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cuidado nutricional na AIDS

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DIETOTERAPIA 
CUIDADO NUTRICIONAL NA AIDS 
 
A AIDS é chamada de síndrome porque é formada por um conjunto de sintomas 
característicos da doença, ou seja, todas as pessoas que tiverem a doença terão aqueles 
sintomas. A AIDS não é uma doença só, ela é uma fase de uma infecção, causada pela 
infecção do vírus HIV, ela é uma das fases, a fase mais avançada da infecção causada 
pelo vírus HIV. O individuo pode ser infectado pelo vírus HIV e não desenvolver a AIDS, 
propriamente dita. A AIDS é a fase mais avançada causada pela infecção do HIV, essa 
infecção pode ser sintomática e pode ser assintomática. Por definição AIDS é: síndrome 
da imunodeficiência adquirida, embora se considere um único vírus na verdade, 
existem dois tipos de vírus HIV, existe o vírus, HIV 1 e o vírus HIV 2. 
Predominantemente a AIDS é causada pelo HIV1. 
 
QUAL A DIFERENÇA DO HIV 1 DO HIV 2???? 
 
A diferença é que o HIV1 provoca uma doença cujo os sintomas são mais 
acentuados do que aqueles provocados pela infecção causada pelo vírus HIV2. O HIV1 é 
o mais difundindo, mas também é o que leva a uma variedade maior de sintomas de leves 
até muitos graves. Ele tem a capacidade de se replicar muito maior que o vírus HIV2, o 
vírus HIV2, foi encontrado pela primeira vez no continente africano, sendo lá onde 
predomina a infecção por ele. 
Como já mencionado os sintomas podem variar de leve a muito graves, a 
intensidade de que esses sintomas vão acontecer, vai depender principalmente de dois 
aspectos: a carga viral, ou seja, quanto que aquele vírus se multiplicou no individuo, 
quanto que ele se replicou, e quanto maior a replicação, maior o comprometimento do S. 
imunológico e consequentemente mais avançado os sintomas. Outro aspecto importante 
é a, genética do hospedeiro, o individuo que tem uma genética que possibilita que o seu 
S.I. ele seja mais deprimido, será uma pessoa que automaticamente, irá desenvolver mais 
rapidamente os sintomas e vai desenvolver os sintomas mais graves. 
Quando se fala que as manifestações irão depender da carga viral, se deve pelo 
motivo de que, o vírus HIV, para se replicar, o vírus HIV ele utiliza duas portas de entrada 
importantes em uma célula, ele só irá conseguir adentrar, células que tenham essa porta 
de entrada, essas portas são duas glicoproteínas: CD4 e também o receptor CCR5 que é 
um receptor de quimiocinas (são citocinas que tem a capacidade de atrair outras células 
para a resposta imunológica), então para se multiplicar ele pode utilizar como células, se 
apropriar do núcleo genético dessas células (DNA), principalmente acima de tudo 
Linfócitos TCD4,mas também Macrófagos e células dendríticas ( células que apresentam 
antígenos) Como o vírus utiliza principalmente linfócitos TCD4 para se multiplicar, pode-
se dizer que paciente infectado pelo vírus HIV é um paciente imunodeprimido, sendo a 
imunidade celular a mais prejudicada. 
 
QUANTO TEMPO LEVA PARA UMA PESSOA QUE FOI INFECTADA PELO 
VIRUS HIV VEM A TER O ESTADO DE IMUNIDADE CELULAR 
COMPROMETIDA???? 
Isso irá depender da quantidade de vírus que irá se replicar e da genética do 
hospedeiro, mas na maioria das vezes, a depressão nos níveis de linfócito TCD4 irá 
demorar de 8 a 10, após a infecção. 
 
EXPLICANDO A FIGURA: Externa se observa o envelope viral ou cápsula viral, 
constituída prioritariamente por gordura e também de uma glicoproteína chamada: GP120 
(os pontinhos azuis), e cada GP120 está ligado a uma outra glicoproteína, que não fica 
apenas na superfície, entra mais na profundidade da membrana do vírus, é chamada de 
GP41, gp120 é ligada a GP41. Na parte interna do vírus tem o envelope do capsídeo viral, 
o capsídeo viral é a estrutura do vírus que está mais próximo do núcleo genético dele. O 
vírus HIV é um retrovírus, pois ele não tem DNA, ele tem RNA, por isso a hélice única, 
e não a dupla hélice. A última proteção do núcleo genético do vírus HIV é dada por o 
capsídeo viral. No núcleo genético do vírus tem ainda, três enzimas que são fundamentais 
para o processo de multiplicação do vírus, a transcriptase reversa e integrasse e a protease. 
O mais importante de se saber da estrutura é: que tem um RNA que é envolvido por uma 
estrutura de proteção chamado capsídio viral, que serve como proteção para o RNA e 
para as enzimas que estão no núcleo genético. 
 
