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ABDOME AGUDO

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Ivana Da Rosa Iesbik 
 
1 Clinica cirúrgica 
ABDOME 
AGUDO 
 
Definição 
 
Quadro clínico abdominal caracterizado 
por dor, de início súbito ou de evolução 
progressiva, que necessita de definição 
diagnóstica e de conduta terapêutica imediata. 
Muitas doenças, algumas das quais não 
necessitam de tratamento cirúrgico, causam dor 
abdominal, de modo que a avaliação de pacientes 
com dor abdominal deve ser metódica e 
cuidadosa. 
A regra geral para o abdome agudo são 
pacientes que estavam previamente bem e 
iniciaram com dor abdominal contínua por mais de 
6 horas (dor com importância cirúrgica) - Sir 
Zachary Cope (1881-1974). 
• Dor abdominal importante (que leva ao 
médico) Mais de 6hs de evolução. Que 
aumenta a probabilidade de necessidade 
cirúrgica (sabiston). 
• Agudo (menos de 1 semana de 
surgimento). 
• Nem sempre cirúrgico. 
• Não traumática. 
 
Como existe, com frequência, um distúrbio 
intra-abdominal progressivo, o retardo do 
diagnóstico e do tratamento afetam o 
prognóstico. A conduta para o paciente com 
abdômen agudo deve ser ordenada e completa. O 
tratamento adequado de pacientes com dor 
abdominal aguda necessita de uma decisão em 
tempo hábil quanto à necessidade de cirurgia. 
 Esta decisão exige avaliação da história e 
do exame físico, exames laboratoriais e exames de 
imagem. A anamnese e o exame físico costumam 
sugerir as prováveis etiologias e orientar a escolha 
dos exames diagnósticos iniciais. O médico deve 
decidir se há exigência de observação em regime 
hospitalar, se são necessários exames adicionais 
ou se já existe indicação cirúrgica imediata. 
Além disto, devem reconhecer os padrões 
de doença específicos para a região e o local em 
que atuam. 
Causas comuns de abdômen agudo 
1. Distúrbios do trato gastrintestinal 
 Dor abdominal inespecífica 
 * Apendicite aguda* 
 Obstrução intestinal* 
 Ulcera péptica perfurada* 
 Hérnia encarcerada 
 Perfuração intestinal 
 Diverticulite aguda 
 Diverticulite de Meckel 
 Síndrome de Boerhaave 
 Distúrbios intestinais inflamatórios 
 Gastrenterite aguda e gastrite aguda 
 Adenite mesentérica 
 Infecções parasitárias 
2. Distúrbios do fígado, baço e trato biliar 
 Colecistite aguda* 
 Colangite aguda 
 Abscesso hepático íntegro ou roto 
 Tumor hepático roto 
 Rotura espontânea do baço 
 Infarto e abscesso esplênicos 
 Cólica biliar 
 Hepatite aguda 
 Distúrbios pancreáticos 
 Pancreatite aguda, 
 Pseudocistos do pâncreas infectados, 
abscessos pancreáticos 
3. Distúrbios do trato gênito-urinário 
 Cólica renal ou ureteral 
 Pielonefrite aguda 
 Cistite aguda 
 Infarto renal 
 Orquiepididimite 
4. Distúrbios ginecológicos 
 Prenhez ectópica rota 
 Torção de tumor de ovário 
 Ruptura de cisto de folículo ovariano 
 Salpingite aguda 
 Dismenorreia 
 Endometriose 
 Endometrite 
5. Distúrbios vasculares 
 Rotura de aneurisma: 
 Aorta-ilíaco 
 Hepático, renal, esplênico e outros. 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
2 Clinica cirúrgica 
 Colite isquêmica aguda 
 Trombose mesentérica 
6. Distúrbios peritoneais e retroperitoneais 
 Abscessos intra-abdominais 
 Peritonite primária 
 Hemorragia retroperitoneal 
 
DIAGNÓSTICO 
 DOR – SINTOMA GUIA 
 NÁUSEAS E VÔMITOS 
 PARADA DE ELIMINAÇÃO DE FEZES E 
GASES 
 SINTOMAS ESPECÍFICO 
 MEDICAÇÃO 
 IDADE 
 ANTECEDENTES 
 
