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resumo do sistema nervoso

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Sistema Nervoso 
 
O sistema nervoso central é aquele que se localiza dentro 
do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral). 
Assim, encéfalo e medula constituem o sistema nervoso 
central. No encéfalo temos cérebro, cerebelo e tronco 
encefálico. O tronco encefálico é formado pelo 
mesencéfalo, ponte e bulbo. A ponte separa o bulbo, situado 
caudalmente, do mesencéfalo, situado cranialmente. 
Dorsalmente à ponte e ao bulbo, localiza-se o cerebelo. 
O sistema nervoso consiste em duas divisões, o sistema 
nervoso central (SNC) e o sistema nervoso periférico 
(SNP).   
• O SNC consiste no encéfalo e na medula espinhal. 
As três partes principais do encéfalo são: 
o cérebro, o cerebelo e o tronco-encefálico.  
• O SNP consiste em nervos e células nervosas que 
se situam fora do encéfalo e da medula espinhal.  
 
O Soma  
O corpo celular de um neurônio típico possui 
aproximadamente 20mm de diâmetro. O fluido aquoso no 
interior da célula, chamado de citosol, é uma solução salina 
rica em potássio, separada do meio externo pela membrana 
neuronal. Dentro da soma, diversas estruturas delimitadas 
por membranas são coletivamente chamadas de 
organelas.  
O corpo celular de um neurônio contém as mesmas 
organelas encontradas nas demais células animais. As mais 
importantes são o núcleo, o retículo endoplasmático rugoso, 
o retículo endoplasmático liso, o aparelho de Golgi e as 
mitocôndrias. Tudo o que está contido no interior da 
membrana celular, incluindo as organelas, mas excluindo o 
núcleo, é referido coletivamente como citoplasma.  
  
O axônio  
E uma estrutura exclusiva dos neurônios, altamente 
especializada nos processos de transferência de 
informações, cobrindo distâncias no sistema nervoso.  
Quanto maior o calibre do axônio, mais rápida é a 
transmissão do impulso.  
 
A terminação axonal e a sinapse.  
As terminações axonais formam sinapses com os dendritos 
ou com a soma de outros neurônios. Quando um impulso 
nervoso chega à terminação axonal pré-sináptica, são 
liberadas moléculas de neurotransmissores das vesículas 
sinápticas na fenda sináptica. Os neurotransmissores ligam-
se, então, a proteínas receptoras específicas, 
desencadeando a geração de sinalização elétrica ou química 
na célula pós-sináptica.  
A Sinapse.  
 transferida a informação de um neurônio para outro. A 
sinapse tem dois lados:  
• O pré-sinápticoe   
• O pós-sináptico  
O lado pré-sináptico geralmente consiste em 
uma terminação axonal, ao passo que o lado pós-sináptico 
pode ser um dendrito ou soma de outro neurônio.  
O espaço entre a membrana pré-sináptica e a pós-
sináptica é chamado defenda sináptica. A transferência de 
informação através da sinapse de um neurônio para outro 
é chamada de transmissão sináptica  
Na maioria das sinapses, a informação que viaja na forma 
de impulsos elétricos ao longo de um axônio é convertida, 
na terminação axonal, em um sinal químico, que atravessa 
a fenda sináptica.  
Na membrana pós-sináptica, esse sinal químico é convertido 
novamente em um sinal elétrico. O sinal químico é chamado 
de neurotransmissores fica estocado nas vesículas 
sinápticas dentro da terminação, sendo liberado destas na 
fenda sináptica.  
Como veremos, diferentes neurotransmissores são usados 
por diferentes tipos de neurônios. Essa transformação da 
informação, de-elétrica-para-química-para-elétrica, torna 
possível muitas das capacidades computacionais do 
encéfalo. Modificações desse processo estão envolvidas na 
memória e no aprendizado, e distúrbios nas transmissões 
sinápticas resultam em certos transtornos mentais.  
Transporte axoplasmático  
Ocorre porque o fluxo normal de materiais do soma para a 
terminação axonal está interrompido.  
mostrou que os axônios não sobrevivem quando separados 
do corpo celular do qual se originam. A degeneração dos 
axônios que ocorre quando estes são separados é 
denominada degeneração Walleriana.  
Os dendritos  
de um único neurônio são coletivamente chamados de 
árvore dendrítica, ou arborização dendrítica, e cada ramo 
da árvore é chamado de ramo dendrítico. As grandes 
variedades de formas e tamanhos das árvores dendríticas 
são utilizadas para classificar os diferentes grupos de 
neurônios.  
A membrana dendrítica que está sob as sinapses (a 
membrana pós-sináptica) apresenta muitas moléculas 
de proteínas especializadas, chamadas de receptores, as 
quais detectam os neurotransmissores na fenda 
sináptica.  
classificando os neurônios  
A maioria dos neurônios no encéfalo é multipolar.  
1.  Um neurônio que apresenta um único neurito é 
dito unipolar.   
2. Se possuir dois neuritos, a célula é bipolar  
3.  se apresentar três ou mais, é multipolar.   
A classificação geralmente é específica para 
uma determinada área do encéfalo  
No córtex cerebral (a camada mais externa do cérebro), 
existem duas grandes classes: as células estreladas 
(comforma de estrela) e as células piramidais(com forma 
piramidal).  
 
