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AULA 03 PROCESSO CIVIL

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Coisa julgada: esgotados todos os recursos, ou decorrido o prazo para que o recurso admissível seja interposto, a decisão se torna irrecorrível - é uma estabilidade alcançada por certas sentenças
Formal  estabilidade alcançada, ao se tornarem irrecorríveis, por certas sentenças terminativas, isto é, sentenças que não contêm a resolução do mérito da causa. (art. 486, § 1º)
Material  autoridade que acoberta as decisões de mérito irrecorríveis, tornando-as imutáveis e indiscutíveis (art. 502).
Soberanamente Material  depois do prazo de 02 anos para propositura da rescisória – art. 975
Mandado de Segurança - remédio constitucional  art. 5º, LXIX - direito líquido e certo – residual, quando não cabe HC e HD. 
DIREITO LÍQUIDO E CERTO - É aquele que pode ser demonstrado de plano mediante prova pré-constituída, sem a necessidade de dilação probatória. Trata-se de direito manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração
Súmula 625/STF, "controvérsia sobre matéria de direito não impede concessão de mandado de segurança“
L12016, Art. 1º, § 2o
LEGITIMIDADE: ATIVA titular desse direito 
- ATOS IMPUGNÁVEIS (jurisdição voluntária) ato autoridade pública ou de agentes de pessoa jurídica no exercício de atribuições públicas. O MS não é impetrado contra ato de particular que esteja em função privada.
	
Liminar  Art. 7º, III
Competência  Depende da AUTORIDADE COATORA e sua sede funcional.
Cuidado com as regras de competência previstas na CF (art. 102 e 105) e na CE!
CERJ, Art. 161. Compete ao Tribunal de Justiça:
IV - processar e julgar originariamente:
e) mandado de segurança e o habeas data contra atos:
1 - do Governador;
5 - dos Secretários de Estado;
6 - dos Procuradores-Gerais da Justiça, do Estado e da Defensoria Pública
Regra de competência ABSOLUTA e IMPRORROGÁVEL
Prazo Decadencial  120 dias, contados da ciência do ato impugnado
O termo inicial do prazo decadencial para a impetração de mandado de segurança, na hipótese de exclusão do candidato do concurso público, é o ato administrativo de efeitos concretos e não a publicação do edital, ainda que a causa de pedir envolva questionamento de critério do edital.
O prazo decadencial para impetração mandado de segurança contra ato omissivo da Administração renova-se mês a mês, por envolver obrigação de trato sucessivo.
Teoria da Encampação
Regra  indicação errônea da Autoridade Coatora  extinção sem resolução do mérito
A teoria da encampação ocorre quando o impetrante indica errônea autoridade coatora, mas a autoridade notificada encampa a impugnação e oferece a devida redarguição.
STJ Súmula 628: "A teoria da encampação é aplicada no mandado de segurança quando presentes, cumulativamente, os seguintes requisitos: a) existência de vínculo hierárquico entre a autoridade que prestou informações e a que ordenou a prática do ato impugnado; b) manifestação a respeito do mérito nas informações prestadas; e c) ausência de modificação de competência estabelecida na Constituição Federal."
Mandado de Injunção  Remédio constitucional  art. 5º, LXIX - controle abstrato de constitucionalidade  Lei 13.300/16
Norma constitucional de eficácia limitada + a ausência de uma norma regulamentadora do exercício de um direito constitucional. 
Finalidade  advertir o poder competente omisso da inefetividade de normas constitucionais  imediata aplicabilidade 
Inicialmente comunicava o órgão responsável pela regulamentação solicitando providências. Depois, o STF começou a fixar prazo, sob pena de mora, o que ensejava indenização  responsabilidade patrimonial pela omissão do Poder Legislativo.
STF  efeitos concretos Poder Judiciário viabiliza para o impetrante o exercício do direito previsto na CF  lei de greve  aplicação de lei 7.783/89 aos servidores
Legitimidade  art. 3º da Lei 13.300/16 // M.I. Coletivo  ART. 12
Teoria do precedente judicial.  valorização no CPC/15  isonomia + segurança jurídica + razoável duração do processo
Precedente pode ser um único julgado “leading case”, ou vários
Jurisprudência  conjunto de precedentes, várias decisões em determinado sentido, que pode, inclusive, se cristalizar em uma súmula
ratio decidendi (elemento da motivação / motivo determinante / norma jurídica geral) + obiter dictum (argumentos jurídicos expostos apenas de passagem na motivação da decisão//retirado da fundamentação da decisão judicial, não alterará a norma jurídica individual.
Modos de superação  Distinguishing (distinção do caso concreto em relação à jurisprudência) e overruling (superação da jurisprudência  mudança de entendimento)
Aplicação  art. 332 + art. 489, §1º, VI + art. 496, §4º
Recursos. é o remédio voluntário idôneo a ensejar, dentro do mesmo processo, a reforma, a invalidação, o esclarecimento ou a integração da decisão judicial que se impugna.