A dor é o item principal na avaliação de um 
paciente com suspeita de abdômen agudo. A 
anamnese deve caracterizar a dor de maneira 
precisa. 
A duração da dor, sua localização, como se 
iniciou e outras características como tipo de dor e 
evolução podem ajudar no diagnóstico diferencial. 
A dor visceral causada por distensão, 
inflamação ou isquemia é difusamente localizada 
na região mesogástrica. Doenças renais ou 
ureterais causam dor nos flancos. Sangue ou pus 
subdiafragmático à esquerda podem gerar dor no 
ombro esquerdo, doença biliar pode causar dor 
referida no ombro direito ou dorso. Doenças 
supradiafragmáticas, como uma pneumonia basal, 
podem causar dor referida no pescoço ou ombro. 
Dor abdominal no andar superior do abdômen 
sugere úlcera péptica, colecistite aguda ou 
pancreatite. Por outro lado, cisto de ovário, 
diverticulite e abscessos tubo ovarianos causam 
dor na porção inferior do abdômen. Geralmente, 
a obstrução do intestino delgado causa dor no 
mesogástrio, que, às vezes, é referida no dorso. 
A dor que se move do epigástrio para a região 
peri-umbilical, até chegar na fossa ilíaca direita, 
sugere o diagnóstico de apendicite aguda. Outro 
exemplo de dor migratória é a da úlcera duodenal 
perfurada. O extravasamento do conteúdo 
duodenal causa dor epigástrica intensa e 
localizada. No entanto, se o conteúdo extravasado 
gravitar pelo corredor parietocólico direito, o 
paciente pode referir dor na fossa ilíaca direita. 
Embora a localização da dor possa ser útil 
principalmente nas fases precoces da evolução de 
uma doença, pode não ser típica em todos os 
pacientes e, em fases avançadas, pode se tornar 
generalizada em virtude de uma peritonite difusa. 
O sangramento para o peritônio livre também 
causa dor difusa e quadro de peritonismo. 
 
 
DOR VISCERAL 
 
 Mediada por fibras aferentes do SNA 
 Receptores na parede das vísceras ocas e 
capsula dos órgãos 
 Principal desencadeante é a tensão 
(distensão, inflamação, isquemia, 
contração) 
 Sensação dolorosa, profunda, surda, mal 
localizada, sentida na linha mediana (com 
exceção as vísceras duplas) 
 Intestino Superior (Boca até 3º porção 
duodenal) “foregut” - dor epigástrica - 
Irrigação: Art. Tronco Celíaco + Nervos do 
plexo celíaco 
 Intestino Médio (3º porção duodenal até 
2/3 proximais do transverso) “midgut” - 
dor mesogástrica - Irrigação: Art. 
Mesentérica Superior + Nervos que 
acompanham artéria 
 Intestino Inferior (1/3 distal do transverso 
até ânus) “hingut” - dor hipogástrica – 
Irrigação: Art. Mesentérica Inferior + 
Nervos que acompanham artéria 
DOR PARIETAL 
 
 Somática ou víscera-peritoneal 
 Receptores do peritônio parietal e raiz do 
mesoperitôneo 
 Dor percebida em um dos 4 quadrantes, ou 
seja, melhor localizada, em pontada, 
rigidez muscular, pode ser provocada 
(compressão manual, descompressão 
dolorosa) 
 Inflamação da visceral, acomete peritônio 
 Dor de início súbito: sugere perfuração 
livre, aneurisma roto, isquemia 
 
NAUSEAS E VÔMITOS 
 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
3 Clinica cirúrgica 
 Costumam aparecer após a dor 
 Caso o 1º sintoma seja o vômito (antes da 
dor) - fala a favor da GECA ~ *Exceção: 
apendicite em cça, onde o quadro é atípico 
 Nas peritonites e AAI os vômitos são 
secundários ao íleo 
 Pâncreas anelar – 2º porção vômitos não 
biliosos. Má rotação – vômitos biliosos 
 Vômitos excessivos 
 Alcalose – perda de hidrogênio, 
bicarbonato e sódio 
 Hipocloremica – perde cloro 
 Hipokalemica (piora o íleo) – 
expolia potássio 
 Nas obstruções mais baixas os 
vômitos podem ser fecalóides e 
nem sempre cursarem com 
distúrbios hidroeletrolíticos – se 
ocorre: acidose metabólica. 
 
PARADA DE ELIMINAÇÃO DE FEZES E GASES 
 
 No abdome agudo Inflamatório, Vascular, 
Hemorrágico e Perfurativo se devem ao 
íleo adinâmico desencadeado por fibras 
nervosas simpáticas 
 No AA Obstrutivo essa parada se deve a um 
obstáculo 
 Diarreia paradoxal – eliminação de muco e 
material coletado previamente a 
obstrução de certa forma violenta, uma 
vez que a peristalse está aumentada 
tentando vencer a obstrução – sendo 
assim: Diarreia não exclui obstrução 
intestinal. 
 Diarreia abundante: suspeitar de GECA ou 
abscesso. 
SINTOMAS ESPECÍFICO 
 Icterícia: patologia hepatobiliar 
 Hematêmese/melena: Doença 
gastroduodenal 
 Hematúria: cálculo renal ou cistite 
 Corrimento: DIP 
 Menstruação 
 Atraso menstrual: prenhez 
ectópica 
 Metrorragia: mioma 
 Dismenorreia: endometriose 
 Irregularidade: cisto de ovário 
 Dor do meio (Mittrlschmerz) 
ANTECEDENTES 
 Cirurgias prévias 
Bridas– causa mais comum de obstrução 
intestinal no adulto 
 Anticoagulantes 
Hematomas retroperitoneais 
Hematomas de reto abdominal – sinal de 
Fothergill 
 
