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APOSTILA GESTÃO PÚBLICA Prof. Adm. Me. Ricardo Borges ricoborges@gmail.com A origem da Administração Pública remonta à criação dos primeiros centros urbanos. Nas grandes civilizações asiáticas, no antigo Egito, que utilizavam a irrigação da água de um rio, o cálculo das enchentes anuais, o estabelecimento da periodicidade das colheitas e a realização das grandes obras de irrigação que requeriam uma organização complexa e centralizada para poder surtir efeito. Daí o surgimento da burocracia piramidal dessas civilizações, integrada por funcionários e sacerdotes que, em diversos níveis eram responsáveis por determinados setores da atividade social, respondendo por suas tarefas perante os superiores. 02 As cidades gregas mantiveram também uma administração complexa. O aparelho administrativo mais avançado entre os da antiguidade ocidental foi o do Império Romano. Nesse, dividiu-se a administração pública em diversos campos segundo os assuntos, criando uma ampla rede de funcionários que ocupavam todos os domínios de Roma. Em todos os países, qualquer que seja sua forma de governo ou organização política, existe uma Administração Pública. 03 Sem a Administração Pública não haveria Estado, nem poderiam os governantes cumprir suas funções: - Defesa - Ordem - Cobrança de impostos. A Administração Pública pode ser definida como o conjunto harmônico formado por entidades, órgãos e agentes públicos, destinados a exercer as atividades inerentes ao Estado e aos seus fins. OBS: A Constituição Federal do Brasil – CF/88 é escrita e rígida. 04 Administração Pública é: - A Ordenação - A Direção - E o Controle dos serviços do governo No âmbito: - Federal, - Estadual, - Distrital, - Municipal. Segundo os preceitos do direito e da moral, visando ao bem comum. 05 Pode ser entendida de três formas: - Primeiro: É o conjunto de entes ou sujeitos de caráter público: os meios, humanos e materiais, de que dispõe o governo para aplicação de suas políticas; - Segundo: É o conjunto de ações encaminhadas para o cumprimento dos programas e políticas dos governos. - Terceiro: Enquanto ciência, a Administração Pública se propõe a estudar as condições que permitem ao direito, emanado dos poderes do estado, concretizar-se da maneira mais eficaz possível, através da atuação dos órgãos administrativos. 06 Estado / Governo e Administração Pública Em sentido formal, o governo é o conjunto de poderes e órgãos constitucionais. Em sentido material, é o complexo de funções estatais básicas. Em sentido operacional, é a condução política dos negócios públicos. Estado / Governo 07 Em sentido formal, é o conjunto de órgãos instituídos para concepção dos objetivos do Governo. Em sentido material, é o conjunto das funções necessárias aos serviços públicos em geral. Em acepção operacional, é o desempenho perene e sistemático, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos em benefício da coletividade. Administração Pública 08 Os Princípios Constitucionais da Administração Pública, são regras que surgem como parâmetro para a interpretação das demais normas jurídicas – O art. 37 da Constituição Federal apresenta os 05 (cinco), princípios mínimos que a Administração (direta, indireta) devem obedecer, além destes há inúmeros outros. - A atual Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada em 05 de outubro de 1988, é considerada como escrita e rígida. 1) Princípio da Legalidade: é aquele que condiciona a validade e a eficácia de toda a atividade administrativa ao atendimento da lei, (ou do direito). As leis administrativas são de ordem pública, seus preceitos contêm “poderes-deveres” e não podem ser desatendidos nem mesmo por acordo entre os seus destinatários. 09 2) Princípio da Moralidade: é o princípio que submete o agente administrativo à observância não apenas da norma jurídica, mas, também, da lei ética da própria instituição, impondo-lhe, em sua conduta, os ditames da moral administrativa, assim entendido o conjunto de regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. Engloba e transcende, por isto, o dever de probidade (ver Lei nº 8.429/92). Visa sempre à obtenção do bem-comum, do interesse coletivo. É pressuposto de validade do ato administrativo. 10 3) Princípio da Impessoalidade: proíbe que os atos da Administração se destinem ao atendimento de interesses particulares, ou que se confundam com os interesses pessoais do agente público. É corolário do princípio da generalidade, inerente às normas jurídicas. A lei é impessoal e destina-se à observância de todos. Favorecimentos pessoais, jamais atendem ao interesse público. 11 4) Princípio da Publicidade: é o princípio que impõe à Administração Pública a divulgação oficial de seus atos, bem como propicia aos interessados o conhecimento da conduta interna de seus agentes, sob pena de terem os seus atos anulados. Por ele, as leis, atos e contratos administrativos que produzem conseqüências jurídicas fora dos órgãos que os emitem, exigem publicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante partes e terceiros. 12 5) Princípio da Eficiência: é o princípio que exige o exercício efetivo do cargo segundo padrões mínimos de proficiência que garantam o desempenho de serviço público adequado. Impõe ao agente público um modo de atuar que produza resultados favoráveis à consecução dos fins que cabem ao Estado alcançar de forma mais proveitosa e benéfica ao interesse social e à Administração Pública. 13 6) Princípio da Autotutela: é o princípio que confere à Administração Pública o poder-dever para revogar atos que não mais lhe convenham sob o ponto de vista do mérito administrativo, ou ainda, invalidar, sob o ponto de vista da legalidade, os atos administrativos considerados ilegais. 7) Princípio da Finalidade: é o princípio que permeai todos os atos administrativos, visto que a Administração Pública sempre deve agir com o intuito de atender ao interesse público contido na Lei. O desvio de finalidade implica a nulidade do ato em que ocorreu, independentemente de outras sanções cabíveis. 14 8) Princípio da Indisponibilidade: é o princípio onde exige que a Administração Pública e seus agentes possuam o dever específico de zelar pelos bens, direitos, interesses e serviços que lhes são confiados. Impedindo a Administração Pública, enquanto gestora dos bens, direitos, interesses e serviços públicos, de transigir ou deixar de cumprir suas funções constitucionais e legais. 9) Princípio da Continuidade: é o princípio onde exige que a Administração Pública, enquanto necessária à sobrevivência do Estado, deve ter uma atuação contínua e ininterrupta, e assim deve ser a prestação dos seus serviços públicos aos administrado. 10) Princípio da Razoabilidade: é o princípio onde exige que a Administração Pública, no exercício do poder discricionário, atue racionalmente e afeiçoada ao senso comum das pessoas, tendo em vista a competência recebida para a prática, com discrição, de atos administrativos. As condutas da Administração Pública distanciadas desse limite são ilegais. 15 11) Princípio da Igualdade: é o princípio onde prevê que a Administração Pública deve dispensar tratamento igualitário ou isonômico a todos os administrados. Está referido no Art. 5°, caput, da Constituição Federal 12) Princípio da Motivação: é o princípio constituído nos atos administrativos, de certa forma, um elemento de transparência para a atividade da Administração Pública, na medida em que, de acordo com ele, os atos administrativos devem ter justificação e motivação expressa, ou seja, devem explicar as razões de fato e de direito que motivaram a sua edição. 16 13) Princípio da Supremacia do Interesse Público: esse princípio, além de possuir a função de orientar o legislador quando da elaboração das normas jurídicas de Direito Público, dirige-se primordialmente à Administração Pública, em suatarefa de aplicar a lei no exercício de sua atividade administrativa. 17 O Estado é uma associação humana (povo), radicada em uma base especial (território), que vive sob o comando de uma autoridade (poder) não sujeita a outra autoridade (soberania). O povo, o território e a soberania são elementos constitutivos do Estado, sendo o nascimento deste mercado pelo advento da centralização, monopolização e organização do poder coercitivo. Estado 18 No Estado Democrático de Direito, há a necessidade de se disciplinar a atuação da Administração Pública, a fim de que o interesse público visado pelo Estado possa ser atendido, respeitando-se os direitos fundamentais. O Estado possui determinados fins que lhe são próprios, sendo que a Administração Pública fornece os instrumentos necessários para o Estado poder atingi-los. Reforma e Modernização do Estado 19 Os fins visados pelo Estado, pela atuação da Administração Pública, convergem invariavelmente para o atendimento ao INTERESSE PÚBLICO e sob o âmbito administrativo. 20 Historicamente, o modelo de Estado adotado pelo Brasil após a transição do regime militar, remete-se para um modelo que se situa entre intervencionista e liberal e este denomina-se Estado Regulador. O novo Estado Regulador, pode ser caracterizado pela criação de agências reguladoras independentes, pelas privatizações de empresas estatais, por terceirizações de funções administrativas do Estado. Isso representa uma descentralização do poder do presidente da República e de seus ministros.