pela relação com os investidores. O que gerou o contra movimento da evolução da área, numa época em que o consumidor tem cada vez mais o poder em suas mãos? O natural seria que, com o aumento da relevância da voz do consumidor na estratégia da empresa, o marketing, o seu natural representante interno, acompanhasse esse desenvol- vimento. Certamente, vários fatores podem ser apontados como responsáveis. Contudo, acredito que alguns deles sejam mais importantes para esta análise. O primeiro deles, que tem sido muito debatido, e até por isso não pretendo me aprofundar muito na questão, tem relação com a complexidade crescen- te do ambiente de marketing. Nesse aspecto, podemos incluir a explosão de marcas e produtos, a comoditização das marcas, a baixa lealdade dos consu- midores, a hipercompetitividade dos mercados, a fragmentação e convergên- cia das mídias, o baixo controle de conteúdos, especialmente na internet, a força dos varejistas e as pressões por custos e resultados financeiros. O mundo desse profissional ficou mais difícil e com isso mais difícil ainda ficou destacar- -se nessa arena. Diante desse cenário, o “marqueteiro” sofre para comprovar suas teses e convencer os acionistas e conselheiros de sua real contribuição para o negócio. Estes, por sua vez, também optam pelo caminho mais seguro, que tem relação com os resultados de curto prazo, deixando, assim, de inves- tir, tanto na estrutura de marketing como em suas iniciativas estratégicas, que muitas vezes só se justificam em médio e longo prazo. Por outro lado, o profissional de marketing, seja por inabilidade ou por cir- cunstâncias do meio em que está inserido, peca por não conseguir alinhar suas estratégias e ações aos objetivos do negócio. Muitas vezes até desco- nhece, de fato, o rumo da organização, conduzindo sua área como uma ilha de bem-estar num mar de pragmatismo. Outras vezes, até conduz sua área de forma pragmática, no sentido literal da palavra, mas voltado aos objetivos que não são os esperados pelos acionistas. Daí surge uma contradição que mina, dia a dia: a relevância da área perante os principais decisores. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O marketing e a comunicação integrada 23 A relevância da área de marketing está diretamente relacionada à coerência de suas ações na contribuição para o alcance dos objetivos do negócio e na sua capacidade de agregar valor. Se a organização não tem um bom pensamento ou planejamento estratégico, é muito provável que o marketing contribua pouco nesse caminho, já que “não existe vento favorável para aquele que não sabe para onde vai”. E nesse caso, o profissional de marketing pode crescer em impor- tância também se liderar esse processo dentro da organização, compelindo-a à definição de sua visão, missão e objetivos. Isso permitirá o estabelecimento da pedra fundamental de um bom trabalho de marketing. O marketing sem uma abordagem estratégica tende fortemente a não ser um bom marketing. Atividades de aplicação 1. Explique em que o conceito de marketing difere do conceito de comu- nicação. 2. A que se atribui o aumento da importância da área de comunicação de marketing nas últimas décadas? 3. Qual é o papel da comunicação no marketing mix (composto merca- dológico). 4. Descreva como a comunicação pode ajudar nas estratégias de marke- ting. Gabarito 1. O conceito de marketing abrange as atividades de propaganda, vendas e muitas outras. Pode-se dizer que as comunicações contribuem direta- mente para o sucesso do marketing como ferramentas a serem utilizadas para se atingir objetivos mercadológicos. O conceito de marketing en- globa o estudo e a análise de todo processo de troca realizado pela em- presa, no qual a construção da oferta recebe atenção especial. Por cons- trução da oferta entende-se: criação e desenvolvimento de produtos, marcas e embalagens, o posicionamento de preços, os canais de vendas e distribuição, e as estratégias de comunicação. Marketing também se responsabiliza pela captação, manutenção e fidelização de clientes. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 24 O marketing e a comunicação integrada 2. As mudanças e transformações ocorridas no ambiente empresarial ocasionaram o aumento da importância da comunicação de marke- ting. Isso se atribui a diversos fatores, entre eles: aumento da oferta e, por consequência, da concorrência, levando � as empresas a um relacionamento mais estreito com seus clientes e mercados; clientes mais bem informados e mais exigentes, ansiosos por inte- � ração e presteza na qualidade das informações recebidas; novas tecnologias proporcionando mais opções de comunicações � para os clientes; aumento do uso da internet proporcionando maior democratiza- � ção da informação. 3. O composto de marketing é constituído de 4 elementos: Produto, Preço, Canais de distribuição (Praça) e Comunicação (Promoção). Trata-se dos elementos que determinam as atividades e decisões de marketing. A comunicação deve considerar os outros elementos para ser mais eficaz, ou seja, ela deve comunicar o produto e marca considerando as caracte- rísticas do mesmo, seu público-alvo, os canais de vendas e distribuição, e a estratégia de preço adotada. É necessária uma integração desses ele- mentos para que os resultados de marketing sejam melhores. 4. As estratégias de marketing são definidas por meio de etapas que estu- dam o mercado e procuram as melhores maneiras de se atuar no mesmo. As estratégias definem mercados-alvo e posicionamentos pertinentes nos quais as empresas fazem escolhas de atuação. Quando a estratégia está claramente definida a empresa encontra menos dificuldades de co- municação, uma vez que há informações e subsídios para determinação do que se quer comunicar, quando e por que se quer comunicar. Ressal- ta-se assim, mais uma vez, a importância em se integrar os métodos de comunicação com o marketing e a estratégia empresarial. