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RELATORIO DE ESTAGIO

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RELATÓRIO DE ESTÁGIO II 
 
Jaqueline Starosky Zemke 
Patrícia Sardá 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI 
Curso de Bacharelado em Serviço Social SES 0607– Estágio II 
05/12/2020 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Neste segundo processo de estágio supervisionado buscou-se desenvolver o projeto de 
intervenção de acordo com a demanda mais latente no campo de estágio. Nesse sentido a 
instituição concedente de estágio denominada Obra Kolping Estadual de Santa Catarina trabalha 
no terceiro setor com vistas a oferecer programas e serviços que resultem no atendimento integral 
as famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade. 
Além de ter um serviço de acolhimento instituição a instituição mantém o serviço de proteção 
básica através do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos através de programas e 
projetos voltados para adolescentes e jovens. No decorrer desta segunda fase apurou-se o olhar 
para este serviço, cujo qual será a base para o trabalho de intervenção. 
O serviço de convivência e fortalecimento de vínculos dentro da instituição trabalha na 
prevenção ao risco e dano social, a ênfase maior está destinada ao projeto denominado 
Cidadania.com que trabalha com adolescentes e jovens com parceria para certificação dos 
mesmos. O objetivo é atender esse público ofertando conhecimento, mantendo e expandindo 
vínculos com eles e com as famílias. O trabalho realizado é focado para uma experiência 
protagonizada pelo público atendido, a família, de modo geral 
Percebe-se que a leitura errônea da realidade vivida pelos adolescentes acaba por um 
julgamento inútil e com efeitos na compreensão que a geração tem de si mesma, gerando assim 
inseguranças e medo em relação ao mundo do trabalho. Deve ser considerado que para além do 
trabalho moral há de se cumprir e garantir o direito do adolescente conforme prevê a lei. Portanto é 
necessário compreender a realidade que está cercada por esta população para que as políticas 
sociais e públicas possam alcançar o maior número de adolescentes possíveis. 
Quanto ao objetivo desta intervenção é o de proporcionar maior autonomia e desafiar os 
adolescentes e jovens a sair de sua zona de conforto e interagir com o meio ao qual vivem. Sabendo 
que o processo ao qual se deparam nesse período, as incertezas, dúvidas e muitas vezes o medo 
neutraliza as ações e decisões a serem tomadas. 
Através de observação e uma pesquisa de cunho exploratório para compreender melhor o 
público e a demanda levantadas foi possível identificar que é de suma importância trabalhar com 
eles de uma forma diferenciada, onde possam ser autores e atores de sua cena principal. Assim 
evitar colocá-los em uma forma é o começo do entendimento de como esses adolescentes podem 
desenvolver suas habilidades, conhecimentos e atitudes para uma vida plena. 
2 
 
 
2. RELATO E ANÁLISE DO PROCESSO DE TRABALHO 
 
A cidade de Rio do Sul possui em torno de 72.000 habitantes, e nela está localizada uma 
das mais de 213 comunidades da Obra Kolping brasileiras.O trabalho desenvolvido por esta 
entidade está baseado em seus pilares que buscam a autonomia das famílias tendo como missão 
transformar as realidade sociais através do desenvolvimento pleno tanto nas áreas profissional, 
cultural, ambiental, comunitária e religiosa. 
Durante este segundo período de Estágio foi realizado o acompanhamento do projeto 
cidadania.com realizado no serviço de convivência de forma on line. Devido ao novo cenário que 
se encontra a sociedade, as aulas presenciais foram canceladas e passadas para a forma remota. 
Este foi um momento de acompanhar o assistente social e saber qual o seu papel principalmente 
enquanto articulador da entidade com o meio. Nota-se que este não é aquele que faz as ações e 
sim observa, planeja e maneja as formas que devem ser aplicadas as ações de acordo com a 
demanda emergida. 
A efetivação do projeto para esse ano foi possível devido a uma parceria realizada entre Itaú 
Social e o FIA - Fundo da Infância e Adolescência, onde no decorrer do ano foram atendidos em 
torno de 251 adolescentes. Além disso a Obra Kolping possui o acolhimento de mulheres, o qual 
atendeu no ano de 2020 11 mulheres e 7 crianças. Com o intuito de propor ações para pessoas em 
situação de vulnerabilidade o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente é o 
orgão municipal responsável apura as demandas e assim procura destinar os recursos para que 
sejam utilizados no atendimento a esse público. 
Todo um trabalho de prestação de contas é realizado, pois conforme citado antes além do 
projeto com adolescente a prefeitura de Rio do sul possui termo de colaboração para que o 
acolhimento venha ser suportado financeiramente bem como fiscalizada a execução da 
continuidade do serviço. (RIO DO SUL, 2019) 
O processo de trabalho realizado pelo profissional de serviço social dentro da entidade visa 
propor ações de cunho preventivo e propõe também a integração e fortalecimento de vínculos 
familiares e principalmente comunitários. Além disso é necessária essa intervenção do profissional 
que com um arcabouço instrumental consegue utilizar as ferramentas corretas na identificação das 
demandas que surgem no decorrer dos trabalhos. 
Apesar de ter seu ponto fulcral fundado sob a égide de ensinamentos e valores da igreja 
cristã, a entidade não foge de sua responsabilidade enquanto entidade socioassistencial. A relação 
com a comunidade riosulense é histórica e serve como ponto referencial, por isso é tão necessário 
a presença e efetivação do assistente social. As propostas que a Obra Kolping mantém as quais 
estão incutidas em suas respectivas missão e visão casam com o compromisso de garantir e ampliar 
os direitos das pessoas indo além e desenvolvendo nos participantes maior autonomia. 
 