 
EXPLICANDO A FIGURA: A figura representa um linfócito TCD4, quando o vírus 
chega na proximidade do TCD4, a primeira etapa do trabalho dele é o reconhecimento, 
consiste em, vê se a célula é uma célula ou não, na qual ele pode se replicar, o pré-
requisito para que o vírus possa se replicar em uma célula humana, é que a célula possua 
o CD4 ou receptor TCR5. Dessa forma de acordo com a figura, a célula tem a CD4, então 
a glicoproteína GP120 do vírus, reconhece o CD4, feito a reconhecimento a próxima etapa 
é a etapa de fusão, quando há uma adesão forte entre linfócito TCD4 e vírus HIV, a GP41 
é quem garante a adesão forte. Consequentemente com a adesão o vírus irá conseguir 
penetrar na célula. Uma vez dentro da célula o próximo passo é dominar o núcleo genético 
para que ele se transforme em um DNA e a medida que ele se transforma em DNA, ele 
poderá dá origem a novos vírus. Esse processo ocorre da seguinte forma: penetrou, o vírus 
irá liberar o seu RNA no citoplasma da célula, a enzima transcriptase reversa do vírus é 
responsável por transformar o RNA viral em DNA viral, ela faz isso, duplicando o RNA, 
ou seja, o RNA vai ganhar a dupla hélice se transformando em DNA. Entra outra enzima 
a integrasse, ele vai se ligar ao DNA formado e transportá-lo até o DNA da célula, a 
junção do DNA do vírus com o DNA da célula, vai originar um DNA pró-viral, esse DNA 
pró-viral é quem vai fazer com que o vírus inicial dê origem a vários outros vírus, e entra 
em ação outra enzima, chamada, protease, ele vai fazer com que o DNA pró-viral 
sintetizar novas glicoproteínas, sendo que a própria protease depois cliva (quebra) essas 
glicoproteínas para que uma única glicoproteína só ela seja constituinte de vários vírus 
diferentes. O próximo processo é o envelopamento, é quando todas as glicoproteínas vão 
dá origem a uma estrutura só, que é um vírus. E depois vão ser liberados para a circulação 
sanguínea para contaminar e se replicar em outras células do sistema imunológico do 
indivíduo. Dessa forma o que acontece com a célula que foi inicialmente infectada é a 
perda da função, ou seja, o linfócito TCD4 que foi inicialmente contaminado, perdeu a 
função, pois foi utilizado pelo vírus para dá origem a outros vírus. Cada vez que um vírus 
consegue infectar um linfócito TCD4 e se replicar nele, o individuo tem um TCD4 a 
menos. 
 
ONDE SERÁ ENCONTRADO MAIOR CONCENTRAÇÃO DESSES NOVOS 
VÍRUS??? 
 
 
 Não se pode dizer que o vírus HIV está presente apenas nessas secreções, mas nessas 
secreções é que ele se encontra em quantidade suficiente, capaz de gerar doença. 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Existem formas diferentes de se fazer o diagnóstico, que são: 
• TESTE ELISA: é a forma mais recomendada, tem o objetivo de testar se o indivíduo 
que está sendo avaliado produziu anticorpos contra o vírus HIV, pois se ele tiver 
produzido significa que ele foi infectado. É também conhecido como teste rápido, 
realizado da seguinte forma: tem um kit e nesse kit tem várias placas, essas placas é 
como se fossem casca de ovo, tem vários buraquinhos, nesse kit ELISA, além da placa 
vem um reagente que são antígenos do vírus HIV, ou seja, são glicoproteínas que já 
são conhecidas como sendo estruturais do HIV, exemplo: GP120, GP41... esses 
antígenos então são jogados sobre a placa de ELISA, então irá pegar o sangue da 
pessoa que está sendo avaliado, e jogar sobre a placa, automaticamente se a pessoa 
Liquido cefalorraquidiano 
produziu anticorpos quando o sangue dela for jogado sobre a placa de ELISA vai se 
formar um complexo antígeno-anticorpo,depois essa placa é lavada para retirar os 
anticorpos que não se ligaram, se pega uma anti-imunoglobulina, que seria um 
anticorpo contra um anticorpo que o indivíduo produziu, esse anticorpo está ligado a 
uma enzima e na hora que o anticorpo com a enzima se liga ao anticorpo do soro 
sanguíneo da pessoa, vai gerar uma reação de cor e se houve mudança de cor significa 
que o individuo realmente está infectado pelo HIV, pois houve a formação do 
complexo antígeno-anticorpo; 
• DETECTANDO O ANTÍGENO: se pesquisa no sangue da pessoa se existe o 
antígeno, ou seja, se existe GP120, GP41 ou se existe outros componentes do vírus 
no sangue do indivíduo; 
• VERIFICAR SINAIS E SINTOMAS: no entanto não é uma boa alternativa, pois 
para se chegar em um estágio, onde os sintomas são específicos do vírus HIV é 
necessário ter passado muitos anos, pois no início do processo infeccioso os sintomas 
são muitos semelhantes a uma doença mais simples, por exemplo uma gripe. 
 