(Mattos, 2006) 21 Criou-se novos mecanismos de participação de diferentes setores da sociedade civil no controle democrático do processo de formulação do conteúdo da regulação de setores da economia brasileira. No tocante a reforma do Estado, na década de 1990 não teria sido apenas uma resposta à crise fiscal do Estado, mas resultado de um movimento político de transformação do funcionamento da burocracia estatal. (Bento, 2003) 22 Elementos do Estado e Estrutura Federativa Tradicionalmente, admite-se que o Estado em seu sentido jurídico-formal, seja integrado por três elementos: a) O povo: É o componente humano do Estado; b) O Território: É o espaço físico por ele ocupado; c) A Soberania: É o fundamento de poder próprio integrante do Estado, que lhe possibilita criar suas Leis, exercer sua autoridade sobre seu território e autodeterminar-se na condução dos negócios de seu interesse. 23 Os poderes do Estado, conforme a Teoria da Tripartição dos Poderes formulada por Montesquieu, são o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Nesse sentido o Art. 2° da Constituição Federal, estabelece: “são poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”. 24 Estado Unitário: É o que possui apenas um centro de poder, que se estende por todo o território, sobre toda a população e controla todas as coletividades regionais e locais. É adotada na França, Inglaterra e Uruguai. Estado Federal ou Federativo: É onde o poder se divide pelo espaço territorial, gerando uma multiplicidade de organizações governamentais distribuídas regionalmente, ou seja adotado no Brasil, na Argentina, etc. Tipos de Estado 25 Estado Confederação: É quando ocorre a junção de várias Repúblicas (caso da antiga URSS e da atual Rússia), ou junção de Províncias de Repúblicas (caso da antiga Iugoslávia). 26 O Papel do Estado no Mundo Contemporâneo, Democracia, Cidadania e Demandas Sociais O Estado de direito é a condição necessária para estabelecer uma autêntica democracia. Para que esta se possa desenvolver, é necessária a educação cívica e a promoção da ordem pública e da paz. (Ecclesia in America, n. 56) Democracia 27 A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo = povo e kracia = governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga), embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. A Democracia designa um processo de convivência social em que o poder emana do povo, devendo ser exercido direta ou indiretamente pelo povo e em seu proveito. 28 O Brasil segue o sistema de democracia representativa, onde existe a obrigatoriedade do voto, diferente do que ocorre em países como os Estados Unidos, onde o voto é facultativo (vota quem quer). Porém, no Brasil o voto é obrigatório para os cidadãos que estão na faixa etária entre 18 e 69 anos. Com 16 ou 17 anos, o jovem já pode votar, porém nesta faixa etária o voto é facultativo, assim como para os analfabetos e os idosos que possuem mais de 70 anos. 29 No Brasil elege-se os representantes e governantes. É o povo quem escolhe os integrantes do poder legislativo (aqueles que fazem as leis e votam nelas - deputados, senadores e vereadores) e do executivo (administram e governam - prefeitos, governadores e presidente da república). Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo. 30 Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são: - Direta, Indireta ou Semidireta. Na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou outras formas de consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou administrativos de sua cidade, estado ou país. Não existem intermediários (deputados, senadores, vereadores). Esta forma não é muito comum na atualidade. 31 Na democracia indireta/representativa, o povo também participa, porém através do voto, elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decisões em novo daqueles que os elegeram. Esta forma também é conhecida como democracia representativa. 32 Democracia Semidireta é a variação da forma puramente direta, com a diferença de que reserva uma parte do exercício do poder decisório e político para ser exercido diretamente pelo próprio titular, o cidadão. 33 Principais institutos de uma democracia semi-direta: - Referendo: É a possibilidade de os cidadãos concorrerem para a aprovação de uma Lei já discutida e votada pelos representantes do povo. Nessa hipótese a Lei aprovada pelo parlamento só se torna juridicamente perfeita após a aprovação popular. 34 - Plebiscito: É a consulta prévia aos cidadãos acerca de determinada questão que será posteriormente implementada pelos governantes caso seja aprovada. - Iniciativa Popular: É a possibilidade de uma parte dos eleitores iniciarem diretamente o processo de elaboração de uma Lei (complementar ou ordinária). - Veto Popular: É quando há a faculdade conferida aos eleitores de se manifestarem contrariamente a uma medida ou Lei já devidamente elaborada pelos órgãos competentes e em via de ser posta em execução (Nao existe no Brasil). 35 - Ação Popular: Visa defender o patrimônio público, dose ser impetrada por qualquer cidadão (em pleno gozo de seus direitos, principalmente os políticos), sendo isenta de custas, salvo comprovada má-fé, quando o autor responderá pelo ônus. 36 A cidadania é notoriamente um termo associado à vida em sociedade. Sua origem está ligada ao desenvolvimento das civilizações gregas, entre os séculos VII e VIII a.C. A partir de então, tornou-se referência aos estudos que enfocam a política e as próprias condições do exercício da cidadania, tanto nas sociedades antigas quanto nas modernas. Cidadania 37 Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei. É, em resumo, ter direitos civis, é também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais. 38 Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva, como: - o direito à educação - ao trabalho - ao salário justo - àsaúde - a segurança pública - a uma velhice tranqüila. 39 Ferramentas adotadas pela Administração Pública com foco no Cliente: - Ênfase no Cliente - Preocupação com o Meio Ambiente - Informatização - Redução da Hierarquia - Qualidade de Vida - Discentralização do serviço público - Evolução do conceito de qualidade - Produtividade / Agilidade. Modelo Gerencial com foco no Cidadão 40 Características básicas: - Natureza representativa do regime - Efetividade dos madatários - Temporiedade dos mandatos eletivos - Responsabilidade do mandatário - Divisão funcional do poder - Igualdade formal de todos perante a Lei - Soberania popular República Formas de Governo 41 Monarquia Características básicas: - Hereditariedade - Vitaliciedade - Irresponsabilidade política Podendo ser: - Absolutista (mundo Árabe) - Constitucional (Europa e Japão) 42 Parlamentarista Características básicas: - Separação nítida do Poder Executivo entre o Gabinete de Estado (Presidente, Rei ou Imperador) e o chefe de Governo (1º Ministro) - Responsabilidade política do 1º Ministro e de seu Gabinete (ministros), de caráter amplo e total, a ponto de serem destituíveis pelo Parlamento Sistemas de Governo 43 - Possibilidade de dissolução do Parlamento por ato de Chefe de governo - Interdependência entre os poderes. 44 Presidencialismo Características básicas: - O Presidente da República é ao mesmo tempo o Chefe de Estado e chefe de Governo - O Presidente da República, possui mandato eletivo e temporário 45 - Independência entre os poderes - A chefia do Executivo é unipessoal, ou seja, apenas o Presidente da República formula e implanta individualmente as diretrizes governamentais. 46 Semi-Presidencialismo Características básicas: - Sistema de governo encontrado nos países nos quais o ordenamento constitucional comtempla um Presidente eleito por sufrágio universal e dotado de poderes próprios (como no presidencialismo) e um Primeiro Ministro que dirige o governo e que pode ser derrubado pelos parlamentares (como no presidencialismo). Exemplo da França, Áustria e Portugal. 47 “A „burocracia‟ é o „formalismo de Estado‟ da sociedade civil. É a „consciência do Estado‟, a „vontade do Estado‟, „o poder do Estado‟ enquanto corporação, isto é, como sociedade particular, fechada no Estado (...). A burocracia é portanto obrigada a proteger a generalidade imaginária do interesse particular a fim de proteger a particularidade imaginária do interesse público” (MARX, 1983, p. 73) O Modelo Burocrático e as Limitações a Gestão 48 A burocracia constitui uma forma de associação humana que se baseia na RACIONALIDADE, ou seja, na adequação dos meios aos fins, para se alcançar, com a máxima eficiência, os objetivos de uma organização. A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração a partir da década de 40, em função da fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das Relações Humanas. 49 1- Caráter legal das normas e regulamentos: A burocracia é uma organização ligada por normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito cobrindo todas as áreas da organização. Tal característica informa com clareza e transparência o papel de cada funcionário dentro da empresa. Características da Burocrático segundo Weber: 50 2- Caráter formal das Comunicações: As regras e ações administrativas são registradas formalmente por escrito. Todas as ações e procedimentos são feitos de modo a proporcionar uma interpretação unívoca. 3- Caráter racional e divisão do trabalho: A burocracia se caracteriza por uma divisão sistemática e racional do trabalho. Cada participante tem um cargo específico com funções específicas. Cada um deve saber com clareza qual a sua tarefa, sua posição hierárquica, seus direitos e poderes. 51 4- Impessoalidade nas relações: As pessoas são meras ocupantes de cargos. As atividades são distribuídas considerando os cargos e funções e não as pessoas. O poder é impessoal, deriva da posição ocupada dentro da organização. 