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1. Cite a prevalência das doenças que mais acometem a pessoa idosa e identifique a sobrecarga que as doenças crônicas não transmissíveis no processo de envelhecimento. ( citar a taxa de prevalência de cada doença; citar o que dcnt causam no processo fisiológico do envelhecimento; necessário compreender a fisiologia do envelhecimento). 2. Diferencie senescência e senilidade, e agrupe os sinais e sintomas em cada grupo . ( citar os sinais e sintomas na tabela de acordo com o termo em que se encaixam). 3. Explique os sinais e sintomas do Sr. José por meio da fisiologia do envelhecimento. 4. Identifique as consequências da polifarmácia e cite os medicamentos inapropriados para os idosos. ( consultar a lista do consenso de medicamentos impróprios aos idosos no Brasil) 5. Compreenda os fatores que causam a desnutrição nos idosos, suas consequências e identifique se o imc do casal está dentro dos parâmetros de normalidade. 6. Reconheça as principais causas de queda no idosos e suas consequências . 7. Identifique e explique os principais testes realizados para a avaliação global cognitiva, psicológica do idoso. ( avaliação global Aga ou Agi) 8. Investigue os fatores que levam ao adoecimento do cuidador. 9. Reconheça os princípios e diretrizes da Politica Nacional da Saúde da Pessoa Idosa. QUESTÃO 01 **prevalência das doenças idade HAS AVE Colesterol DM2 DCV Câncer IRC Hipertensão Acidente vascular encefálico Diabetes mellitus 2 Doenças cardiovasculares Insuficiência renal crônica 60/64 anos 44,9% 26,6% 25,9% ===== 9% 3,7% ===== 65/74 anos 52,7% 28,9% 25,5% 19,9% 11,9% 5,7% 75 anos ou + 55% 28,5% 20,3% 19,6% 13,7% ===== 3,6% Referencia: pesquisa nacional de saúde 2013: percepção do estado de saúde, estilos de vida e doenças crônicas- brasil grandes regiões e unidades da federação. Ministério da Saúde e IBGE Referencia: ASB e TSB - Formação e Prática da Equipe Auxiliar-Lusiane Camilo Borges-Elsevier Brasil, 12 de nov de 2015 - 496 páginas O QUE AS DCNT CAUSAM NO PROCESSO DE ENVELHECIMENTO QUESTÃO 02 REFERÊNCIA: <http://www.sbgg-sp.com.br/pub/senescencia-e-senilidade-qual-a-diferenca/> “A senescência abrange todas as alterações produzidas no organismo de um ser vivo – seja do reino animal ou vegetal – e que são diretamente relacionadas a sua evolução no tempo, sem nenhum mecanismo de doença reconhecido”, explica o geriatra Wilson Jacob Filho, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. São, portanto, as alterações pelas quais o corpo passa e que são decorrentes de processos fisiológicos, que não caracterizam doenças e são comuns a todos os elementos da mesma espécie, com variações biológicas. São exemplos de senescência a queda ou o embranquecimento dos cabelos, a perda de flexibilidade da pele e o aparecimento de rugas. “São fatores que podem incomodar algumas pessoas, mas nenhum deles provoca encurtamento da vida ou alteração funcional”, explica o médico. “ A senilidade é um complemento da senescência no fenômeno do envelhecimento. O geriatra define como “condições que acometem o indivíduo no decorrer da vida baseadas em mecanismos fisiopatológicos”. São, dessa forma, doenças que comprometem a qualidade de vida das pessoas, mas não são comuns a todas elas em uma mesma faixa etária. “Assim são a perda hormonal no homem que impede a fertilidade, a osteoartrose, a depressão e o diabetes, entre outros comprometimentos”, explicam Jacob Filho. Todas essas circunstâncias não são normais da idade e nem comuns a todos os idosos, por isso são caracterizadas como quadro de senilidade. Referência: ENTENDENDO AS SÍNDROMES GERIÁTRICAS-Por MORIGUCHI,YUKIO Arco senil, diminuição da audição, perda de memória, peso baixo QUESTÃO 03 Sinais e sintomas Arco senil arco senil é uma mancha cinza na periferia da córnea e que se desenvolve com o envelhecimento e é mais comum em pessoas de pele escura. Dificuldade de audição pelo fato dos tecidos se tornarem mais delgados com a idade o mesmo acontece com a membrana timpânica, os pequenos músculos que sustentam a membrana demonstram sinais de atrofia com a idade avançada, alterações artríticas afetam as articulações entre os ossículos da orelha média e as células ciliadas da orelha interna frequentemente se deterioram Perda de memória Peso baixo diminuição do paladar e do olfato o que diminui o interesse pelos alimentos , perda da eficácia da mastigação , lentificação do esvaziamento gástrico, saciedade precoce e perda de massa muscular (sarcopenia). Referencias: Diagnóstico e tratamento, Volume 2-Antonio Carlos Lopes-Editora Manole Ltda, 2006 QUESTÃO 04 Consequência da polifarmácia: ***problemas causados pela polifarmácia- aumenta o risco de interações medicamentosas sobre tudo em idosos, aumentam a probabilidade de os pacientes não aderirem ao tratamento. Outros problemas podem ser citados como : efeitos inerentes a medicação, interação entre o medicamento e a doença, o custo. referencia: CURRENT: Geriatria: Diagnóstico e tratamento- Por Brie A. Williams, Anna Chang, Cyrus Ahalt, Helen Chen, Rebecca Conant, C. Seth Landefeld, Christine Ritchie, Michi Yukawa ***leva ao aumento da mortalidade, pior qualidade de vida, efeitos negativos sobre a função, piora da mobilidade, cognição e nutrição, quedas e fadiga. referência: Tratado de Medicina de Família e Comunidade - 2.ed: Princípios, Formação - Por Gustavo Gusso, José Mauro Ceratti Lopes lista de medicamentos inapropriados aos idosos GRUPO MEDICAMENTO POSSÍVEIS CONSEQÜÊNCIAS Antidepressivos tricíclicos amitriptilina efeitos anticolinérgicos e hipotensão ortostática Antiagregantes plaquetários dipiridamol eventos adversos no SNC e hipotensão ortostática ticlopidina não apresenta vantagens sobre o ácido acetilsalicílico, além de ser muito mais tóxico Anti-histamínicos dexclorfeniramina efeitos anticolinérgicos potentes; sedação prolongada prometazina Anti-hipertensivos metildopa exacerbação de quadros depressivos; bradicardia clonidina alto risco de hipotensão ortostática, depressão e sedação reserpina Inibidores seletivos de recaptação