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GRA1250 FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA GR1266211 - 202110 ead-15169 01 unid 3

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01/03/2021 Função Social da Escola
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_667639_1&P… 1/31
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA
CAPÍTULO 3 - QUAL A REPRESENTAÇÃO
DO ALUNO E DO PROFESSOR NO
CONTEXTO SOCIAL CONTEMPORÂNEO?
Tatiana Gomes dos Santos Peterle
INICIAR
01/03/2021 Função Social da Escola
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Introdução
Antes de começar seus estudos, reflita: o que você compreende quando escuta o
termo representação social? Qual seria a representação do aluno e do professor no
contexto social contemporâneo? Enfim, o que é representação social? Você
encontrará as respostas para estas e outras questões neste capítulo, no qual
abordaremos as representações de educadores e de educandos na sociedade.
Vivemos em uma sociedade definida por representações sociais. Essas
representações se dão em espaços e tempos conforme seu papel neste contexto.
Assim, podemos definir que as representações sociais são aquelas que englobam as
crenças, ideias e comportamento de um grupo de indivíduos,e essas representações
são resultados de ações coletivas comuns entre eles, ou seja, resultado da interação
social.
Essas representações também acontecem na escola, onde professores e alunos
assumem papéis importantes na luta por transformações sociais. Dessa maneira, as
representações sociais são fundamentais para entendermos como a realidade
constrói os símbolos presentes no nosso cotidiano, e ao mesmo tempo, como pode
revelar as necessidades diante o desafio da função social da escola no processo de
desenvolvimento da aprendizagem.
Bom estudo!
3.1 Representação do educador
Frente aos grandes desafios presentes na educação escolar, devemos nos
perguntar: por que alguém decide ser professor ou professora? O que motiva
um sujeito a seguir seus estudos no campo das licenciaturas? Há vantagens em
ser educador ou educadora?
Não é difícil responder, afinal, a educação é algo fantástico, sublime! Pois, por
meio da educação, a sociedade se desenvolve a amplia suas possibilidades de
bem-estar social.
01/03/2021 Função Social da Escola
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A educação adquire esse encanto quando durante uma aula, por exemplo, o
professor é capaz de levar o aluno do século XXI a viajar pelo Egito antigo e a
perceber como a história tem influência nos dias atuais. Dessa forma, estimula a
imaginação do estudante enquanto transmite conhecimentos e, também,
produz novo saberes – essa magia contagia os educadores. Assim, todo o
educador ganha uma representação social importante para a humanidade. 
3.1.1 O ser professor
Ser professor é ser um contínuo estudante, alguém que sempre busca
aprimorar-se para desempenhar cada vez mais e melhor sua função. É estar
sempre comprometido com a educação e a tarefa de ensinar. Portanto, ser
professor está para além do simples dom de educar, e é preciso demonstrar
qualidade e competência para que a aprendizagem realmente ocorra. 
Figura 1 - Ser professor é muito mais do que transmitir conhecimento em
sala de aula. Fonte: Shutterstock, 2018.
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No desempenho de sua função, o professor deve apresentar habilidades
emocionais, filosóficas, éticas, políticas, entre outras, e acima de todas ter o
domínio do conhecimento de tal modo, que tenha capacidade de ser um
constante pesquisador.
Sobre a importância da pesquisa, Fazenda (2008, p. 10) afirma que: 
Aprender a pesquisar, fazendo pesquisa, é próprio de uma educação
interdisciplinar, que, segundo nossos dados, deveria se iniciar desde a pré-escola.
Uma das possibilidades de execução de um projeto interdisciplinar na
universidade é a pesquisa coletiva, em que exista uma pesquisa nuclear que
catalise as preocupações dos diferentes pesquisadores, e pesquisas-satélites em
que cada um possa ter o seu pensar individual e solitário. Na pesquisa
interdisciplinar, está a possibilidade de que cada pesquisador possa revelar a sua
própria potencialidade, a sua própria competência.
Desse modo, ser professor ou professora é trabalhar para a evolução crítica e
reflexiva dos alunos, oportunizando que o conhecimento possa ser manipulado
e reconstruído pelos educandos. É dar aos estudantes a possibilidade de
transformar suas vidas e das pessoas a sua volta. Contudo, esse conhecimento
só apresentará resultados positivos por meio de uma educação transformadora,
como propunha Paulo Freire (1980), uma formação que eduque para a vida
problematizando a condição do ser humano, sempre em busca de aprimorar os
sujeitos para viverem em sociedade.