AIDS: FASES 
 
Infecção aguda: acontece de duas a quatro semanas após o individuo ter contato com o 
vírus HIV, os sintomas não são específicos da doença. Sintomas: febre, feridas na 
cavidade oral, dores nas articulações, dores musculares, perda de apetite, inflamação da 
faringe e aumento dos gânglios linfáticos.Geralmente nessa fase de 2 a 4 semanas o vírus 
tem um potencial de replicação muito rápido, mas não significa que a pessoa vá ter 
sintomas mais graves, pois após essa fase de infecção aguda, o individuo entra em uma 
fase de soropositividade, que seria a fase que ele começa a produzir anticorpos contra o 
vírus e daí ele pode fazer com que a replicação deixe de acontecer naquele momento. A 
soropositividade pode acontecer nessas 2 a 4 semanas da infecção, mas também pode 
demorar até três meses para vim acontecer, ou seja, o individuo pode tanto começar a 
produzir anticorpos tanto nas primeiras semanas após a infecção, como também pode 
demorar até três meses para começar a produzir. 
ATENÇÃO: é por isso que quando uma pessoa suspeita que contraiu o HIV e vai 
fazer o exame quando começa a apresentar os sintomas, pode ser que o resultado ê 
negativo naquele momento, mas ele precisa ser repetido três meses depois, pois na 
verdade a pessoa pode ter iniciado os sintomas, mas não ter entrado na fase de 
soropositividade. O resultado pode ser um falso negativo. Depois de três meses 
realizado o exame novamente e se dê negativo, aí sim pode-se considerar que 
realmente o individuo não possuí o vírus HIV. 
 
IMPORTANTE: exemplo: uma pessoa acidentalmente se feriu com uma seringa que 
foi usada em um indivíduo com HIV e no teste rápido feito após o acidente o 
resultado é negativo, não significa que ela realmente não esteja com o vírus, pode 
ser que o resultado seja um falso negativo, em decorrência do vírus ainda não ter 
entrado na fase de soropositividade, então ela fará o uso dos coquetéis anti-retoviral 
para se caso ela estiver infectado o vírus não se proliferar, após três meses, o teste 
deverá ser feito novamente, e aí será confirmado se ela tem ou não o vírus HIV, pois 
nesse período o hospedeiro sempre entra na fase de soropositividade ou seja se 
depois de três meses o resultado for negativo novamente, então realmente essa 
pessoa não tem HIV. 
 
Infecção crônica assintomática: essa fase dura de poucos meses após a infecção até 10 
anos da infecção, então o individuo pode viver durante 10 anos infectado pelo HIV, mas 
sem ter os sintomas específicos. Há a replicação do vírus, no entanto a replicação é mais 
lenta, pois a soropositividade já aconteceu. Pode acontecer alguns sintomas, mas que não 
são específicos da doença, por exemplo: perda de massa magra, deficiência de B12 que 
acontece quase sempre quando se passa por um processo infeccioso grave, deficiência de 
ferro, e consequentemente como há uma replicação, embora lenta, ou seja, essa replicação 
é a custa de linfócitos TCD4, o individuo tem um risco maior de ter uma DTA. 
 
Infecção sintomática: acontece de 8 a 10 anos após a infecção pelo vírus e quando a 
quantidade de linfócitos TCD4 da pessoa for <500 linfócitos TCD4 por mm3 no sangue, 
quando os linfócitos chegam a esse resultado os sintomas são inevitáveis, começa a se 
manifestar os sintomas graves da doença, esses sintomas vão decorrer muitos deles por 
causa que o vírus está infectado os órgãos gerando disfunção daquele órgão infectado, 
outras vezes é porque como o número de linfócitos TCD4 diminuiu o organismo está mais 
vulnerável aos mais variados agentes infecciosos, as chamadas infecções oportunistas do 
HIV, ou seja, quando o nível celular chega a esse nível, a tendência é que a pessoa vá ter 
mais linfócitos TCD4 deprimidos e consequentemente mais infecções oportunistas. Então 
os sintomas específicos do HIV eles tandem decorrem da presença do vírus naquele órgão 
como também da presença dos agentes infecciosos oportunistas naqueles órgãos. São 
sintomas encontrados nesses indivíduos: febre alta > a 38,5C°, neuropatia periférica 
(formigamento nas pontas dos dedos dos pés), candidíase principalmente a oral, 
meningite, provocada pelo vírus HIV localizado nas meninges ou até por outros vírus, 
pneumonia, sepse, diarreia que vai e volta e que dura mais de 1 mês, tuberculose e CA 
cervical (provocado por agentes infecciosos que infectaram células da coluna vertebral, 
medula óssea e que se multiplicaram em uma multiplicação celular desordenada nessa 
região da coluna cervical). 
 
AIDS: é o último estágio da doença e é a fase mais grave dela, nesse estágio o individuo 
em geral vai está em uma situação em que os linfócitos TCD4 vão estar <200/mm3 de 
sangue ou se o resultado estiver em percentual <14%. Doenças que normalmente estarão 
acontecendo no indivíduo: linfoma, sarcoma Kaposi, provocado pelo vírus HVH8 (antes 
de formar um tumor, aparece umas manchas roxas), tuberculose pulmonar e em outros 
órgãos além do pulmão, toxoplasmose cerebral, pneumonia refrataria, pode haver 
também comprometimento da visão. 
 