da serotonina fluoxetina estimulação do SNC, agitação e distúrbios do sono Antiarrítmicos amiodarona alterações do intervalo QT; arritmias graves, como torsades de pointes disopiramida efeito inotrópico negativo e efeitos anticolinérgicos Antiinflamatórios não-hormonais fenilbutazona agranulocitose e eventos adversos no SNC indometacina Antiinflamatórios não-hormonais de meia-vida longa, ou usados em doses elevadas por tempo prolongado naproxeno risco de sangramento gastrointestinal, insuficiência renal, insuficiência cardíaca e hipertensão arterial piroxicam tenoxicam Antagonistas dos receptores H2 da histamina cimetidina eventos adversos no SNC, principalmente confusão mental Antianêmicos sulfato ferroso em dose >325mg aumento significativo da incidência de constipação Hipoglicemiantes orais clorpropamida hipoglicemia prolongada e síndrome de secreção inapropriada de hormônio antidiurético Bloqueadores de canais de cálcio nifedipina de meia- vida curta hipotensão; constipação Benzodiazepínicos de meia-vida longa diazepam sedação; possibilidade de quedas e fraturas flurazepam bromazepam clonazepam Benzodiazepínicos de meia-vida curta, conforme a dose lorazepam > 3mg considerando o aumento da sensibilidade aos benzodiazepínicos apresentado por idosos, doses menores são mais seguras e tão efetivas quanto as maiores oxazepam >60mg alprazolam >2mg triazolam >0,25mg Barbitúricos todos menos o fenobar exceto quando usados p tratamento de convuls bital, ara o ões incidência muito maior de eventos adversos em idosos que a maioria dos medicamentossedativos e/ou hipnóticos Glicosídeos cardiotônicos digoxina em dose >0,12 5mg maior risco de toxicidade digitálica Agentes antiespasmódicos gastrointestinais hioscina efeitos anticolinérgicos; efetividade questionável nas doses toleradas por idosos butilescopolamina Relaxantes musculares e antiespasmódicos carisoprodol efeitos anticolinérgicos; efetividade questionável nas doses toleradas por idosos ciclobenzaprina, oxibutinina Agentes analgésicos propoxifeno possibilidade de dependência, sedação e confusão mental; toxicidade cardíaca; a potência analgésica é baixa pentazocina confusão e alucinações meperidina confusão mental Antibióticos nitrofurantoína risco elevado de insuficiência renal Agentes hormonais metiltestosterona hipertrofia prostática e cardiopatias estrógenos orais isola dos evidências de potencial carcinogênico sem comprovação de efeito cardioprotetor em idosas Diuréticos ácido etacrínico potencial para hipotensão e distúrbios hidroeletrolíticos Laxativos estimulantes usados por tempo prolongado dulcolax, cáscara sagr ada risco de exacerbação de disfunções motoras do intestino óleo mineral risco de aspiração Agentes anoréxicos anfetaminas risco de dependência, hipertensão, angina e infarto do miocárdio Antipsicóticos tioridazina risco importante de eventos adversos extra-piramidais e no SNC mesoridazina (adaptada de Fick DM, Cooper JW, Wade WE, et al. Updating the Beers criteria for potentially inappropriate medication use in older adults. Arch Intern Med 2003; 163[22]: 2716-24) Quadro 1 Descrição dos critérios para medicamentos que devem ser evitados em idosos, independentes de condição clínica. Número Critério Racional Exceção Sistema Nervoso Central e Medicamentos Psicotrópicos 1 Antiparkinsonianos com forte ação anticolinérgica (biperideno e triexifenidil) para tratar os efeitos extrapiramidais de medicamentos neurolépticos. Risco de toxicidade anticolinérgica. – 2 Anti-histamínicos de primeira geração (Bronfeniramina, Carbinoxamina, Ciproeptadina, Clemastina, Clorfeniramina, Dexclorfeniramina, Difenidramina, Dimenidrinato, Doxilamina, Hidroxizina, Meclizina, Prometazina, Triprolidina). Risco de sedação e efeitos anticolinérgicos (confusão, boca seca, constipação, entre outros). Há o desenvolvimento de tolerância, quando utilizados como hipnótico. O uso de Difenidramina, em situações como reação alérgica grave, pode ser apropriado. 3 Antipsicóticos de primeira geração (Clorpromazina, Flufenazina, Haloperidol, Levomepromazina, Penfluridol, Periciazina, Pimozida, Pipotiazina, Sulpirida, Tioridazina, Trifluoperazina, Zuclopentixol) e de segunda geração (Amissulprida, Aripiprazol, Clozapina, Olanzapina, Paliperidona, Quetiapina, Risperidona, Ziprasidona) para problemas comportamentais da demência. Aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC) e mortalidade. O uso deve ser restrito aos casos nos quais estratégias não farmacológicas tenham falhado ou quando o paciente representa ameaça a si ou a outros. 4 Barbitúricos (Fenobarbital, Tiopental). Alta proporção de dependência física, tolerância na indução do sono e risco de overdose em doses baixas. – 5 Benzodiazepínicos (Alprazolam, Bromazepam, Clobazam, Clonazepam, Clordiazepóxido, Cloxazolam, Diazepam, Estazolam, Flunitrazepam, Flurazepam, Lorazepam, Midazolam, Nitrazepam). Em geral, os benzodiazepínicos aumentam o risco de comprometimento cognitivo, delirium, quedas, fraturas e acidentes automobilísticos. Evitar todos os benzodiazepínicos para tratar insônia, agitação ou delirium. Podem ser apropriados para tratar crises convulsivas, distúrbios do sono REM, síndrome de abstinência a benzodiazepínicos e etanol, transtorno de ansiedade generalizada grave, em anestesia perioperatória e cuidados paliativos. Número Critério Racional Exceção 6 Mesilato de codergocrina para tratamento de demência. Ausência de eficácia. – 7 Uso prolongado de neurolépticos como hipnóticos. Risco de confusão, hipotensão, efeitos extrapiramidais e quedas. – 8 Evitar uso crônico (> 90 dias) de hipnóticos não benzodiazepínicos (Zolpidem). Efeitos adversos similares aos benzodiazepínicos (por exemplo: delirium, quedas, fraturas). Pequena melhora na latência e duração do sono. – 9 Antidepressivos tricíclicos terciários (Amitriptilina, Imipramina, Nortriptilina,Clomipramina, Maprotilina) sozinhos ou em combinação. Altamente anticolinérgicos, sedativos e causam hipotensão ortostática. Podem ser apropriados para tratamento da dor e/ou depressão grave. Pode ser apropriado o uso da Nortriptilina para tratamento da depressão associada à doença de Parkinson em idosos jovens. 