ANAMNESE E EXAME FISICO 
 
É importante colher uma história 
menstrual cuidadosa em mulheres com dor 
abdominal. A ovulação pode produzir dor 
abdominal significativa. 
 Além disto, mulheres com atraso 
menstrual com dor abdominal podem estar com 
problemas relacionados a uma gravidez não 
diagnosticada ou ectópica. 
A história medicamentosa é também 
importante. Os corticosteroides predispõem à 
ulceração gastrintestinal e possibilidade de 
perfuração, além de induzirem imunossupressão 
nos pacientes em uso crônico, ofuscando 
manifestações de doença intra-abdominal aguda. 
O uso de anticoagulantes orais ou antiagregantes 
plaquetários podem levar a hemorragias intra-
abdominais espontâneas. 
O exame físico geralmente fornece 
importantes informações no diagnóstico 
diferencial e tratamento de pacientes com dor 
abdominal aguda. 
Avaliar o aspecto geral do paciente, biótipo 
e sinais de dor. Febre baixa geralmente 
acompanha a diverticulite, apendicite ou 
colecistite aguda. Febre mais elevada, na maioria 
das vezes, acompanha a pneumonia, pielonefrite, 
colangite séptica, e afecções ginecológicas. 
Aumento da frequência cardíaca e hipotensão 
podem significar doença complicada com 
peritonite. 
 A peritonite causa hipovolemia à medida 
que o volume plasmático extravasa do espaço 
intravascular. 
Iniciar o exame físico pela inspeção a 
procura de cicatrizes, hérnias inguinais e escrotais, 
distensão, massas e defeitos da parede 
abdominal. 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
4 Clinica cirúrgica 
 A seguir a palpação, etapa fundamental na 
avaliação do paciente com abdômen agudo. Dor 
localizada na fossa ilíaca direita, no ponto de 
McBurney sugere apendicite aguda. Dor no 
hipocôndrio direito sugere inflamação da vesícula 
biliar. Diverticulite aguda frequentemente causa 
dor na fossa ilíaca esquerda. Dor desproporcional 
ao exame físico sugere isquemia intestinal e dor 
difusa sugere peritonite generalizada. 
 A detecção de aumento do tônus muscular 
abdominal, durante a palpação é chamada de 
defesa da parte abdominal. Ela pode ser voluntária 
ou não, e localizada ou generalizada. A irritação 
peritonial é um sinal de peritonite. Para sua 
detecção, o examinador, com a mão, comprime 
profundamente o abdômen do paciente e a 
retirada súbita da mão causa aumento agudo da 
dor. Na colecistite aguda, a palpação da região 
subcostal direita, durante inspiração profunda, 
pode provocar dor (sinal de Murphy). 
A ausculta de um abdômen silencioso 
sugere íleo paralítico, enquanto movimentos 
peristálticos hiperativos ocorrem na gastrenterite 
aguda. Períodos de silêncio abdominal 
intercalados com peristalse hiperativa 
caracterizam a luta contra a obstrução mecânica 
do intestino delgado. A percussão abdominal pode 
revelar dor, sugerindo inflamação (irritação 
peritoneal). 
O hipertimpanismo à percussão do 
abdômen significa distensão gasosa do intestino 
ou estômago e timpanismo à percussão sobre o 
fígado sugere ar livre intraperitoneal e perfuração 
de víscera oca. 
Realizar sempre o toque retal nos 
pacientes com quadro de dor abdominal aguda à 
procura de sangue, massas ou dor, e em mulheres 
sempre realizar o exame pélvico bimanual em 
procura de massas ou sensibilidade uterina ou 
anexial. 
Apêndice pélvico inflamado ou abscesso 
pélvico podem causar dor ao toque retal ou 
mesmo toque vaginal. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
ABDOME AGUDO: 
-Inflamatório 
-Obstrutivo 
-Perfurativo 
-Hemorrágico 
-Vascular 
 
 
 
Abdome Agudo Inflamatório 
 
 Introdução: 
 Processo inflamatório intra-abdominal 
 Abdome agudo mais comum 
Etiologia 
– Apendicite aguda 
 – Colecistite aguda 
– Pancreatite aguda (crônica agudizada) 
– Diverticulite 
– Doença Inflamatória Pélvica 
 Pico na 2 ou 3 décadas de vida 
 Pode estar paracolico, pélvico, retrocecal e 
retroileal. 
 Mais frequentes no sexo masculino. 
 Apendicectomia é a cirurgia de emergência 
mais realizada. 
Diagnóstico 
 – Anamnese 
 – Exame físico 
• Estado geral 
• Inspeção 
• Palpação –Abdome em “tábua” 
 •. Ausculta 
 
 
 
 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
5 Clinica cirúrgica 
APENDICITE AGUDA 
 