5- Hierarquia da Autoridade: Cada cargo inferior deve estar sob controle e supervisão de um posto superior. Todos os cargos estão dispostos em estrutura hierárquica com privilégios e obrigações devidamente definidos por regras formais. 52 6- Rotinas e Procedimentos Padronizados: A burocracia fixa regras e normas técnicas que regulam a conduta do ocupante de cada cargo, cujas atividades são executadas de acordo com rotinas e procedimentos. 7- Competência Técnica e Meritocracia: Na burocracia a escolha das pessoas se dá de acordo com o mérito e a competência técnica de cada um e não sofre influência de preferências pessoais. Os critérios usados são universais, daí a necessidade de concursos, testes, teses e títulos para admissão. 53 8- Especialização da Administração: O dirigente da organização não é necessariamente o dono do negócio ou grande acionista da organização, mas um profissional especializado na sua administração. Surge a figura do administrador que se especializa em gerir a organização e permite o afastamento do capitalista da gestão dos negócios. 54 9- Profissionalização dos participantes: Na estrutura burocrática cada participante é um profissional, pois atende às seguintes características: É um especialista na tarefa que executa; É assalariado; É ocupante de um cargo; É nomeado pelo superior hierárquico; Seu mandato é por tempo indeterminado; Segue carreira dentro da organização; Não possui a propriedade dos meios de produção e administração; É fiel ao cargo e identifica-se com os objetivos da empresa. 55 10- Completa Previsibilidade do Funcionamento: A burocracia se torna capaz de prever antecipadamente todas as ocorrências, padronizar e rotinizar sua execução para que a máxima eficiência do sistema seja plenamente alcançada. 56 Serviços Públicos 57 Segundo Hely Lopes Meirelles o “serviço público é todo aquele prestado pela Administração ou por seus delegados, sob normas e controles estatais, para satisfazer necessidades essenciais ou secundárias da coletividade, ou simples conveniência do Estado”. Administração Pública e o Serviço Público 58 http://www.conectivas.com.br/thesn/sifrao.jpg Os serviços públicos são prestados para atender a finalidade da Administração, ou seja, o bem comum. Segundo Celso Antônio Bandeira de Melo “ o serviço público é toda atividade de oferecimento de utilidade ou comodidade material fruível diretamente pelos administradores, prestado pelo Estado ou por quem lhe faça as vezes, sob um regime de direito público”. 59 Os serviços públicos, conforme sua essencialidade, podem ser classificados em essenciais e secundários. Classificação dos Serviços Públicos - Serviços Essenciais: ou próprios do Estado, são conhecidos por serviços públicos em sentido escrito. Tais não podem ser transferidos ao particular. - Serviços Secundários: são de utilidade pública e visam proporcionar comodiadade à coletividade, não sendo indispensável, pelo que podem ser tranferidos ao particular. 60 - Serviços Públicos em Sentido Escrito: São os essenciais à sobrevivencia da comunidade e do próprio Estado São privativos do Poder Público e não podem ser delegados. Exemplo: - Serviço de Polícia e - Serviço de Saúde 61 - Serviços de Utilidade Pública: São os que são convenientes à comunidade, mas não essenciais, e o Poder Público pode prestá-los diretamente ou por terceiros (delegados), mediante a remuneração. A regulamentação e o controle é do Poder Público, os riscos são dos prestadores de serviço. Exemplo: - Fornecimento de Gás - Energia Elétrica - Telefonia - Transporte Coletivo. 62 http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.milcartoes.com.br/portaldovetor/logos/CELG.jpg&imgrefurl=http://www.milcartoes.com.br/portaldovetor/detalhes.asp%3Fa%3D1%26s%3DCELG&usg=__5EOAd4yt9v7B8nsUyymvpmNJozY=&h=70&w=100&sz=3&hl=pt-BR&start=1&tbnid=FhifS_Y-Rd07sM:&tbnh=57&tbnw=82&prev=/images%3Fq%3Dlogomarca%2Bcelg%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR- Serviços Próprios do Estado: São os que relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público. Estes serviços são prestados pelas entidades públicas (União, Estado, Municípios) através de seus órgãos da Administração direta ou por suas autarquias e fundações de direito público. Exemplo: - Segurança - Política - Higiene - Saúde Pública. 63 - Serviços Impróprios do Estado: São os de utilidade Pública, que não afetam substancialmente as necessidades da comunidade, isso é, não são essenciais. A Administração pesta-os diretamente ou por entidades descentralizadas (Autarquias, Espresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Federaçãos Governamentais), ou as delegam a terceiros por concessão, permissão ou autorização. Exemplo: - Serviço de Transporte Coletivo - Conservação de Estradas - Fornecimento de Gás 64 - Serviços Administrativos: São os executados pela Administração para atender às suas necessidades internas ou então para preparar serviços destinados ao público. Exemplo: - Datilografia - Confecção de Alvarás - Emissão de Notas e Guias 65 - Serviços Industriais: São os que são prestados mediante cobrança de tarifas ou preço público, ou seja, produzem renda ao Estado. Pode ser prestado diretamente pelo Poder Público ou por suas entidades da Administração indireta ou transferidos a terceiros, mediante concessão ou permissão. Exemplo: - Transporte - Telefonia - Correiros - Telégrafos. 66 - Serviços Uti Universi: São os prestados à coletividade em geral, sem ter um usuário determinado. São geralmente mantidos por impostos. Exemplo: - Polícia - Iluminação Pública - Conservação de Vias Públicas 67 - Serviços Uti Singuli: São os que têm usuários determinado, sua utilização é mensurável e são remunerados por tarifa. Exemplo: - Telefone - Serviço de Água - Serviço de Esgoto 68 - Regulamentação e Controle: Ainda quando o serviço seja concedido, permitido ou autorizado a terceiros, cabem sempre ao Poder Público, o qual tem a possibilidade de modificação unilateral das cláusulas da consessão, permissão ou autorização. 69 Os serviços públicos podem ser prestados Diretamente (de forma centralizada), ou Indiretamente (de forma descentralizada). Meios de Prestação de Serviços A descentralizada poderá se dar por outorga (quando a entidade pública cria uma outra entidade e outorga atribuições), ou por delegação, quando o Estado transfere a realização do serviço a um particular, mediante a contrato (concessão) ou por ato unilateral (permissão ou autorização). 70 Centralizada (Administração Direta): - União (Art. 21, CF) - Estados e Distrito Federal (Art. 25, § 1º e § 2º, CF); - Municípios (Art. 30, CF) Formas de Prestação de Serviços 71 - Administração Indireta - Entes de Cooperação - Fundações Públicas - Autarquias - Empresas Públicas - Sociedade de Economia Mista - Fundacionais - Autárquicas - Empresas Estatais - Serviços Sociais - Serviços Autônomos - Organizações Sociais - Entidades Paraestatais - Serviços Outorgados - Serviços Delegados Particulares - Convênios e Consórcios - Concedidos (Concessão) - Permitidos (Permissão) - Autorizados (Autorização) Formas Descentralizada: 72 - Concentrado: Quando apenas órgões centrais detêm o poder de decisão e prestação dos serviços, ocorre apenas em Estados unitários (não ocorre no Brasil). O Serviço Público é Prestado de Modo: - Desconcentrado: Quando o poder de decisão e os serviços são distribuídos por vários órgãos distribuídos por todo o território da Administração centralizada (é o que ocorre no Brasil que é uma República Federativa). 73 Segundo Maria S. Zanella a concessão é “um contrato administrativo através do qual a administração confere ao particular a execução remunerada de serviços públicos para que explore por sua conta e risco, pelo prazo e nas condições regulamentares e contratuais”. A Concessão de Serviço Público A concessão é uma técnica através da qual a Administração Pública procura obter o melhor serviço possível, por isto, cabe-lhe retomar o serviço sempre que o interesse público o aconselhar. 74 A Concessão: É um contrato através do qual o Estado delega a alguém o exercício de um serviço público e este aceita prestá-lo sob condições fixadas e alteráveis unilateralmente pelo Estado, e por sua conta e risco, remunerando-se pela cobrança de tarifas diretamente dos usuários dos serviços e tendo a garantia de um equilíbrio econômico-financeiro. A Concessão exige: - Autorização Legislativa - Regulamentação por Decreto - Concorrência Pública 75 A Premissão: É o ato unilateral, precário e discricionário, através do qual a Administração Pública transfere a alguém o desempenho de um servíço público, proporcionando ao permissionário a possibilidade de cobrança de tarifas aos usuários. Características da permissão: - Unilateralmente (ato administrativo e não contrato) - Discricionariedade - A revogação da permissão pela Administração pode ser a qualquer momento, sem que o particular se oponha. Permissão de Serviço Público 76 A Autorização: É o ato administrativo discricionário e precário pelo qual a Administração Pública torna possível ao particular a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados bens particulares ou públicos, de seu executivo ou predominante interesse. Consente que o particular explore a atividade. Exemplo: - Serviços de Taxi - Serviços de Despachante - Serviço de Segurança Particular Autorização de Serviço Público 77 Contabilidade Pública 78 O Orçamento Público: É o ato pelo qual o Poder Legislativo “autoriza” o Poder Executivo, por um determinado período de tempo, a realização das despesas destinadas ao funcionamento dos serviços Públicos. Orçamento Público 79 A Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, em seu Art. 2º dispôs de forma clara que a Lei do Orçamento obedecerá aos seguintes