10 Tioridazina. Altamente anticolinérgico e risco de prolongamento do intervalo QT. – Sistema Cardiovascular 11 Bloqueadores Alfa-1 para tratamento da hipertensão (Doxazosina, Prazosina, Terazosina). Uso associado ao alto risco de hipotensão ortostática. Não recomendados para tratamento de rotina da hipertensão. Há alternativas com melhor relação risco-benefício. – 12 Alfa agonistas de ação central para tratamento de rotina da hipertensão [Clonidina, Metildopa, Reserpina (> 0,1 mg/dia)]. Alto risco de efeitos adversos ao Sistema Nervoso Central (SNC). Podem causar bradicardia e hipotensão ortostática. – 13 Medicamentos antiarrítmicos classes Ia, Ic, III (Amiodarona, Propafenona, Quinidina, Sotalol). Dados sugerem que o controle da frequência cardíaca proporciona melhor perfil risco-benefício do que o controle do ritmo em idosos. A Amiodarona está associada a doenças da tireóide, distúrbios pulmonares e prolongamento do intervalo QT. – 14 Aspirina em dose > 150 mg/dia. Aumento do risco de hemorragia digestiva, sem evidência de aumento da eficácia. – 15 Aspirina para tratar tonturas não claramente atribuíveis à doença cerebrovascular. Não está indicada. – 16 Digoxina > 0,125 mg/dia. A diminuição do clearance renal com o envelhecimento aumenta o risco de intoxicação digitálica. Além disso, na insuficiência cardíaca, as doses mais altas elevam o risco de toxicidade e não oferecem maiores benefícios. – 17 Dipiridamol (comprimido de liberação imediata) como monoterapia para prevenção secundária de eventos cardiovasculares. Sem evidência de eficácia como monoterapia para prevenção secundária de eventos cardiovasculares. Pode causar hipotensão ortostática. Há alternativas mais eficazes disponíveis. – 18 Diuréticos de alça (Bumetanida, Furosemida, Piretanida) para edema de tornozelo, na ausência de sinais clínicos de insuficiência cardíaca. Não há evidência da eficácia. Meias de compressão geralmente são mais apropriadas. – 19 Diuréticos de alça (Bumetanida, Furosemida, Piretanida) como monoterapia de primeira linha para hipertensão. Há alternativas mais seguras e eficazes. – 20 Nifedipino, cápsula de liberação imediata. Potencial para hipotensão. Risco de isquemia miocárdica. – Continua... Quadro 1 Continuação. Número Critério Racional Exceção 21 Espironolactona > 25 mg/dia (pacientes com insuficiência cardíaca ou CrCl < 30 mL/min). Risco de hipercalemia em pacientes com insuficiência cardíaca, especialmente com uso concomitante de anti- inflamatórios não esteroides, Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) ou bloqueadores do receptor da angiotensina. – 22 Ticlopidina. Há alternativas mais seguras e eficazes disponíveis. – Sistema Endocrino 23 Estrógenos (com ou sem progesteronas). Evitar formas orais e adesivos transdérmicos. Evidência de potencial carcinogênico (mama e endométrio). Além disso, ausência de efeito cardioprotetore de proteção cognitiva em idosas. – 24 Andrógenos. Potenciais para problemas cardíacos e contraindicados para homens com câncer de próstata. Evitar, a menos que estejam indicados para hipogonadismo moderado a grave. 25 Clorpropamida. Meia-vida prolongada em idosos. Pode causar hipoglicemia e síndrome de secreção inapropriada do hormônio antidiurético. – 26 Glibenclamida. Maior risco de hipoglicemia prolongada grave em idosos. – 27 Hormônio do crescimento (Somatropina). Efeito sobre a composição corporal é pequeno e está associado ao surgimento de edema, artralgia, síndrome do túnel do carpo, ginecomastia e glicose de jejum alterada. Evitar, exceto em casos de reposição hormonal, após remoção da glândula pituitária. Sistema Gastrointestinal 28 Antiespasmódicos gastrointestinais (Hiosciamina, Escopolamina). Altamente anticolinérgicos. Efetividade incerta. Evitar, exceto em cuidado paliativo de curto prazo para reduzir secreções orais. 29 Loperamida ou Codeína para tratamento de diarreia de causa desconhecida ou gastroenterite infecciosa grave. Risco de diagnóstico tardio. Pode agravar a constipação com diarreia espúria e precipitar megacólon tóxico na doença inflamatória do intestino e retardar a recuperação da gastroenterite. Nos casos de gastroenterite infecciosa grave, existe o risco de exacerbação ou prolongamento da infecção. – 30 Metoclopramida. Pode causar efeitos extrapiramidais incluindo discinesia tardia. Risco pode ser ainda maior em idosos mais frágeis. Evitar, exceto em casos de gastroparesia. 31 Óleo mineral (via oral). Potencial para aspiração e efeitos adversos. Alternativas mais seguras disponíveis. – 32 Inibidores de bomba de prótons (Omeprazol, Pantoprazol, Lanzoprazol, Rabeprazol, Esomeprazol e Tenatoprazol), para úlcera péptica na dosagem terapêutica integral por > 8 semanas. Potencial para desenvolvimento de osteoporose/fratura, demência e insuficiência renal com o uso prolongado. Descontinuação antes de oito semanas de uso ou redução da dose para tratamento, manutenção/profilático de úlcera péptica, esofagite ou Doença do Refluxo Gastroesofágico. Sistema Musculoesquelético 33 Relaxantes musculares (Carisoprodol, Ciclobenzaprina, Orfenadrina). A maioria dos relaxantes musculares é mal tolerada por idosos devido aos efeitos anticolinérgicos, como sedação e consequente risco de fratura. A efetividade em doses toleradas por idosos é questionável. – Número Critério Racional Exceção 34 Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINE) não seletivos da COX2 (Aspirina > 325 mg/dia, Diclofenaco, Etodolaco, Fenoprofeno, Ibuprofeno, Cetoprofeno, Meloxicam, Naproxeno, Piroxicam). Aumentam o risco de hemorragia gastrointestinal e úlcera péptica em grupos de alto risco, incluindo aqueles com idade > 75 anos ou que utilizam corticosteroides orais ou parenterais, anticoagulantes ou antiplaquetários. O uso de inibidores da bomba de prótons reduz, mas não elimina o risco. Evitar uso crônico, exceto quando não houver outras alternativas e for possível associação com agente gastroprotetor. 