3 
 
 
 
 
2.1 PROCESSO DE INSERÇÃO E ATIVIDADES REALIZADAS 
 
Após iniciar-se o segundo período de estágio constatou-se que o cenário é totalmente outro, 
os serviços da instituição foram readequados para que pudessem continuar mesmo em situação de 
pandemia. Na verdade houve toda uma adaptação por conta disso, nesse sentido em todos as 
horas de estágio foram mantidas as regras e bons costumes de higienização de acordo com a 
PORTARIA Nº 1.565, DE 18 DE JUNHO DE 2020 em seu anexo: 
Entre as medidas indicadas pelo MS, estão as não farmacológicas, 
como distanciamento social, etiqueta respiratória e de higienização das 
mãos, uso de máscaras, limpeza e desinfeção de ambientes e isolamento 
domiciliar de casos suspeitos e confirmados, que devem ser utilizadas de 
forma integrada, a fim de prevenir o adoecimento e controlar a transmissão 
da COVID-19, permitindo também a retomada gradual das atividades 
desenvolvidas pelos vários setores e o retorno seguro do convívio social. 
 
Não obstante outras demandas foram surgindo como por exemplo a busca por benefícios 
eventuais, ou seja, alimentação. Apesar da Obra Kolping não atuar diretamente na oferta desses 
benefícios ela com responsabilidade e em parceria com alguns outros órgãos disponibilizou 
algumas cestas básicas para famílias que são atendidas por ela. Importante é ressaltar todo o 
processo de acompanhamento e de relatórios que são gerados pelo profissional de serviço social, 
assim existe um trabalho transparente e responsável. Ao pensar nisso cabe um questionamento a 
ser levantado: não seria uma prática assistencialista fornecer a cesta básica? 
Apesar da instituição possuir raízes filantrópicas e assistencialistas é nesse contexto que 
emana o trabalho do profissional de serviço social, há alguns requisitos importantes que deve 
demandar o assistente social no terceiro setor a saber destaca-se pelo menos dois: 
 “Desenvolver pesquisas junto aos usuários da instituição, definindo o 
perfil social desta população, obtendo dados para a implantação de projetos 
sociais, interdisciplinares; Identificar, continuamente, necessidades individuais e 
coletivas,apresentadas pelos segmentos que integram a instituição , na 
perspectiva do atendimento social e da garantia de seus direitos , implantando e 
administrando benefícios sociais” (COSTA, S/D). 
 
Fitando essas atribuições não há como negar a importância do profissional técnico para que 
atue nesse setor. De todo o instrumental técnico operativo que o profissional de serviço social 
detém, o que mais se destaca na instituição é observação, as reuniões agora de forma remota e o 
relatório. Conforme Zanluca;Lazzarini e Pieritz (2013, p. 165) “ a técnica da observação faz com 
que o profissional observe o comportamento e os posicionamentos apresentados pelo usuário” 
Assim é nesse processo que se identifica as necessidades, as demandas o que precisa ser 
trabalhada de forma mais pontual. 
Já a reunião “é um instrumento presente no cotidiano de trabalho do assistente social, seja 
na atuação com grupos, nos encontros com usuários das políticas públicas ou nas reuniões de 
4 
 
 
equipe.” (MEDEIROS, 2017) Na Obra Kolping ela é mais usada para com a equipe para ampliar o 
planejamento e atividades a serem desenvolvidas. 
E finalizando os instrumentais destaca-se o relatório, por ofertar serviços a entidade precisa 
sempre ter o máximo de transparência possível, nesse sentido destaco os relatórios que amparam 
o desenvolvimento do projeto destaque o Cidadania.com, uma vez que recebe parte de 
financiamento como antes destacado do Fia é imprescindível a realização dos relatórios para o 
CMDCA como forma de controle social também. 
Nesse segundo momento de estágio foi possível adentrar em questões mais complexas pois 
é nesse período que o desafio de propor um projeto de intervenção é lançado, e sendo assim a 
aproximação com a entidade e a utilização também da observação cooperou para a identificação 
da demanda e da futura proposta. 
 
 
2.2 AVALIAÇÃO DO PROCESSO DE SUPERVISÃO 
 
Ao decorrer do estágio II do curso de serviço social algumas coisas cabem relevância nesse 
percurso, a forma de aprendizagem, o contato com esse mundo do terceiro setor, as experiências 
proporcionadas pela supervisora de campo são exemplos de questões importantes a serem 
destacadas. De forma individual será pensado e explanado a seguir como sucessedeu estes 
momentos. 
 