princípios: - Unidade - Universidade - Anualidade Princípios Orçamentários 80 O orçamento deve ser UNO, evitando a proliferação de vários orçamentos dentro de um mesmo nível de Governo (União, Estado e Municípios). Apesar de a Constituição Federal estabelecer no inciso III do Art. 165 o termo “os orçamentos anuais”. “Art. 165 – Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: I – O Plano Plurianual – PPA II – A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO III – A Lei Orçamentária Anual – LOA Princípio da Unidade 81 Entende que o orçamento é como uma peça que engloba todas as receitas a serem arrecadadas e todas as despesas a serem realizadas em determinado período de tempo, de modo a evitar que alguma receita ou despesa fuja da competente apreciação e aprovação do Poder Legislativo. Este princípio está contemplado pela Lei nº 4.320/64 nos seus Art. 3 º e 4 º, que dizem expressamente que a Lei de orçamento compreenderá todas as receitas e todas as despesas próprias do órgão do Governo. Princípio da Universalidade ou Totalidade 82 Estão contidas no Art. 3º da Lei nº 4.320/64: - Operações de crédito por antecipação da receita orçamentária - Emissão de papel moeda - Entradas compensatórias no ativo e passivo financeiro. Exceções do Princípio da Universalidade: 83 Estabelece que a cada exercício financeiro, coincidindo com o ano civil, determinado pelo Art. 34 da Lei nº 4.320/64, deverá ser elaborada nova Lei Orçamentária, oferecendo ao Poder Legislativo uma forma mais eficiente de exercer o controle sobre os atos administrativos de natureza financeira. Este princípio permite que os planos sejam revistos, no máximo, anualmente. Princípio da Anualidade ou Periodicidade 84 - Os créditos especiais e extraordinários que, conforme o § 2º do Art. 167 da CF, podem ser reabertos nos limites de seus saldos, sendo incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. - Créditos especiais: Destinados a atender despesas para as quais não haja dotação orçamentária específica, ou seja,cria uma nova despesa, não contemplada na LOA. Sua ocorrência indica, geralmente, a existência de erros de planejamento. - Créditos extraordinários: Destinados somente ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública (art. 167, §3º da CF/88). Porém, o art. 41, inc. III da Lei 4.320/64, conceituou como aqueles para despesas urgentes e Imprevistas. Exceções do Princípio da Anualidade: 85 A Lei Orçamentária deverá conter tão-somente matéria de natureza orçamentária, não devendo servir de instrumento legal para outros fins a não ser os que dizem respeito à previsão da receita e à fixação da despesa orçamentária. Princípio da Exclusividade 86 - Autorização para abertura de crédito suplementares - Autorização para contratação de operações de créditos (empréstimos), ainda que por antecipação da receita Exceções do Princípio da Exclusividade: 87 O orçamento deve ser especificado. Não deve conter dotações globais para depois decidir em que gastar. Este princípio está consagrado no § 1º do Art. 15 da Lei nº 4.320/64. Princípio da Especificação / Discriminação / Especialização 88 - Reserva de contingência (é uma reserva tática que não é definida, descriminadamente, a sua utilização – dotação global) - Investimentos em regime de execução especial – Art. 20 da Lei nº 4.320/64. Exceções do Princípio da Especificação: 89 É um princípio constitucional que norteia todos os atos da Administração Pública, em complemento ao aspecto formal, incluindo os atos relativos à pessoal e os de natureza financeira, patrimonial e contábil. O maior objetivo deste princípio é oferecer o caráter informacional aos atos públicos, na busca da transparência dos gastos públicos. Princípio da Publicidade 90 Estabelece que o total da despesa orçamentária não pode ultrapassar o da receita orçamentária prevista para cada exercício financeiro. Princípio do Equilíbrio 91 O Estado necessita de recursos para cumprir suas funções básicas e colocar em ação os seus programas sociais. Esses recursos são arrecadados da sociedade por meio de tributos e de contribuições, por meio de cobranças relativas a exploração do patrimônio público, a serviços prestados e à dívida ativa, por meio da alienação (venda) de bens do patrimônio público e, até mesmo, do endividamento. Esse conjunto de recursos que ingressam nos cofres do tesouro é o que denomina receita pública. Receita Pública 92 As normas de Contabilidade Pública consideram como receita todos os ingressos de recursos financeiros na Administração Pública. 93 http://www.conectivas.com.br/thesn/sifrao.jpg http://www.praia15vezesvoce.com.br/clubeempresa3/images/seta_enviar.gif Receita que estão à disposição do Governo - Receitas Efetivas. (Exemplo: Receitas oriundas de impostos). Neste caso não há uma alteração patrimonial. - Receitas Permutativas. (Exemplo: Alienação de bens imóveis). Venda de imóveis públicos, onde há a entrada de recursos (receita), porém ocorre uma baixa no patrimônio (imóveis) da Administração Pública. 94 Receita que não estão à disposição do Governo Quando há o ingresso de recursos, mas não é do Estado. - São ingressos (receitas) que geram para o Estado obrigação de devolução. (Exemplo: Dispositivo de caução em dinheiro para empresas privadas participarem de licitação). TODAS AS ENTRADAS DE RECURSOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SÃO CONSIDERADAS RECEITAS. 95 Classificação da Receita Pública Classificação Alemã: A receita pública pode ser dividida em Receita Originária e Receita Derivada. - Receita Originária: São as receitas produzidas pelos bens e empresas de propriedade pública. Nesta relação, o Estado e o particular estão situados no mesmo patamar. São decorrentes do uso do patrimônio do próprio Estado, e de sua atuação como produtor de bens e serviços. São aquelas que se originam da gestão do patrimônio econômico-financeiro da Administração Pública. (Exemplo: O aluguel recebido pelo Estado quando este aluga um imóvel) 96 - Receita Derivada: São as receitas cobradas por força das Leis de Direito Público. É aquela do uso do poder de império da Administração Pública, obtendo receitas pela imposição da soberania do estatal sobre o patrimônio privado. É unilateral, sem acordo de vontades. Nesta relação, o Estado e o particular estão situados em patamares distintos. Exemplo: Receita de Impostos 97 Classificação quanto à Autorização Legislativa - Receita Orçamentária: Ingresso de recursos que irão financiar os gastos públicos. Podem ser provenientes de receitas realmente efetivas (impostos) ou receitas que surgiram de fatos permutativos. Nesse tipo de receita, há a necessidade de autorização legislativa para que o Estado arrecade e utilize os recursos. 98 - Receita Extra - Orçamentária: É considerada como ingressos extra-orçamentário e não como receita, pois terá sempre uma contrapartida no passivo financeiro (obrigação). Pode ser restituído ao seu dono, como ocorre com os recursos provenientes de caução em dinheiro e nas operações de créditos por antecipação da receita orçamentária (ARO). 99 Receita Orçamentária A Receita Orçamentária compreende os seguintes grupos de contas, correspondentes às categorias econômicas: - Receita Corrente - Receita de Capital 10 0 A Receita Orçamentária só é considerada quando da sua efetiva arrecadação, diferenciando-se da Receita da Administração Privada, que é contabilizada pela ocorrência do fato gerador, não necessitando da entrada do recurso para o registro da receita. Observação quanto a Receita Orçamentária 10 1 Receita Corrente - São as Receita efetivas, são provenientes de fatos modificativos, que alteram a situação patrimonial. São Receita Correntes: - Receita Tributária: Impostos, taxas e contribuição de melhoria - Receita de Contribuições: Contribuições sociais e econômicas - Receita Patrimonial: Receitas imobiliárias 102 - Receita Agropecuária: Receita de produção vegetal, animal, etc. - Receita Industrial: Receita de industria extrativa mineral, industria de construção, industria de transformação - Receita de Serviços: Serviços educacionais, hospitalares, comunicação, etc. - Transferências Correntes: Transferências governamentais, etc. - Outras Receitas Correntes: Multas, juros de mora, dívida ativa, indenizações e restituições 103 Receita de Capital São as receita que incluem as contas representativas de constituição de dívidas, conversão em espécies de bens e direitos, amortizações, utilização de saldos de exercícios anteriores, bem como as transferências recebidas para atender às despesas de capital. As Receitas de Capital são caracterizadas por serem receitas que se originam do patrimônio (bens, direito e obrigações), ou seja, são receitas derivadas de troca de elementos patrimoniais por recursos financeiros (fatores permutativos). 104 São Receita de Capital: - Operações de Crédito - Alienação de Bens - Amortização de Empréstimos - Transferência de Capital - Outras Receitas de Capital - Superávit do Orçamento Corrente 105 A Administração Pública adota um REGIME MISTO: - O Princípio de CAIXA para a receita. - O Princípio da COMPETÊNCIA para a despesa. 106 Exceção do Regime Misto - Exceção ao regime de Caixa para a receita: Inscrição da dívida ativa - Exceção ao regime de Competência para a despesa: Inscrição de restos a pagar 107 Observação quanto a Receita de Capital A Receita de Capital não pode ser utilizada para o pagamento de gastos de manutenção da máquina administrativa (despesas correntes), somente pode ser utilizada, salvo algumas exceções, para pagamento de despesas de capital. Exceções no Art. 167, III, da CF e Art. 44, § 2º da LRF. As normas brasileiras de orçamento público é caracterizada nas operações de crédito e alienação de bens. 108 Operações de Crédito Art. 167, III, da CF: “São vedadas a realização de operações decrédito que excedam o montante das despesas de capital, ressaltando as autorizações mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovada pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta”. 