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS 
 
No passado era muito comum encontrar pacientes com AIDS desnutridos, mas 
atualmente o tratamento medicamentoso faz com o paciente tenha uma menor carga viral, 
consequentemente uma menor depressão dos linfócitos TCD4, menores sinais e sintomas, 
mas os antirretroviral mudam a composição corporal, hoje em dia monitora-se muito mais 
em uma pessoa que é HIV positivo a glicemia, perfil lipídico, CC, do que se fazia 
antigamente, desse modo a desnutrição ela só será comum em indivíduos que não fazem 
o tratamento com as drogas de forma correta. Essas pessoas vão estar mais susceptíveis a 
alteração no EN chamada de síndrome consumptiva ou síndrome de emaciação ou 
wasting síndrome que é também chamada de síndrome do emagrecimento. 
Características dessa síndrome: Como é uma síndrome tem um conjunto de sintomas. 
1°- perda ponderal >10% do peso habitual; (desde o diagnóstico da doença). 
2° perda de massa magra, por qualquer um dos métodos (circunferência, dobras); 
3° sensação de fraqueza crônica; 
4° número maior que duas e evacuações liquidas por dia, por pelo menos 1 mês; 
5° febre constante ou febre que vai e volta no período de pelo menos 30 dias. 
Se a pessoa tiver uma resposta positiva para todos esses sintomas, ela pode ser 
caracterizada como portador de síndrome de consumptiva. Desse modo a conduta 
nutricional deverá ser mais individualizada para esse indivíduo. 
Nessa situação em que a pessoa entrou nesse estágio da síndrome ou não se 
caracterizou como síndrome, mas ela já é diagnosticada como uma pessoa HIV+ 
desnutrida, a conduta vai focar em fazer o registro constante do peso dessa pessoa, as 
consultas devem ser o mais frequente possível para se realizar o acompanhamento do 
peso. O registro do peso vai ter o objetivo de não necessariamente se consiga parar a perda 
de peso, mas pelo menos diminuir a velocidade da perda de peso.CAUSAS DA DESNUTRIÇÃO 
 
Além da não utilização da droga (antirretroviral) e ter o SI mais deprimido existem 
outras causas para a desnutrição no paciente HIV+, como a baixa ingestão calórica, 
provocada as vezes pela medicação, pois as vezes a pessoa não consegue diferenciar o 
que é doce, salgado, pois ela tem uma deficiência de zinco, estando com um quadro de 
infecção. A baixa ingestão também pode ser causada pelas citocinas, pois o Fator de 
necrose tumoral, vai gerar no hipotálamo perda de apetite e aumento da temperatura 
corporal, isso aumenta gasto energético e aumenta a perda de peso. A baixa ingestão 
calórica também pode ocorrer de efeitos adversos da radioterapia ou quimioterapia ou 
pelo efeito direto do vírus estar localizado no TGI, consequentemente fazendo com que a 
pessoa tenha dores, desconforto e não tendo interesse de consumir alimentos. Também 
pode ser causada por uma infecção na cavidade oral, também pode ser em decorrência de 
uma disfagia, causada pelo próprio vírus ou pelos vírus oportunistas no SNC, se a 
infecção for na base do crânio, existe um risco alto da pessoa ter problemas na deglutição. 
Outra causa é a interação droga-nutriente, o paciente não usa só uma medicação, usa mais, 
e esse fato dela usar mais de um medicamento aumenta o risco da interação droga-
nutriente. Outra causa da desnutrição é a diarreia, em geral acontece quando o TCD4 por 
mm no sangue for inferior a 250 células, ela pode acontecer por vários motivos: vírus 
HIV, as próprias drogas, antibióticos, redução da albumina, sendo que uma baixa na 
albumina gera edema, e esse edema pode ser de alça intestinal causando diarreia. 
Outra causa da desnutrição são as alterações metabólicas, a depender da fase do 
HIV que a pessoa se encontra o gasto energético pode ser muito aumentado ou pouco 
aumentado. Por exemplo: uma pessoa que é portadora do vírus HIV, mas que não 
apresenta sintomas aparente, acredita-se que o aumento do gasto energético seja em torno 
de, 9 a 10%, entretanto esse aumento do gasto energético pode ser muito maior quando a 
pessoa tem o HIV com sintomas, quando ela tem o HIV com doenças associadas, então 
teve doenças associadas faz com que o gasto energético basal ele seja muito mais 
acentuado do que em um indivíduo sem sintomas. A necessidade de proteína vai 
aumentar, acredita-se também que só a presença do HIV já aumente em 10% a 
necessidade de proteína. O fato de ter ou não infecção associada faz com que o gasto 
energético basal e a necessidade proteica aumentem. 
 