A apendicite á a principal causa de cirurgias 
abdominais na urgência. Nos EUA chegam a 
250.000 casos/ano. 
Acredita-se que a sua principal causa seja a 
obstrução da sua luz do apêndice, seguida da 
inflamação, infecção secundária e necrose 
evoluindo para a perfuração do órgão. 
O paciente procura atendimento médico 
com história de dor abdominal peri-umbilical 
(causado pela obstrução da luz apendicular e a 
distensão da sua parede), irradiada para fossa 
ilíaca direita (correspondendo à inflamação e 
infecção do apêndice) geralmente associada a 
náuseas e vômitos, inapetência e febre baixa. 
Este processo pode evoluir em poucas 
horas ou até um dia. Neste momento, podemos 
encontrar ausência de leucocitose e no exame 
físico alguns sinais como Blumberg (dor a 
descompressão brusca no ponto de McBurney), 
Rovsing (dor referida na fossa ilíaca direita após 
compressão do hemiabdômen esquerdo, levando 
a distensão do ceco). 
Para a apendicite aguda, o exame físico 
aliado à história clínica tem uma acurácia de cerca 
de 95% no diagnóstico. Esta apresentação típica 
ocorre em cerca de 66% dos casos. 
No entanto, outras formas variadas podem 
ocorrer (formas atípicas), sendo associadas a 
alterações anatômicas do apêndice (retro-cecais, 
pélvicos, retro-vesicais) e em pacientes de 
imunossuprimidos como gestantes e idosos. 
Nestes casos as evoluções podem ser desastrosas, 
com peritonites fecais, abscessos intracavitários e 
sepse, elevando a morbidade neste grupo. 
 
No diagnóstico da apendicite aguda o uso 
da ultrassonografia abdominal possui 
sensibilidade de 75 a 90% e sua especificidade é de 
86 a 100%. 
No USG pode aparecer apêndice não 
compressivo (> 6mm de diâmetro); Interrupção da 
continuidade ecogênica da submucosa; liquido ou 
massa peri-apendicular; dor a compressão do 
transdutor. 
 
A TC abdominal tem sensibilidade de 90 a 
100% com especificidade de 91 a 99%. 
Apêndice distendido e espessado >6mm; 
aparência em halo ou alvo; Abcesso Peri 
apendicular; Coleções liquidas; Barramento da 
gordura mesentérica; Presença de fecalito; 
 
 
 
 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
6 Clinica cirúrgica 
APENDICITE NA GESTAÇÃO 
 
Nos casos iniciais, o tratamento consiste na 
intervenção cirúrgica e ressecção do apêndice, 
não necessitando de tratamento adjuvante. Nos 
casos avançados, com necrose do apêndice, 
peritonites, perfuração e abscessos, são 
necessários o tratamento com antibióticos após a 
ressecção do apêndice que pode durar alguns dias. 
Não existe consenso na literatura sobre a duração 
da antibioticoterapia pós-cirúrgica. 
 A videolaparoscopia é indicada em casos 
de dúvida diagnóstica, permitindo a melhor 
exploração da pelve e órgãos ginecológicos, ou 
ainda em pacientes selecionados que irão se 
beneficiar pela via de acesso, principalmente os 
pacientes obesos. 
 
Colecistite aguda 
 
A colecistite aguda é caracterizada por dor 
no andar superior direito do abdômen há mais de 
6 horas, com sinais ultra-sônicos de colecistite, ou 
dor no hipocôndrio direito com litíase vesicular ao 
ultrassom, podendo estar associada à febre, 
leucocitose e/ou proteína C reativa >10mg/l. em 
90% dos casos a causa da colecistite aguda é a 
litíase, e 75% destes pacientes apresentam 
antecedentes de cólica biliar e diagnóstico de 
colecistite crônica calculosa. 
A dor da cólica biliar é causada pelo 
espasmo do ducto cístico, desencadeado pelo 
estímulo da colecistoquinina durante a 
alimentação. É tipicamente do tipo cólica no 
epigástrio e hipocôndrio direito, associada a 
náuseas e vômitos e de duração menor que 6 
horas. 
A dor na colecistite aguda geralmente é 
causada pela obstrução do ducto cístico pela 
impactação do cálculo biliare seguida da 
inflamação da mucosa vesicular. 
Pode ainda ocorrer infecção secundária 
evoluindo para empiema, necrose e até a 
perfuração da vesícula biliar. Cerca de 10% dos 
casos de colecistite aguda apresentam perfuração, 
levando, em algumas casuísticas, a 20% de 
mortalidade. 
Os exames laboratoriais podem 
apresentar: leucocitose, elevação da fosfatase 
alcalina e transaminases. Geralmente não há 
elevação das bilirrubinas. 
Sd Mirrizi quando cálculos grandes 
impactam no infundíbulo e/ou ducto cístico 
erodindo a parede e acometendo o interior do 
ducto hepático comum, podemos encontrar 
hiperbilirrubinemia. 
 
O exame diagnóstico de eleição é o 
ultrassom abdominal, com sensibilidade e 
especificidade de 95%. 
 Em casos duvidosos a TC ou a cintilografia 
podem auxiliar. A colecistite aguda alitiásica, 
ocorre em 5 a 10% das colecistites agudas. 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
7 Clinica cirúrgica 
Acomete, principalmente, pacientes debilitados e 
imunodeprimidos, em uso de nutrição parenteral 
prolongada, diabéticos, portadores de 
insuficiência renal crônica, vasculites, HIV ou ainda 
idiopáticas. 
O tratamento definitivo da colecistite 
aguda é a colecistectomia. Existe alguma discussão 
sobre o melhor momento para a realização da 
cirurgia e a via de acesso a ser utilizada. 
A antibioticoterapia deve ser direcionada 
para germes gram negativos, e germes anaeróbios 
nos idosos e na colecistite alitiásica. O tratamento 
cirúrgico deve ser realizado preferencialmente nas 
primeiras 24 a 48 horas de internação, sem 
caracterizar uma situação de emergência, 
dependendo da resposta ao tratamento com 
antibioticoterapia. 
 A laparoscopia é o padrão ouro para 
colecistectomias eletivas, no entanto nas 
situações de colecistite aguda o fator 
determinante para o seu uso é a experiência do 
grupo. 
 