Nesse sentido, para a sociedade, a representação do professor é a garantia de
construção de um futuro melhor, de transformação social. 
3.1.2 Ser professor no Brasil
Podemos afirmar que ser professor ou professora no Brasil é travar uma luta
diária contra a desvalorização profissional e as péssimas condições de trabalho,
ou contra a visão de que a formação docente serve apenas como um
“trampolim” para outras profissões.
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Não é raro encontrarmos professores que dizem atuar nessa profissão
enquanto não conseguem coisa melhor. Se por um lado a docência traz tantos
encantos por possuir o dom de transformar mentes, as mazelas encontradas
nas escolas e os baixos salários são os principais motivadores do abandono
desse ofício. 
 Figura 2 - Momento
de ensino-aprendizagem: relação entre professor e aluno. Fonte: ESB
Professional, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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A Finlândia é um bom exemplo de país que decidiu ampliar seus investimentos
em educação. Desde os últimos 50 anos até os dias atuais, garantiu que mais
de 90% de seus habitantes adultos tenham ensino superior. Lá, o trabalho
docente é compreendido como o mais importante, pois foi por meio dos
professores que o país elevou enormemente seu PIB (Produto Interno Bruto) e
reduziu índices de criminalidade, homicídios e outros (ASSOCIAÇÃO GENTE DE
BEM, 2017).
Aqui no Brasil a realidade é muito diferente, pois mesmo tendo praticamente
dobrado os investimentos entre os anos de 2000 e 2012, apenas 4,7% do PIB
era investido em educação básica até 2016. Apesar da melhora na qualidade
das escolas brasileiras, avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (PISA), o resultado ainda é baixo quanto à qualidade do ensino que
temos hoje (BRASIL, 2015). Essa informação pode ser constatada nas várias
divulgações em 2016 da avaliação do Programa Internacional de Avaliação de
Estudantes (PISA) que coloca o Brasil, numa lista de 70 países na 63ª posição
em ciências, na 59ª em leitura e na 66ª colocação em matemática
(ASSOCIAÇÃO GENTE DE BEM, 2017).
Contudo, vale ressaltar que a tarefa do educador está para além da simples
transmissão do conteúdo, mas também na sua capacidade de lidar com os
problemas diários da educação brasileira, conseguir produzir conhecimento e,
ainda, manter uma interação produtiva com seus alunos. 
3.1.3 O trabalho interdisciplinar e a representação do professor
O mundo de hoje busca por soluções para os mais diversificados problemas da
humanidade. Porém, apresenta dificuldades em identificar o que realmente é
necessário para a transformação dos sujeitos e seu ambiente. Segundo
Romanowsky (2012, p. 5): “[...] a sociedade contemporânea caracteriza-se por
transformações no mundo do trabalho, avanço da ciência e da tecnologia,
ampliação das informações,reestruturação econômica e proposições de
alteração nas políticas de bem-estar social”. Contudo também é notório que
toda e qualquer transformação exige mudanças e essas, por sua vez, ocorrem
sempre mediadas por outros sujeitos ou fatos.
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Conforme foi visto, é inquestionável que professores e professoras são
mediadores no processo de transformação do sujeito estudante, e essa
mediação se faz mais fácil e ganha maior impacto quando o educador se utiliza
da interdisciplinaridade.  Construindo relações entre os saberes socialmente
construídos e as situações de vida do cotidiano, o docente é capaz de tornar a
aprendizagem mais significativa para os seus alunos, favorecendo uma
formação crítica.
Entretanto, atuar como um mediador do conhecimento e da realidade requer
muita dedicação, além de controle entre a razão e a emoção, uma vez que o
educador tem de lidar diretamente com um mundo de incertezas.
Desse modo, a educação é uma área de atuação que compreende relações
complexas entre o meio, o saber e o ser humano em busca de novas
possibilidades de enxergar o mundo. A partir desses novos olhares, a educação
se entrelaça com outras áreas do conhecimento, tendo em vista a proposição de
novos caminhos para a emancipação social. 