Conexões.  
A informação chega ao sistema nervoso por meio dos 
neurônios que apresentam neuritos nas superfícies 
sensoriais do corpo, como a pele e a retina. As células com 
esse tipo de conexão são os neurônios sensoriais 
primários.   
Outros neurônios possuem axônios que fazem sinapses 
com os músculos e comandam movimentos; estes são 
chamados de neurônios motores.  
No entanto, a maioria dos neurônios do sistema nervoso 
forma conexões apenas com outros neurônios. De acordo 
com esse esquema de classificação, essas células são 
chamadas de interneurônios.    
Diferenciar neurônios pelos neurotransmissores que estes 
produzem e liberam:  
todos os neurônios motores que comandam os movimentos 
voluntários liberam acetilcolina nas suas sinapses; essas 
células motoras são classificadas, então, como colinérgicas, 
isto é, elas expressam os genes que permitem o uso de um 
neurotransmissor específico. Conjuntos de células que 
utilizam o mesmo neurotransmissor constituem os sistemas 
de neurotransmissores no encéfalo.  
glia  
Células de soporte.  
 
  
Astrócitos: As células gliais mais numerosas no encéfalo. os 
astrócitos provavelmente influenciam a possibilidade de 
um neurito crescer ou se retrair  
• regulação do conteúdo químico desse espaço 
extracelular.   
• envolvem as sinapses no sistema nervoso 
central, restringindo a difusão de moléculas 
neurotransmissoras que foram liberadas.   
• possuem proteínas especiais em suas membranas 
que removem ativamente os neurotransmissores 
da fenda sináptica.   
•  a membrana dos astrócitos também apresenta 
receptores para os neurotransmissores que, 
assim como nos neurônios, podem desencadear 
eventos bioquímicos e elétricos no interior da 
célula glial.  
• regulam a concentração de íons potássio no líquido 
extracelular. 
Glia Formadora de Mielina  
 
Função principal dosoligodendrócitose das célu-as de 
Schwann . São camadas de membrana que fazem o 
isolamento dos axônios.  mielina, enrola-se, formando uma 
espiral que envolve os axônios  A bainha de mielina é 
interrompida periodicamente, deixando pequenos espaços 
onde a membrana axonal está exposta. Esta região é 
chamada de nódulo de Ranvier  
  
A mielina serve para acelerar a propagação dos impulsos 
nervosos ao longo do axônio. Os oligodendrócitos e as 
células de Schwann diferem em sua localização e em 
outras características.   
  
Os oligodendrócitos são encontrados apenas no sistema 
nervoso central (encéfalo e medula), ao um único 
oligodendrócito contribui para a formação da mielina de 
vários axônios.  
  
células de Schwann são encontradas somente no sistema 
nervoso periférico (partes externas ao crânio e à coluna 
vertebral), cada célula de Schwann mieliniza apenas um 
único axônio.  
 
  
Células ependimais: formam a camada de células que 
atapeta os ventrículos no encéfalo e desempenham um 
papel no direcionamento da migração celular durante o 
desenvolvimentodo encéfalo.  
 