109 Art. 12, § 2º, da LRF: “O montante previsto para as receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas de capital constantes no projeto de Lei orçamentária”. 110 Alienação de Bens Art. 44, da LRF: “É vadada a aplicação da receita de capital derivada da alienação de bens e direitos que integram o patrimônio público para o financiamento de despesa corrente, salvo se destinada por Lei aos regimes de previdência social, geral e próprio dos servidores públicos”. 111 Estágios da Receita A Receita Orçamentária passa por determinados estágios desde a sua previsão até o seu recolhimento aos cofres da Administração Pública. 1º Estágio – PREVISÃO (P) Composta por duas fases: - A Estimação - O Lançamento 112 - Estimação: Consiste na estimativa do que se espera arrecadar durante o exercício. Esta é a fase mais importante do estágio da receita, pois é com base na estimativa da receita que as despesas são autorizadas. - Lançamento: É a identificação do devedor ou da pessoa do contribuinte. A Lei nº 4.320/64 define o lançamento da receita como o ato da repartição competente que verifica a procedência do credor fiscal, e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta. 113 2º Estágio –ARRECADAÇÃO (A) A Arrecadação da receita é o momento em que o contribuinte recolhe, ao agente arrecadador, o valor do seu débito. 114 3º Estágio – RECOLHIMENTO (R) O Recolhimento da receita é o momento em que o agente arrecadador repassa o produto arrecadado ao Tesouro Nacional, Estadual ou Municipal. - Observação: O lançamento deixou de ser um estágio da receita desde 2002, conforme preceitua a Portaria STN nº 219/2002. 115 Despesa Pública É o conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa de direito público para o funcionamento dos serviços públicos. A despesa é parte do orçamento, ou seja, é onde se encontram classificadas todas as autorizações para gastos com várias atribuições e funções governamentais. As despesas públicas são o complexo da distribuição e do emprego das receitas para o custei de diferentes setores da Administração Pública. TODAS AS SAÍDAS DE RECURSOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SÃO CONSIDERADAS DESPESAS. 116 Classificação quanto à Autorização Legislativa - Despesas Orçamentárias: As despesas orçamentárias correspondem os fatos representativos de saída de recursos, exceto as devoluções de depósitos de terceiros. Exemplo: Quando da entrada do recurso forem classificados como receitas extra-orçamentárias e a devolução são classificados como despesas extra-orçamentárias. As despesas orçamentárias dependem de autorização legislativa para que sejam pagas, assim como as receitas orçamentárias. 117 - Despesas Extra - Orçamentárias: São dispêndios (saídas) realizados pelo Estado que não necessitam de autorização orçamentária para sua realização. São classificados como despesas extra-orçamentárias os pagamentos de restos a pagar, as devoluções de valores de terceiros, etc. 118 Classificação da Despesa Orçamentária - Classificação Institucional: É aquela que separa as unidades ou órgãos responsáveis pela execução do orçamento, ou seja, os órgãos que irão executar o orçamento aprovado pela Lei Orçamentária Anual (LOA). O Art. 14 da Lei nº 4.320/64 define unidade orçamentária como sendo o agrupamento de serviços subordinado a um mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias. 119 O principal objetivo da classificação institucional da despesa pública é possibilitar o conhecimento da aplicação dos recursos públicos por órgão/entidade e unidade orçamentária, ou seja, permite conhecer o montante de gastos previstos e realizados de cada órgão/unidade. - A classificação institucional é feita por meio de 05 (cinco) dígitos. Exemplo: Classificação Institucional: 45101 45000 .............................. Órgão (Justiça Eleitoral) 45101 .............................. Tribunal Superior Eleitoral 45102 .............................. Tribunal Regional Eleitoral de Goiás 120 - Classificação Funcional: Tem por finalidade dar conhecimento de todos os gastos realizados pelo Governo em todas as áreas de atuação. Com a intenção de conhecer o montante dos gastos realizados por áreas. Exemplo: Quanto o governo gastou na área de saúde, educação, segurança, transporte, etc, independente qual o órgão que realizou esses gastos. Está definida pela Portaria nº 42 do Ministério do Estado Orçamentário e Gestão, implantada a partir do orçamento de 2000 na União, nos Estados, Distrito Federal e Municípios a partir do orçamento de 2002. 121 - Consiste nos seguintes agrupamentos e códigos. Exemplo: Classificação Funcional: XX .............................. Função XXX ........................... Subfunção XXXX ........................ Programa XXXXX ..................... Projeto ou Atividade XXXXXX .................. Subtítulo Totalizando 17 (dezessete) dígitos. 122 Classificação Funcional: - Função: Deve entender-se o maior nível de agregação das diversas áreas de despesa que competem ao setor público. A Função Encargos Especiais engloba as despesas em relação às quais não se possa associar um bem ou serviço a ser gerado no processo produtivo corrente, tais como dívidas, ressarcimentos, indenizações e outras afins, representado, portanto, uma agregação neutra. Foram definidas 28 (vinte e oito) Funções na Portaria 42/99, as quais devem ser observadas por todos os Entes da Federação (União, Estados, DF e Municípios). 123 - Subfunção: Representa uma participação da função, visando agregar determinado subconjunto de despesa do setor público. Para cada Função foram pré-determinadas várias subfunções, sendo também obrigatórias por todos os Entes da Federação. As subfunções poderão ser combinadas com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas, na forma da Portaria nº 42/99. Exemplo: “Na Função 04 – Administração, existem várias Subfunções: - Planejamento e orçamento - Administração geral - Controle externo... 124 Classificação Programática: - Programa: É o instrumento de organização da ação governamental visando à concretização dos objetivos pretendidos, sendo mensurado por indicadores estabelecidos pelo Plano Plurianual – PPA (Art. 2º, Portaria nº 42/99). Os Programas não são definidos de forma comum a todos os Entes da Federação. No PPA de cada Ente da Federação são definidos os programas, sendo que a União define os seus programas, os Estados dos seus, o DF os seus e os Municípios os seus. 125 Para cada problema a ser resolvido, haverá um programa. Os programas podem ser dos seguintes tipos: a) Programas Finalísticos: Aqueles que apresentam como resultados bens e serviços diretamente à sociedade e que, portanto, estão vinculados à área fim dos órgãos. Exemplo: - Programa Segurança do Cidadão - Programa Justiça e Cidadania. 126 b) Programas de Gestão de Políticas Públicas: São os que se identificam individualmente com as ações institucionais de um órgão, devendo existir apenas um para cada órgão, exceto na Presidência da República, Ministério da Fazenda e outros que exercem atribuições central dos sistemas de orçamento, de pessoal, de programação financeira, etc. Exemplo: - Programa de Gestão de Política de Saúde 127 c) Programas de Serviços ao Estado: Os que tiveram como resultado bens e serviços ofertados diretamente ao Estado, por instituições criadas especialmente com esse objetivo. Exemplo: - Programa Informatização para as prefeituras do Brasil d) Programas de Apoio Administrativo: Corresponde aos programas da área-meio dos órgãos que apresentam gastos com manutenção e conservação de bens imóveis. Exemplo: - Aluguéis - Vigilância - Limpeza. 128 - Projetos: É um instrumentode programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de um governo. Na classificação, o projeto é identificado por um algarismo impar no primeiro digito do nível de projeto. 129 - Atividade: É um instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de operações que se realiza de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação de um governo. Na classificação, o projeto é identificado por um algarismo par no primeiro digito do nível de projeto. Caso o gasto não resulte um produto que concorra para a expansão ou o aperfeiçoamento da ação do governo, como ocorre com o projeto e com a atividade, a ação a ser realizada será classificada como Operações Especiais. 130 - Operações Especiais: Segundo a Portaria nº 42/99, as despesas que não contribuem para manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e não geram contraprestação direta sob forma de bens e serviços, serão classificadas como Operações Especiais. 131 http://tribunacolorada.files.wordpress.com/2008/08/ladrao1.jpg http://tribunacolorada.files.wordpress.com/2008/08/ladrao1.jpg Classificação Econômica: É a classificação da despesa econômica em: - Despesa Corrente - Despesa de Capital 132 - Despesa Corrente: Ou despesa de custeio, segundo a Lei nº 4.320/64, são as dotações destinadas à manutenção de serviços anteriormente criados, ou seja, as despesas correntes são as despesas efetivas, neste caso as despesas de fato. Características: - Alterar o patrimônio líquido - São consideradas relamente despesas no conceito contábil - Sirgimentos de fatos modificativos - Não geram mutações ativas (fatos permutativos) 133 São Despesas Correntes: - As despesas de custeio (pessoal civil, pessoal militar, serviços, material de consumo, etc.) - As transferências correntes (transferências concedidas para atender as despesas correntes em outros órgãos/unidades) 134 - Despesa de Capital: Despesas que contribuem, diretamente, para a formação ou aquisição de um bem de capital. São Despesas de Capital: - Investimentos (obras públicas, material permanente, etc.) - Inversões financeiras (aquisição de imóveis, concessão de empréstimos, etc.) - Transferência de capital (recursos transferidos para serem gastos com despesas de capital). - Superávit do orçamento corrente. 