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A representação do professor frente à contemporaneidade está, sobretudo, na
capacidade de relacionar as mais diversas disciplinas de maneira inter e
transdisciplinar, pois assim ele garante um aprendizado mais denso e eficaz
para os alunos, que são os possíveis transformadores da sociedade atual. Isso
significa que o educador deve tomar posse do pensamento complexo para
realizar seu trabalho, pois segundo Severino (2003, p. 43): 
[...] dadas as nossas condições e a complexidade da prática, precisamos de
múltiplos enfoques mediatizados pelas abordagens das várias ciências
particulares; mas não se trata apenas de uma justaposição de múltiplos saberes: é
preciso chegar à unidade na qual o todo se reconstitui como uma síntese que,
nessa unidade, é maior do que a soma das partes. Por isso, precisa ser também
prática transdisciplinar. 
Figura 3 - A educação como caminho da emancipação social. Fonte:
razorbeam, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Portanto, assim como o conhecimento encontra-se de maneira entrelaçada,
também entrelaçado está o significado do ser humano enquanto sujeito sócio-
histórico capaz de pensar e agir trabalhando em prol do desenvolvimento da
humanidade. Esse desenvolvimento está relacionado à representação do aluno,
conforme você estudará a seguir. 
3.2 Representação do aluno
No cotidiano escolar, os alunos também têm representação significativa. Mas
como se dá essa representação? De maneira mais evidente, ocorre na relação
afetiva entre professor-aluno. Sem dúvidas, em sala de aula, o afeto entre
professor-alunos e alunos-alunos tem um papel importante, pois é o elo para a
aquisição do conhecimento.
Perceber o que acontece nas escolas e sua relação com as representações dos
alunos é elementar para o processo de ensinar e aprender.
Figura 4 - A relação entre professor e aluno em sala de aula deve ser afetiva.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Nesse sentido, assim como a relação professor-aluno é importante para o
educador, é ainda mais importante para o estudante compreender seu papel na
sociedade. 
Em vídeo produzido pelo Grupo Editorial Record sobre o livro “A escola e os
desafios contemporâneos”, da professora Viviane Mosé, a autora relata os
principais desafios da escola na contemporaneidade, apontando ainda sobre a
escola que temos e a escola que queremos ter. A docente também aborda a
utilização das tecnologias por professores e alunos, além da necessidade de a
escola acompanhar as transformações da sociedade. Para assistir, acesse o
endereço: <https://www.youtube.com/watch?v=0lsJSsKbH7g
(https://www.youtube.com/watch?v=0lsJSsKbH7g)>. 
Dessa maneira, podemos dizer que a representação do aluno ocorre por meio
do afeto, pois esse sentimento oferece subsídios para compreender que a
aprendizagem só ocorrerá quando o estudante tiver consciência de que o
cotidiano da sala de aula é um fenômeno, e se articula com a sua jornada no
processo de aprendizagem.
3.2.1 A representação do aluno: vínculo afetivo
Conforme você estudou, a representação do aluno para o professor – e vice-
versa – em sala de aula se dá por meio da relação afetiva. E essa relação é que
possibilita, ou não, que o processo de ensino-aprendizagem avance de maneira
positiva. Assim, as representações sociais são conceituadas por Kupfer (2000,
p. 7): 
Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2018.
VOCÊ QUER VER?
https://www.youtube.com/watch?v=0lsJSsKbH7g
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[...] é a partir da análise dessa relação que se pode pensar no que faz um aluno
aprender. O que o faz acreditar no professor, permitindo que um ensino seja
eficaz. Pois, superando instituições escolares castradoras, coibitivas,
“achatadoras” de individualidades, surgem alunos pensantes, desejosos de saber,
capazes mesmo de produzir teorias.
Segundo Ornellas (2009), o conceito de representação social é compreendido a partir
dessa análise como um conhecimento do senso comum, que ocorre por meio das
relações afetivas entre os sujeitos e seu cotidiano. Ou seja, no caso do aluno, da sua
relação com o professor e a sala de aula durante o seu processo de escolarização.