Celulas micróglia: atua como células fagocitárias que fazem 
a remoção de fragmentos celulares gerados pela morte 
ou degeneração de neurônios e daglia.   
  
 
  
O sistema nervoso   
é único, em relação à vasta complexidade dos 
processos cognitivos e das ações de controle que pode 
executar. Ele recebe, a cada minuto, literalmente, milhões 
de dados (bits) de informação provenientes de diferentes 
órgãos e nervos sensoriais e, então, os integra para 
determinar as respostas a serem executadas pelo corpo.  
  
Neurônio Do Sistema Nervoso Central: A Unidade 
Funcional Básica  
 
O sistema nervoso central contém mais de 100 bilhões de 
neurônios encontrado no córtex motor cerebral. Sinais 
aferentes chegam a esse neurônio por meio de 
sinapses localizadas principalmente nos dendritos 
neuronais, além das que chegam também ao corpo 
celular.   
Para diferentes tipos de neurônios, podem existir desde 
algumas poucas centenas até cerca de 200.000 
conexões sinápticas aferentes. Por sua vez, o sinal 
eferente desse mesmo neurônio trafega por axônio único. 
Esse axônio pode ter muitas ramificações distintas que 
se dirigem para outras regiões do sistema nervoso ou 
para a periferia do corpo.  
 
  
 
Parte Sensorial Do Sistema Nervoso — Os Receptores 
Sensoriais  
 
Essas experiências sensoriais podem provocar reações 
cerebrais imediatas ou essas informações podem 
ser armazenadas no cérebro, sob a forma de memória, 
por minutos, semanas, ou anos, e determinar reações do 
organismo em data futura.  
Essa informação chega ao sistema nervoso central pelos 
nervos periféricos e é conduzida imediatamente para 
múltiplas áreas sensoriais localizadas:   
(1) em todos os níveis da medula espinal;   
(2) na formação reticular do bulbo, da ponte e 
do mesencéfalo;   
(3) no cerebelo;   
(4) no tálamo;   
(5) em áreas do córtex cerebral.  
 
  
Parte Motora Do Sistema Nervoso — Os Efetores  
O papel eventual mais importante do sistema nervoso é o 
de controlar as diversas atividades do corpo. Essa função 
é realizada pelo controle:   
(1) da contração dos músculos esqueléticos apropriados, 
por todo o corpo,   
(2) da contração da musculatura lisa dos órgãos 
internos,   
(3) da secreção de substâncias químicas pelas glândulas 
exócrinas e endócrinas que agem em diversas partes do 
corpo.  
Essas atividades são coletivamente chamadas funções 
motoras do sistema nervoso, e os músculos e glândulas 
são denominados efetores, porque são as estruturas 
anatômicas que verdadeiramente executam as funções 
ditadas pelos sinais nervosos.  
  
Processamento De Informações — 
Função “Integrativa” Do Sistema Nervoso  
 
Uma das mais importantes funções do sistema nervoso é 
a de processar a informação aferente, de modo que 
sejam efetuadas respostas mentais e motoras 
apropriadas.  
As sinapses determinam as direções em que os sinais 
nervosos vão se distribuir pelo sistema nervoso.  
 
O sistema nervoso humano herdou capacidades funcionais 
especiais de cada um dos estágios evolutivos humanos. 
Dessa herança, três níveis principais do sistema nervoso 
central têm características funcionais específicas:   
(1) o nível da medula espinal;   
(2) o nível cerebral inferior ou nível subcortical;   
(3) o nível cerebral superior ou nível cortical.  
 
uma pessoa pisa em uma tachinha.  
 
O rompimento da pele é tradu-zido em sinais ascendentes 
que percorrem as fibras nervosas sensoriais (a direção do 
fluxo da informação está indicada pelas setas).  
Na medula espinhal, a informação é distribuída aos inter 
neurônios. Alguns desses neurônios prolongam seus axônios 
até o encéfalo, onde a sensação de dor é registrada. 
Outros fazem sinapse com neurônios motores, os quais 
enviam sinais descendentes aos músculos.  
O comando motor leva à contração muscular e à retirada 
do pé. 
 