35 Indometacina. Aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal e úlcera péptica em grupos de alto risco. Entre os anti- inflamatórios não esteroides (AINE), a Indometacina é o agente que causa mais efeitos adversos. – 36 Cetorolaco. Aumenta o risco de hemorragia gastrointestinal e úlcera péptica em grupos de alto risco, por pertencer à classe dos anti-inflamatórios não esteroides (AINE). – 37 Uso prolongado (> 3 meses) de corticosteroides sistêmicos (Betametasona, Budesonida, Deflazacorte, Dexametasona, Fludrocortisona, Hidrocortisona, Metilprednisolona, Prednisolona, Prednisona) como monoterapia para artrite reumatoide ou osteoartrite. Risco de efeitos adversos graves. – 38 Uso prolongado de Colchicina para tratamento de longo prazo da gota, se não existir contraindicação ao alopurinol. O alopurinol é o medicamento profilático de primeira escolha na gota. – 39 Uso prolongado de opióides fortes (Alfentanila, Fentanila, Hidromorfona, Metadona, Morfina, Nalbufina, Oxicodona, Petidina, Remifentanila, Sufentanila) como terapia de primeira linha para dor leve/moderada. Não segue a escala analgésica da OMS. – 40 Petidina (Dolantina/Meperidina). Não é um analgésico efetivo por via oral, em doses normalmente utilizadas. Pode causar neurotoxicidade. Há alternativas mais seguras disponíveis. – Diversos 41 Nitrofurantoína. Potencial para toxicidade pulmonar. Apresenta perda de eficácia em pacientes com ClCr < 60 mL/min devido à concentração inadequada do fármaco na urina. Há alternativas mais seguras disponíveis. – 42 Corticosteroides sistêmicos (Betametasona, Deflazacorte, Dexametasona, Hidrocortisona, Metilprednisolona, Prednisolona, Prednisona) em vez de corticosteroides inalatórios, para terapia de manutenção da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) moderada a grave. Exposição desnecessária aos efeitos adversos de longo prazo dos corticosteroides sistêmicos. – 43 Teofilina como monoterapia para a doença pulmonar obstrutiva crônica. Existência de alternativa mais segura e efetiva. Além disso, risco de efeitos adversos devido ao índice terapêutico estreito. – QUESTÃO 05 desnutrição é o problema na nutrição resultante de uma dieta desbalanceada, insuficiente ou excessiva, ou de absorção, assimilação ou uso precário de alimentos. consequência: apresentam com mais frequência problemas funcionais como fadiga, perda de força muscular, cicatrização prejudicada, ulceras e infecções, complicações pós operatórias, permanecem mais tempo hospitalizados o que aumenta o risco de óbito; perda de peso não intencional, sensação de desmaio, desorientação, letargia e perda de apetite. fatores da desnutrição: **sociais, econômicos e fisiológicos crônicos: dpoc, icc, artrite, demência, alcoolismo ( interfere na absorção dos nutrientes essenciais), mudanças sensoriais ( dificuldade de ler as embalagens, preparar ou armazenar), dor ( crônica ou aguda pode interferir no apetite), medicamentos ( podem alterar o sabor da comida, diminuir o apetite, causar enjoo e vomito, muitos idosos reclamam do sabor metálico que interfere na apreciação da comida), problemas de mastigação, deglutição e digestão, má absorção( diminuição de enzimas digestivas que interferem na quebra de proteínas e absorção de vitB, cálcio e folato),custo da comida( pela renda limitada), dificuldade com o transporte, obter uma variedade apropriada e uma quantidade suficiente de comida , a depressão. IMC: baixo – menor que 22; adequado entre 22/27; sobrepeso maior 27 Imc josé :19,05 baixo peso Imc joana: 29,13 sobrepeso Referência: Enfermagem Gerontológica-Gloria Hoffman Wold-Elsevier Brasil, 23 de abr de 2013 Fisiologia do envelhecimento completa envelhecimento fisiológico*** alterações decorrentes do envelhecimento que ocorrem naturalmente com o passar do tempo, e que se denomina como aging. Essas alterações provem do processo fisiológico e ocorrem de forma inerente e essencial no ser vivo à medida que este vive, e a apresentação morfológica do envelhecimento fisiológico vem pela atrofia dos órgãos , pela diminuição dos números de células , mitocôndrias, organelas celulares e a hipertrofia das mesmas e associado aumento de função das organelas remanescentes; essa diminuição decorre em consequência das divisões celulares que ocorrem no processo de crescimento. O envelhecimento provoca a secreção de um fator celular de inibição de multiplicação celular que concomitantemente à morte celular aumenta o envelhecimento ( envelhecimento in vivo). A influência dos fatores ambientaise o estilo de vida sobre o envelhecimento patológico é indiscutível; e também sobre o envelhecimento fisiológico pelo envelhecimento in vivo, pois as mesmas sofrem influência do meio. envelhecimento patológico*** alterações que surgem em decorrência das várias condições patológicas que ocorrem ao longo da vida do indivíduo, como as sequelas de doenças; alterações que surgem mais facilmente em indivíduos idosos, mas não em todos eles. Esse processo provem de condições passiveis de prevenção e tratamento . referência: Aspectos biológicos e geriátricos do envelhecimento-Elvo Clemente, Emilio A. Jeckel Neto -EDIPUCRS, 2002 o envelhecimento deve ser entendido como um processo fisiológico que ocorre de formas distintas em cada indivíduo, tendo influência de vários fatores, sendo esses, genéticos, ambientais e de estilo de vida. Assim há um progressivo declínio das reservas funcionais e são encontradas modificações nos órgãos e sistemas que levam os idosos a ficarem mais susceptíveis a doenças crônicas. Os idosos usam suas reservas fisiológicas para manter a homeostase, quando as reservas são necessárias para suprir o aumento das demandas de doenças agudas ocorre a falência dos sistemas; já que nossos órgãos e tecidos tem um turnover celular diferente e um padrão de envelhecimento também diferente. A s alterações principais de órgãos e tecidos no organismo humano advindas do envelhecimento : ***epiderme: turnover aumentado em 50%; junção da derme e epiderme mais delgada; queda dos melanócitos de 10/20% a cada década gerando queda da fotoproteção; diminuição de 40% das células de