Ornellas (2009) compreende que as representações sociais são aquelas presentes nas
relações da vida cotidiana, apesar de reconhecer que é difícil fazer a observação e
identificação delas, pois é algo complexo, já que o tempo em que as relações são
Figura 5 - Em sala de aula, a convivência do aluno com seus pares consolida
sua representação social. Fonte: Pressmaster, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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construídas nem sempre é o suficiente para que seja feita uma definição dessas
interações. Por isso, o tempo do aluno com o professor na escola é fundamental para
que sua representação enquanto estudante se torne perceptível.
Em sala de aula, a convivência com seus pares faz com que os alunos consolidem sua
representação social de modo a deixar sua marca, e essa será positiva ou negativa
dependendo do afeto disponibilizado na interação entre professor e aluno. Por isso,
as representações são estudadas no campo da psicanálise.
3.2.2 As representações a partir do olhar da psicanálise
Ao falarmos de aspectos afetivos entre professor e alunos, adentramos os
estudos da psicanálise – teoria formulada por Freud que estuda o
comportamento e os processos mentais (AULETE, 2018) – para compreender
as relações humanas e suas implicações no desenvolvimento dos sujeitos.
Assim, as representações dos alunos construídas em sala de aula podem
apontar para o exemplo de escola que queremos ter.
Kupfer (2005) afirma que o grande desejo de Freud era o de que a psicanálise
tivesse contribuição direta para a sociedade e, de forma mais especial, para a
educação. Segundo a autora, Freud observava os movimentos sociais e as
representações dos sujeitos para tentar compreendertodas as áreas do
conhecimento, e assim aos pouco conseguiu adentrar os muros da escola. 
Sigmund Schlomo Freud (1856-1939), médico neurologista, foi o criador da
psicanálise. Iniciou seus estudos a partir da utilização da hipnose no tratamento
de pacientes com histeria, motivação de seus estudos sobre o inconsciente.
Suas teorias e seus tratamentos foram controversos, e até hoje continuam a ser
muito debatidos. Sua teoria é de grande influência na psicologia atual e, além
do contínuo debate sobre sua aplicação no tratamento médico, também é
frequentemente discutida na educação e analisada como obra de literatura e
cultura geral (FERRARI, 2008). Para saber mais sobre Freud, acesse o artigo
VOCÊ O CONHECE?
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disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1912/sigmund-freud-o-
explorador-da-mente (https://novaescola.org.br/conteudo/1912/sigmund-freud-
o-explorador-da-mente)>. 
Contudo, apesar do espaço que a psicanálise tem hoje na educação, esta teoria
não traz fórmulas sobre o que fazer para que a aprendizagem aconteça, mas
ajuda a refletir como o comportamento do aluno e seus aspectos afetivos na
sua relação com o professor, e com a escola, dialogam com o seu sucesso ou
fracasso escolar.
Basicamente, a representação do aluno pode ser compreendida a partir de sua
relação afetiva com o professor, quase sempre identificada a partir do “bem-
estar” ou “mal-estar” vividos no cotidiano da sala de aula. De acordo com
Ornellas (2009), isso nos leva a refletir que:
A psicanálise fala que a relação transferencial pressupõe enamoramento, o que
permite dizer que a transferência coloca o amor como referência, a qual alimenta
a relação. (...) Em 1912, Freud distingue a transferência positiva, feita de ternura e
amor, da transferência negativa, feita de sentimentos hostis e agressivos
(ORNELLAS, 2009, p. 178-179). 
Portanto o bem-estar ou o mal-estar na escola pode ter diversas faces.
Segundo afirmam Outeiral e Cerezer (2003, p. 1 apud Ornellas, 2009, p. 177),
mais especificamente sobre o mal-estar na escola, esse “[...] tem diversas faces
para serem olhadas e pensadas: é como se olhássemos um cubo, que tem seis
faces, como sabemos, mas só podemos, de um determinado lugar, ver três
faces, é necessário que nos desloquemos para que vejamos todas as faces”.
Dessa forma, podemos concluir que as representações dos alunos podem ser
identificadas a partir de um olhar cuidadoso sobre sua relação de afeto com o
professor e com a escola, e que o professor possui um papel elementar na
contribuição para que essa relação seja favorável ao processo de
https://novaescola.org.br/conteudo/1912/sigmund-freud-o-explorador-da-mente
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desenvolvimento do aluno. Compreender que existe uma relação entre a
psicanálise e a educação é um bom caminho para identificar a representação
dos alunos enquanto sujeitos históricos e de direitos. 
