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CASO CLÍNICO

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ADRIANE BEZERRA MOREIRA 
ADRIELLE DA SILVA SILVA
ALESSANDRA AMORIM SANTOS
ARISTÓTELES TOSETTO DE SOUZA NETO 
FABIANE REBECA BARBOSA DOS SANTOS 
SABRINA TOMAELA DOS SANTOS 
CASO CLÍNICO
Um canino macho, não castrado da raça Dogue Alemão, com dez anos de idade. O animal apresentava perda de peso progressiva, hiporexia, cansaço e aumento de volume abdominal (ascite). No exame físico, houve dificuldade na auscultação (sons abafados). O paciente estava dispneico. No Rx foi evidenciado a presença de efusão pleural. Também houve aumento no tempo de preenchimento capilar, mucosas pálidas, desidratação de 5% e distensão abdominal. Foram drenados aproximadamente 5 litros de líquido ascítico (transudato) e 3 litros de líquido procedente do tórax de mesmo aspecto. A pressão arterial estava elevada (230mm/Hg) e no eletrocardiograma foi observado Taquicardia sinusal. Na ultrassonografia foi observado congestão hepática.
A pleura é um tecido de membrana dupla e entre elas existe uma cavidade. Nessa cavidade fica acumulado o líquido que lubrifica o pulmão e não deixa ocorrer átritos e nem deslizar no tórax. Quando há efusão pleural, vai existir dificuldade em respirar (dispneia), o animal ficará fadigado, o que agravará ainda mais a cardiomiopatia dilatada, além de poder causar derrame pleural, hemotórax ou quilotórax.
A auscultação será dificultada pela miocardiopatia congestiva, já que a bulha correspondente aos ventrículos está comprometida. Se o paciente está com a pressão alta, acima de 100mm/Hg, haverá taquicardia sinusal devido a este fator.
O cansaço do animal vem do trabalho excessivo de seu coração para manter o debito mesmo em mau funcionamento. 
A p.a. alta ocorrerá devido ao acumulo de liquido ascítico (isso fará a pressão hidrostática, subir e osmótica, descer), o que fará ter extravasamento de sangue pelos capilares em excesso. Sendo assim, haverá distensão abdominal devido este excesso.
A congestão hepática ocorrerá pela pressão venosa central aumentada, que através da veia cava inferior e veias hepáticas, transmitirá esta informação ao fígado. Se for crônica, pode causar atrofia de hepatócitos, distensão sinusoidal e fibrose centrolobular (se for intensa, pode produzir cirrose hepática.
Com acumulo de líquidos corporais, os rins entendem que não há necessidade de ingerir agua, assim não liberando o ADH, por isso as mucosas ficam pálidas.
O tempo de preenchimento capilar é utilizado como parâmetro para determinar o grau de desidratação do paciente. Existem técnicas utilizadas no meio veterinário para fazer esta detecção.

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