Colangite 
 
 A colangite tem como fisiopatologia a 
obstrução do ducto biliar principal, seguida de 
infecção secundária, a qual irá acometer o fígado 
e disseminar-se por todo o organismo, evoluindo 
para quadros graves e potencialmente letais. 
 A coledocolitíase é a principal causa de 
obstrução da via biliar, seguida de estenoses, 
neoplasia e mais raramente parasitas, 
coledococele e manipulação da via biliar pela 
colangiopancreatografia endoscópica retrógrada. 
 Os germes comumente causadores da 
infecção são a Escherichia coli, Klebsiella sp, 
Enterococcus e Bacteroides. Os principais achados 
da colangite são: dor no hipocôndrio direito, febre 
e icterícia (Tríade de Charcot), e quando não 
tratada pode evoluir para confusão mental e 
sepse, que caracterizam a Pentade de Reynalds. 
Os exames bioquímicos podem apresentar 
hiperbilirrubinemia, com predomínio da 
bilirrubina de reta, elevação das transaminases e 
fosfatase alcalina, leucocitose com desvio 
escalonado para esquerda. 
O diagnóstico é clínico e pode ser 
confirmado pela colangiografia endoscópica 
retrógrada que poderá ainda ser terapêutica (95% 
dos casos) promovendo a desobstrução da via 
biliar. Nos 5% dos casos restantes, o tratamento 
deverá ser cirúrgico. Antibioticoterapia de largo 
espectro está indicada. 
 
Pancreatite aguda 
 
Sua incidência é de 80/100.000 habitantes 
nos EUA com mortalidade em torno de 10 a 15%. 
A coledocolitíase e a ingesta alcoólica 
abusiva são responsáveis por cerca de 80% das 
pancreatites agudas. Cerca de 10% são idiopáticas 
e os outros 10% são atribuídos a todas as demais 
possíveis causas como hiperlipidêmica, viroses 
(caxumba, coxsackie, HIV), traumas abdominais, 
cirurgias abdominais, vasculites, tumores 
pancreáticos, pâncreas divisum, parasitoses 
intraductais, drogas e outras. 
O quadro inicial é de dor no andar superior 
do abdômen (epigástrio e flancos), que pode 
irradiar para o dorso. Possui característica 
contínua e pode estar associado à icterícia ou não. 
Os vômitos são frequentes e precoces, 
devido à compressão do pâncreas sobre o 
duodeno e/ou estômago. 
A distensão abdominal também é comum, 
e nos quadros graves poderão estar presentes a 
hipotensão arterial, taquicardia, sudorese, febre, 
torpor e coma. 
Sinal de Grey Turner e Cullen. E a Posição 
mais adotada pelo paciente com pancreatite. 
A amilase apresenta-se elevada já nas 
primeiras horas de evolução do quadro, 
habitualmente voltando a valores normais após 48 
horas. 
Os exames radiológicos convencionais 
pouco auxiliam na avaliação inicial, podendo 
detectar complicações como derrame pleural, 
coleções, pseudocistos e ascite pancreática ou 
diagnosticar litíase vesicular, barro biliar e 
coledocolitíase. 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
8 Clinica cirúrgica 
A avaliação pancreática e sua classificação 
segundo a gravidade são realizadas através da TC 
de abdômen. 
 A colangiopancreatografia endoscópica 
está indicada em casos de obstrução biliar 
associado a pancreatites graves e/ou colangites. 
Nas pancreatites brandas até a TC pode ser 
dispensada, ou substituída pela 
colangiopancreatografia por ressonância 
magnética. 
O tratamento é eminentemente clínico, 
com reposição hídrica vigorosa, analgesia, 
repouso alimentar e medidas de suporte. 
 A antibioticoprofilaxia de largo espectro, 
com imipenem, deverá ser introduzida em casos 
de pancreatites graves com coleções e/ ou 
necrose pancreática. Necrose sem repercussão 
clínica poderá ser tratada com quinolonas 
associadas ao metronidazol. 
A intervenção cirúrgica só deverá ser 
realizada em situações específicas como necrose 
infectada, comprovada através de cultura de 
coleções peripancreáticas obtida por punções 
guiadas, ou presença de ar Peri pancreático na TC. 
O procedimento cirúrgico consiste em 
necrosectomias e drenagem de todas as coleções 
Peri pancreáticas. 
 