135 A Classificação Econômica da despesa é composta por: - Categoria Econômica (CE) - Despesas correntes - Despesas de capital - Grupo da Despesa (GD) - Pessoal e encargos sociais - Juros e encargos da dívida - Outras despesas correntes - Investimentos - Inversão financeira - Amortização da dívida 136 - Modalidade de Aplicação (MA) - Aplicação direta - Transferências - Elementos da Despesa (ED) - Material de consumo - Serviços de terceiros – pessoa jurídica - Material permanente - Etc. (a tabela contém mais de 90 (noventa) elementos. 137 A Classificação Econômica da despesa é feita por meio de 06 (seis) dígitos, sendo: X.X.XX.XX 1º dígito: Categoria econômica 2º dígito: Grupo da despesa 3º e 4º dígito: Modalidade de aplicação 5º e 6º dígito: Elemento da despesa 138 Categoria Econômica: 3 – Despesa corrente 4 – Despesa de capital Grupo da Despesa: 1 – Pessoal e encargos sociais 2 – Juros e encargos da dívida 3 – Outras despesas correntes 4 – Investimentos 5 – Inversão financeira 6 – Amortização da dívida 139 Modalidade de Aplicação (indica quem realizará a despesa, diretamente ou outro Ente): 90 – Aplicação direta 30 – Transferências aos Estados e DF 40 – Transferências aos Municípios 50 – Transferências a instituições privadas Observação: A classificação por modalidade de aplicação evita a dupla contagem na consolidação das contas públicas. 140 Grupo da Despesa: 01 – Aposentadorias e reformas 03 – Pensões 11 – Vencimentos e vantagens fixas – pessoal civil 30 – Material de consumo 52 – Material permanente 39 – Outros serviços de terceiros – pessoa jurídica 51 – Obras e instalações 141 A título de exemplo, podemos classificar uma aquisição de papel A-4, pelo próprio órgão que possui a dotação orçamentária. 3 – Despesa corrente 3 – Outras despesas correntes 90 – Aplicação direta 30 – Material permanente Assim, ficaria: 3.3.90.30 – Material de expediente 142 Contabilidade Pública Conceitos e Práticas - É o ramo da ciência contábil que tem como objetivo aplicar os conceitos, princípios e normas contábeis nos atos e fatos de gestões orçamentárias, financeira, patrimonial e de compensação, nos órgãos e entidades da Administração Pública, direta e indireta e ainda fornecer informações tempestivas, compreensíveis e fidedignas à sociedade e aos gestores públicos. 143 Campo de Aplicação - É restrito à Administração Pública nos seus três níveis de Governo: Federal, Estadual/Distrital e Municipal, conforme a Lei n° 4.320/64. - As empresas públicas e as sociedades de economia mista em que o governo detém a maioria do seu capital social com direito a voto, quando estas fizerem empregos de recursos públicos constantes no orçamento adotam as normas da Contabilidade Pública. 144 Exemplo: - Administração Direta: União, Estados/DF e Municípios. - Administração Indireta: Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista apenas se recebem recursos do orçamento para pagamento de despesas de pessoal, de custeio ou de capital, exceção ao último caso (Despesa de Capital) se destinado ao aumento da participação acionária (no caso de as EP e SEM receberem esses recursos serão determinadas de Empresa Estatais Dependentes – conceito inserido pela LRF). 145 Objetivo - O objetivo da Contabilidade é o de fornecer à Administração Pública e à sociedade, informações atualizadas e exatas para subsidiar a tomada de decisão, principalmente aos órgãos de controle interno e externo para o cumprimento da sua missão institucional. - O objetivo da Contabilidade é o patrimônio. 146 Regime Contábil - O Regime Contábil adotado para a Contabilidade Pública está definido na Lei nº 4.320/64, Art. 35, onde menciona que: “Art. 35 – Pertencem ao exercício financeiro: I – as receitas nele arrecadadas; II – as despesas nele legalmente empenhadas”. Dessa forma, temos que o regime adotado na Contabilidade Pública é o Regime Misto. Sendo o regime de caixa para as receitas e o regime de competência para as despesas. 147 Peculiaridade da Área Pública - Não está previsto a realização de correção monetária, depreciação, amortização ou exaustão (OBS: as autarquias podem realizar depreciações). Reavaliações é facultativo para a Administração Pública. - Na Contabilidade Pública elabora-se os seguintes demonstrativos: Balanço Patrimonial, Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro e Demonstrativo das Variações Patrimoniais. 148 Na Contabilidade Pública, devemos nos preocupar com a natureza das contas, posto que há quatro grupos de contas, distinguindo por sua natureza. Dessa forma, temos: - Contas Financeiras - Contas Patrimoniais - Contas de Compensação - Contas Orçamentárias Em cada grupo de contas citado acima, devemos manter o equilíbrio entre débito e crédito, o que provoca a necessidade de se utilizar contas de um mesmo grupo em contrapartida num mesmo lançamento contábil. 149 Os Itens Patrimoniais são avaliados da seguinte forma: Direitos a receber e obrigações a pagar .............. Valor Nominal Bens Móveis ............................ Valor de aquisição ou produção Bens Imóveis ......................... Valor de aquisição ou construção Bens de Estoque .............. Preço Médio Ponderado das compras 150 Exercício Social - De acordo com a Lei nº 4.320/64, o exercício social coincidirá com o ano civil, ou seja, terá início em 01 de janeiro e terminará em 31de dezembro. Feliz Ano Novo Feliz Natal 151 http://www.icicom.up.pt/blog/muitaletra/arquivos/pai natal.bmp http://www.icicom.up.pt/blog/muitaletra/arquivos/pai natal.bmp Variações Patrimoniais - Na Contabilidade Pública todas as variações ocorridas com os itens patrimoniais devem ser registradas. Essa exigência está definida no Art. 100 da Lei nº 4.320/64. “Art. 100 – As alterações da situação líquida patrimonial, que abrange os resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes dessa execução e as superveniências e insubsistência ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial”. Desta forma, temos que tudo ocorre com um item patrimonial (aquisição, alienação, reavaliação, perda, etc) será registrado em contas patrimoniais. 152 Exemplo: Suponhamos que a conta imóveis tenha saldo inicial em 2000 no valor de R$ 100,00. Durante o ano de 2001, ocorreram os seguintes fatos: Saldo Inicial de imóveis .......................................... R$ 100,00 Compra de Imóveis ........................ R$ 900,00 Vendas de Imóveis ......................... R$ 700,00 Valorização de Imóveis .................. R$ 100,00 Doação a terceiros de imóveis ........ R$ 300,00 Construção de Imóveis ................... R$ 600,00 Saldo ao final do ano ...................... R$ 700,00 Variações Patrimoniais 153 Tipos de Variações Patrimoniais Variações Ativas - São identificadas no grupo de contas cujos fatos provocam aumento de valores ativos (bens e direitos) ou de diminuição de valores passivos (obrigações). Diante disso, podemos dizer que se o fato a ser analisado provocou aumento do Patrimônio Líquido, temos variações ativas. 154 Exemplo de Contas de Variações ativas: - Compra de imóveis (indica que está entrando imóveis para a empresa) - Valorização de imóveis - Construção de imóveis 155 Variações Passivas - Pertencem ao grupo de contas cujo fato provoca redução do Patrimônio Líquido, tanto pela diminuição do ativo quanto pelo aumento do passivo. Exemplo das Contas de Variações Passivas: - Vendas de imóveis - Doação de imóveis a terceiros 156 Variações Orçamentárias - As Orçamentárias são aquelas variações ocorridas nos elementos do ativo e passivo que dependem de autorização legislativa para sua realização, ou seja, devem constar na Lei Orçamentária Anual. Exemplo de Variações Orçamentárias: - Receita Orçamentária - Despesa Orçamentária 157 Variações Extra-Orçamentárias - As Extra-Orçamentárias são aquelas onde se encontra as alterações patrimoniais aumentativas que ocorrem independentemente da execução orçamentária. Exemplo de Variações Extra-Orçamentárias: - Doação recebidas de bens - Inscrição da dívida ativa - Cancelamento de restos a pagar - Outros. 158 Mutações Ativas e Passivas - Mutações Ativas: São utilizadas para anular o efeito negativo que as despesas não efetivas (oriundas de fatos permutativos) provocam no resultado. - Mutações Passivas: Por sua vez, têm a função de anular o efeito positivo que as receitas não efetivas (oriundas de fatos permutativos) provocam no resultado. Então, sempre que tivermos fatos permutativos orçamentários teremos mutações, ativas quando for oriundo de despesas e passivas quando forem oriundas de receitas não efetivas. 159 Interferências Ativas e Passivas - São valores financeiros recebidos pela Administração Pública de outro ente Público. - Podem ser Orçamentária quando decorrem da Lei Orçamentária Anual – LOA, ou Extra-Orçamentária quando independem da autorização legislativa. 160 Análise das Principais Contas Todos os títulos abaixo são Contas Contábeis. Alienação de Bens - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta de mutação passiva que representa a redução do ativo decorrente da venda de bens a terceiros, origina-se de um fato permutativo (troca de bens por dinheiro) vinculado à execução orçamentária da receita de alienação de bens, que não é efetiva. 