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS E METABÓLICAS 
 
Essas alterações também podem acontecer, não necessariamente a desnutrição 
será um resultado esperado, pois as drogas fazem com que ocorro uma redistribuição de 
gordura. Em alguns locais o individuo terá uma super deposição de gordura e em outros 
locais atrofia de células adiposas, por conta da medicação. 
Até esse momento foi visto fatores que podem levar a desnutrição em um portador 
de HIV, agora será visto as alterações morfológicas para mais, excesso de peso, 
dislipidemia, etc. 
Existem muitas drogas disponíveis para o tratamento, mais de 20 tipos diferentes, 
porém, hoje em dia se consegue fazer com que o individuo que é portador do HIV ele 
utilize no mínimo dois, podendo passar o resto da vida usando apenas essas duas drogas. 
Mas em geral um portador do vírus HIV ele não utiliza drogas apenas de um grupo. 
QUAIS ESSES GRUPOS??? As drogas antirretrovirais (drogas anti-retro vírus) o 
objetivo do tratamento é esse, exterminar o vírus ou pelo menos evitar a multiplicação do 
vírus. 
• Tipos de drogas: 
➢ Inibidores de transcriptase reversa nucleosídeos-nucleotídes (se ligam a 
transcriptase reversa, mas não vão bloqueá-la, ela vai gerar um DNA 
defeituoso, ou seja, o vírus não consegue finalizar o processo); 
➢ Inibidores de transcriptase reversa não nucleosídeos-nucleotídes (geram 
bloqueio na transcriptase reversa, fazendo com que ela não consiga duplicar 
aquele RNA em DNA, não há síntese); 
➢ Inibidores de fusão (se ligam ao GP120 impedindo que ele reconheça o CD4 
como forma de entrada na célula); 
➢ Inibidores de protease (vão bloquear a protease); 
➢ Inibidores de integrasse (bloqueiam a ação da integrasse); 
(Obs.: os três acima tem a mesma função em ciclos diferentes) 
➢ Antagonistas do CCR5 (se ligam aos receptores CCR5, impedindo que esse 
receptor seja utilizado como porta de entrada para o vírus). 
 
QUAL O PRE-REQUISITO NA HORA DE CONSULTAR A DROGA?? 
 
Que a pessoa que vá utilizar a droga não utilize duas drogas do mesmo grupo, pois 
usando suas do mesmo grupo corre o risco dela se tornar resistente a todas as drogas desse 
grupo, além do risco de a droga não fazer efeito. Desse modo o requisito é: que se o 
paciente usar duas drogas que sejam uma de cada grupo. 
 
• CANDIDATOS AO TRATAMENTO MEDICAMENTOSO 
Nem todo mundo que é HIV positivo estará sempre fazendo o uso de medicação, 
nem todo portador de HIV vai estar fazendo uso de medicação a vida toda. Desse modo 
quem fará uso de medicação é: 
➢ Quem tem o HIV com sintomas; 
➢ Pessoas que estão no estágio assintomático, mas seus níveis de CD4 eles estão 
iguais ou inferiores a 350/mm3; 
➢ Pessoa que sejam assintomática, estejam com os níveis de CD4 não tão baixo 
>350 mm3, mas o sangue mostre que existe nele mais >100 cópias/ml do vírus, 
o vírus é percebido pelo RNA, ou seja, houve replicação, de quantidade >100, 
diagnosticado pelo soro sanguíneo, por conta do RNA desses vírus. 
• Reações adversas da droga 
 
 
 
Síndrome de Stevens-Johnson: seria uma reação alérgica 
grave a medicações. Apenas 10% das lesões não são graves, 
ou seja, 90% das vezes as lesões são gravíssimas. Nos 
homens mais comumente essas lesões ocorrem na região 
genital, podendo levar até a amputação. 
 
 
 
 
 
• Toxicidade renal ou hepática; 
• No TGI (os inibidores de protease vão causar diarreia porque aumentam a 
capacidade das células intestinais de produzir muco); 
• Atrofia ou hipertrofia (existem antirretroviral que podem causar toxidade 
mitocondrial fazendo com que a lipólise acontece em determinados locais do 
corpo lentamente- o antirretroviral provoca toxidade mitocondrial e esse toxidade 
ela vai mais para o lado de fazer com que o processo de lipólise naquele tecido 
gorduroso aconteça de forma lenta; e existe outros medicamentos que podem 
provocar a apoptose de adipócitos- em determinados locais o medicamento vai 
causar perda de adipócitos); 
• Resistencia a insulina, hiperlipidemia (aumento de LDL, VLDL, aumento de 
colesterol total). 
 
Pode citar que os inibidores de protease são os mais associados com a 
lipodistrofia, então se pode dizer que a pessoa que faz o tratamento com antirretroviral 
ela tem um risco maior de sofrer lipodistrofia exatamente porque alguns pontos vão ter 
maior ou menor deposição de lipídios, mas também entra na lipodistrofia a atrofia, 
hipertrofia, dislipidemia, resistência à insulina. Sobre essa lipodistrofia os inibidores de 
protease eles parecem ser a droga mais associada com as alterações no metabolismo de 
lipídio. E como isso é comprovado? 15 - 30% das pessoas que utilizam antirretrovirais 
apresentam, por exemplo, dislipidemia e 60% dessas pessoas fazem o uso de inibidores 
protease e 47% dos que utilizam inibidores protease tem resistência à insulina. O 
RITONAVIR seria o inibidor de protease que está ligado com o aumento do TGL. 
 
