Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aluno: Ana Gabriela Pinheiro Frisso Direito Processual Civil II Prof. Tiago Figueiredo Gonçalves QUESTIONÁRIO – AULA 03 Questão 01. Sobre a contestação, responda: (a) O que é contestação? Explique, em sua resposta, se a contestação é a única forma de resposta do réu. De acordo com Fredie Didier Jr., a contestação está para o réu como a petição inicial está para o autor. Trata-se do exercício do direito de defesa, assim como a petição inicial é o instrumento. É pela contestação que o réu apresenta a sua defesa. Contudo, a contestação não é a única forma de resposta do réu. Dentre as possibilidade de resposta em um processo estão o reconhecimento da procedência do pedido formulado pelo autor (art. 487, III, “a”, CPC); requerimento avulso de desmembramento do litisconsórcio multitudinário ativo (art. 113, § 2º, CPC); reconvenção; a arguição de impedimento ou suspeição do juiz, membro do Ministério Público ou auxiliar da justiça e a revelia. (b) O que são defesas processuais dilatórias e peremptórias? Defina e dê dois exemplos de cada. Dilatória é aquela que apenas dilata no tempo o exercício de determinada pretensão. Além disso, retarda o exame, o acolhimento ou a eficácia do direito do demandante. São exemplos de defesa processuais dilatórias: nulidade de citação e incompetência. Peremptória: é aquela que objetiva perimir o exercício da pretensão. São exemplos de defesas processuais peremptórias: prescrição e compensação. (c) O que é o princípio da eventualidade? Esse princípio possui previsão legal? O princípio da eventualidade significa que cabe ao requerido formular sua defesa na contestação. Toda defesa deve ser formulada de uma só vez sob pena de preclusão. Esse princípio tem previsão legal nos artigos 336 e 337 do CPC. (d) O réu pode deduzir teses de defesa incompatíveis em sua contestação? Justifique sua resposta. A regra da eventualidade autoriza que o réu deduza defesas logicamente incompatíveis. Mas o princípio da boa-fé objetiva processual que essa cumulação de defesa incompatível tenha limites. Nem toda ilogicidade é superada pela aplicação da regra de concentração de defesa. Questão 02. Sobre a contestação, assinale a alternativa incorreta: Letra B - Depois da contestação, não é mais lícito ao réu deduzir novas alegações. Questão 03. Diferencie defesa direta e defesa indireta de mérito na contestação. Como elas se relacionam com o ônus probandi? Defesa direta é aquela que o demandado se limita a negar a existência dos fatos jurídicos constitutivos do direito do autor ou negar as consequências jurídicas que o autor pretende retirar dos fatos que aduz. O ônus probandi se dá pelo fato de o réu não ter apresentado nada de novo e como consequência não há a necessidade de réplica. Já a defesa indireta se dá quando se agrega ao processo fato novo, que impede, modifica ou extingue o direito do autor. O ônus probandi se dá pelo fato de o réu ter apresentado fatos novos e com isso repercute na distribuição do ônus da prova. Questão 04. Sobre a reconvenção, responda: (a) O que é reconvenção? Quais os seus requisitos? É quando na contestação o réu surge com uma demanda em face do autor, como se fosse um contra-ataque que enseja o processamento simultâneo da ação original, a fim de que o juiz resolva na mesma decisão. Porem necessita-se que haja uma causa pendente, observância do prazo de resposta, competência, compatibilidade entre os procedimentos, conexão; interesse processual etc.. (b) A reconvenção é uma forma de defesa do réu? A reconvenção é um contra-ataque e por isso creio que não seja classificada como uma defesa, mas sim um pedido de consideração de outro fatos e pedidos do prisma do réu. (c) A reconvenção pode ser utilizada para ampliação subjetiva do processo? Disserte sobre o tema. A reconvenção subjetivamente ampliativa será possível quando conduzir à formação de litisconsórcio ulterior por colegitimação ou por conexão. Já o litisconsórcio por afinidade de questões, a princípio, só se vislumbra quando se tratar de litisconsórcio necessário simples, cuja formação se dê por força de lei ou de negócio. (d) A reconvenção pode ser apresentada no Juizado Especial Cível? O artigo 31 da Lei nº 9.099/95 é bastante claro: “Não se admitirá a reconvenção”. Portanto, devido à expressa previsão legal, seria impossível falar em sede de Juizados Especiais, sobre reconvenção. Questão 05. Sobre a reconvenção, assinale a alternativa correta: I – A desistência da ação ou a ocorrência de causa que impeça o exame de seu mérito não obsta o prosseguimento do processo em relação à reconvenção. II – A reconvenção não pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro. III – O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. LETRA B- Apenas a I e III estão corretas. Questão 06. Sobre a revelia, responda: (a) O que é a revelia e quais os seus efeitos? A revelia é um ato-fato processual, consistente na não apresentação tempestiva da contestação (art. 344,CPC). (b) A revelia impõe necessariamente a vitória do autor? Disserte sobre o tema. Não, porque os fatos podem não subsumir à regra de direito invocada, bem como o magistrado pode não acolher os pedidos autorais. Questão 07. Tício, ao desviar de um buraco no asfalto com seu veículo, colidiu com o carro de Mévio, que estava estacionado na mesma rua. Inconformado, Mévio decidiu propor ação de reparação de danos morais em face de Tício, formulando a pretensão de indenização por danos morais no importe de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Tício foi devidamente citado, mas, entendendo que o pedido era absurdo, não apresentou contestação. (VUNESP/2020, adaptada) Diante dessa situação, Tício: (III) é revel e, diante disso, deve-se presumir a veracidade quantos aos danos narrados na petição inicial, entretanto, a presunção de veracidade não alcança a definição do quantum indenizatório indicado pelo Autor Mévio
Compartilhar