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br O marketing e a comunicação integrada 25 Referências AMERICAN MARKETING ASSOCIATION. Disponível em: <www.marketingpower. com.br>. CHURCHILL, G.; PETER, J. P. Marketing Criando Valor para os Clientes. São Paulo: Saraiva, 2000. KOTLER, P.; KELLER, K. Administração de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2006. LIMEIRA, T. E-marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. OGDEN, J. R. Comunicação Integrada de Marketing. São Paulo: Prentice Hall, 2002. SHIMP, T. A. Propaganda e Promoção. Porto Alegre: Bookman, 2002. ______. Propaganda e Promoção. Porto Alegre: Bookman, 2004. ZENONE, L. C.; BUAIRIDE, A. M. Marketing da Comunicação. São Paulo: Futura, 2003. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 27 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) Introdução O gestor, gerente ou administrador, é todo aquele profissional responsá- vel por recursos da empresa ou organização. É a pessoa que toma decisões sobre o uso de recursos, independentemente de sua formação profissional ou escolaridade. Recursos que podem ser materiais (como máquinas e equi- pamentos), financeiros,humanos, de informação e tecnologia. O trabalho desse gestor é um processo de administração, ou seja, envolve o desempenho das funções administrativas: planejar, organizar, dirigir e con- trolar. No caso, tudo isso aplicado às comunicações de marketing. Neste capítulo será estudado o processo da comunicação integrada de marketing, ou seja, serão estudadas as atividades interligadas que o gestor encarregado da comunicação (integrada) de marketing deve desempenhar. O planejamento da CIM receberá maior destaque, uma vez que ele servirá como referência para a estruturação e para o desempenho das demais fun- ções do gestor da comunicação. Processo da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) Esse processo será explicado em diferentes graus de detalhamento, para favorecer a compreensão por parte do leitor. Inicialmente será mostrada uma ilustração com as etapas do processo da comunicação (integrada) no con- texto do marketing para, em seguida, abordar, brevemente, cada uma delas, de modo que fique mais claro para o leitor qual o encadeamento lógico das atividades. Continuando, algumas dessas atividades serão aprofundadas em tópicos subsequentes, enquanto outras merecerão capítulos específicos. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 28 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) A figura 1 ilustra o processo da CIM, apresentando as atividades necessá- rias à criação e desenvolvimento dessa comunicação empresarial. Há uma correspondência bastante próxima entre o que se faz no geren- ciamento de marketing (nível estratégico) e na comunicação integrada de marketing (nível tático). É fácil notar que o fluxograma mostrado agora é um detalhamento das atividades reunidas no retângulo “CIM” do fluxograma do capítulo anterior. Ilustra, assim, a sequência de atividades interligadas que compõem o pro- cesso da CIM, o qual ocorre no nível tático, ou seja, está subordinado ao que já foi determinado no nível estratégico do gerenciamento do marketing. Com esse detalhamento, espera-se tornar mais claras as etapas a serem cumpridas para que a comunicação de marketing atinja seu potencial, com o uso racional e coordenado das várias ferramentas disponíveis. Marketing direto Promoção de vendas Marketing digital Relações públicas e publicidade PropagandaVenda pessoal Missão/ Visão da CIM Plano de CIM (inclui alocação de recursos) Métodos de avaliação Tática de CIM Usuários atuais Análise competitiva Dados geográficos Análise situacional Objetivos gerais da CIM Orçamento Desenvolvimento de estratégia de CIM Figura 1 – Fluxograma da comunicação integrada de marketing. (O G D EN , 2 00 2, p . 1 8. A da pt ad o. ) Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 29 O primeiro passo é estabelecer missão e visão da CIM, de modo que todos possam entender e compartilhar da orientação básica sob a qual a comuni- cação será pensada, desenvolvida e executada, bem como de onde se deseja chegar. A análise situacional requer dados sobre o ambiente em que a empre- sa está inserida, de maneira a estabelecer o contexto no qual as atividades serão desenvolvidas. Embora muitos outros dados e informações possam ser úteis e necessários, será fundamental, no mínimo, analisar dados sobre os atuais usuários do produto, os competidores da empresa e dados geográfi- cos relevantes. Com essas três análises feitas já é possível traçar um panorama da con- dição presente, e a partir dessa compreensão da situação atual podem ser estabelecidos os objetivos gerais da comunicação. É necessário racionalidade, cuidado e certa experiência para fixar e des- crever objetivos de uma maneira clara, realista e priorizada. A comunicação não pode resolver tudo. É irreal achar que a comunicação vai transformar um produto ruim em um sucesso de vendas, um campeão de faturamento e lucros por anos e anos. O orçamento a ser elaborado é decorrente dos objetivos a serem alcança- dos. É o orçamento que vai permitir realizar as atividades necessárias ao al- cance das metas e objetivos fixados pela empresa. O orçamento é uma peça fundamental de planejamento (e posterior acompanhamento e controle) que estabelece o nível de comprometimento de recursos necessário para a execução