Langherans levando a resposta tardia de hipersensibilidade; diminuição da pró vitamina D3; ***derme: queda de 20% da espessura, diminuição da celularidade e microvasculatura alterando a termorregulação; queda de 50% dos mastócitos com consequente reação de hipersensibilidade imediata. ==== consequências dessas alterações de pele: prejuízo na cicatrização, diminuição da tensão da pele, diminuição da capacidade proliferativa, susceptibilidade a lesões como ulceras por pressão. diminuição da microvasculatura, diminuição na percepção sensorial, susceptibilidade a infecções. *** audição: diminuição da acuidade pela queda da habilidade de ouvir frequências mais altas resultantes da degeneração de células dos órgãos e dos sentidos, o que repercute na dificuldade de ouvir vozes femininas ou de crianças, conversas telefônicas e televisão. ***paladar: ocorrem alterações e mudanças degenerativas nas células, contudo não há alterações no número de papilas gustativas, ocorre a ligeira diminuição da capacidade de detectar o gosto salgado. === graus de perda de paladar: ageusia- perda completa da gustação; hipoaugesia - diminuição da gustação; disgeusia- alteração da percepção gustativa. ***olfato: diminuição da capacidade discriminatória para diferentes odores e redução do clearence mucociliar. === graus de perda do olfato: anosmia- perda total; hiposmia- diminuição; parosmia- distorção e alteração na percepção. ***visão: redução de diâmetro pupilar, reação pupilar a luz mais lenta, redução da gordura retro ocular, disfunção dos músculos extra- oculares. Essas alterações levam a um quadro de declínio e decorrem na redução da capacidade de acomodação, acuidade visual com pouco contraste, queda da adaptação a ambientes escuros, queda da tolerância ao brilho, rebaixamento da discriminação das cores, queda da capacidade de leitura, queda do campo visual atencional ( percepção de estímulos). ***composição orgânica: aumento da gordura corporal e diminuição da massa muscular magra e mudança no metabolismo do hormônio do crescimento, com isso ocorre a diminuição do gasto de energia diário, diminuição da água corporal o que leva ao encolhimento de órgãos, diminuição da altura e do peso. Com exceção da próstata, coração e pulmão os demais órgão internos diminuem de tamanho com a progressão do envelhecimento. ***cardiovascular: no idoso diminui o simpático assim o coração fica menos responsivo produzindo declínio da função de receptores. o idosos depende do enchimento ventricular (pré-carga). O tônus autonômico diminui com a idade bem como a variedade da frequência cardíaca o relaxamento ventricular dica mais dependente de oxigênio e energia, a diminuição da pressão parcial de oxigênio prolonga o relaxamento aumentando a pressão diastólica ocasionando congestão pulmonar e disfunção diastólica. ===coração: ocorre a diminuição do miócito e o aumento da quantidade de colágeno o que diminui a complacência, a substituição do tecido autônomo por tecido conectivo e gordura causa anormalidades na condução o que aumenta a possibilidade de arritmias, tais como síndrome do nó sinusal, arritmias atriais e bloqueio de ramos. === vasos: ocorre espessamento da média dos vasos o que aumenta a rigidez do vaso produzindo aumento da resistência do trato de saída. ocorre ainda aumento da PA e hipertrofia compensatória, e a complacência ventricular diminuída. *** respiratório: diminuição da complacência da parede torácica e força da musculatura respiratória; perda de elasticidade pulmonar levando ao aumento da complacência alveolar , colapso das vias aéreas menores levando ao represamento de ar pela desigualdade de ventilação e perfusão de declínio da 2 (0,3-0,4 mmhg/ano); pco2 inalterada. *** renal: no período de 25/85 anos aprox. 40% dos néfrons ficam escleróticos, o restante sofre hipertrofia e atrofia de arteríola aferente e eferente com redução das células tubulares provocando a diminuição do fluxo plasmático renal em 50%, levando ao declínio da taxa de filtração glomerular a 45% daqueles com idade superior a 80 anos, representando a redução do clearence de creatinina (0,75 ml min ano). Devemos observar que a creatinina sérica não é marcador de função renal , pois o sistema tem função de diminuição da habilidade de conservar na+ e excretar h+ além de diminuir a capacidade regular de fluido e balanço ácido básico, o que também diminui a capacidade de concentração renal, produção e excreção de adh , alterações nos receptores, assim como a modificação e a produção da função Anp.. === alterações no trato urinário inferior: aumento da quantidade de colágeno e diminuição da sensibilidade causando prejuízo no enchimento vesical. A hiperplasia prostática masculina piora o enchimento da bexiga, já o estrógeno feminino é a resposta do tecido ao hormônio, e incidem em mudanças do esfíncter uretral. ***gastrointestinal: cavidade oral- mucosa fina e seca, língua lisa, varizes , dentes e próteses; esôfago- motilidade pode ser anormal, incompetência esfincteriana gera doença de refluxo gastroesofágico; estomago- redução do ácido clorídrico e pepsina, redução da motilidade; intestino delgado-redução da altura das vilosidades, redução da absorção, diminuição da absorção de cálcio que gera queda de 1,25 do hidroxicolecalciferol. diminuição da sensibilidade mucosa a proteínas ligadoras de cálcio; intestino grosso- 40% com mais de 50 anos tem divertículo; pâncreas- redução de tamanho, fibrose, redução da produção de lipase e tripsina sem expressão clínica. 