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COMO CLASSIFICAR, DIAGNOSTICAR E TRATAR AS VÁRIAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE APENDICITE AGUDA? APENDICITE AGUDA VINHETA DE ABERTURA VINHETA DE ABERTURA CASO CLÍNICO ੦ Pedro ੦ 18 anos CASO CLÍNICO ੦ há 4 dias, iniciou com náuseas, vômitos em poucos episódios e dor abdominal mal caracterizada ੦ usou vários analgésicos e anti-inflamatórios e chegou ao atendimento há 6 horas, febril, taquicardíaco ੦ abdome tenso e doloroso em fossa ilíaca direita e em menos intensidade a esquerda. Blumberg +, Sinal de Lenander + e sinal do obturador +. 18.000 leucócitos com 20% de bastões ੦ foi prescrito hidratação e sonda nasogástrica 1. Há necessidade de outros exames diagnósticos ou já há indicação cirúrgica? 2. Qual a conduta adequada? APENDICITE AGUDA EPIDEMIOLOGIA Condição frequente: ੦ 2% admissões hospitalares ੦ 7% população ੦ é o abdome agudo mais frequente Importância clínica ੦ predominância masculina ੦ pico de idade – 10 anos Importância da indicação cirúrgica ੦ cirurgia – predominância feminina ੦ apendicectomia “branca” – 10 a 20 % ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA DIFERENTES POSIÇÕES Retrocecal - 62% Pélvico – 33% Subcecal – 2% Pré-ileal – 1% Pós-ileal – 1% ANATOMIA E FISIOPATOLOGIA FISIOPATOLOGIA Apêndice na infância: tecido linfoide Aumento da idade ੦ diminuição linfoide ੦ fibrose ੦ diminuição do lúmen Desencadeamento da doença ੦ obstrução ੦ estase ੦ inflamação ੦ infecção Fases de acordo com a evolução: ੦ edematosa / fibrinosa ੦ flegmonosa / gangrenosa APENDICITE AGUDA FISIOPATOLOGIA Obstrução luminal Secreção - aumento de pressão (edematosa) Estase – proliferação bacteriana (fibrinosa) Edema, obstrução linfática, ulceração da mucosa (flegmonosa) Obstrução vascular – perfuração (gangrenosa – perfurativa) FISIOPATOLOGIA APENDICITE AGUDA QUADRO CLÍNICO Dor do peritônio: ੦ irritação peritoneal ੦ visceral – autonômica ੦ parietal – somática Irritação peritônio visceral: ੦ dor mal localizada - periumbilical ੦ náuseas – vômitos - hiporexia Irritação peritônio parietal ੦ dor localizada ੦ contratura muscular involuntária #IMPORTANTE ESCORE DE ALVARADO PARA DIAGNÓSTICO Baixo risco ≤ 2 pontos Alto risco ≥ 7 pontos Intermediário entre 3 e 6 pontos SINTOMAS SINAIS LABORATÓRIO Migração da dor 1 ponto Defesa no QID 2 pontos Leucócitos > 10.000 – 2 pontos Anorexia 1 ponto Dor a palpação 1 ponto Desvio a esquerda 1 ponto Náusea e vômito 1 ponto Febre (> 38 ºC) 1 ponto APENDICITE AGUDA EXAME FÍSICO Geral: ੦ toxemia, febre, língua “saburrosa” ੦ hálito, depleção extracelular... Abdominal: ੦ ruídos hidroaéreos ੦ palpação superficial ੦ dor e contratura muscular ੦ sinais de irritação peritoneal ੦ variações conforme a posição ੦ peritonite localizada ੦ peritonite difusa SINAIS SEMIOLÓGICOS Sinal de Blumberg : descompressão brusca Sinal de Rovsing : dor na FID a compressão da FIE Sinal do Obturador : rotação da coxa Sinal do Psoas : extensão da coxa Lapinski : dor na FID com flexão da coxa Lennander : dissociação da temperatura axilo retal Summer : Hiperestesia cutânea Dunphy : Dor a percussão ou tosse Punho-percussão : Calcâneo SINAIS SEMIOLÓGICOS PONTO DE MCBURNEY SINAIS SEMIOLÓGICOS SINAL DE BLUMBERG SINAIS SEMIOLÓGICOS SINAL DE ROVSING SINAIS SEMIOLÓGICOS SINAL DO OBTURADOR SINAIS SEMIOLÓGICOS SINAL DO PSOAS SINAIS SEMIOLÓGICOS SINAL DO PSOAS ALGUMAS CONSIDERAÇÕES DIAGNÓSTICAS “O diagnóstico de apendicite aguda é clínico” Diagnóstico diferencial e situações especiais ੦ dor em mulheres em idade fértil ੦ litíase renal e ITU ੦ variações anatômicas do apêndice ੦ imunossupressão (corticoides / QT) ੦ apendicite na gravidez ੦ diabetes / HIV / lúpus / demência DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Causam dor em FID: ੦ ITU / cólica renal ੦ doença inflamatória pélvica ੦ gravidez ectópica ੦ constipação / gastroenterite Causam massas na FID ੦ doença de Crohn ੦ neoplasia de ceco / apêndice ੦ abscesso do psoas ੦ rim pélvico / cisto de ovário EXAMES COMPLEMENTARES Considerações sobre Hemograma ੦ depende da fase da doença ੦ leucocitose? ੦ neutrofilia Sedimento Urinário ੦ hematúria? leucocitúria? Provas Inflamatórias ੦ VHS? PCR? teste de gravidez exames de imagem APENDICITE RX ABDÔMEN PATOGNOMÔNICO - APENDICOLITO APENDICITE