das atividades que conduzirão ao futuro desejado. Após a preparação desse orçamento, é o momento para o desenvol- vimento da estratégia da comunicação integrada, ou seja, das diretrizes gerais que orientarão as ações a serem implementadas pelo responsável de marketing, sempre com a intenção de alcançar objetivos e metas estabeleci- dos pela organização. Mas essa estratégia geral ainda não é executável diretamente, não se per- cebe com facilidade o que especificamente deve ser feito na prática. Será necessário tomar uma série de decisões táticas (táticas de CIM), envolvendo o uso e a intensidade de uso das ferramentas (também chamadas variáveis ou elementos) de comunicação de marketing, que são: Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 30 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) propaganda; � promoção de vendas; � venda pessoal; � relações públicas e publicidade; � marketing direto; � marketing digital; � Cada uma delas possui características, vantagens, limitações e custos pró- prios, fazendo com que normalmente um plano de CIM faça uso de algumas das ferramentas citadas. Também em decorrência dessas peculiaridades, há, normalmente, combinações alternativas de emprego dessas variáveis, até porque a ênfase em uma ou outra ferramenta depende do contexto e dos objetivos, entre outras coisas. Empresas diferentes distribuem sua verba de comunicação de modo dis- tinto. Da mesma forma, diferentes gerentes de comunicação irão optar por distintos compostos de comunicação, e isso não é errado. É possível alcançar determinado nível de faturamento com o uso de diversas combinações de ferramentas de promoção. Além disso, como as empresas buscam eficiência, uma ferramenta pode ser trocada, total ou parcialmente, por outra, dependendo dos custos e be- nefícios relativos, a cada momento. Não há um mix de comunicação que seja sempre melhor. Logicamente, o maior sucesso, os melhores resultados, poderá ser atribuí- do a uma escolha mais acertada do mix de comunicação por parte da empre- sa ou do gerente, seja por talento ou experiência, seja por pura sorte. Após terem sido gerados planos específicos relativos a cada uma dessas variáveis da comunicação de marketing (ou seja, terem sido desenvolvidos planos de venda pessoal, de marketing direto, e assim por diante), chega o momento de reunir todas essas informações sob o formato de um documen- to único, o plano de CIM. Nesse plano, mais uma vez, observa-se a coerência e a consistência de tudo que foi feito até o momento, e que está dentro do gerenciamento do marketing da organização. Esse é o documento que será apresentado à dire- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 31 toria de marketing para aprovação, e deve conter explicitamente os progra- mas e orçamentos de cada uma das ferramentas da comunicação. E para completar o processo, devem ser fixados os métodos de avaliação, ou seja, os indicadores e formas de controle pelas quais se poderá acompa- nhar a execução do que foi planejado, no sentido de manter-se o processo sob controle e garantir-se que os objetivos e metas sejam alcançados, para que missão e visão previamente estabelecidas sejam atingidas. Assim, ao final de cada campanha – e, de preferência, também durante todo o período em que o plano de comunicação está em curso –, os resulta- dos devem ser medidos e comparados com oplanejado. O acompanhamen- to e a avaliação dos resultados são importantes para que ações corretivas sejam tomadas, caso necessário. Permitem que o gestor aprenda com os erros e acertos, contribuindo para que já no próximo planejamento as deci- sões relativas à comunicação sejam mais eficientes e eficazes. E trazem maior transparência e credibilidade ao processo. As atividades de avaliação (e seus custos) devem estar formalmente pre- vistas no plano da CIM. A seguir, algumas das etapas do processo de CIM serão abordadas mais uma vez, um pouco mais profundamente, para melhor compreensão. Missão e visão São afirmações básicas que orientam os negócios e as decisões da em- presa. Possuem um caráter estratégico, servindo como diretrizes gerais para todas as atividades e pessoas. A missão ou propósito é uma declaração da razão de existir da empresa, da finalidade básica que a organização possui, do que e de quem ela repre- senta. Deve ser específica o suficiente para que as pessoas possam compre- ender o que é mais importante fazer, estabelecendo prioridades em suas ta- refas. Espera-se que sirva para diferenciar a empresa frente aos concorrentes e que seja válida por um período longo de tempo. A visão é uma descrição do que a empresa pretende ser no futuro, do ponto de vista de um observador externo. É uma condição a ser atingida, fa- vorável, possível e desafiadora, para inspirar as pessoas e servir como ponto de referência de onde a empresa quer chegar. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 32 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) Análise situacional Ainda que duas organizações que atuam num certo ramo de negócios tenham a mesma missão e visão, o mais provável é que existam diferenças substanciais na situação específica de cada uma delas. A trajetória de negócios, a evolução de cada uma, as estratégias que marcam a vida dessas empresas levaram-nas a uma condição única, a qual precisa ser bem compreendida devido às implicações que traz. A situação restringe e orienta as escolhas presentes e futuras que a organização pode fazer. Os atuais usuários do produto formam o mercado que a empresa atraiu até o momento, e com o qual certamente se relaciona. São essas pessoas que compram ou consomem o produto. São elas que, de fato, percebem bene- fícios ao adquirir ou utilizar os bens ou serviços que a organização vende. É fundamental entender exatamente o que e por que essas pessoas usam. Na verdade, é claro, há vários outros aspectos que devem ser conhecidos: como, quando, quanto, de que forma e onde compram. Mas, mesmo sem entrar nesses outros pontos – importantes! – do comportamento do consumidor, vale a pena concentrar atenção por alguns momentos em o que as pessoas compram e por quê. Por exemplo, uma caixa de chocolates é o objeto concreto que as pes- soas compram. Essa caixa contém algo como 400g de bombons de choco- late, embalados individualmente. Para algumas pessoas, são simplesmente chocolates para comer. O conteúdo da caixa vai durar alguns dias, talvez. Para outros compradores, a caixa é um pequeno presente, uma lembrança, que vai demonstrar um pouco de carinho para um amigo ou parente. Alguns clientes adquirem uma caixa dessas para oferecer bombons aos outros (uma gentileza!) e tentar uma aproximação com essas pessoas. Então, um mesmo produto é comprado por diferentes indivíduos, por razões distintas. Um comprou uma porção de chocolates para comer, porque gosta do sabor deles. Outros adquiriram um presente, a um preço acessível. Outros, ainda, buscaram uma forma simpática, segura e de baixo custo para se aproximarem de outras pessoas. É necessário entender o que os usuários atuais do produto compram e por quais razões. Provavelmente aí já surgirão informações importantes e que não eram óbvias. Da mesma forma, vale a pena investigar junto ao mer- cado já conquistado como, quando, quanto, onde e de que forma os consumi- Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 33 dores compram e consomem os produtos da empresa. E o mesmo pode ser feito em relação aos intermediários (lojistas, atacadistas, revendedores etc.): quais serão as razões de compra do produto para eles (tais como lucro, sim- plesmente, variedade, uma “isca” para novos clientes, imposição comercial do próprio fornecedor)? Outros públicos podem, também, ser relevantes para um diagnóstico da situação geral da empresa. Por exemplo, os acionistas (no caso de empresas de capital aberto), a imprensa, fornecedores. A lista de públicos interessados (stakeholders) a serem considerados para as atividades da empresa, inclusi- ve planejamento de CIM, muitas vezes é elaborada durante o planejamento estratégico da organização. Uma consulta ao plano estratégico pode, por- tanto, esclarecer melhor quais os possíveis públicos-alvo da comunicação de marketing. Em relação aos competidores da empresa, é importante levantar dados e informações sobre os concorrentes diretos e indiretos, seus pontos fortes e fracos, objetivos e estratégias em curso e para o futuro, padrão segundo o qual costumam reagir a manobras da concorrência (por exemplo, se uma empresa abaixa os preços, o que fazem os competidores nesse mercado? Es- peram os preços retornarem ao antigo patamar? Acompanham as reduções, ficando no mesmo patamar de valores? Respondem com um corte ainda mais profundo nos preços, abrindo a possibilidade de “uma guerra de preços”?). Cabe lembrar que ao analisar os competidores é interessante dar maior atenção à concorrência direta, mas não deve esquecer-se de monitorar as empresas que competem indiretamente. Um fabricante de refrigerantes pre- cisa acompanhar muito de perto o que fazem os demais produtores dessas mercadorias. Observar o composto de marketing, tentar identificar estraté- gias e antever movimentos competitivos, já que esses são produtos muito semelhantes, vendidos para o mesmo público-alvo a preço e condições simi- lares. Também deve monitorar outros concorrentes, tais como os fabricantes de sucos embalados, água mineral engarrafada etc. Afinal, uma pessoa pode satisfazer sua necessidade de beber líquido (ou refrescar-se, por exemplo) com diversos outros produtos. Dados geográficos relevantes ajudam a entender onde as vendas ocorrem e onde não ocorrem. Permitem detectar oportunidades e ameaças. Onde as vendas crescem mais? Em que lugares a participação de mercado é menor? Em que pontos os concorrentes mais oferecem descontos e promoções de Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 34 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) vendas? Quais regiões apresentam concentração de pessoas dentro do perfil do público-alvo do produto? Que setores apresentam maiores margens na comercialização dos produtos? Qual a cobertura geográfica da atual rede de intermediários? Existem organizações especializadas que fornecem dados geográficos obtidos em levantamentos periódicos padronizados (ACNielsen, Ibope1), os quais são muito úteis, mas apresentam custos elevados, os quais nem sempre as empresas podem ou querem pagar. Outra forma de analisar os territórios atendidos (ou não) é por meio de índices. Ogden (2002, p. 24) sugere o uso de dois indicadores relativos ao desempenho de uma marca em um certo mercado: o Brand Development Index (BDI – em português, índice de desenvolvimento da marca) e do Cate- gory Development Index (CDI – índice de desenvolvimento da categoria). Esses indicadores foram construídos de forma que a referência (condição neutra) está em 100 pontos. Acima disso, o desempenho é bom. Abaixo de 100, parece haver problemas. Se num dado mercado o CDI está acima da referência (100 pontos), a ca- tegoria de produto é mais bem aceita/consumida naquela regiãodo que na média do mercado. Por exemplo, o consumo de cereais matinais num bairro de classe alta provavelmente será maior do que num bairro com população menos abastada. O BDI mostra o desempenho da marca em comparação aos concorrentes. Pontuações acima de 100 indicam que a marca em estudo é mais bem rece- bida do que a média dos concorrentes. Também vale a pena comparar o BDI e o CDI. As fórmulas a seguir mostram como calcular esses indicadores. BDI = % do mercado nas vendas nacionais totais da marca x 100 % da população daquele mercado no total nacional CDI = % do mercado nas vendas nacionais totais da categoria x 100 % da população daquele mercado no total nacional 1 Empresa mundial de pesquisa de marketing. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 35 Objetivos A determinação dos objetivos está intimamente ligada ao foco sob o qual a situação é observada. Um foco estreito demais pode levar as pessoas a enxergarem apenas os sintomas do problema, e não suas causas. Com isso, claro, os objetivos estarão ligados ao combate dos sintomas, sem atacar a fonte dos problemas. Por outro lado, estabelecer objetivos amplos demais, vagos e gerais, dificul- ta a ação, e o resultado é que pouco consegue ser alcançado, pois o esforço fica diluído e não há concentração de forças suficiente para efetuar mudanças. Imagine entrar numa casa que estava fechada há um bom tempo. Há poeira e sujeira por todo o chão, a pintura está feia, velha. As paredes da sala estão úmidas e manchadas no alto, perto do teto. Definir objetivos de maneira ampla demais seria estabelecer uma “deixar a casa como nova”. Não haverá dinheiro para alcançar esse objetivo tão gran- dioso num tempo razoável. Muita coisa poderá ser tentada, mas o resultado final provavelmente será muito modesto. Podem começar a reformar a casa de alto a baixo, do teto ao chão. O dinheiro acaba e tudo fica incompleto. Objetivos estreitos demais seriam, por exemplo, estabelecer que “a casa deve estar limpa e com as paredes pintadas”. Isso é fácil de entender e de realizar. Também não é caro. Todos vão sentir que “fizeram sua parte”, alcan- çaram o objetivo e precisaram de pouco dinheiro. Mas é muito provável que logo a umidade e as manchas na parede voltem a aparecer. E talvez o proble- ma até se agrave com o tempo, já que as causas não foram resolvidas. Uma abordagem adequada seria analisar o problema buscando suas causas e, a partir daí, fixar objetivos claros, realistas e priorizados de acordo com os recursos disponíveis. No exemplo, os sintomas facilmente observá- veis são que a casa está suja, com pintura velha e na sala há umidade e man- chas no alto das paredes. Esses sintomas são decorrentes dos verdadeiros problemas do imóvel – e é isso que se deve resolver. Uma investigação sobre as causas revelaria, por exemplo, que os proble- mas são que a casa ficou fechada por muito tempo (daí a sujeira e o aspecto envelhecido da pintura) e que o telhado precisa de reparos (por isso há umi- dade no alto das paredes na sala e manchas). Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 36 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) Sendo assim, objetivos adequados seriam “restabelecer condições de uso do imóvel”. Com isso, os recursos seriam usados prioritariamente para limpe- za da casa e conserto do telhado. Se houver mais recursos, a sala recebe nova pintura. Se ainda houver dinheiro, pode-se pensar em pintar o restante do imóvel e até fazer outras melhorias. Mas tudo isso de forma organizada e de acordo com os recursos disponíveis. Para o caso da comunicação de marketing, em particular, existem critérios específicos que devem ser observados para a fixação de objetivos. Segundo Ogden (2002, p. 30), os objetivos da comunicação precisam estabelecer cla- ramente quem é o público-alvo da comunicação, o que deve ser alcançado, quando (um cronograma), e, além disso, devem ser: mensuráveis � e quantificáveis, para que seja possível medir os resulta- dos alcançados ao final da campanha e comparar com o que foi esta- belecido inicialmente; claros � , para que todos entendam o que se espera e possam trabalhar para alcançar; realistas � , pois alvos inatingíveis desmotivam as pessoas; integrados � , já que todos os objetivos estão interligados e, importante, pode ser gerado um resultado mais favorável do que simplesmente a soma dos efeitos de cada ação (sinergia). O gerente não deve forçar ou impor suas próprias ideias sobre as das outras pessoas. É preciso entender que todo mercado é, na verdade, hete- rogêneo e composto por pessoas que, além dessas distinções entre si, ainda são também diferentes do que o próprio gerente. Isso tudo é ainda mais re- levante quando se trata de outra cultura (ou subcultura). O gestor de marke- ting precisa estar alerta para evitar o etnocentrismo. Ou seja, deve manter-se atento à existência de outros significados, comportamentos, atitudes que pessoas de culturas diferentes da sua própria terão. Para os brasileiros, e para muitos dos ocidentais, casar-se de branco é mais do que normal; é até difícil imaginar uma jovem solteira chegar ao altar com um vestido de outra cor. Já na cultura chinesa espera-se que a noiva tenha um lindo traje vermelho, num tom bem vivo, afinal, para eles, vermelho é a cor da paixão. A comunicação de marketing busca, por natureza, persuadir os públicos. É uma comunicação que manifesta interesses bastante específicos, direcio- nados para o alcance de objetivos escolhidos pela empresa. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 37 A comunicação não consegue resolver todos os problemas. Nem atacar vários deles de uma só vez. É necessário selecionar o que se vai enfrentar, o que pode ser feito com base no diagnóstico feito durante a etapa da análise si- tuacional. Seleciona-se o problema mais relevante no momento para ser abor- dado na comunicação. Esse será o objetivo da comunicação de marketing. Uma avaliação técnica neutra pode indicar, por exemplo, que os produtos da organização são superiores aos da concorrência. Mas, apesar de seus produ- tos serem funcionalmente melhores, podem ser percebidos pelo público como inferiores. Isso é um problema que a comunicação tem condições de atacar. Orçamento Estabelecidos os objetivos da comunicação, é a vez de se decidir sobre a quantia de dinheiro necessária para se alcançar tais objetivos, o que re- sulta num orçamento (budget). É uma decisão de grande importância, uma vez que envolve valores expressivos e, em grande medida, restringe a real chance de atingir o que se espera. Mesmo assim, muitas empresas e organi- zações não dão atenção suficiente a esse ponto, buscando soluções rápidas, mas difíceis de defender sob um ponto de vista lógico e racional. A seguir serão apresentados cinco dos métodos mais utilizados para a determinação desse orçamento de comunicação. Método da disponibilidade de recursos (tudo o que for possível) � . A empresa, observando os recursos financeiros de que dispõe, decide o quanto vai investir na comunicação de marketing. Para essa decisão, a empresa pode partir das receitas estimadas (faturamento), menos custos e despesas previstos, e reservar uma parte dos lucros para in- vestir na CIM. Nesse modo de pensar, o argumento fundamental é que a empresa não pode gastar mais do que tem disponível. Ignora-se totalmente, porém, os efeitos da CIM sobre o faturamento e, na prática, acaba-se considerando que a promoção não é prioridade, sendo realizada “com uma parte do que sobrar, se sobrar”. Método da porcentagem sobre o faturamento � . Fixa-se um percen- tual do faturamento para ser investido na CIM (por exemplo, 2%). É um método simples,rápido, fácil de entender e que permite comparações ao longo do tempo e, até, entre empresas. No entanto, está baseado na Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 38 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) lógica de que as vendas levam às atividades de promoção, quando, na verdade, há evidências do contrário. Baseia-se, também, nos recursos existentes, e não nas necessidades ou oportunidades identificadas. Além disso, nas épocas em que o faturamento está baixo há pouco dinheiro para investir em comunicação. Com isso, o mercado será pou- co estimulado a comprar da empresa, e haverá menores chances de elevar o volume de vendas. Entra-se num círculo vicioso: baixo fatura- mento determina orçamento apertado, levando a uma comunicação insuficiente para estimular melhora nas vendas, as quais permanecem fracas realimentando o ciclo desfavorável aos negócios e ao lucro da organização. Em períodos de vendas fortes, por outro lado, pode haver um desperdício de recursos: o mercado já está aquecido e o compra- dor sem necessidade de estimulação. Método da porcentagem dos lucros � . De forma similar ao método anterior, há um percentual definido (dos lucros, nesse caso) para o or- çamento de promoção. Possui, basicamente, as mesmas vantagens e desvantagens já citadas. Método da paridade competitiva � . Consiste em estabelecer o orça- mento de comunicação da empresa baseando-se no orçamento dos competidores (em particular, no orçamento do líder de mercado). Os valores específicos podem estar acima ou abaixo daquilo que os com- petidores gastam, mas, de qualquer maneira, a ideia central é que os competidores têm melhores condições técnicas, possuem mais infor- mações que a empresa para decidir sobre a quantia total de dinheiro necessária para uma comunicação efetiva. Esquece, porém, que a es- trutura de custos e os objetivos da concorrência podem ser bastante diferentes dos que a empresa possui. Com isso, a empresa subordina parte de sua estratégia ao que seus competidores estão fazendo, po- dendo deixar passar oportunidades importantes e trilhando caminhos determinados pelos interesses dos outros. Método do objetivo e tarefa � . Por esse método, a empresa define objetivos específicos a serem alcançados e as tarefas necessárias para tanto, de modo que é possível estimar os custos dessas tarefas a serem realizadas para o alcance dos objetivos. É um método mais trabalho- so e demorado que os demais. Por outro lado, leva a que a empresa raciocine sobre cada um dos pontos importantes da CIM e sobre as relações entre os elementos do composto de comunicação. E porque Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 39 esses pontos ficam explicitados, é viável fazer o acompanhamento e controle da execução, dando condições para o aprendizado sobre o que funciona bem e o que não é tão útil. Vale lembrar que, independentemente de qual o método empregado, objetivos e orçamento estão intimamente ligados. Mesmo sendo ativi- dades separadas, poucas vezes a determinação de objetivos e metas é totalmente livre das restrições de recursos financeiros. Conclusão A comunicação de marketing busca persuadir os públicos. Compreender bem o processo de comunicação, e realizá-lo de forma a integrar as ferra- mentas, é condição indispensável para o uso mais racional e econômico dos recursos (sempre limitados!) da empresa. Com esse uso eficiente de recursos, direcionados segundo os objetivos que se deseja alcançar, contribui-se para a eficácia da organização. Eficiência e eficácia são fatores centrais na busca e na manutenção da com- petitividade, assegurando a sobrevivência a longo prazo da organização. A comunicação de marketing oferece contribuições importantes, as quais são ainda mais relevantes e impactantes quando há um alinhamento e uma integração das ferramentas, o que se consegue empregando o processo da