Nível Medular  
os circuitos neurais intrínsecos da medula podem ser 
responsáveis por:   
(1) movimentos de marcha;   
(2) reflexos que afastam partes do corpo de objetos que 
causam dor;   
(3) reflexos que enrijecem as pernas para sustentar o 
corpo contra a gravidade; e   
(4) reflexos que controlam os vasos sanguíneos locais, 
movimentos gastrointestinais ou excreção urinária.  
 De fato, os níveis supraespinais do sistema 
nervoso geralmente operam não pelo envio de sinais 
diretamente para a periferia do corpo, mas, sim, enviando 
sinais aos centros de controle da medula espinal, ou seja, 
simplesmente “comandando” esses centros para que 
realizem suas funções.  
  
 
Nível Cerebral Inferior Ou Subcortical  
 
atividades subconscientes do corpo são controladas por 
regiões encefálicas subcorticais, isto é, no bulbo, na ponte, 
no mesencéfalo, no hipotálamo, no tálamo, no cerebelo e 
nos gânglios da base.  
• controle subconsciente da pressão arterial e da 
respiração é executado principalmente pelo bulbo 
e pela ponte.   
• O controle do equilíbrio é função combinada das 
porções mais antigas do cerebelo, juntamente 
com a formação reticular bulbar, ontina e 
mesencefálica.  
•  Os reflexos alimentares, como a salivação e a 
ação de lamber os lábios, em resposta ao sabor 
da comida, são controlados por áreas localizadas 
no bulbo, na ponte, no mesencéfalo, na amígdala e 
no hipotálamo.   
• Além disso, muitos padrões emocionais, como 
raiva, excitação, resposta sexual, reação à dor 
e reação ao prazer, podem continuar a ocorrer 
mesmo após a destruição de grande parte 
do córtex cerebral.  
 
  
Nível Cerebral Superior Ou Cortical  
O córtex nunca funciona sozinho e, sim, sempre em 
associação às estruturas subcorticais do sistema nervoso 
central. Sem o córtex cerebral, as funções dos centros 
subcorticais são, em geral, imprecisas.  
córtex cerebral é essencial para a maior parte dos 
nossos processos mentais  
 
  
Sinapses Do Sistema Nervoso Central  
informação é transmitida para o sistema nervoso central, 
em sua maior parte, na forma de potenciais de ação, 
chamados simplesmente impulsos nervosos que se 
propagam por sucessão de neurônios, um após o 
outro. Entretanto, além disso, cada impulso   
(1) pode ser bloqueado, na sua transmissão de um neurônio 
para o outro;  
(2) pode ser transformado de impulso único em impulsos 
repetitivos;    
(3) pode ainda ser integrado a impulsos vindos de outros 
neurônios, para gerar padrões de impulsos 
muito complexos em neurônios sucessivos.   
Todas essas funções podem ser classificadas como 
funções sinápticas dos neurônios.  
  
Tipos De Sinapses — Químicas E Elétricas  
A maioria das sinapses utilizadas para a transmissão de 
sinais no sistema nervoso central da espécie humana 
são sinapses químicas. Nessas sinapses, o primeiro 
neurônio secreta por seu terminal a substância química 
chamada neurotransmissor, e esse neurotransmissor, por 
sua vez, vai atuar em proteínas receptoras, presentes 
na membrana do neurônio subsequente, para promover 
excitação, inibição ou ainda modificar de outro modo a 
sensibilidade dessa célula.  
• acetilcolina,  
• norepinefrina,  
• epinefrina,   
• histamina,  
• ácido gama-aminobutírico (GABA),   
• glicina,   
• serotonina e glutamato.  
Nas sinapses elétricas, os citoplasmas das células 
adjacentes estão conectados diretamente por 
aglomerados de canais de íons chamados 
junções comunicantes (gap junctions), que permitem o 
movimento livre dos íons de uma célula para outra.  
Embora a maioria das sinapses no cérebro seja química, no 
sistema nervoso central podem coexistir e interagir 
sinapses químicas e elétricas  
  