Diverticulite 
 
A doença diverticular dos cólons é 
frequente em faixas etárias mais avançadas, sendo 
encontrada em 1/3 da população acima de 50 
anos, e 2/3 da população acima dos 80 anos. Cerca 
de 25% desta população pode apresentar 
diverticulite aguda. 
Esta complicação da doença diverticular 
ocorre por inflamação e infecção do divertículo, 
geralmente decorrente da oclusão do seu óstio 
por fezes ou resíduos alimentares, podendo levar 
até à perfuração. 
 A sintomatologia é variável, pois depende 
da localização do divertículo, podendo evoluir com 
pneumoperitônio se perfurado para a cavidade 
abdominal, ou abscessos em flanco ou bloqueios 
abdominais. 
 Na avaliação do paciente a constipação 
crônica e os antecedentes familiares e pessoais de 
doença diverticular devem ser investigados. 
Geralmente o exame clínico é suficiente 
para a suspeição, mas a radiologia simples de 
abdômen poderá mostrar pneumoperitônio e/ou 
quadros oclusivos. 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
9 Clinica cirúrgica 
A TC está indicada, quando da ausência de 
pneumoperitonio no raiox simples. 
 
 A colonoscopia é contraindicada na 
suspeita de diverticulite perfurada. O tratamento 
clínico consiste no restabelecimento 
hidroeletrolítico e na antibioticoterapia de largo 
espectro com aminoglicosídeos ou ceftriaxona 
associado ao metronidazol, e é indicado para as 
situações onde a inflamação está contida por um 
tumor inflamatório. 
 Nos casos onde ocorreu perfuração, houve 
falha do tratamento clínico ou o paciente se 
encontra em choque séptico a cirurgia está 
indicada, restringindo-se, geralmente, à ressecção 
do segmento lesado e colostomia. 
 
Em raras ocasiões o tumor inflamatório 
pode gerar uma obstrução intestinal, sendo a 
derivação com colostomia e o tratamento clínico 
uma opção, para se evitar ressecções mais amplas 
 
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO 
 
Obstrução intestinal acontece quando a 
propulsão e passagem normais dos conteúdos não 
acontecem. Pode ocorrem em qualquer parte dos 
intestinos 
 
 2 afecções aguda mais frequente do 
abdome 
 Obstrução do Delgado mais freq. que o 
cólon 
 Causa mais comum de obstrução por 
bridas 
 
 
Obstrução mecânica: 
Extrínseca: é o que não está dentro da luz da alça 
intestinal como bridas/aderências,Volvo, hérnia, 
compressão, intussuscepção 
Intrínseco: - obst. Da luz- tumor, corpo estranho, 
cálculo biliar, bezoar (FIBRAS SINTÉTICAS OU 
INTESTINAIS), colo áscaris. Estenose inflamatória 
 
 
Classificação 
 ALTA (válvula ileocecal/ transição jejuno 
ideal) 
 BAIXA 
 
 SIMPLES 
 COM SOFRIMENTO 
 
 COMPLETA 
 PARCIAL (SUBOCLUSÃO) 
 
Obstrução em alça fechada 
Intestino ocluído em duas porções do seu trajeto 
- Volvo 
- Obstrução colón esquerdo com válvula 
ileocecal competente 
Necrose e perfuração 
 
Hérnia encarcerada só está presa 
Hérnia estrangulada- Abdo agudo obst. Agudo há 
necessidade de obst. Cirúrgica imediata 
 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
10 Clinica cirúrgica 
 
Urgências 
Sofrimento vascular 
Obstrução alça fechada 
 
Fisiopatologia: 
Obstrução secreção da luz distensão 
Vômitos e sequestro de liquido desidratação 
choque e IRA 
 Aumento da pressão intra-luminar 
comprometimento vascular necrose perfuração. 
 
Manifestações clinicas 
 Dor em cólica com períodos de melhora 
 Distensão abdominal * 
 Náuseas e vômitos – Começa a estimular o 
movimento peristáltico, retrógrado 
 Parada de eliminação de gases e fezes 
 Diarreia paradoxal (por fecaloma, obstrui o 
colón, porem o conteúdo que tem acima 
da obstrução é conteúdo liquido. E permite 
a passagem desse conteúdo pelo fecaloma 
e causa a diarreia). 
 Intervalo variável entre início dos sintomas 
e procura do atendimento 
 Desidratação; 
 RHA aumento (metálicos) no início, 
diminuição ou ausentes tardio 
 
Laxante vai piorar o quadro 
 
Características da dor: 
Cólicas 
Peritonite 
 
Percussão: timpanismo 
Palpação: flácido, doloroso difuso 
Toque retal essencial 
 
Sofrimento de alça: 
Dor continua 
Leucocitose, 
Temperatura maior que 37,8 
Taquicardia 
Mal estado geral 
Sangue ao toque 
Defesa abdominal 
 
Obstrução Alta: 
Vômitos precoces e parada de eliminação de flatos 
e fezes tardio 
Menos distensão abdominal 
Alcalose metabólica 
 
Obstrução Baixa 
Vômitos tardios e parada de eliminação de fezes 
precoces 
Mais dissenção abdominal do que a Alta. 
Acidose metabólica 
VOLVO = torção intestinal que gera distensão 
 
RX característicos 
Distensão de alças abdominais com 
Edema de alça 
Níveis hidroaéreos 
Empilhamento de moeda 
Alça em luta (válvulas) 
Velamento da pelve 
Fecaloma 
Pneumoperitôneo 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
11 Clinica cirúrgica 
 