• As alterações anatômicas mais frequentes são: 
✓ Aumento da circunferência da cintura; 
✓ A distribuição de gordura na face também se modifica (na região lateral vai ter 
uma menos deposição de gordura e na nasolabial); 
✓ Excesso de gordura no dorso cervical; 
✓ Aumento da concentração de gordura na mama e menor nas coxas (mulher); 
✓ Nos homens uma menor deposição no glúteo; 
✓ Proeminência veias de pernas. 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA AIDS 
 
Vai depender do estágio da doença.Se for uma pessoa que não faz o uso dos 
medicamentos vai ser trabalhada com as monitorizações da perda de peso e massa magra. 
Já se a pessoa faz o uso dos medicamentos, mas se está nessa situação de alterações 
morfológicas a avaliação nutricional vai monitorar o excesso de gordura corporal, 
trabalhar com as dobras, biopedância ultrassom e exames bioquímicos. 
Então, na avaliação nutricional vai se estar sempre fazendo a relação sintomas da 
infecção com ingestão, fazendo todo o questionamento dos sintomas que a pessoa está 
sentindo para tentar verificar quais são os sintomas que tem o potencial de prejudicar o 
consumo de alimentos exatamente para trabalhar em cima desses sintomas para evitar o 
prejuízo do consumo de alimentos (ex: lesão na língua); 
Avaliação Subjetiva Global e Recordatório 24 horas é interessante que no R24h 
se pergunte não só os alimentos, líquidos e suplementos, mas pergunte também se há o 
uso de fitoterápicos, qual tipo de antirretroviral que está usando, quais os medicamentos 
sintomáticos que está usando; 
 
- Trabalhar com a avaliação antropométrica comparando com os padrões de referência e 
comparando ao longo do tempo porque o paciente pode não está, por exemplo, com o 
percentual de massa magra dentro do ideal, mas como está com relação às consultas 
anteriores. Então, fazer o acompanhamento do peso, % gordura, circunferência da cintura, 
circunferência do pescoço; 
- Procurar sinais físicos de deficiência de nutrientes (ferro, zinco); 
- Com relação aos exames laboratoriais para quem tem o diagnóstico de lipodistrofia 
(atrofia ou hipertrofia de gordura, RI, dislipidemias) acompanhar periodicamente a 
albumina, (se tiver a pré-albumina melhor ainda porque responde muito mais rápido as 
intervenções nutricionais), perfil lipídico, glicemia, insulinemia, função hepática, 
proteína C reativa (PCR); 
- Para avaliar o estado nutricional nos indivíduos se dá pela contagem de linfócitos 
(indivíduos desnutridos tem < CD4), porém, em indivíduos com AIDS a contagem de 
linfócitos não pode ser utilizada porque a doença por si só ela causa depleção de linfócitos 
que no caso não essa depleção não seria por conta de desnutrição e sim porque a doença 
leva a esse quadro de depleção. Então, estando atento a essas limitações, todos os outros 
métodos de avaliação nutricional podem ser utilizados; 
 
- Então, a terapia nutricional tem vários objetivos: 
✓ Manter o estado nutricional e proteína visceral ideal, mantendo a massa magra 
ideal para esse indivíduo. A meta é o peso dele durante todo o acompanhamento 
corresponda a pelo menos 95% do peso habitual; 
✓ Saúde do sistema imunológico (função imune melhor possível); 
✓ Prevenir ou minimizar as complicações e efeitos adversos das medicações; 
✓ Prevenir e tratar as anormalidades metabólicas; 
✓ Melhorar a qualidade de vida. 
 
NECESSIDADES NUTRICIONAIS 
CALORIAS E PTN: 
- Vai depender da fase que o indivíduo esta (assintomática, sintomático ou AIDS) 
 
Então se o indivíduo estar SEM SINTOMAS a recomendação da CUPPINI seria de: 
✓ 25-30 Kcal/Kg de peso atual (se é 25 ou 30 vai depender do estado nutricional – 
obeso mais para 25Kcal, tendência de desnutrição mais para 30Kcal); 
✓ Com relação a PTN nessa mesma situação seria de 0,8-1,25g/Kg/d (ver o estado 
nutricional assim como no de Kcal) ou a autora recomenda também 120:1Kcal 
não-PTN/g de nitrogênio. 
 
Existe também outra recomendação de ESCOTT-STUMP que fala que a presença do 
vírus HIV (como falado nas alterações metabólicas acima) mesmo que o indivíduo não 
apresente os sintomas o GEB aumente 10% utilizando o fator injúria de 1,1. Então: 
✓ GEB por HB x FA x 1,1 provavelmente vai suprir as necessidades do indivíduo; 
✓ PTN: se peso adequado – 0,8g/Kg se o peso não for adequado (desnutrido) a 
tendência é aumentar a oferta de PTN. 
 