161 Aquisição de Bens - Pertencente ao grupo de Variações Ativas. Conta de mutação ativa que representa o aumento do ativo decorrente da compra de bens, origina-se de um fato permutativo (troca de dinheiro por bens) vinculado à execução orçamentária da despesa não-efetiva (despesa de capital). 162 Amortização da Dívida Passiva - Pertencente ao grupo de Variações Ativas. Conta de mutação ativa que representa a redução do passivo decorrente do pagamento do principal da dívida interna ou externa, origina- se de um fato permutativo (troca de dinheiro por dívida) vinculado à execução orçamentária da despesa não-efetiva (despesa de capital). 163 Amortização de Empréstimos - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta de mutação passiva que representa a redução do ativo decorrente do recebimento da receita de capital de mesmo nome. Origina-se de um fato permutativo (troca de direitos a receber por dinheiro) vinculado à execução da receita não- efetiva. 164 Cancelamento da Dívida Ativa - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta de insubsistência passiva ou insubsistência do ativo que representa a redução do ativo e redução do Patrimônio Líquido decorrente da baixa de um direito a receber por não mais existir, por te sido inscrita indevidamente ou por ter atingido a prescrição. Não está vinculado à execução do orçamento em razão de não ter sido arrecadada. 165 Cancelamento de Restos a Pagar - Pertencente ao grupo de Variações ativas. Conta de insubsistência ativa também denominada de insubsistência do passivo que representa a redução do passivo decorrente da baixa de restos a pagar não processadas em razão de ter expirado a validade de sua inscrição (final do exercício subseqüente) ; não está vinculado à execução do orçamento e não envolve recursos financeiros. 166 Construção de Bens e Imóveis - Pertencente ao grupo de Variações Ativas. Conta de mutação ativa que representa o aumento no ativo decorrente da realização de obras autorizadas na Lei Orçamentária, origina-se de um fato permutativo (troca de dinheiro por imóveis) vinculado à execução da despesa orçamentária não-efetiva. Consumo de Bens - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta de Insubsistência do ativo ou Insubsistência passiva que representa a redução do ativo decorrente da saída de bens do almoxarifado para uso (comum), não tem origem na execução do orçamento e nem envolve recursos financeiros. 167 Despesa Orçamentária - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta que representa a redução do ativo (quando a despesa for executada com pagamento a vista) ou o aumento do passivo (quando a despesa for executada com pagamento a prazo), em razão do regime de competência. Doação de Bens a Terceiros - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta de Insubsistência do ativo ou Insubsistência passiva que representa a redução do ativo decorrente da doação efetuada a terceiros pelo órgão e; conseqüentemente, redução do Patrimônio Líquido. Não se origina da execução do orçamento, não envolve recursos financeiros. 168 Empréstimos Concedidos - Pertencente ao grupo de Variações Ativas. Conta de mutação ativa que representa o aumento no ativo decorrente do registro de um direito (empréstimo a receber); origina-se de um fato permutativo (troca de dinheiro por direito) vinculado à execução da despesa orçamentária não-efetiva. Empréstimos Tomados - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta de mutação passiva que representa o aumento do passivo decorrente do registro de uma obrigação a pagar (dívida fundada); origina-se de um fato permutativo (troca de dívida por dinheiro) vinculado à execução da receita orçamentária não-efetiva. 169 Fabricação de Bens - Pertencente ao grupo das Variações Ativas. Conta de superveniência ativa ou superveniência do ativo que representa o aumento no ativo decorrente do surgimento de um ativo permanente como resultado do processo de produção; não tem origem noorçamento e nem envolve recursos financeiros. O orçamento apenas autoriza a aquisição de matéria-prima para ser usada na produção. 170 Inscrição da Dívida Ativa - Pertencente ao grupo de Variações Ativas. Conta de superveniência ativa ou superveniência do ativo que representa o aumento no ativo decorrente do reconhecimento de um direito a receber, é de natureza extra-orçamentária em razão desse direito ter surgido exatamente pela não- arrecadação da receita orçamentária. 171 Recebimentos da Dívida Ativa - Pertencente ao grupo de Variações Passivas. Conta de Mutação Patrimonial passiva que representa a redução do ativo decorrente da baixa de um direito a receber pela arrecadação dos recursos financeiros referentes à receita orçamentária da dívida ativa, que é não-efetiva, pois se origina de um fato permutativo (troca de direitos por dinheiro). Receita Orçamentária - Conta de Variação Ativa que representa apenas o aumento do ativo em razão do recebimento de recursos financeiros decorrentes da arrecadação da receita, já que se adota o regime de caixa. 172 Licitações Públicas 173 Licitações Públicas Conceitos Fundamentais Licitação é o procedimento administrativo mediante a qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para um contrato de seu interesse. Essa definição é uma das diversas que podem ser encontradas na doutrina. Basicamente, todas as definições de licitação salientam os mesmos três pontos: - Procedimento - Administração - Vantagem 174 Segundo o Art. 3º da Lei nº 8.666/1993 - Leis de Licitações Públicas, a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração Pública e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da: - Legalidade - Impessoalidade - Probidade Administrativa - Vinculação ao Instrumento Convocatório - Julgamento Objetivo - Moralidade - Igualdade - Publicidade 175 Abrangência da Lei das Licitações (Lei nº 8.666/93) - Órgãos da Administração direta da União, Estados, DF e Municípios - Fundos especiais - Autarquias - Fundações públicas - Sociedade de economia mista - Demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, DF e Municípios. 176 Modalidades de Licitação As modalidades são espécies da licitação empregadas de acordo com as características e o valor do objetivo que a Administração deseja contratar. Licitação é o nome genérico de qualquer uma dessas seis modalidades definidas em Lei. - Concorrência - Tomada de Preço - Convite - Concurso - Leilão - Pregão 177 Modalidade Concorrência - Cabível, qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra ou na alienação de bens imóveis - Adequada para alienação de imóveis, registros de preços e licitações internacionais (esta última, em casos excepcionais, podem ser feitas por tomada de preços) - Qualquer participante, cadastrado ou não - Normalmente utiliza-se a concorrência para licitações de grandes valores 178 - Para obras e serviços de engenharia com valores acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais). - Para compras e outros serviços com valores superiores a R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais). - Prazo mínimo da publicação do edital de abertura da licitação até o recebimento das propostas ou realizações do evento: - 45 dias – no caso de licitação do tipo melhor técnica ou técnica e preço. - 30 dias – nos demais casos. 179 - Deve ser divulgada no Diário Oficial da União – DOU, no caso de licitação da União, ou no Diário Oficial do Estado – DOE se for licitação Estadual ou no Diário Oficial do Município – DOM se for municipal - Outorga de serviços públicos deve ocorrer necessariamente por concorrência. 180 Modalidade Tomada de Preços - Contratos de médio valor - Para obras e serviços de engenharia com Valores até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais). - Para compras e serviços com valores até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais). - Entre interessados devidamente cadastrados. - Se não for cadastrados, mas que atenda a todas as condições exigidas para o cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas. 181 - Prazo mínimo da publicação do edital de abertura da licitação até o recebimento das propostas ou realização do evento: - 30 dias – no caso de licitação do tipo melhor técnica ou técnica e preço - 15 dias – nos demais casos. Tomada de Preço 182 Modalidade Convite - Contratos de pequenos valores e mais simples. - Para obras e serviços de engenharia Valores até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais). - Para compras e serviços Valores até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais). - Devem ser convidados, no mínimo, 03 interessadas. - A divulgação do instrumento convocatório só é obrigatória por meio de fixação em lugar conveniente na repartição. 