Íleo biliar: Tríade de Riegler 
Obstrução do intestine Delgado 
Cálculos biliares ectópicos 
Pneumobiliar 
 
 
Tratamento 
1. Clínico (bridas) 
- SNG 
- Hidratacao 
- Analgesia 
- Reavaliacoes seriadas 
 
2. Cirúrgico: após compensação clínica 
- Obstrução mecânica 
- Se há sinais de complicações 
- Obstrução de alça fechada 
 
 
 
ABDOME AGUDO PERFURATIVO 
 Úlcera péptica 
 Divertículos de cólon 
 Doença inflamatória intestinal 
 Corpo estranho 
 
MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
 
 Dor súbita e intense, difusão precoce no 
abdômen. 
 Náuseas e vômitos reflexos podem 
ocorrer. 
 Interval curto entre o início dos sintomas e 
procura do atendimento. 
 Palpação: peritonite difusa, abdomen em 
tábua. 
 Percussão: perda da macicez hepatica  
sinal de Jobert. 
 Posição antálgica (imóvel). 
 RHD diminuídos ou ausentes. 
 RX com Pneumoperitônio 
 Tratamento: cirúrgico 
 
Ar abaixo do diafragma= pneumoperitoneo 
 
Se já houver perfuração não perder tempo 
em tto clinco, passar pra cirurgia 
 
 
Pneumoperitoneo: Nao confundir com bolha 
gástrica 
 
 
ABDOME AGUDO VASCULAR 
 
Obstrucao do fluxo sanguineo intestinal isquemia 
 necrose  perfuracao. 
 
Embolia artéria mesentérica: 50% 
Insuficiência vascular não oclusiva 20-30%. 
Trombose da artéria mesentérica 15-20%. 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
12 Clinica cirúrgica 
Trombose da veia mesentérica 5%. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Náuseas e vômitos reflexos 
 Parada de elimicação de gases e fezes 
 Toque retal sanguinolento 
 Distensao abdominal progressive 
 Desidratacao importante 
 Hipotensao e choque 
 RHA diminuídos ou ausentes 
 Acidose metabólica 
 Leucocitose intensa, desvio à esquera 
 Peritonite: necrose ou perfuração 
 
 História anterior de arteriopatias 
crônicas, IAM, AVC, claudicacao 
abdominal, Arritmias. 
 Dor subita e intense, mal localizada 
(podendo ser em cólcia e surda). 
 Dor persistente e progressiva. 
 Desproporção entre clínica e o exame 
físico. 
 Intervalo curto entre o início dos sintomas 
e procura do atendimento. 
 
RX: diagnostico diferencial de outras doenças 
 A maioria dos achados relacionados a 
complicações tardias. 
 Impressões digitoformes (acúmulo de 
líquido na submucosa). 
 Pneumatose intestinal. 
 Aeroportograma 
 
Pneumoatose intestinal é o que tem na flexa 
embaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TC com contraste endovenoso 
 Pode mostrar pontos de oclusão intestinal; 
 Sinais indiretos: edema de alças, 
espessamento do mesentério em focos 
hemorrágicos, aeroportogramas; 
 
 
Arteriografia 
 Confirmar ou excluir a obstrução da 
mesentérica e tto. 
 Complicações relacionadas ao método de 
punção; 
 IRA; 
 Falha terapêutica 
 
 Sinal de menisco= obst. Da passagem da 
mesentérica. 
 Cirurgia é o principal fator prognóstico. 
 Ressecar áreas inviáveis. 
 Viabilidade de alça: cor, temperatura, 
pulso, peristalse, sangramento 
 SECOND LOOK- reabrir o paciente de 18-
36 horas para ver se a obstrução 
realmente melhorou ou não. Geralmente 
esse paciente vai para anticoagulante para 
que não torne a fazer essa obstrução. 
 
 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
13 Clinica cirúrgica 
ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO 
 
 Dor de Início súbito e difusão precoce 
 Choque hipovolêmico 
 Dor referida em ombro direito 
 Sinais de peritonite 
 Abaulamento do fundo de saco posterior 
 USG, Hb/Ht, beta HcG 
 
Etiologia: 
 Gravidez ectópica rota 
 Cisto ovariano roto 
 Aneurismas rotos 
 Rotura de tumor hepático 
 Neoplasias malignas de vísceras ocas 
 Traumatismo abdominal 
Ruptura de Aneurismas 
 