Recursos # Ações autônomas de impugnação  pressupõem a irrecorribilidade da decisão  instauração de um novo processo
Ex: mandado de segurança, reclamação e ação rescisória
 
Requisitos de Admissibilidade  Genéricos (intrínsecos e extrínsecos) ou Específicos
Genéricos:
Intrínsecos:
Cabimento 
Legitimidade
Interesse
Inexistência de fato extintivo ou impeditivo do direito de recorrer
2) Extrínsecos
Regularidade formal (ex: formação do instrumento no AI, art. 1017)
Preparo : recolhimento das custas 
Tempestividade: é o prazo; regra de 15 dias; exceção: ED (5 dias)
OBS: Possibilidade de correção de irregularidades formais:
Art. 932 Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação exigível. 
Enunciado 82 do FPPC: É dever do relator, e não faculdade, conceder o prazo ao recorrente para sanar o vício ou complementar a documentação exigível, antes de inadmitir qualquer recurso, inclusive os excepcionais.
Só se aplica para vícios FORMAIS e SANÁVEIS (Ex: ausência de assinatura)
Recurso de Apelação cabível contra as SENTENÇAS + decisões interlocutórias do art. 1009, §1º
Art. 1.012  Terá efeito suspensivo
§ 1º  Exceções (apelado já pode pedir cumpr. provisório da sentença que): 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos; 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; 
VI - decreta a interdição.
Efeito Devolutivo  é classificado pela doutrina majoritária em duas dimensões: 
quanto a sua extensão (dimensão horizontal); 
quanto a sua profundidade (dimensão vertical)
Efeito devolutivo horizontal: Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada. (tantum devolutum quantum appellatum)
Efeito devolutivo vertical: § 1o Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2o Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
ART. 1.013, § 3º  TEORIA DA CAUSA MADURA:
É a possibilidade de apreciação do mérito da demanda diretamente em grau de apelação, quando a causa estiver em condições de imediato julgamento. 
O NCPC deixa de exigir que a demanda seja exclusivamente de direito. Basta que o processo esteja “em condições de imediato julgamento”, esteja ele tratando de matéria fática ou de direito. 
 Ampliação de colegiado: Extinção dos embargos infringentes
Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais
terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.
INFORMATIVO 639, STJ: A técnica de ampliação de julgamento prevista no CPC/2015 deve ser utilizada quando o resultado da apelação for não unânime, independentemente de ser julgamento que reforma ou mantém a sentença impugnada.
§ 3o aplica-se, igualmente,: à ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; (não se aplica à análise de admissibilidade da rescisória, vide REsp 1762236/SP)
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito
§ 3o A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao julgamento não unânime proferido em:
I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento interno; (não se aplica à análise de admissibilidade da rescisória, vide REsp 1762236/SP)
II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o mérito.
§ 4o Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento:
I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas repetitivas;
II - da remessa necessária;
III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial.
Agravo de instrumento:
Cabível contra DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS previstas no rol do art. 1015. 
Art. 1015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o;
XII - (VETADO);
XIII - outros casos expressamente referidos em lei.
STJ , Informativo 639 e REsp 1679909:
“O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação.” STJ. Corte Especial. REsp 1.704.520-MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 05/12/2018 (recurso repetitivo)
“Apesar de não previsto expressamente no rol do art. 1.015 do CPC/2015, a decisão interlocutória relacionada à definição de competência continua desafiando recurso de agravo de instrumento, por uma interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso III do art. 1.015 do CPC/2015, já que ambas possuem a mesma ratio -, qual seja, afastar o juízo incompetente para a causa, permitindo que o juízo natural e adequado julgue a demanda.” (REsp 1679909) 
Peças obrigatórias X facultativas:
NCPC, Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída:
I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado;
II - com declaração de inexistência de qualquer dos documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal;
III - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis.
Art. 1.017. § 3o Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932, parágrafo único.
§ 5o Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da controvérsia.
STJ: Se o processo é eletrônico na 1ª instância, mas é físico no Tribunal, não se aplica a dispensa de juntada de documentos prevista no art. 1.017, § 5º do CPC/2015(REsp 1643956/PR, DJe 22/05/2017)
Comunicação do AI ao juízo de 1º grau:
Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do comprovante de sua interposição e da relação dos documentos que instruíram o recurso.
§ 2o Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar da interposição do agravo de instrumento.
§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde que arguido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo de instrumento.
Embargos de declaração: 5 dias úteis
Recurso de fundamentação vinculada
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
"a contradição que autoriza o manejo dos embargos de declaração é a contradição interna, verificada entre os elementos que compõem a estrutura da decisão judicial, e não entre a solução alcançada e a solução que almejava o jurisdicionado" (REsp 1.250.367/RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe de 22/8/2013).