A transmissão bidirecional das sinapses 
elétricas   
permite-lhes colaborar na coordenação das atividades de 
grandes grupos de neurônios interconectados.  
sinapses elétricas são relativamente simples em estrutura 
e função e permitema transferência direta da corrente 
iônica de uma célula para outra. As sinapseselétricas 
ocorrem em sítios especializados, denominados junções 
comunican-tes.* As junções comunicantesocorrem em 
quase todas as partes do corpo e interconectam muitas 
células não neurais, como células epiteliais, musculares lisas 
e cardíacas, hepáticas, algumas células glandulares e células 
gliais.  
A maioria das junções comunicantes entre neurônios 
permite que a corrente iônica passe adequadamente em 
ambos os sentidos; portanto, diferentemente da maioria 
das sinapses químicas, as sinapses elétricas são 
bidirecionais.  
A transmissão nas sinapses elétricas é muito rápida e, se 
a sinapse for grande, e também infalível. Assim, um 
potencial de ação em um neurônio pré-sináptico pode 
gerar, quase instantaneamente, um potencial de ação no 
neurônio pós--sináptico. Em invertebrados, como o lagostim, 
as sinapses elétricas são algu-mas vezes encontradas 
entre neurônios sensoriais e neurônios motores, em 
circuitos neurais mediando respostas de fuga. Isso permite 
a um animal bater em retirada rapidamente frente a uma 
situação perigosa.  
 
 
Condução “Unidirecional” nas Sinapses Químicas  
 neurônio que secreta o neurotransmissor, 
chamado neurônio pré-sináptico, para o neurônio no qual 
o neurotransmissor age, o neurônio pós-sináptico. Esse 
fenômeno é o princípio da condução unidirecional.  
permite que os sinais sejam direcionados para alvos 
específicos.  
membranas pré e pós-sinápticas nas sinapses químicas são 
separadas poruma fenda – a fenda sináptica– com largura 
de 20 a 50 nm, cerca de 10 vezes mais larga do que a 
fenda de separação nas junções comunicantes. A fenda é 
preenchida com uma matriz extracelular de proteínas 
fibrosas. Uma das funções dessa matriz é manter a adesão 
entre as membranas pré e pós-sinápticas.  
 
Várias formas e tamanhos de sinapses no SNC.  
(a)Sinapse axoes-pinhosa: um pequeno terminal axonal 
contata um espinho dendríticopós sináptico. Observe que 
os terminais pré-sinápticos podem ser reconhecidos pelas 
suas muitas vesículas, e os elementos pós-sinápticos 
possuem as densidades pós-sinápticas.  
(b)Um axônio ramifica se em dois terminais pré-sinápticos, 
sendo um maior que o outro, e ambos contam-te o soma 
pós-sináptico.  
(c)Um terminal axonal maior que o normal contata e envolve 
a soma pós-sináptico.  
(d)Um terminal axonal pré-sináptico maior que o normal 
contata cinco espinhos dendríticos pós-sinápticos. Observe 
que as sinapses maiores têm mais zonas ativas.  
 
 
  
ANATOMIA FISIOLÓGICA DA SINAPSE  
Esse neurônio é composto por três partes principais:   
o corpo celular ou soma que constitui a maior parte do 
neurônio;   
o axônio único que se estende do corpo celular, deixa a 
medula  espinal e se incorpora a nervos periféricos; e   
os dendritos, inúmeras projeções ramificadas do soma, que 
se estendem, quando muito, por 1 milímetro para as áreas 
adjacentes da medula.  
Botões sinápticos, chamados terminais pré-sinápticos, nas 
superfícies dos dendritos e do corpo celular do neurônio 
motor: cerca de 80% a 95% estão situados nos dendritos 
e apenas de 5% a 20% no corpo celular.  
• terminais pré-sinápticos são 
excitatórios: secretam um neurotransmissor que 
estimula o neurônio pós-sináptico.  
• pré-sinápticos são inibitórios:  ou seja secretam 
um neurotransmissor que inibe o neurônio pós-
sináptico  
As mitocôndrias fornecem o trifosfato de adenosina (ATP), 
que, por sua vez, supre a energia necessária para 
sintetizar novas moléculas da substância transmissora.  
 