O aneurisma da aorta abdominal (AAA) 
ocorre em 5% a 7% das pessoas acima de 60 anos 
de idade e predomina no sexo masculino. A real 
incidência da ruptura na população é 
desconhecida. Entre os pacientes com diagnóstico 
de AAA, a ruptura ocorre em 10% a 40%. 
Consideram- se fatores de risco no 
desenvolvimento do AAA o sexo masculino, idade 
superior aos 65 anos, a hipertensão arterial, o 
tabagismo, a DPOC, a arteriosclerose, a síndrome 
de Marfan, a síndrome de Ehlers-Danlos e história 
familiar positiva para AAA. 
A localização do aneurisma e o local para 
onde o sangue extravasa determina o sítio da dor 
ou desconforto. Podem surgir também náuseas e 
vômitos. Ao exame físico, os achados de massa 
pulsátil (principal característica), são encontrados 
em menos da metade dos pacientes. A hipotensão 
arterial está presente em 25% dos casos no 
atendimento inicial. 
O grau de instabilidade hemodinâmica 
define a urgência necessária na avaliação 
radiológica e na indicação cirúrgica. 
Hematoma Retro peritoneal espontâneo 
A hemorragia retro peritoneal espontânea 
pode originar-se em qualquer órgão ou vaso dessa 
região. 
As causas mais frequentes de hematomas 
retro peritoneais espontâneos são doenças dos 
rins, das glândulas suprarrenais, do pâncreas, 
além de doenças vasculares e coagulopatias. 
Embora individualmente as doenças que podem 
resultar em hematomas espontâneos do 
retroperitônio sejam raras, a possibilidade de sua 
ocorrência deve ser lembrada quando existem 
evidências clínicas compatíveis. 
A apresentação pode ser aguda, 
mimetizando a ruptura do AAA. A diferença é a 
ausência da massa pulsátil típica do AAA. A 
evolução habitual é menos dramática, com dor 
abdominal na região dorso-lombar e moderada 
instabilidade hemodinâmica. 
Em cerca de 60% das hemorragias retro 
peritoneais espontâneas, as causas são tumores 
renais. 
O hematoma retroperitoneal é chamado 
de idiopático quando não se localiza o foco do 
sangramento e está relacionado com a 
disponibilidadelocal de recursos diagnósticos. A 
intervenção cirúrgica imediata está 
contraindicada. 
 
Sinais de suspeição mais comuns encontrados no 
abdômen: 
Sinal de Gersuny: massa maldável em hipogástrio- 
feclaoma 
Sinal de Fothergill: renitência diminuída após 
paciente contrair ativamente parede abdominal – 
sugere patologia intra-abdominal 
Sinal de Murphy: parede abrupta da inspiração 
profunda pela palpação do fundo vesicular – 
colecistite 
Sinal de Blumberg: dor a descompressão brusca + 
no ponto de Mc burney- Apendicite 
Sinal de Aaron: dor epigástrica ou tórax anterior 
com a pressão persistente no ponto de McBurney- 
apendicite 
Sinal de Bassler: dor aguda pela compresso de 
apêndice entre a parede abdominal e o ilíaco- 
apendicite aguda 
 
Ivana Da Rosa Iesbik 
 
14 Clinica cirúrgica 
Sinal de Carnett: Manutenção da dor com a 
contração dos músculos abdominais – sugere 
fonte de dor na própria parede abdominal 
Sinal de Chandelier- dor pélvica em abdômen 
inferior com movimento da cérvice – DIP 
Sinal de Charcot (Tríade) – Dor em HCD, icterícia 
e febre- colangite ***provas*** 
Sinal de Clybrook – acentuação dos ruídos 
cardíacos e respiratórios através da parede 
abdominal – víscera abdominal rota 
Sinal de Courvosier – vesícula palpável e indolor – 
Tumor periampulares 
Sinal de Danforth- dor no ombro a inspiração- 
hemoperitôneo 
Sinal de Forthergill: massa em parede abdominal 
que não cruza a linha media e permanece palpável 
com musculatura contraída – sugere patologia da 
parede abdominal 
Sinal de Halban- percussão ou palpação 
progressivamente dolorosa da fossa ilíaca para o 
hipogástrio – patologias ginecológicas 
Sinal de Roovsing- dor rem FID com palpação 
profunda de FIE pelo deslocamento de ar – 
apendicite 
Sinal de iliopsosas- elevação do membro inferior 
estendido- apendicite retrocecal ou psoite que é 
uma inflamação do iliopsoas 
Sinal do obturador- quadril fletido, rotação 
interna da coxa, do rem hipogástrio- apendicite 
pélvico ou abcesso pélvico 
Sinal de Lennander- temperatura retal 1 grau 
maior que a axilar – abdômen agudo inflamatórias 
patologias pélvicas 
 
Sinal de Jobert – perda da submacicez hepática a 
percussão – penumoperitôneo pode ser alça 
interposta 
Sinal de Giordano- punho percussão na região 
lombar quadros de pielonefrite 
Sinal de Cullen- mancha equimótica periumbilical- 
hemoperitôneo, pancreatite necrohemorrágica 
Sinal de Gray Tuner- macha equimótica em 
flancos – hemoperitône, pancreatite 
necrohemorrágica 
Sinal de Kehr- dor referida na articulação do 
ombro homolateral 
Sinal de Mannkof- pulso aumentado quando 
abdômen doloroso é palpado – ausência de 
magnitude 
Sinal de Choussir- dor severa epigástrica- sinal 
premonitório de eclampsia 
Sinal de Ransohoff- coloração amarelada 
periumbilicao – ruptura do ducto biliar 
Sinal de Cruveilhier- VEIAS VERICOSAS Peri 
umbilicais (caput medusa) – hipertensão portal 
Sinal de Tem-Horn- dor causada põe suave tração 
do testículo direito- apendicite 
Sinal do Bico de Pássaro – afilamento distal- Volvo 
ou acalasia

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