1. *** hepatobiliar: diminuição do número e peso total de hepatócitos, síntese proteica preservada, proliferação do ducto biliar, diminuição do fluxo sanguíneo hepático, bem como do sistema retículo-endotelial, da síntese do colesterol e a produção da bile. ***SNC: após os 80 anos ocorre o declínio dessa função importante, do ponto de vista anatômico ocorre a redução das circunvoluções e ampliação dos sulcos cerebrais e uma redução importante da função dos neurotransmissores, essas alterações impactam diretamente na plasticidade cerebral. outras alterações refletem no declino do controle postural, da sensação tátil, da sensação vibratória, sabor, cheiro, apetite e sede, diminuição da acuidade visual e noção de profundidade, sensibilidade aos sons diferentes, diminuição da própria percepção, dificuldade de adaptação em ambientesdiferentes, risco de delirium e quedas ***sist. imune: a imunossenescêcia implica no declínio da competência imune que acompanha o envelhecimento, assim ocorrendo o aumento da susceptibilidade a infecções, de autoanticorpos e imunoglobulina monoclonal e tumor gênese. ***sist. hematológico: com o aumento da demanda hematopoiética alguns prejuízos podem ser observados como o aumento pequeno de hemoglobina em resposta a queda de pressão atmosférica, queda progressiva das reservas hematopoiéticas e aumento da susceptibilidade á anemia no stress fisiológico. === existe uma diminuição paradoxal de células da medula em resposta a infecção e a anemia, com níveis insuficientes de eritropoetina, de fatores do crescimento e diminuição da sensibilidade destes fatores mediados por citocinas inflamatórias. ***sist. osteomioarticular: ósseo- pico de massa óssea entre 30/40 anos, redução da massa óssea em cerca de 1% ao ano nas mulheres e 0,3% nos homens, ossos compactos com aumento de porosidade e reabsorção interna, ossos esponjosos com perda das laminas ósseas alterando a arquitetura; músculos- redução da massa muscular ocasionando redução da força muscular em 40% nos mmii e 30% nos mmss; inicia-se entre os 30/40 anos evoluindo lentamente até os 60 anos, quando acentuada gera perda intensa de fibras musculares; articular- redução do conteúdo de agua de tendões e ligamentos ocasionando rigidez, diminuição do turnover do colágeno, cartilagens articulares apresentam perda da resistência elástica e da capacidade de resistir a deformação. Referência: especialização saúde da pessoa idosa-modulo complementar- una-sus (ufma- maranhão). Autora: Profª Luciana Branco da Motta- 2013 Processo fisiologico do envelhecimento com o envelhecimento várias funções fisiologicas e metabolicas são alteradas e essas acabam refletindo no estado nutricional e portanto na saúde como um todo e podem ocorrer alterações na composição corporal, no metabolismo ósseo, na fisiologia bucal, nos órgãos dos sentidos , nas concentrações de nutrientes no plasma e nos tecidos, nasecreção de enzimas e homonios, entre outros. As alterações biologicas incluenm a progressiva diminuição da massa corporal magra e liquidos corpóreos, o aumento da quantidade de tecido gorduroso, a diminuição de vários órgãos e sobretudo uma grande perda de musculosesqueléticos. A gordura corporal diminui nas regioes perifericas e aumenta na região abdominal e no tronco, a massa magra reduz em todos os orgãos em virtude da redução da atividade física, alimentação inadequada , diminuição da agua corporal e perda generalizada de massa muscular, comprometendo a força muscular, a capacidade funcional e autonomia dos idosos. A redução da massa magra também é responsavel pela redução comcomitante do metabolismo basal, uma vez que representa os principais tecidos consumidores de oxigênio. A mucosa intestinal perde a elasticidade e diminue os movimentos de contração e motilidade, o que leva a constipação e prejuizos a absorção intestinal. Ocorre a redução das secreções gastricas ( hipocloridria) o que pode colaborar com infecções bacterianas da mucosa comprometendo os processos digestivos, especialmente da vit B12 , tiamina e ferro. A perda dentária e doenças das gengivas são comuns e as cáries não tratadas podem resultar em periodontites; o uso de proteses dentárias nem sempre consegue o processo eficiente e normalmente o individuo passa a limitar o consumo de determinados alimentos como carnes, frutas, hortaliças cruas. A fraqueza da musculatura faringea e a deficiencia da peristalse primária levam a disfagia e consequentemente ao risco de aspiração e a má nutrição. No idoso a desidratação torna-se frequente podendo desencadear outras doenças como enfermidades infecciosas e cerebrovasculares que nesse ultimo caso muitas vezes apresenta-se como quadro de delírio. Sabe-se que a osmolaridade sérica mantém-se com a ingestão de liquidos e com excreção renal de solutos e sua regulação depende da sintonia entre a capacidade renal de concentrar e diluir a urina e a ingestão de água motivada pela sede. Deve-se considerar que a ingestãoliquidos depende de fatores ambientais, psicologicos e fisiologicos, e que a capacidade de concentração renal diminui com a idade. estado nutricional segundo a associação americana de saúde publica é a "condição de saúde de um individuo influenciada pelo consumo e utilização de nutrientes e identificada pela correlação de informações obtidas através de estudos físicos, bioquímicos, clínicos e dietéticos. ATUALIZAÇÕES EM GERIATRIA E GERONTOLOGIA III - NUTRIÇÃO E ENVELHECIMENTO-AUGUSTIN SCHWANKE ,CARLA HELENA-EDIPUCRS, 3 de ago de 2016 De <https://d.docs.live.net/c0d9103ddac344bf/Faculdade%20arquivos/GRADUAÇÃO%20DE%20ENFERMAGEM/QUARTO%20TERMO%201.2019%20FENPP /TUTORIA%20-1.2019/Artigos%20tutoria/situação%2006/respostas%20situação%2006.docx> https://d.docs.live.net/c0d9103ddac344bf/Faculdade%20arquivos/GRADUAÇÃO%20DE%20ENFERMAGEM/QUARTO%20TERMO%201.2019%20FENPP/TUTORIA%20-1.2019/Artigos%20tutoria/situação%2006/respostas%20situação%2006.docx https://d.docs.live.net/c0d9103ddac344bf/Faculdade%20arquivos/GRADUAÇÃO%20DE%20ENFERMAGEM/QUARTO%20TERMO%201.2019%20FENPP/TUTORIA%20-1.2019/Artigos%20tutoria/situação%2006/respostas%20situação%2006.docx QUESTÃO 06 RECONHEÇA AS PRINCIPAIS CAUSAS DE QUEDA NO IDOSOS E SUAS CONSEQUÊN CIAS FATORES: Para Masud e Morris (18), pessoas com idade menor que 75 anos têm maior probabilidade de cair em ambientes externos e os idosos com mais de 75 anos caem mais no interior de suas próprias residências. Outro estudo que reforça os achados deste foi o de Lebrão e Laurenti (19), que verificou que a frequência de quedas aumenta com a idade com 26,2% naqueles com 60 a 74 anos e 36,9% acima de 75 anos. * tipo de piso áspero independente da condição