2.2.1 Auto-Avaliação 
 
Depois de um primeiro momento de conhecer a instituição, saber sua trajetória, suas 
conquistas e formas de atuação foi oportunizado o privilégio de ter contato direto com o mundo do 
terceiro setor. A realização de participações em reuniões do Conselho Municipal dos Direitos da 
Criança e do Adolescente ampliou a visão da rede e como ela efetiva a política de assistência social. 
Além disso, olhando para o profissional de serviço social da instituição percebeu-se a 
importância de ter competência técnica e a necessidade de capacitação contínua por parte dos 
profissionais que atuam no desenvolvimento de projetos junto a adolescentes e jovens. 
Realmente não há como se tornar um bom profissional sem ter esse contato prévio com 
algumas realidades, sem essa troca experiencial que um responsável técnico pode dar. Conclui-se 
que ser propositivo, criativo e interventivo são apenas algumas das características a serem 
desenvolvidas nessa jornada. 
 
 
2.2.2 Avaliação das Condições Institucionais 
 
5 
 
 
Desde o primeiro momento até a presente data a instituição bem como o supervisor de 
campo tem oportunizado ao máximo o conhecimento da instituição, a área de trabalho do 
profissional e as formas de fazê-lo. Os espaços da Obra Kolping estão sempre prontos a receber e 
acolher os usuários e pessoalmente o estagiário, o qual de forma efetiva pode participar das 
atividades e ações que são realizadas. Neste momento de isolamento social a instituição não para 
e busca sempre uma forma de continuar suas atividades para garantir da melhor forma o direito do 
usuário. 
 
2.2.3 Avaliação da Dinâmica De Supervisão 
 
 
A supervisora de campo propiciou uma maior participação nesse segundo momento, 
disponibilizando muitas informações, introduzindo breves participações no projeto além de 
disponibilizar os links das reuniões dos conselhos para livre participação. 
Sempre que houve necessidade de esclarecimento de dúvidas, elas foram sanadas, 
algumas conversas peculiares sobre temas do serviço social serviram de mais curiosidade por esta 
profissão. O olhar da supervisora de campo veio amparar algumas questões fundamentais nesse 
período de dúvidas. Como profissional foi uma facilitadora nos momentos de descobrimentos e 
leituras da realidade posta na sociedade. 
 
 
 
3 CONCLUSÃO 
 
Nesse segundo período a visão sobre a instituição, a forma com que os serviços são 
ofertados e como se deu o processo de adaptação em meio a uma pandemia foi apresentado e 
acompanhado mais de perto. Compreender a importância, relevância e forma como as instituições 
do terceiro setor desenvolvem seus trabalhos foi relevante, uma vez que como profissional do 
serviço social é necessário entender esse equipamento. 
Os desafios têm aumentado dia a dia, ainda mais em um cenário pandêmico onde o 
desemprego tem aumentado e a vulnerabilidade social está escancarada na porta da sociedade. 
Como propor ações e políticas sociais que enfrentem esse sistema cada vez mais corrompido e 
excluidor, a participação das organizações da sociedade civil tem sido uma resposta a essas 
questões. 
Contudo há um longo caminho a ser percorrido, pois a maior proposta do campo de estágio 
é transformar as realidades sociais, meta esta que começa com a prevenção e intervenção junto 
aqueles que podem mudar uma próxima geração, ou seja, a juventude. É com esse público que a 
esperança de uma sociedade melhor, mais igualitária pode se realizar por isso vejo a importância 
de ter cada vez mais programas e projetos que invistam nesse público que por vezes está tão 
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desamparado sendo levado pelos ventos da massa e que como ovelhinhas correm a um pastor 
chamado capitalismo que os mantém dentro de sua redoma. 
Vejo a formação que é dada, ou seja, a forma que eles são colocados para que saiam desse 
forno todos os padrões, por vezes sem expressão, sem voz, sem autonomia. É neste cenário que 
o assistente social deve intervir, além de fazer valer o direito, é fazer saber qual é o direito para que 
esse usuário se torne ator principal de sua vida. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, Secretaria da saúde. PORTARIA Nº 1.565, DE 18 DE JUNHO DE 2020. DISPONÍVEL 
EM: <https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-1.565-de-18-de-junho-de-2020-262408151> 
Acesso em: 12. Dez 2020. 
 
COSTA, Selma Frossard. O serviço social e o Terceiro Setor. S/D. Disponível em: 
<https://www.uel.br/revistas/ssrevista/c_v7n2_selma.htm> Acesso em: 12. Dez. 2020 
 
Medeiros, Juliana. A instrumentalidade na prática do Assistente social. 2017. Disponível em: 
<https://www.gesuas.com.br/blog/a-instrumentalidade/> Acesso em 12. Dez. 2020 
 
RIO DO SUL. Termo de colaboração nº 020/2019, 2019. 
 
Zanluca; Andreia; Lazzarini, Juliana Maria; Pieritz, Vera Lucia Hoffmann. Ações, dimensões e 
aplicabilidade do instrumental técnico operativo do Serviço Social. Indaial: Uniasselvi, 2013

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