3.2.3 A sala de aula como espaço de escuta da representação do
aluno
Se a psicanálise é um caminho para a compreensão da representatividade dos
alunos, a sala de aula é o consultório para se identificar esse processo.
Portanto, a sala de aula é um espaço de escuta das representações dos alunos
e do próprio ato educativo.
É na sala de aula que a escuta da interação professor-aluno é compreendida
como um instrumento da mediação entre os sujeitos e a disciplina do aluno
ganha centralidade na análise dessa interação. Ter domínio da disciplina do
aluno tornou-se um dos grandes desafios para o professor.
Na escola da atualidade, quando um professor adentra a sala de aula, depara-
se com a dificuldade de administrar a falta de atenção às aulas, o interesse
pelas atividades propostas, a dispersão, entre outros problemas. Esses
desalentos encontrados pelo professor provocam mal-estar no ambiente
escolar, exigindo, assim, uma escuta pedagógica atenta na expectativa de
superar essas dificuldades. É nesse momento de escuta pedagógica que a
representação do aluno é identificada com maior nitidez, podendo demonstrar o
quanto a relação afetiva entre ele e o professor interfere em seu
comportamento. Assim, o momento de escuta precisa ser um instrumento de
trabalho da escola:
Uma leitura que inclua o discurso social que circula em torno do educativo e do
escolar (...) estará produzindo uma inflexão na ação do psicanalista e o levará a
uma prática que não coincida mais com a clínica psicanalista “ortodoxa”, pois ele
terá de se movimentar o suficiente para ouvir pais e escola. Isso amplia o campo
de ação do psicanalista, que passa a incluir a instituição escola como lugar de
escuta (KUPFER, 2000, p. 34). 
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Nesse sentido, mais uma vez a psicanálise entra como um recurso para a
compreensão das representações sociais. Escutar é uma forma de dar sentido
ao mundo que cerca o aluno. Segundo Ornellas (2009, p. 188): “[...] a escuta da
fala do outro é, na verdade, um diálogo dentro de nós mesmos, com as muitas
falas que nos constituíram e nos constituem. Escutar e falar faz parte do
processo educativo, porém este binômio na escola parece ter pesos diferentes
entre os atores.”
A partir dos momentos de escuta em sala de aula, escola e professores podem
trabalhar para produzir mais e melhor a qualidade do ensino. A representação
do ensinar e aprender é um aspecto que também merece atenção no processo
escolar, conforme você estudará a seguir. 
3.3 Representação do ensinar e
aprender
Como podemos pensar em educação sem considerar as habilidades e
competências que se desenvolvem na relação entre professor e aluno? Você já
se perguntou como a educação pode interferir na transformação da sociedade?
Já tentou compreender o que o processo de ensinar e aprender pode
representar? 
Como futuro professor, é importante que você comece a observar
comportamentos que favoreçam uma prática reflexiva. Assim, vale a pena
assistir ao vídeo Reflexões sobre o processo de ensino-aprendizagem, no qual
o Doutor em Educação João Luiz Gasparin    apresenta aspectos da teoria do
conhecimento Materialismo Histórico-dialético. Assista ao vídeo e saiba como
VOCÊ QUER VER?
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ele poderá refletir na atuação docente, acessando o endereço:
<https://www.youtube.com/watch?v=d-DqNak7nU8
(https://www.youtube.com/watch?v=d-DqNak7nU8)>. 
Diante de uma educação plural, em que a diversidade encontra-se presente em
todos os seus campos e aspectos, pensar na representação do ensinar e do
aprender torna-se essencial para assegurar o processo de desenvolvimento dos
alunos.
A educação é um processo reflexivo que envolve alunos e professores numa
dinâmica em prol do conhecimento; assim, o aprender e o ensinar são a chave-
mestra da qualidade da educação. É importante que a escola oportunize a
professores e alunos refletirem sobre seus papéis e suas condições de
ensinantes e aprendizes. 