comunicação aqui explicado. Ampliando seus conhecimentos Integrar é palavra de ordem na comunicação A comunicação 360o é uma tendência que une jornalismo, publicidade, RP e marketing para o sucesso de campanhas (OLIVEIRA, 2010) O que oferece mais resultados? Investir em ações pontuais ou condensá- -las numa estratégia única que atinja o público de várias formas? Optar pela segunda possibilidade é cada dia mais frequente e aos poucos os profissionais adquirem experiência e superam o desafio de unir as linguagens e coordenar as ações. O retorno das ações e o consumidor exigente tem sido alguns dos Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 40 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) motivos que levam agências de publicidade, de marketing e de imprensa a in- vestirem nessa área. A comunicação integrada ou 360º combina áreas como propaganda, rela- ções públicas, assessoria de imprensa, patrocínio, eventos e todos os serviços de marketing especializados, como promoção, relacionamento e marketing direto. Nela estão envolvidos desde os funcionários da empresa até os dis- tribuidores, formadores de opinião e consumidores finais com o objetivo de unir ações e mensagens para construir um relacionamento duradouro entre marcas e consumidores, como explica Selma Felerico, professora dos cursos de MBA em Marketing e pós-graduação em Comunicação da ESPM-SP. Em entrevista ao site ela explica que desde os anos 1980 há um movimento de valorização do consumidor. “A indústria corria atrás do consumidor. Hoje, a comunicação cria condições para fazer com que o público entre em contato com a marca”, afirma. Selma conta ainda que nos anos 1990 as ferramentas de marketing como promoção, eventos e merchandising ganharam importância. “Não podemos esquecer que o movimento atual do fortalecimento das ações de promoção, eventos, campanhas de incentivos e ações de guerrilhas é a migração da verba dos clientes. Ainda que o mercado de publicidade tradicional esteja em crescimento, o tamanho da fatia do bolo da propaganda tradicional na verba de Marketing das empresas vem diminuindo”, analisa. Estimativas de mercado indicam que os serviços especializados já correspondem a 60% da fatia, dei- xando a publicidade tradicional com 40%. Na publicidade A integração tornou-se de tal forma uma exigência do mercado que as agências investem em meios alternativos de levar a mensagem ao público. A Neogama/BBH tornou essa característica intrínseca aos seus valores. Sob o comando de Geraldo Rocha Azevedo, a Presidência de Ações Integradas tem como principal objetivo fazer com que as campanhas agreguem a execução de modo a ampliar o alcance para além dos 30 segundos ou da mídia impren- sa, como informa o próprio Geraldo. Para ele, o maior desafio é integrar pensamento e execução, além de en- contrar pessoas realmente comprometidas com esse objetivo, pois embora Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 41 as ações integradas aconteçam de forma isolada há algum tempo, a prática ainda é recente. “É muito difícil encontrar pessoas e ter a possibilidade de dis- cutir”, afirma em entrevista ao site. Um dos destaques da agência é o case IG Combine, que criou uma campa- nha integrada para o serviço de relacionamento do portal e obteve resultados positivos. Nela o público era abordado através de blitze, merchandising, rádio, vinhetas de TV, além da internet e de ganhar prêmios como passeios de limu- sine, jantares e até serenatas. “Isso comprova que com o compromisso com a integração o resultado é mais bacana”, avalia Rocha Azevedo. Nas relações públicas Os trabalhos de assessoria de imprensa, comunicação interna e publici- dade muitas vezes se confundem para o cliente.Pensando nisso, nasceu o conceito de agência de comunicação, uma empresa que reúne todos esses serviços. A Approach é uma delas. Em entrevista ao site, Beth Garcia, sócia-diretora da empresa, conta que para poupar tempo e dinheiro, uma das soluções foi concentrar a informação num único ponto cujo objetivo é redistribuir as informações para os canais adequados. “O trunfo é conhecer a fundo o conteúdo de informação do clien- te, suas metas empresariais e transmitir dentro de uma estratégia ampla as diferentes mensagens para os diferentes públicos da forma mais adequada”, observa. Desde serviços de assessoria de imprensa, como mídia training, à concep- ção e manutenção de sites e projetos promocionais, a tendência é seguida por empresas que optam por fornecer serviços ou mesmo gerenciar o conteúdo. “O que determina o serviço é a necessidade do cliente de transmitir uma men- sagem com um objetivo preciso”, explica Beth ao contar que vários serviços chegam a ser realizados externamente, mas sob o comando da agência de acordo com a estratégia previamente traçada pelo cliente. O case que Beth destaca é de um evento que movimenta milhares de pes- soas e exige um gerenciamento cuidadoso da informação: o Rock in Rio. Ela conta que em 2001 a Approach lidava com porta-vozes de expressão para a educação de jovens, venda de bilhetes, patrocinadores com uma única men- sagem a ser transmitida. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 42 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) No marketing O marketing tem se tornado o meio e a finalidade de muitas das ações de comunicação integrada. Ele se faz presente seja através da promoção (even- tos, brindes, incentivo) ou da estratégia. A 360 BTL é uma das empresas que absorveu a tendência e traz até no nome as características de integração. A agência tem pouco mais de dois anos, mas desde 1997, quando Wagner Zara- tin estava na F/Nazca, ele já havia notado a necessidade de atuar com todos os conceitos de comunicação para uma marca. Com um leque de serviços que oferecem desde promoção a relaciona- mento, Zaratin destaca a constante superação das agências de acordo com as necessidades dos anunciantes. “O desafio é juntar tudo numa linguagem e as ações estarem bem coordenadas. Num evento, as ações anteriores e de pós-evento talvez são mais importantes que o próprio evento”, ressalta e com- pleta contando o case da primeira concorrência da agência: o navio da Claro no verão de 2005, que reuniu 40 mil pessoas em 45 dias e ganhou mais de 30 prêmios. Para Célio Ashcar Junior, diretor geral da Mix Comunicação Integrada, em- presa de marketing promocional do Grupo Giovanni+DraftFCB, o ano de 2007 tem tudo para consolidar a integração junto às ferramentas das agências, prin- cipalmente porque hoje marketing e vendas estão mais alinhados. “A agência tem que levar todas as ferramentas e cabe ao cliente escolher”. Outra área que vinha sendo apontada como periférica há algum tempo ganhou espaço no cotidiano dos consumidores e, consequentemente, no in- teresse das empresas. A internet se tornou um dos principais pontos de en- contro, capaz de reunir ações de todas as áreas em blogs e redes sociais. Atividades de aplicação 1. Como os dados geográficos contribuem para a análise da situação? 2. Por que é importante ter cuidado com o foco da análise quando se vai fixar os objetivos da comunicação integrada de marketing? 3. Por que os objetivos da CIM devem ser, entre outras coisas, claros, rea- listas e mensuráveis? Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) 43 4. Muitas empresas utilizam o método da porcentagem sobre o fatura- mento para determinar o orçamento da comunicação de marketing. Quais são as vantagens e desvantagens desse método? Gabarito 1. Eles ajudam a entender as características e peculiaridades do merca- do, permitindo detectar oportunidades e ameaças, semelhanças e di- ferenças entre as regiões. 2. O foco da análise na fixação dos objetivos da CIM requer cuidados, para que seja adequado – nem amplo, nem estreito demais –, de modo que se possa enxergar e atacar as causas dos problemas, e não apenas seus sintomas. 3. Porque sendo objetivos: claros � , todos podem entender o que se espera que seja feito e po- dem trabalhar para isso; realistas � , será possível alcançá-los e isso favorece a motivação; mensuráveis � , podem ser medidos para acompanhamento e compa- ração com o que foi planejado. 4. Entre as vantagens estão: é um método simples, rápido e fácil de en- tender, que permite comparações ao longo do tempo e, até, entre em- presas. Suas desvantagens são: baseia-se numa lógica errônea, pode haver falta de recursos para comunicação durante períodos em que o faturamento está baixo e pode levar ao desperdício de recursos em épocas em que as vendas já estão aquecidas. Referências DIAS, S. R. (Coord.). Gestão de Marketing. São Paulo: Saraiva, 2003. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. 16. ed. São Paulo: Pear- son, 2006. LAMB JR., C. W.; HAIR JR., J. F.; MCDANIEL, C. Princípios de Marketing. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 44 Processo e planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) OGDEN, J. R. Comunicação Integrada de Marketing: modelo prático para um plano criativo e inovador. São Paulo: Prentice Hall, 2002. OLIVEIRA, Mariana. Integrar É Palavra de Ordem na Comunicação. Disponível em: <www.mundodomarketing.com.br/9,352,integrar-e-palavra-de-ordem-na- comunicacao.htm>. Acesso em: 20 ago. 2010. PINHEIRO, D.; GULLO, J. Comunicação Integrada de Marketing: gestão dos ele- mentos de comunicação – suporte às estratégias de marketing e de negócios da empresa. São Paulo: Atlas, 2005. ZENONE, L. C.; BUAIRIDE, A. M. R. Marketing da Comunicação: a visão do admi- nistrador de marketing. São Paulo: Futura, 2003. Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br Este material é parte integrante do acervo do IESDE BRASIL S.A., mais informações www.iesde.com.br 47 Propaganda e mídias Introdução Os assuntos deste capítulo são a propaganda, seus objetivos e suas ca- racterísticas, e a mídia empregada para que a propaganda possa chegar aos públicos-alvo. As decisões e táticas relativas à CIM levam ao uso das ferramentas da co- municação, entre elas a propaganda. E para que se possa alcançar os pú- blicos-alvo é necessário utilizar canais de comunicação, ou seja, meios de comunicação. Esses meios são frequentemente chamados de mídias (plural do latim medium, que significa meio). A propaganda é uma das possibilidades à disposição do gerente de co- municação. É tão importante no mercado de certos produtos (por exemplo, bens de consumo não duráveis tais como sabão em pó, refrigerantes, cerve- jas, xampus e condicionadores), que muitas pessoas chegam a pensar que propaganda é sinônimo de marketing. Mesmo sendo um importante instrumento de marketing, sobretudo em mercados de consumo, deve-se compreender que a propaganda é uma das opções à disposição do gerente. Não é a única. Não é sempre a principal. E, certamente, não pode ser confundida com o marketing como um todo. A propaganda é uma ferramenta útil e poderosa, mas ainda assim um elemen- to a serviço de uma estratégia maior, estabelecida na CIM, a qual, por sua vez, foi elaborada de modo a atender aos objetivos de marketing da corporação. Conceito Propaganda, segundo Kotler e Keller (2006, p. 566), “é qualquer forma paga de apresentação não pessoal e promocional de ideias, bens ou serviços por um patrocinador identificado.” De acordo com Limeira
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