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TG - 8-1

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A moral tem sido vista como uma necessidade prática para pôr determinadas normas e deveres, estando bem longínqua de ter vistas à socialização e a coexistência social, estando muito distante do princípio da justiça. A moral, na verdade, tal qual compreendemos na atualidade, não tendo passado de uma superficial interpretação subjetiva acerca do mundo em que vivemos, onde suas cláusulas em suposição serviriam para guiar os inícios e a construção ética da sociedade, mas, que na prática tem sido objeto de castração e advertência do alheio como ato de garantia de desejo do sujeito que a apresenta (quando não tenta a cominação). Lembramos que isso gritantemente nas instituições sociais, desde a família, as igrejas e até instituições públicas, que em questão abrigariam os valores e princípios, mas, que na maioria das vezes, guardadas as magnitudes, são resguardados princípios e valores apenas do indivíduo para o externo. Ou seja, primeiro assegura-se a interpretação individual dos começos e valores para depois avaliar a objetividade. 
Por mais paradoxal que possa parecer, assim tem sido por séculos e continua até nos dias de hoje, apesar com adaptes mais elaborados. Talvez, por isso, tanto se tem pensado de valores e princípios para a coletividade e ao mesmo tempo as diferenças sociais estão cada vez mais egrégias, provando que princípios e valores são coisas cada vez mais afastadas da realidade, da objetividade, cada vez mais controvertida e proposta o começo moral é algo altamente ambíguo nas personalidades, não seria de confiar que suas resultantes para a coletividade estivesse diferente. A ampla improvável da moral é que sobrevém desapercebido, que além disso de artefato norteador do outro, é ela autonorteadora, e isso quer dizer que não há moral impositiva, apenas moral autoimpositiva, que seu sentido é antes subsequente, sendo tudo mais, mera consequência. Se assim não compreendida, caímos inexoravelmente numa duradoura prolixidade sem alguma perspectividade prosaica, culminando numa coletividade corrompida, quando não imoral, pois, sugerir qualquer ato ou método moral sem antes acostumar-se, já é imoralidade.
Se ética é, por cima de tudo, elucidar, como articulou Mário Sérgio Cortella, e ética sendo a ciência brotada da moral, podemos articular que moral é, acima de tudo, vivênciação, onde qualquer outra forma de sugerir, dissemina-la, seria meros proselitismos sem qualquer fundamentação. Desta maneira, jamais poderemos ter instituições com agir ético, se seus subsídios constituintes não garantirem a adequada moral que protege a ética.
A aptidão ética do ser igualitário está abertamente acoplada ao seu conhecimento, seja empírico, seja objetivo, seja metódico, sobre princípios e valores, demonstrados em sua moralidade. Assim, sua capacidade depende da “categoria” de sua moral, do quanto ela abrange e orienta suas disposições. O conhecimento sobre ética é insuficiente aguerrido para o ser social, sendo antes, a sua moral, o fator crucial para a aplicabilidade de seu conhecimento ético, e por isso, alocuções éticos pouco efeito prático há, porque, será sempre a moral do ser social que gerará se cultivará e o quanto aplicará de ética em cada uma de suas obras. Por mais o Estado laico seja até então o melhor exemplar, as instituições (doutrinárias, filosóficas, religiosas, etc.) preservadoras da moral, tem desempenho basal.
Em epítome, os princípios e valores socioculturais apregoados são bastante contraditórios, e não há como acusar classe A ou B (se eventualmente existem), pois, numa coletividade altamente complicada e ativa é impossível considerar sujeitos estáticos, sendo cada individualidade ocupante ao mesmo tempo de múltiplas “classes sociais”, e ainda fixamente mutável, interpenetradoras, como lembra Pierre Bourdieu. O artifício avaliativo marxista é um ultrapassado e amplo equívoco, já que, se fazia um certo sentido para algumas análises há mais de cem anos, hoje, ainda mais numa constituição democrática e intricada, praticamente não faz algum sentido, convindo apenas de base para análises bem mais alargadas. 
Portanto a ética como objetivação humana é produto da práxis. Através do trabalho o homem se edifica e constrói as mediações para se ampliar como ser social. Na breve reflexão que aqui fazemos procuramos problematizar a vida cotidiana e como esta é alienada pelas condições dadas na sociedade capitalista. Carecido a estes determinantes a ética é permeada por estimas edificados e abraçados para autenticar esta tal sociabilidade

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