No caso de o indivíduo SER SINTOMATICO (APRESENTAR SINTOMAS) OU AIDS 
PROPRIAMENTE DITA tem-se duas recomendações: 
✓ (CUPPINI) as necessidades energéticas seriam de 35-40 Kcal/Kg/d (bem 
hipercalórica). A PTN 1,5-2g/Kg/d (também bem mais hiperPTN). A autora trás 
no mesmo capitulo, citações de outros autores como para calorias - 35Kcal/Kg/d 
(independente do estadp nutricional) e para proteína 2-3g/Kg/d; 
✓ (ESCOTT-STUMP) fala que no caso da AIDS sintomática tem-se um aumento 
do gasto energético basal de 20-50% (por isso o FI de 1,2-1,5) GEB HB x FA x 
1,2-1,5 e as recomendações de PTN de acordo com as comorbidades (quais 
recomendações para quem tem comprometimento hepático, renal, lipodistrofia, 
dislipidemia). 
 
No caso da emaciação vai se ter de recomendação: 
✓ 40-50Kcal/Kg de peso atual ou GEBxFAxFI + 500Kcal; 
✓ PTN: 1,5-2g/Kg/d. 
As literaturas colocam que essas recomendações são iniciais, se perceber que a pessoa 
precisa de mais ao longo do tratamento pode ir além da recomendação e o estado 
nutricional do paciente vai dizer se precisa aumentar ou manter. 
 
LIPIDIOS: 
A oferta de lipídio vai depender se o indivíduo tem situação de diarreia ou não e se essa 
diarreia é na forma de esteatorréia (gordura encontrada nessas fezes for > que 7% da 
gordura consumida no dia) ou não. Então, para indivíduos que: 
✓ Não tem esteatorréia à oferta de LIP vai ser normal – de 25-30% do VCT ou 
adaptado as comorbidades; 
✓ Para indivíduos que tem esteatorréia a oferta vai ser hipolipídica – de 20%VCT - 
substituindo essa gordura por uma gordura de mais pronta absorção (TGL de 
cadeia média até tratar a esteatorréia) que terá melhoria até mesmo nas dores, 
pois ele vai melhorar a contração intestinal. 
Com relação ao uso de imunomoduladores, um importante imunomodulador seria 
o ômega-3 (substituir parte da gordura da dieta por ômega-3) não só porque ele tem uma 
atividade antinflamatória (reduzindo as citocinas pró inflamaórias e consequentemente 
febre, anorexia) mas também porque ele vai reduzir o TGL nos indivíduos que usam 
antirretrovirais e também melhora a eficiência do ganho de massa magra. A 
recomendação seria o uso de ômega-3 no período de 3 meses para que ele possa mostrar 
resultado (cápsula, forma liquida). 
A glutamina e arginina são moduladores sugeridos que não tem 100% de 
eficiência, mas pode apresentar resultados interessantes em algumas pessoas. A glutamina 
seria nos casos de diarreia (em geral, não só no caso de esteatorreia) ou nos casos que não 
se tem diarreia, mas se tem depressão do sistema imune porque a glutamina é um nutriente 
importante para as células de rápida proliferação (ex: linfócitos T e B). E a arginina é o 
principal nutriente para linfócitos do tipo T que são os mais acometidos no paciente HIV 
positivo e, além disso, associado com a melhora de massa magra. 
 
MICRONUTRIENTES: 
Não há evidencias de o uso de megas doses tragam benefícios. Pelo contrario, ultrapassar 
a UL de micronutrientes pode prejudicar o sistema imunológico para quem é HIV 
positivo, então, a recomendação seria: 
✓ Dieta e suplementação ofereçam 100% das DRIs; 
✓ Com relação à vit. A, E, B6, B12 e Zn os estudos apontam que o excesso desses 
micronutrientes já é comprovado como um acentuador da progressão do HIV, ou 
seja, traria prejuízos imunológicos; 
✓ As vitaminas do complexo B que não tenham UL (B1 e B2) a recomendação é 
que utilize em torno de 02 vezes que a RDA determina. 
 
LIQUIDOS: 
Seria o normal: 30-35ml/kg a não ser que aconteça diarreia, vômitos que aí a oferta vai 
acima de 35 ml. No caso das febres refratárias tem que se atentar a reposição de sódio, 
potássio, cloro e aí a água de coco seria interessante para estar fazendo essa reposição de 
líquidos e de potássio. Quanto ao cloreto de sódio, adicionar um pouco mais de sal. 
 
LIPODISTROFIA: 
Nos casos de lipodistrofia as distribuições de macronutrientes vão obedecer às 
recomendações especificas para disfunções como: ADA (DM) e AHA, NCEP ou o uso 
das dietas: mediterrâneo, DASH e outra orientação seria a prática de atividadefísica. 
 
CONTROLE DE SINTOMAS X DIETA 
O controle dos sintomas (efeitos adversos de medicações) vão ser os mesmo de outras 
situações em que eles acontecem. 
 
