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| 1 N a t á l i a B u e n o Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) Este grupo é representado pelos medicamentos que inibem a enzima responsável pela conversão da angiotensina I em agniotensina II. São eles: captopril, enalapril, benazepril, lisinopril e ramipril. Somente o captopril e o lisinopril são medicamentos ativos; os demais são denominados profármacos, ou seja, necessitam ser hidrolisados por esterases hepáticas para se tornarem ativos. Posologia e especialidades farmacêuticas Mecanismo de ação Vasodilatador Emprego terapêutico Atuação Efeitos colaterais Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) Captopril IC com comprometimento da função avaliado no estudo radiológico e ecocardiográfico Inibe a formação de angiotensina II e aldosterona; diminui a retenção de sódio e água Hipotensão e distúrbios digestivos (evitar uso em nefropatas) Benazepril Idem anterior Idem ao captopril Não relatados Maleato de enalapril Idem anterior Idem ao captopril Não relatados Lisinopril Idem anterior Idem ao captopril Não relatados Mecanismo de ação Agente vasodilatador Posologia Especialidades farmacêuticas Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) Captopril Cão: 0,5 a 2mg/kg 3 ou 2 vezes/dia, VO (não exceder 2mg 3 vezes/dia) Gato: 3,125 a 6,25mg 3 ou 2 vezes/dia, VO Capoten Lisinopril Cão: 0,25 a 0,5mg/kg 1 vez/dia Privinil Maleato de enalapril Cão: 0,25 a 0,5mg/kg 1 ou 2 vezes/dia, VO Renitec, Atens, Eupressin Benazepril Cão: 0,5mg/kg 1 ou 2 vezes/dia Lotensin, Fortekor 2 | N a t á l i a B u e n o Sistema renina angiotensina aldosterona A redução no débito cardíaco decorrente da falência da bomba cardíaca resulta em diminuição da perfusão em órgãos vitais, como rins, cérebro e o próprio coração. Nos rins, essa redução desencadeia a ativação de um complexo sistema de controle, denominado SRAA. Células da região justaglomerular renal liberaram uma enzima chamada renina em resposta a redução na pressão arterial e na quantidade de sódio que passa por essa região. A renina circulante transforma o angiotensinogênio, produzido pelo fígado, em angiotensina I. Esta por sua vez, será transformada em angiotensina II pela enzima conversora de angiotensina (ECA), produzida por células endoteliais, principalmente no pulmão e no coração. A angiotensina II é a grande responsável pela adaptação do sistema circulatório a situação de baixo débito cardíaco, no entanto, a longo prazo, a ativação exacerbada desse mecanismo acarretará em desequilíbrio da homeostase circulatória e contribuirá para a instalação da ICC. Como os iECA funcionam? Os inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) bloqueiam a enzima responsável pela conversão da angiotensina I em angiotensina II. Ao bloquear o efeito da angiotensina II, os inibidores da ECA provocam o relaxamento dos vasos sanguíneos, reduzindo a pressão arterial. Isto é designado por vasodilatação quando os vasos sanguíneos relaxam e dilatam. Ou seja, o coração não precisa se esforçar tanto para empurrar o sangue pelo corpo. Os iECA são indicados na maioria das causas de insuficiência cardíaca crônica, pois promovem a melhora das manifestações clínicas e dos parâmetros hemodinâmicos, com reflexos positivos e significativos na qualidade de vida, assim como no aumento da sobrevida dos animais cardiopatas. Referência: Farmacologia Aplicada a Medicina Veterinária O uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina na insuficiência cardíaca congestiva em cães – revista nosso clínico (medicina veterinária para animais de companhia)
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