183 - A Administração escolhe as licitantes que irão participar do convite - As empresas ou pessoas físicas não convidadas diretamente pela Administração, mas que procurem o convite dentro do prazo de 24 horas antes da apresentação das propostas poderão participar do certame - Havendo na praça em que está se realizando a licitação mais de três possíveis interessados, a cada novo convite para o mesmo objeto a Administração deverá convidar mais um interessado, até convidar todos os cadastrados 184 - Se nenhum licitante for habilitada, a Administração poderá dar novo prazo para que todos corrijam as irregularidades - Se apenas uma for habilitada, deve respeitar a licitação (orientação do Tribunal de Contas da União). Se permanecer apenas uma, continua a licitação - Se não houver interessadas e não puder ser repetida a licitação, faz-se por meio de dispensa - Prazo mínimo da divulgação do edital de abertura da licitação até o recebimento das propostas ou realização do evento: - 05 dias úteis 185 Modalidades e Valores - Decreto nº 9.412/2018 186 Modalidades conforme o valor (Decreto 9.412/2018) Modalidade Obras e serviços de engenharia Compras e demais serviços Concorrência + R$ 3,3 milhões + R$ 1,43 milhão Tomada de preços Até R$ 3,3 milhões Até R$ 1,43 milhão Convite Até R$ 330 mil Até R$ 176 mil Modalidade Concurso - Não trata do concurso para nomeação em cargo público - Destinado à escolha de trabalho técnico ou artístico, predominantemente de criação intelectual, mediante a instituição de prêmios aos vencedores - Prazo mínimo da divulgação do edital de abertura da licitação até o recebimento das propostas ou realização do evento: * 45 dias 187 Modalidade Leilão - Entre quaisquer interessados - Destinado à venda de bens móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados - Para quem oferecer o maior lance igual ou superior ao da avaliação 188 Modalidade Pregão - É a mais nova modalidade de licitação - Destinado à aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor da contratação, em que a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública - Desde 2002 essa modalidade de licitação foi estendida aos Estados, DF e Municípios, por meio da Lei nº 10.520/2002 189 - Primeiramente, abre os envelopes das propostas e classifica todas as propostas que estiverem até 10% acima do preço mais baixo representado, até o mínimo de três propostas. Se não houver o mínimo de propostas que estejam até 10% acima do preço mínimo, classifica-se as propostas acima do mínimo até atingir três propostas - Após a classificação das propostas com preços mais baixos, passa-se para a fase dos lances individuais, começando pela proposta mais elevada - Após todas as empresas classificadas apresentarem lances, abre o segundo envelope (habilitação) da empresa vencedora do menor preço 190 - Se a proposta de menor preço não forhabilitada, abre o envelope da segunda colocada, até indicarem a vencedora; - Depois da etapa de lances e habilitações, pode haver negociação entre o pregoeiro e a vencedora de certame para tentar reduzir ainda mais o preço; - A empresa que desejar impetrar recursos deve demonstrar intenção de na sessão da licitação; - As propostas poderão ter validade superior a 60 dias. Nas demais modalidades de licitação o prazo máximo de validade das propostas é de 60 dias. 191 - O recurso, no pregão, não tem efeito suspensivo - O pregão pode ser feito por meio da internet (pregão eletrônico) - Uma das desvantagens do pregão eletrônico é que retira das concorrentes a possibilidade de verificar, de pronto, a documentação apresentada pela em empresa vencedora - Prazo mínimo da divulgação do edital de abertura da licitação até o recebimento das propostas ou realização do evento: * 08 dias úteis - O Pregoeiro só pode desempenhar sua atividade depois de ter feito um curso de capacitação específica 192 Modalidade Dispensa de Licitação O princípio geral é a obrigatoriedade da licitação, porém a legislação prevê alguns casos em que fica facultado à Administração Pública licitar ou não. No caso da Dispensa de Licitação a competição é possível, mas a Lei faculta a sua realização. 193 - A Dispensa de Licitação por baixo valor é aplicada com os seguintes valores: até R$ 33.000,00 (trinta e três mil reais) para obras e serviços de engenharia, assim como o valor de até R$ 17.600 (dezessete mil e seiscentos reais) para compras e demais serviços. - No caso de guerra ou grave perturbação da ordem - No caso de emergência e calamidade pública - Preços manifestamente superiores aos praticados no mercado Alguns casos de Dispensa de Licitação (Art. 24 da Lei nº 8.666/93) 194 - Quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas - Compra de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis - Fornecimento de energia elétrica. 195 Licitação Dispensa A Lei nº 8.666/93 prevê alguns casos em que é dispensada. São os casos: - Alienação de bens imóveis - Alienação de bens imóveis para órgãos da Administração direta ou indireta, inclusive paraestatais - Doação em pagamento 196 - Doação para outros da Administração direta ou indireta - Permuta por outro imóvel - Venda a outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera do governo - E outros casos previstos no Art. 17 da Lei nº 8.666/93. 197 A Cultura nas Organizações Públicas 198 A Cultura nas Organizações Públicas Conceito de Organização: É um sistema de atividades conscientemente coordenadas por duas ou mais pessoas. BARNARD, Chester 199 Exemplos de Organizações Com Fins Lucrativos Sem Fins Lucrativos Exército; Igreja; Serviços Públicos; Entidades Filantrópicas; ONG’S Etc... Empresas Industriais; Lojas Comercias; Hospitais e Laboratórios; Rádio e Televisão; Bancos Etc... 200 Setores da Organização - Primeiro Setor: Governo, que é responsável pelas questões sociais. - Segundo Setor: Empresas privadas, responsável pelas questões individuais. - Terceiro Setor: Organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público. 201 Das Burocracias Mecanicistas aos Modelos Gerenciais - Procedimentos versus Resultados - Centralização e Padronização versus Flexibilidade -Captura por Interesses versus Foco no Cliente - Insulamento versus Transparência e Controle Social 202 Definição de Organização Pública e Organização Privada - Organização Pública: É uma figura jurídica criada pelo Estado que se mantém com recursos da União e tem poderes constitucionais de reguladora das ações da sociedade. - Organizações Privadas: São entidades criadas pelo cidadão, com figura jurídica particular, com fins lucrativos ou sem fins lucrativos (beneficentes), mantidas basicamente com recursos econômicos oriundos de seu próprio negócio. 203 Comparação entre o Modelo de Administração Privada e Pública Modelo do Setor Privado Modelo do Setor Público Escolha individual no mercado Escolha coletiva na política Demanda e preço Necessidade de recursos públicos Caráter privado da decisão empresarial Transparência da ação pública A equidade do mercado A equidade dos recursos públicos A busca de satisfação do mercado A busca da justiça Soberania do consumidor Cidadania Competição com instrumento do mercado Ação coletiva como meio político Estímulo: possibilidade de o consumidor escolher Condição: consumidor pode modificar os serviços públicos 204 Atividades de Estado Exclusivas Não-Exclusivas Produção para o Mercado Forma de Propriedade Forma de Administração Estatal Pública Não Estatal Privada Burocrática Gerencial Publicização Privatização 205 Eficiência X Eficácia Eficiência Eficácia Ênfase nos meios; Ênfase nos resultados e fins; Fazer corretamente as coisas; Fazer as coisas corretas; Resolver problemas; Atingir objetivos; Salvaguardar os recursos; Otimizar a utilização de recursos; Cumprir tarefas e obrigações; Obter resultados e agregar valor; Jogar muito bem. Ganhar o campeonato. 206 Modelos Básicos de Administração Pública 207 Modelos Básicos de Administração Pública Administração Patrimonial Administração Burocrática Administração Gerencial 208 Necessidades de Redefinição do Estado - Reduzir Gastos Públicos - Responder ao esgotamento do modelo Burocrático Modelo Burocrático Modelo Gerencial 209 Modelo Gerencial: - Controle dos gastos públicos - Demanda pela melhor qualidade dos serviços público - Poder de transformação - Pluralidade de concepções da organização - Propulsora das primeiras mudanças no modelo burocrático - Bases pós-burocrática 210 Surgimento do Modelo Gerencial Final da década de 70 - Reforma do Estado = Introdução do modelo gerencial A crise do Estado = 4 fatores - Crise econômica mundial (Petróleo de 1973 a 1979) - Crise Fiscal – Falta de dinheiro para financiar os déficits; revolta dos contribuintes contra cobranças de mais tributos - Situação de “Ingovernabilidade” = Perda de capacidade em ditar políticas macroeconômicas 211 Prioridade – Corte de Custos Dois efeitos: - Redução de gastos com pessoal - Aumentar a eficiência governamental Implicações: - Uma mudança profunda do modelo Burocrático, classificado como lento e excessivamente apegado as normas = ineficiência. 212 - Visão negativa do modelo Weberiano – senso comum – sentido antiburocrático. - Burocracia classificada como grupo de interesse - clientelismo - Crença de que o setor privado tinha o modelo ideal de gestão - Administração Privada = ótima reputação (1970) - Margareth Thatcher = contrata Administrador privado – Plano de Reforma do Estado. 213 Diferenças Entre a Administração Privada e Pública Administração Pública Administração Privada A receita do Estado deriva de impostos, ou seja, de contribuições obrigatórias, sem contrapartida direta. A receita das empresas depende dos pagamentos que os clientes fazem livremente na compra de seus produtos e serviços. A sociedade (por intermédio de políticos eleitos) controla a Administração Pública. O mercado controla a administração das empresas. A Administração Pública gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público. A empresa está voltada para o lucro privado, para a maximização dos interesses dos acionistas, esperando-se que, através do mercado, o interesse coletivo seja atendido. 214 Funções Contemporâneas do Estado Alocação: – arrecadação/orçamento – prestação de serviços Distributiva: – assegurar distribuição – compensar imperfeições Estabilização: – econômica – política Governabilidade Governança 215 Governança Corporativa no
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