ANOREXIA: 
✓ Refeições mais fracionadas, a cada 2-3h e com alta intensidade calórica e PTN; 
✓ Em geral, o apetite do indivíduo com HIV positivo que apresenta anorexia vai ser 
maior no período da manhã, então, concentrar calorias nesse horário; 
✓ Atender as preferências do paciente; 
✓ Sempre que possível, ofertar as medicações (drogas) com líquidos que tenham > 
densidade calórica ao invés de água (sucos, leite, suplementos, mas sempre dando 
uma olhada na bula para não haver interação droga nutriente); 
✓ Orientar o paciente a praticar atividade física antes, principalmente, das principais 
refeições (10-15min) para aumentar a fome; 
✓ Evitar líquidos durante as refeições; 
✓ Realizar refeições em ambientes tranquilos. 
As vezes a anorexia nos estágios avançados é tão forte que é necessário o suporte 
medicamentoso (estimulantes do apetite), porém, cada estimulante do apetite vai agir de 
forma diferente, por exemplo: 
✓ ACETATO DE MEGESTROL ele leva não só no aumento de peso total, ele leva 
a um aumento muito maior de gordura; 
✓ DRONABINOL já tem um efeito melhor sobre o apetite então não mexe na 
composição corporal (então seria interessante); 
✓ ANABOLIZANTES como o GH seria interessante, pois ele leva ao aumento de 
gordura corporal, mas ele leva também ao aumento de massa magra e aumento do 
apetite. 
 
NÁUSEAS E VÔMITOS: 
✓ As refeições também vão ser mais fracionadas e com menor volume; 
✓ Evitar frituras e líquidos durante as refeições; 
✓ Orientar o paciente que após o uso de medicamentos e após de alimentar deitar-
se com um intervalo de pelo menos 1h; 
✓ Evitar alimentos quentes ou muito gelados (temperatura ambiente ou frio) para 
não induzir vômito; 
✓ Dar preferência ao consumo de cereais secos e salgados (ex: acordou nauseado, 
comer cereais secos ou salgados); 
✓ Ofertar alimentos que sejam de fácil digestibilidade (pastosos); 
✓ Geralmente as frutas melhoram as náuseas como maçã, pera e banana-maçã. 
DOR, LESÕES DE BOCA, FARINGE E ESÔFAGO: 
✓ Alimentos úmidos e macios (dieta pastosa); 
✓ Evitar alimentos apimentados, ácidos ou salgados; 
✓ Evitar temperaturas extremas (quentes ou gelados demais); 
✓ E evitar preparações com altas concentrações de Kcal e nutrientes. 
 
XEROSTOMIA: 
✓ Refeições com molhos; 
✓ Líquidos durante e depois das refeições; 
✓ Manter a higiene oral para evitar infecções, fazendo o uso de enxaguantes bucais; 
✓ E utilizar chiclete sem açúcar ou bala de menta para estimular a salivação. 
 
DISPINEIA: 
✓ Dieta líquida ou pastosa de acordo coma tolerância (se tolerar pastosa, melhor 
porque a densidade calórica é maior). 
 
DIARREIA E CONSTIPAÇÃO: 
✓ A restrição de glúten só vai ser utilizada nos casos que são intratáveis (que já se 
tentou tratar diarreia com todo tipo de método e não obteve sucesso – essa pessoa 
pode ter intolerância ao glúten); 
✓ A literatura não contraindica probióticos. 
 
FADIGA: 
✓ Orientar a pessoa sobre a qualidade do sono (dormir regularmente), sugerir 
terapias (ioga, acupuntura) e a pratica exercício físico; 
✓ Ficar atenta a oferta de micronutrientes prioritariamente aqueles associados coma 
fadiga como A, C, E, folato, B12, Zn e ferro; 
✓ Contraindicar o uso de álcool e cigarro ou pelo menos reduzir o uso; 
 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DA DIETA 
A via oral sempre é a preferencial, então, antes de pensar em utilizar uma sonda, o ideal 
seria fazer a suplementação oral. No geral, uma pessoa que estar consumindo 66-75% do 
que ela deveria estar consumindo, essa pessoa pode se beneficiar do uso de suplemento. 
A partir do momento que ela não consegue consumir nem 60% (que seria o “ideal”) ai a 
opção é a passagem de sonda. 
✓ TNP não seria uma via prioritária. Deve-se retardar o máximo possível dessa 
oferta, porque é um indivíduo que já tem o sistema imune deprimido e não seria 
ideal colocar mais uma porta de entrada para infecções; 
✓ A TNE nos casos de não ser possível à via oral, pode ser utilizada. 
 
ORIENTAÇÕES ADICIONAIS 
Com relação à imunomodulação, as diretrizes brasileiras vão recomendar como 
imunomoduladores para melhoria da função imunológica: 
✓ Ômega-3 por um período de 03 meses, glutamina nas situações de diarreia e 
melhoria dos linfócitos T e o uso de suplementos conjuntos.

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