do piso (seco ou molhado), homens apresenta mais quedas em jardins, já a mulher na cozinha , o que revela correlação com as tarefas desempenhadas. *Dados reforçam a hipótese de que um número importante de quedas ocorre mais vinculado à complexidade dos afazeres que realizam, ao terreno irregular e à diminuição das reações de proteção e equilíbrio, próprias do processo de envelhecimento, do que ao tipo de piso apenas. Causas e consequências de quedas de idosos em domicílio -Fatima Ferretti[a], Diany Lunardi[b], Larissa Bruschi- Fisioter Mov. 2013 set/dez;26(4):página 753-62 FATORES A queda é uma delas e, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID10),15 é uma causa externa. Durante a investigação, foi verificado que 54% das quedas apresentaram como causa ambiente inadequado, seguidos por doenças neurológicas (14%) e doenças cardiovasculares (10%). Uma proporção de 10% das quedas teve causa ignorada. A maioria das quedas foi da própria altura e relacionadas a problemas com ambiente, tais como: piso escorregadio (26%), atrapalhar-se com objetos no chão (22%), trombar em outras pessoas (11%), subir em objetos para alcançar algo (7%), queda da cama (7%), problemas com degrau (7%) e outros, em menores números. Após a queda, alguns idosos relataram surgimento de doenças, tais como: acidente vascular cerebral (10%), osteoporose (4%), pneumonia (4%), artrite (2%), infecção de trato urinário (2%) e cardiopatia (2%). As doenças sensoriais também foram relatadas. A distribuição das causas difere entre idosos institucionalizados e os não-institucionalizados. As quedas entre os moradores de asilos e casas de repouso são em decorrência de distúrbios de marcha, equilíbrio, vertigem e confusão mental, enquanto que pessoas não institucionalizadas tendem a cair por problemas ambientais, seguidos de fraqueza/distúrbios do equilíbrio e marcha, "síncope de pernas", tontura/vertigem, alteração postural/hipotensão ortostática, lesão do Sistema Nervoso Central, síncope e outras causas. Os fatores de risco que mais seassociam às quedas são: idade avançada (80 anos e mais); sexo feminino; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson; sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia. Atividades e comportamentos de risco e ambientes inseguros aumentam a probabilidade de cair, pois levam as pessoas a escorregar, tropeçar, errar o passo, pisar em falso, trombar, criando, assim, desafios ao equilíbrio. Os riscos dependem da freqüência de exposição ao ambiente inseguro e do estado funcional do idoso. Idosos que usam escada regularmente têm menor risco de cair que idosos que a usam esporadicamente. Por outro lado, quanto mais vulnerável e mais frágil o idoso, mais suscetível aos riscos ambientais, mesmo mínimos. O grau de risco, aqui, depende muito da capacidade funcional. Como exemplo, pequenas dobras de tapete ou fios no chão de um ambiente são um problema importante para idosos com andar arrastado. Manobras posturais e ambientais, facilmente realizadas e superadas por idosos saudáveis, associam-se fortemente a quedas naqueles portadores de alterações do equilíbrio e da marcha. Idosos fragilizados caem durante atividades rotineiras, aparentemente sem risco (deambulação, transferência), geralmente dentro de casa, num ambiente familiar e bem conhecido. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/184queda_idosos.html fatores A queda representa um grande problema para as pessoas idosas dadas as suas conseqüências (injúria, incapacidade, institucionalização e morte) que são resultado da combinação de alta incidência com alta suscetibilidade à lesões. Cerca de 30% das pessoas idosas caem a cada ano. Essa taxa aumenta para 40% entre os idosos com mais de 80 anos e 50% entre os que residem em ILPI. As mulheres tendem a cair mais que os homens até os 75 anos de idade, a partir dessa idade as freqüências se igualam. Dos que caem, cerca de 2,5% requerem hospitalização e desses, apenas metade sobreviverá após um ano. Causas e Fatores de Risco As causas mais comuns relacionadas às quedas de pessoas idosas na comunidade são: • Relacionadas ao ambiente. • Fraqueza/distúrbios de equilíbrio e marcha. • Tontura/vertigem. • Alteração postural/hipotensão ortostática. • Lesão no SNC. • Síncope. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/184queda_idosos.html • Redução da visão. Os fatores de risco podem ser divididos em intrínsecos e extrínsecos: Fatores intrínsecos: decorrem das alterações fisiológicas relacionadas ao avançar da idade, da presença de doenças, de fatores psicológicos e de reações adversas de medicações em uso. Podem ser citados: • idosos com mais de 80 anos; • sexo feminino; • imobilidade; • quedas precedentes; • equilíbrio diminuído; • marcha lenta e com passos curtos; • baixa aptidão física; • fraqueza muscular de MMII e MMSS (hand grip); • alterações cognitivas; • doença de Parkinson; • polifarmácia; • uso de sedativos, hipnóticos e ansioliticos. Fatores extrínsecos: relacionados aos comportamentos e atividades das pessoas idosas e ao meio ambiente. Ambientes inseguros e mal iluminados, mal planejados e mal construídos, com barreiras arquitetônicas representam os principais fatores de risco para quedas. A maioria das quedas acidentais ocorre dentro de casa ou em seus arredores, geralmente durante o desempenho de atividades cotidianas como caminhar, mudar de posição, ir ao banheiro. Cerca de 10% das quedas ocorrem em escadas sendo que descê-las apresenta maior risco que subi-las. A influência dos fatores ambientais no risco de quedas associa-se ao estado funcional e mobilidade da pessoa idosa. Quanto mais frágil, mais suscetível. Manobras posturais e obstáculos ambientais que não são problemas para pessoas idosas mais saudáveis podem transforma-se em séria ameaça à segurança e mobilidade daquelas com alterações em equilíbrio e marcha. Os riscos domésticos mais comuns que devem ser objeto de atenção das equipes de Atenção Básica são: Fatores que agravam a ocorrência de lesão na queda: Quadro 8: Riscos domésticos para quedas Presença de tapetes