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .
Art. 489, § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
Em caso de efeito modificativo: 
§ 2o O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
§ 4o Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
“Pelo princípio da complementaridade, consagrado expressamente no art. 1.024, § 3º, do Novo CPC, a parte recorrente poderá complementar as razões de recurso já interposto sempre que no julgamento dos embargos de declaração opostos pela parte contrária for criada uma nova sucumbência. Essa complementação, entretanto, será limitada à nova sucumbência, de forma que, sendo parcial o recurso já interposto, não poderá o recorrente aproveitar-se do princípio para impugnar parcela da decisão que já deveria ter impugnado originariamente” (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Processo Civil)
Desnecessidade de
ratificação
Art. 1024. § 5o Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Agora, nos Juizados Especiais da Lei 9099/95, os ED também interrompem o prazo para o recurso (arts. 1026 e art. 1066). 
Não possuem efeito suspensivo, mas “a eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.”
Agravo Interno:
Recurso cabível contra as decisões do relator
Admite efeito regressivo (retratação)
Art. 1021, § 3o É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
“STJ, Info 592: É vedado ao relator limitar-se a reproduzir a decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno. (...) Conquanto o julgador não esteja obrigado a rebater, com minúcias, cada um dos argumentos deduzidos pelas partes, o novo Código de Processo Civil, exaltando os princípios da cooperação e do contraditório, impõe-lhe o dever, dentre outros, de enfrentar todas as questões capazes de, por si sós e em tese, infirmar a sua conclusão sobre os pedidos formulados, sob pena de se reputar não fundamentada a decisão proferida (art. 489, § 1º, IV). Ademais, conforme prevê o § 3º do art. 1.021 do CPC/2015, é vedado ao relator limitar-se a reproduzir a decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno, ainda que “com o fito de evitar tautologia”.
Recurso Ordinário Constitucional
arts. 102, II, e 105, II, da CF c/c art. 1.027 do CPC  podem ser suscitadas tanto questões de fato como questões de direito
Compete ao STF  mediante recurso ordinário, os mandados de segurança, habeas data e andados de injunção de competência originária dos tribunais superiores (STJ, TST, TSE e STM), quando a decisão tiver sido denegatória
Compete ao STJ  mediante recurso ordinário constitucional:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
Recursos Especial e Extraordinário:
Análise de direito OBJETIVO (e não da justiça da decisão)
Efeito devolutivo RESTRITO: limitado a questões de DIREITO
Vedação ao reexame de matéria fática (súmulas 7 do STJ e 279 do STF)
OBS: 
. indenizações por dano moral exorbitantes ou irrisórias. 
. multas coercitivas para o cumprimento de obrigação (astreintes)
Duplo juízo de admissibilidade (L13256/16)
Efeito suspensivo só “ope judicis”
Efeito suspensivo só “ope judicis”
Prequestionamento:
Marinoni: necessidade de a parte ventilar, nas instâncias ordinárias, a matéria que será objeto de recurso especial ou extraordinário.
. Prequestionamento explícito X implícito X ficto
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Repercussão geral:
exigência de que o RE supere os interesses puramente subjetivos
somente por ser recusada por 2/3 do tribunal (art. 102, §3º da CF)
Eficácia panprocessual:
§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
Suspensão de processos:
Art. 1035, §5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
STF, QO no ARE 966.177: “A suspensão de processamento prevista no parágrafo 5º do artigo 1.035 do CPC não consiste em consequência automática e necessária do reconhecimento da repercussão geral realizada com fulcro no caput do mesmo dispositivo, sendo da discricionariedade do relator do recurso extraordinário paradigma determiná-la”
STJ, Info 650 (de junho de 2019): O art. 1.035, § 5º do CPC/2015 não determina a suspensão automática dos processos cuja repercussão geral seja reconhecida, devendo esse entendimento ser aplicado aos recursos especiais que impugnam acórdão publicado e com a repercussão geral reconhecida na vigência do CPC/1973
Embargos de Divergência: uniformização da jurisprudência nos tribunais superiores. 
Art. 1.043. É embargável o acórdão de órgão fracionário que:
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia; 	
§ 1º Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária.
§ 2º A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual.
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros.
RECURSOS REPETITIVOS 
Julgamento de casos repetitivos:
RE repetitivo
REsp repetitivo
IRDR
MICROSSISTEMA DE SOLUÇÃO DE CASOS REPETITIVOS (EN. 345 DO FPPC) 
Causa piloto X Causa modelo:
Sistema da causa-piloto: o órgão jurisdicional seleciona um ou mais casos para julgar, fixando a tese a ser seguida nos demais  Unidade cognitiva e decisória
Sistema da causa-modelo: instaura-se um incidente apenas para fixar a tese a ser seguida, não havendo a escolha de uma causa a ser julgada.