Quando o potencial de ação chega ao terminal pré-
sináptico, a despolarização de sua membrana faz com que 
pequeno número de vesículas libere moléculas de 
neurotransmissores na fenda sináptica.   
A liberação dessas moléculas, por sua vez, provoca 
alterações imediatas nas características de permeabilidade 
da membrana neuronal pós-sináptica, o que leva 
à excitação ou à inibição do neurônio pós-
sináptico, dependendo das características do receptor 
neuronal.  
 
  
• A membrana do terminal pré-sináptico é 
chamada membrana pré-sináptica. Essa 
membrana tem grande número de canais de cálcio 
dependentes de voltagem.  
• Quando o potencial de ação despolariza a 
membrana pré-sináptica, esses canais de cálcio 
se abrem e permitem a passagem de inúmeros 
íons cálcio para o terminal pré-sináptico.  
• quantidade de neurotransmissor que 
é, então, liberada na fenda sináptica é 
diretamente proporcional ao número de íons cálcio 
que entram.  
• Essa ligação, por sua vez, provoca a abertura dos 
sítios de liberação através da 
membrana, permitindo que algumas vesículas, 
contendo os neurotransmissores, liberem seu 
conteúdo na fenda sináptica, após cada potencial 
de ação.  
A ativação dos receptores controla a abertura dos canais 
iônicos na célula pós-sináptica segundo uma de duas formas 
seguintes:   
(1) por controle direto dos canais iônicos para permitir 
a passagem de tipos específicos de íons, através da 
membrana  
(2) mediante a ativação de um “segundo mensageiro” que 
não é canal iônico e, sim, molécula que, projetando-se para 
o citoplasma da célula, ativa uma ou mais substâncias 
localizadas no interior do neurônio pós-sináptico.  
  
Existem diversos tipos de sistemas de segundos 
mensageiros. Um dos tipos mais comuns utiliza o grupo de 
proteínas chamadas proteínas G.  
O complexo de proteínas G inativo está livre no citosol e é 
formado por guanosina difosfato  (GDP) mais três 
componentes: o componente  alfa (a), que é a 
porção ativadora da proteína G, e os componentes  beta (b) 
e gama (g), que estão ligados ao componente alfa. Enquanto 
o complexo de proteínas G estiver ligado ao GDP, ele 
permanece inativo.  
 
Sistema de “segundos mensageiros” em que a substância 
transmissora de neurônio inicial pode ativar o segundo 
neurônio mediante, primeiramente, causando 
uma modificação transformacional no receptor que libera 
a subunidade alfa (a) ativada da “proteína G” no citoplasma 
do segundo neurônio. Quatro possíveis efeitos 
subsequentes à ativação da proteína G são mostrados, 
incluindo:   
1, abertura de canal iônico na membrana do segundo 
neurônio;   
2, ativação de sistema enzimático presente na membrana 
do neurônio;   
3, ativação de sistema enzimático intracelular; e/ou   
4, promovendo a transcrição gênica no segundo neurônio.  
O regresso da proteína G ao estado inativo tem lugar 
quando a guanosina trifosfato (GTP) ligada à subunidade a é 
hidrolisada a guanosina difosfato (GDP) e as subunidades b 
e g voltam a unir-se à subunidade a.  
  
A importância da existência desses dois tipos de 
receptores, inibitórios e excitatórios, é que dá dimensão 
adicional à função nervosa, possibilitando a contenção ou 
a excitação das ações neuronais.  
  
Excitação:   
Abertura dos canais de sódio, permitindo o fluxo de grande 
número de cargas elétricas positivas para a célula pós-
sináptica. Esse evento celular aumenta o potencial 
intracelular da membrana em direção ao potencial mais 
positivo, no sentido de atingir o nível do limiar para sua 
excitação.  
 
Inibição  
 Abertura dos canais para íon cloreto na membrana 
neuronal póssináptica.  
Aumento na condutância dos íons potássio para o exterior 
dos neurônios  
Ativação de enzimas receptoras que inibem as funções 
metabólicas celulares  
  
A dopamina é secretada por neurônios que se originam na 
substância negra  
A glicina é secretada principalmente nas sinapses da 
medula espinal  
O GABA é secretado por terminais nervosos situados na 
medula espinal, no cerebelo, nos gânglios da base e em 
diversas áreas do córtex.  
O glutamato é secretado por terminais pré-sinápticos, em 
muitas vias sensoriais aferentes, assim como em diversas 
áreas do córtex cerebral. Seu efeito, provavelmente é 
sempre excitatório.  
A serotonina é secretada por núcleos,especialmente para 
os cornos dorsais da medula.  
O óxido nítrico é especialmente secretado por terminais 
nervosos em áreas encefálicas responsáveis pelos 
comportamentos a longo prazo e pela memória.  
  