pequenos e capachos em superfícies lisas. Carpetes soltos ou com dobras. Bordas de tapetes, principalmente, dobradas. Pisos escorregadios (encerados, por exemplo). Cordas, cordões e fios no chão (elétricos ou não). Ambientes desorganizados com móveis fora do lugar, móveis baixos ou objetos deixados no chão (sapatos, roupas, brinquedos, etc). Móveis instáveis ou deslizantes. Degraus da escada com altura ou largura irregulares. Degraus sem sinalização de término. Escadas com piso muito desenhado (dificultando a visualização de cada degrau). Uso de chinelos, sapatos desamarrados ou mal ajustados ou com solado escorregadio. Roupas compridas, arrastando pelo chão. Má iluminação. Cadeira, camas e vasos sanitários muito baixos; Cadeiras sem braços; Animais, entulhos e lixo em locais inapropriados. Objetos estocados em lugares de difícil acesso (sobe-se numa cadeira ou banco para alcançá-los). Escadas com iluminação frontal. • Ausência de reflexos de proteção; • Densidade mineral óssea reduzida – osteoporose; • Desnutrição; • Idade avançada; • Resistência e rigidez da superfície sobre a qual se cai; • Dificuldade para levantar após a queda. Quedas com impacto direto sobre quadril e punho têm maior probabilidade de resultar em fraturas. Quando há uma superfície intermediária, por exemplo, uma cadeira, a probabilidade de ocorrer fratura diminui, bem como com aqueles que conseguem reduzir a energia da queda, segurando-se. CONSEQUENCIAS As quedas e as consequentes lesões resultantes destas constituem um problema de saúde pública e de grande impacto social enfrentado hoje por todos os países em que ocorre expressivo envelhecimento populacional (BUKSMAN et al., 2008). As quedas em idosos têm como consequências, além de possíveis fraturas e do risco de morte, o medo de cair, a restrição de atividades, o declínio na saúde e o aumento do risco de institucionalização (PERRACINI & RAMOS, 2002; GONÇALVES et al., 2008). As fraturas são uma das consequências mais comuns entre idosos após uma queda, principalmente as fraturas de quadril, seguidas pelas de punho (MASSUD & MORRIS, 2001; PERRACINI, 2005). Cerca de 90% das fraturas de quadril são causadas por quedas (PERRACINI, 2009). As fraturas de quadril também são a maior causa de hospitalização nessa população, constituindo um considerável encargo econômico e social (BERRAL et al., 2008; COUTINHO & SILVA, 2002; HAMRA et al., 2007; HOFMANN et al., 2003). Um estudo realizado por Perracini e Ramos (2002) com uma coorte de 1.667 idosos de 65 anos ou mais residentes na comunidade, no Município de São Paulo, encontrou uma prevalência de fratura óssea proveniente de quedas de 5,2% na população estudada. Siqueira et al. (2007) realizaram um estudo transversal com 4.003 idosos com 65 anos ou mais e, dos idosos que caíram, 12,1% tiveram uma fratura como consequência. Na Austrália, segundo Lord, Menz e Tiedmann (2003), nos idosos que vivem na comunidade, 2 a 6% das quedas estão associadas com fraturas e aproximadamente 1% das quedas está associado com fraturas de quadril. O risco de institucionalização e a perda da independência são também consequências decorrentes das quedas que merecem atenção na população idosa. Estudos sugerem que, após uma queda, o risco de institucionalização dos idosos aumenta (GARCIA, LEME & GARCEZ-LEME, 2006; MASSUD & MORRIS, 2001; MAHONEY et al., 2005; SALKELD et al., 2000), porém existem poucos estudos em relação a esta questão. As quedas geram não apenas prejuízo físico (restrição de mobilidade, incapacidade funcional) e psicológico (isolamento social, medo de cair novamente, insegurança), mas também aumento dos custos relativosaos cuidados com a saúde, o que fica demonstrado pela utilização de vários serviços especializados e, principalmente, pelo aumento das hospitalizações. Esses fatores resultam em eventos prejudiciais à saúde e à qualidade de vida do idoso (MESQUITA et al., 2009; RIBEIRO et al., 2008). Outro fato de fundamental importância é que, para uma pessoa idosa, a queda pode assumir um significado de decadência e fracasso, gerado pela percepção da perda de capacidade do corpo, potencializando sentimentos de vulnerabilidade, ameaça, humilhação, culpa e medo (TINETTI & POWELL, 1993). O medo de cair tem consequências negativas no bem-estar físico e funcional dos idosos, no grau de perda de independência, na capacidade de realizar normalmente as atividades da vida diária (AVDs) e na restrição da atividade física, explicando o grau de prevalência do estilo de vida sedentário nos idosos (GUIMARÃES & FARINATTI, 2005). Um estilo de vida sedentário leva à redução da mobilidade e do equilíbrio, podendo aumentar o risco de quedas, bem como o medo de elas ocorrerem. Nesse contexto, o tema medo de cair tem sido comparado com um ciclo vicioso, que inclui o risco de quedas, o déficit de equilíbrio e mobilidade, o medo de cair, o declínio funcional repercutindo em mais medo (RESENDE, RASSI & VIANA, 2008; BERLEZI et al., 2006). CONSEQUENCIAS Quedas são frequentes pessoas idosas, mas podem ser evitadas. As principais consequências são fraturas, traumatismo craniano, contusão muscular e, principalmente, o medo de cair. ministerio da saúde ; secretaria de atenção a saúde departamento de ações programáticas estratégicas- caderneta de saúde da pessoa idosa, 4ª ed , brasilia DF 2017 QUESTÃO 07 IDENTIFIQUE E EXPLIQUE OS PRINCIPAIS TESTES REALIZADOS PARA A AVALIAÇÃO GLOBAL COGNITIVA, PSICOLÓGICA DO IDOSO. ( AVALIAÇÃO GLOBAL AGA OU AGI) A avaliação da pessoa idosa nos serviços de Atenção Básica tem por objetivo a avaliação global com ênfase na funcionalidade. A presença de declínio funcional pode sugerir a presença de doenças ou alterações ainda não diagnosticadas. É por meio dessa avaliação que se pode fazer um balanço entre as perdas e os recursos disponíveis para sua compensação. QUESTÃO 08 INVESTIGUE OS FATORES QUE LEVAM AO ADOECIMENTO DO CUIDADOR. QUESTÃO 09 RECONHEÇA OS PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA POLITICA NACIONAL DA SAÚDE DA PESSOA IDOSA.
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