ULTRASSONOGRAFIA Sensibilidade 75 a 90% Especificidade 86 a 100% Espessamento e Apêndice – Imagem em “Alvo” Bloqueio Pélvico ou Coleção Líquida em FID Diâmetro do apêndice > 6 mm APENDICITE TOMOGRAFIA Apêndice distendido / coleções / bloqueios Espessamento parietal do ceco / fecalito Ar extra e intraluminal / flegmão no ceco APENDICITE LAPAROSCOPIA INCA | 2014 Um homem de 50 anos apresenta dor na fossa ilíaca direita com descompressão dolorosa e hemograma normal. Não há exames de imagem disponíveis. Devemos considerar, na decisão do tratamento cirúrgico, que: o paciente não deve ser operado, pois o hemograma é normal como 10% dos pacientes com apendicite podem apresentar hemograma normal, a clínica neste caso é soberana. o hemograma normal acontece em mais de 50% dos pacientes com apendicite o quadro clínico não é compatível com apendicite nenhuma das anteriores A B C D E INCA | 2014 Um homem de 50 anos apresenta dor na fossa ilíaca direita com descompressão dolorosa e hemograma normal. Não há exames de imagem disponíveis. Devemos considerar, na decisão do tratamento cirúrgico, que: o paciente não deve ser operado, pois o hemograma é normal como 10% dos pacientes com apendicite podem apresentar hemograma normal, a clínica neste caso é soberana. o hemograma normal acontece em mais de 50% dos pacientes com apendicite o quadro clínico não é compatível com apendicite nenhuma das anteriores A B C D E APENDICITE AGUDA NA GRAVIDEZ APENDICITE NA GRAVIDEZ McBurney APENDICITE AGUDA TRATAMENTO Tratamento clínico durante a fase de observação diagnóstica Uso de Antibióticos ੦ Gram negativos ੦ anaeróbicos ੦ depende da fase! Tratamento Cirúrgico ੦ convencional ੦ laparoscopia APENDICITE AGUDA TRATAMENTO CIRÚRGICO CONVENCIONAL A Escolha da incisão: ੦ Mc Burney? ੦ Davis? ੦ longitudinais? Rocky Davis Longitudinal Mc Burney Cicatriz umbilical A ESCOLHA DA INCISÃO LAPAROTOMIA MEDIANA? APENDICECTOMIA CLÁSSICA APENDICECTOMIA LAPAROSCÓPICA E SE NÃO ERA APENDICITE? OUTRAS CAUSAS Diverticulite de Meckel Causas ginecológicas Doença inflamatória (Crohn?) Tumor #NaReal NA REAL Mulher – 42 anos Dor na fossa ilíaca direita com resistência à palpação Início – 4 dias Sem febre ou náuseas COMPLICAÇÕES DA APENDICITE Perfuração do apêndice Peritonite Pileflebite / abscesso hepático Bloqueio pélvico Sepse abdominal ALGUMAS CONSIDERAÇÕES CIRÚRGICAS 1. Invagina o coto? 2. Necrosou a base do apêndice. O que fazer? 3. Drena ou não drena? 4. Fecha a pele ou não? 5. Sonda nasogástrica / vesical / jejum prolongado? TRATAMENTO DO COTO APENDICULAR NECROSE DA BASE DO APÊNDICE CECOSTOMIA POR SONDA FOI NECESSÁRIO COLECTOMIA DIREITA Colectomia direita com anastomose Ileostomia #CAI NA PROVA #IMPORTANTE DRENO A cavidade peritoneal é impossível de ser drenada como um todo O dreno é “porta de entrada” Drenagem para cavidade abscedada Deve ser acesso para irrigação Portanto:Deve ser usado em caso de expectativa de deiscências e fístulas PÓS-OPERATÓRIO Ferida cirúrgica: ੦ fechamento primário ੦ segunda intenção ੦ fechamento primário retardado Pós-operatório: ੦ sondas / dietas Teve fístula estercoral? ੦ orientada? ੦ desorientada (peritonite)? #CAI NA PROVA Qual a complicação mais frequente em apendicectomia? Infecção do sítio cirúrgico: superficial UFPI | 2013 A complicação mais frequente após apendicectomia é? infecção do sítio cirúrgico abscesso retrocecal fístula enterocutânea infertilidade por aderências e bridas àstrompas uterinas obstrução intestinal tardia A B C D E UFPI | 2013 A complicação mais frequente após apendicectomia é? infecção do sítio cirúrgico abscesso retrocecal fístula enterocutânea infertilidade por aderências e bridas às trompas uterinas obstrução intestinal tardia A B C D E APENDICITE HIPERPLÁSICA 7% dos casos Evolução mais longa (5 a 10 dias) Intenso bloqueio por epíploon Formação de massa tumoral (pseudotumoral) Sem sinais infecciosos “Abdome livre” Trânsito intestinal mantido Dor localizada #CAI NA PROVA #IMPORTANTE APENDICITE HIPERPLÁSICA Tratamento inicial: antibioticoterapia e analgesia Abscesso localizado e bloqueado = drenagem guiada Após 6 semanas = apendicectomia de intervalo COMO CLASSIFICAR, DIAGNOSTICAR E TRATAR AS VÁRIAS FORMAS DE APRESENTAÇÃO DE APENDICITE AGUDA?
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