EXCEÇÃO: 
§1º do art. 976 do CPC: ‘A desistência ou o abandono do processo não impede o exame do mérito do incidente’; 
Parágrafo único do art. 998 do CPC: ‘A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquele objeto de julgamento de recursos extraordinários e especiais repetitivos’.
IRDR:
Requisitos/pressupostos do IRDR (art. 976): 
1. Repetição de processos. 
2. Questão repetitiva unicamente de direito, material ou processual, sem qualquer restrição
3. Risco de ofensa à isonomia e segurança jurídica. 
4. Processo pendente no tribunal (Enunciado 344 do FPPC)
Art. 976, § 4º - É incabível o incidente de resolução de demandas repetitivas quando um dos tribunais superiores, no âmbito de sua respectiva competência, já tiver afetado recurso para definição de tese sobre questão de direito material ou processual repetitiva.
STJ, AgInt na Pet 11838/MS) Não cabe IRDR em Tribunal Superior. A competência dos tribunais superiores está delineada na Constituição.
Art. 985. Julgado o incidente, a tese jurídica será aplicada:
I - a todos os processos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica questão de direito e que tramitem na área de jurisdição do respectivo tribunal, inclusive àqueles que tramitem nos juizados especiais do respectivo Estado ou região;
II - aos casos futuros que versem idêntica questão de direito e que venham a tramitar no território de competência do tribunal, salvo revisão na forma do art. 986 .
§ 1º Não observada a tese adotada no incidente, caberá reclamação.
§ 2º Se o incidente tiver por objeto questão relativa a prestação de serviço concedido, permitido ou autorizado, o resultado do julgamento será comunicado
ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.
EXECUÇÃO
Título executivo: Judicial X Extrajudicial
Cumprimento de sentença X Execução de título extrajudicial
NCPC, Art. 523. No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
§ 1o Não ocorrendo pagamento voluntário no prazo do caput, o débito será acrescido de multa de dez por cento e, também, de honorários de advogado de dez por cento.
§ 3o Não efetuado tempestivamente o pagamento voluntário, será expedido, desde logo, mandado de penhora e avaliação, seguindo-se os atos de expropriação.
Impugnação ao cumprimento de sentença X Embargos à execução
ATENÇÃO! No NCPC, o prazo impugnação contará a partir do término do prazo de 15 dias para cumprimento voluntário da obrigação, independentemente de penhora ou avaliação.
NCPC, Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.
Embargos à execução
Prazo: 15 dias, contados da juntada do mandado de citação 
Possibilidade de parcelamento (30% + 6 parcelas mensais)
§ 6º A opção pelo parcelamento de que trata este artigo importa renúncia ao direito de opor embargos
NÃO se aplica ao cumprimento de sentença (art. 916, §7º)
Não precisam de garantia do juízo:
Art. 914. O executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá se opor à execução por meio de embargos.
OBS: o pedido de efeito suspensivo precisa! + requerimento + fumus + periculum
Art. 919. Os embargos à execução não terão efeito suspensivo.
§ 1º O juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando verificados os requisitos para a concessão da tutela provisória e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficientes.
Enunciado 547 do FPPC: O efeito suspensivo dos embargos à execução pode ser parcial, limitando-se ao impedimento ou à suspensão de um único ou de apenas alguns atos executivos.
Exceção de pré-executividade:
Modalidade de defesa...
questões de ordem pública...
Conhecíveis de ofício...
Que não demandem dilação probatória
Súmula 393 do STJ: “a exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória“
	•	Ainda que de ordem pública, as questões decididas anteriormente em exceção de pré-executividade, sem a interposição do recurso cabível pela parte interessada, não podem ser reabertas em sede de embargos à execução, pois configurada a preclusão consumativa (AgInt no AREsp 533051).
EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER:
•	TUTELA ESPECÍFICA DA OBRIGAÇÃO: evitar ao máximo conversão em perdas e danos
Art. 497. Na ação que tenha por objeto a prestação de fazer ou de não fazer, o juiz, se procedente o pedido, concederá a tutela específica ou determinará providências que assegurem a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Art. 499. A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
• Meios INDIRETOS de coerção:
NCPC, Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento, para a efetivação da tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente, determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente.
§ 1o Para atender ao disposto no caput, o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso necessário, requisitar o auxílio de força policial
É possível a utilização dos meios de coerção nas execuções de pagar quantia?
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária;
EXECUÇÃO DE OBRIGAÇÕES DE FAZER E NÃO FAZER:
• ASTREINTES:
De ofício ou a requerimento
Devida ao exequente
Pode ser modificada ou excluída
Art. 537, § 3º A decisão que fixa a multa é passível de cumprimento provisório, devendo ser depositada em juízo, permitido o levantamento do valor após o trânsito em julgado da sentença favorável à parte. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

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