Os neuropeptídeos não são sintetizados no citosol 
dos terminais pré-sinápticos.Na verdade, são sintetizados 
como partes integrais de grandes moléculas proteicas 
pelos ribossomos situados do corpo celular do neurônio.  
                                      
 
  
FUNÇÕES ESPECIAIS DOS DENDRITOS NA EXCITAÇÃO 
NEURONAL  
A transmissão de corrente eletrotônica significa a 
propagação direta da corrente  elétrica por condução 
iônica, nos líquidos dos dendritos, mas sem a geração de 
potenciais de ação.  
Quanto mais longe a sinapse excitatória estiver do corpo 
celular do neurônio, maior será o decremento e menor será 
o sinal excitatório que chega ao corpo celular.  
  
Citosol e o Líquido Extracelular  
A água é o principal componente de ambos os líquidos que 
interagem com amembrana: o de dentro  o líquido 
intracelular, ou citosol, e o de fora o quebanha o neurônio, 
o líquido extracelular. Os átomos eletricamente carregados 
que estão dissolvidos na água, os íons, são os responsáveis 
pelos potenciais de repouso e de ação.  
  
 Os principais blocos químicos formadores da membrana 
celular são os fosfolipídeos. Assim como outros lipídeos, os 
fosfolipídeos possuem longas cadeias apolares de átomos 
de carbono ligados a átomos de hidrogênio.  
os fosfolipídeos possuem uma “cabeça” polar contendo 
fosfato, que é hidrofílica, e uma “cauda” apolar contendo 
hidrocarboneto, que é hidrofóbica.  
  
 
  
 
Entrada e Saida de um Potencial de Ação   
 Quando amembrana é despolarizada ao limiar, existe um 
aumento transitório na gNa.O aumento na gNa permite a 
entrada de Na+, que despolariza o neurônio. Esse aumento 
na gN atem de ser muito breve, pela curta duração do 
potencial de ação. Durante a restauração do potencial 
negativo da membrana ocorre um aumento transitório na 
gKdurante a fase descendente do potencial de ação, 
permitindo ao K+sair rapidamente do neurônio 
despolarizado.  
  
Mielina e Condução Saltatória  
  
A bainha de mielina consiste em muitas voltas de membrana 
fornecidas por células gliais, as células de Schwann no 
sistema nervoso periférico (fora do encéfalo e da medula 
espinhal) e os oligodendrócitos no sistema nervoso 
central, a mielina facilita o fluxo decorrente pelo interior do 
axônio, aumentando, assim, a velocidade de condução do 
potencial de ação.  
 bainha de mielina não se estende continuamente ao longo 
de todo o axônio. Existem quebras no isolamento, onde os 
íons podem atravessar a membrana para gerar potenciais 
de ação.   
  
essas quebras de mielina são os nódulos de Ranvier, Canais 
de sódio dependentes de voltagem estão concentrados na 
membrana desses nódulos. A distância entre nódulos é, em 
geral, de 0,2 a 2 mm, dependendo do tamanho do axônio 
(axônios largos têm maiores distâncias intermodais)  
 
 
 
 
Neurotransmissores  
Desde a descoberta da transmissão sináptica química, 
pesquisadores têm identificado neurotransmissores no 
SNC. Nossa atual compreensão é de que os principais 
neurotransmissores estão dentro de uma de três 
categorias químicas:  
(1)aminoácidos,  
 (2)aminase   
(3)peptídeos.   
Os neurotransmissores aminoácidos e aminas são pequenas 
moléculas orgânicas contendo pelo menos um átomo de 
nitrogênio, os quais são armazenados em vesículas 
sinápticas e delas liberados  
 
receptores para Neurotransmissores e seus Sistemas 
Efetores  
Os neurotransmissores liberados dentro da fenda sináptica 
afetam os neurônios pós-sinápticos por se ligarem a 
proteínas receptoras específicas que estão embutidas nas 
densidades pós-sinápticas. A ligação do neurotransmissor 
ao receptor é como inserir uma chave em uma 
fechadura: isso causa uma mudança conformacional na 
proteína, e esta, então, pode funcionar diferentemente 
.Embora haja bem mais de 100 diferentes receptores para 
neurotransmissores, eles podem ser divididos em dois 
tipos: canais iônicos ativados por neurotransmissores e 
receptores acoplados a proteínas G  
  
Canais Iônicos Ativados por Transmissores.  
ativados por transmissores são proteínas transmembrana, 
compostas por quatro ou cinco subunidades, que, juntas, 
formam um poro entre elas.  
Na ausência do neurotransmissor, o poro do receptor está 
frequentemente fechado. Quando o neurotransmissor se 
liga a sítios específicos na região extracelular do canal, ele 
induz uma mudança conformacional – uma delicada torção 
das subunidades –, a qual, em microssegundos, causa a 
abertura do poro. A consequência funcional depende de 
quais íons podem atravessar o poro.  
  
 
  
Receptores Acoplados a Proteínas G  
A transmissão rápida nas sinapses químicas é mediada por 
neurotransmissores aminoácidos ou aminas a gindo 
diretamente em canais iônicos. Entretanto, todos os três 
tipos de neurotransmissores, agindo em receptores 
acoplados a proteínas G  
odem gerar ações pós-sinápticas mais lentas, mais 
duradouras e muito mais diversificadas. Esse tipo de ação 
do neurotransmissor envolve três passos:  
1. O neurotransmissor liga-se ao receptor na membrana 
pós-sináptica.  
2. O receptor proteico ativo pequenas proteínas, 
denominadas proteínas G, *as quais se movem livremente 
ao longo da face intracelular da membrana pós-sináptica.  
3. As proteínas G ativadas, por sua vez, ativam proteínas 
efetoras. As proteínas efetoras podem ser canais iônicos 
(ativados por proteínas G)presentes na membrana, ou 
podem ser enzimas que sintetizam moléculas, 
denominadas segundos mensageiros.  
  
  
 
  
LESÃO NEURONAL  
• neurônio é uma célula com pouca capacidade de 
recuperação e/ou regeneração  
• o tecido nervoso tem a capacidade de criar novos 
caminhos e conexões para que seja suprida 
alguma alteração no trajeto original das sinapses 
nervosas.  
• ocorre principalmente por brotamento e 
sinaptogênese reativa  
• Um dos reguladores desse processo de 
brotamento parece ser a presença de fatores 
tróficos, que são pequenas proteínas que tem a 
função de estimular o crescimento e 
desenvolvimento de células e tecidos através de 
receptores específicos.  
• são substâncias semelhantes aos fatores de 
crescimento do nervo (FCNs).   
• juntamente com fatores neurotróficos ciliares 
(FNCs) e fatores neurotróficos derivados de linhas 
celulares gliais (FNDGs) promovem esse efeito 
trófico nas células neuronais.  
• A lesão mais importante e impactante do neurônio 
é justamente sua secção total. Quando isso 
ocorre, o axônio perde contato como corpo 
neuronal e consequentemente com seu 
metabolismo, deixando de receber as substâncias 
básicas para o seu desenvolvimento e 
sobrevivência.  
• ocorre a degeneração do axônio e terminações 
nervosas da região pós lesão.  
 A membrana celular perilesão tem a capacidade de 
regeneração com o intuito de diminuir a perda do 
axoplasma, numa tentativa de manutenção da estrutura e 
da função celular. Como resposta a esse processo, ocorre 
um processo inflamatório, levando a um edema regional. A 
interrupção deste suprimento e a consequente interrupção 
das informações na cadeia neuronal, faz com que os 
próprios neurônios escolham entre atrofiar ou degenerar.  
 A zona do trauma é aquela em que ocorre a lesão neuronal. 
É nessa região em que ocorre a mais rápida degeneração 
neuronal, devido à lesão direta celular. E posteriormente a 
esse processo, ocorre então um movimento para a limpeza 
da região, com ação intensa de macrófagos e células glías.

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