3.3.1 O ensino e a aprendizagem na escola contemporânea
Os avanços obtidos ao longo da história da educação permitiram que o
processo de aprendizagem se tornasse reflexivo. Mas não só isso; na atualidade
encontramos alunos, de diferentes níveis de ensino, familiarizados com as
novas tecnologias de maneira surpreendente, principalmente com as
tecnologias de comunicação – o que favorece muito a capacidade de produção
de cada sujeito diante das mais diversas situações do cotidiano.
Contudo, essa é uma realidade entre alunos, mas nem sempre os professores
detêm as mesmas habilidades e competências. Daí a necessidadede o
professor buscar formação e pesquisa constantes. 
https://www.youtube.com/watch?v=d-DqNak7nU8
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Assegurar a aprendizagem depende da capacidade que o ensinante tem de
interagir com os conhecimentos, de modo que a linguagem utilizada em sala de
aula esteja ao alcance de todos. É nesse contexto que as tecnologias são
fundamentais no favorecimento da aprendizagem dos alunos que já nascem
tendo acesso a elas.
Quando os recursos tecnológicos não são utilizados como mediadores do
processo de ensino-aprendizagem, o canal de comunicação entre professor e
alunos fica comprometido, pois o mundo que cerca os estudantes está repleto
de novas tecnologias e, portanto, fazem parte do seu dia a dia. Ensinar sem ter
condições de traçar relação com a vida cotidiana é comprometer a qualidade da
aprendizagem, além de causar dispersão, desinteresse e indisciplina na sala de
aula.
Figura 6 - No processo de ensino-aprendizagem, a linguagem utilizada pelo
professor deve ser compreendida por todos os alunos. Fonte: ESB
Professional, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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Para entender melhor, observe os exemplos descritos no caso a seguir. 
CASO
Um exemplo de estudo de caso são os programas
televisivos. Diariamente, os alunos estão expostos às
inúmeras programações da TV que, por sua vez, trazem
várias temáticas que poderiam ser aproveitadas em sala
de aula.
O telejornal em tempo real transmite todas as ações
políticas que implicam diretamente no direito dos
cidadãos. As novelas abordam temas complexos como a
diversidade de gênero, as crenças religiosas e as
diferentes culturas no mundo. E o estudante experimenta
tudo isso passivamente, sentado no sofá! Não dar vez,
nem voz ao que o aluno assiste todos os dias é ignorar
que ele já tenha algum conhecimento sobre esses
assuntos. Sem contar o fato de que muito do que é
passado na TV, principalmente nas novelas, pode ter
significativa proximidade com a vida do aluno fora dos
muros da escola.
O professor que consegue trazer para a sala de aula
exemplos que fazem parte do dia a dia da turma, que
tenta valorizar a vivência do estudante, terá menos
dificuldades de desenvolver o seu trabalho. Em
contrapartida, quando o aluno identifica-se com o assunto
trazido pelo professor de determinada disciplina, ou em
determinada aula, é possível notar que o interesse desse
aluno muda, pois para ele a aprendizagem passa a ter
significado.
Nesse sentido, a representação do ensinar e do aprender
pode ser identificada de maneira mais fácil a partir do uso
das tecnologias, quando o professor oportuniza
momentos de debates, seminários e pesquisas. Ao
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expressar sua opinião, o aluno demonstrará se aprendeu
ou não determinado conceito, o que não é tarefa fácil, mas
quando o conhecimento é aproximado da realidade de
vida do estudante, a aprendizagem passa a ter um
significado especial e motivador, além de melhorar a
relação com o professor. 
Portanto, trabalhar o ensinar e o aprender, em consonância com a tecnologia,
proporciona uma educação mais prazerosa. Com isso, aumenta a possibilidade
de garantir que a escola cumpra o seu papel social na formação do cidadão,
conforme você verá a seguir. 
3.3.2 O ensino e a aprendizagem na formação cidadã
A função da escola hoje está para além da transmissão de conhecimentos, pois
essa instituição é também responsável pela formação cidadã de todos na
sociedade. Dessa forma, a escola passa a ser vista dentro de uma totalidade
uma instituição que compreende o ser humano e suas relações desde o
nascimento.
Assim, cabe à escola preocupar-se com conceitos, valores e atitudes dos
educandos, uma vez que ela também é responsável pela formação e orientação
dos estudantes para viverem em sociedade. Desse modo, a gama de atribuições
da escola aumenta e, com ela, a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso
escolar, pois no caso do fracasso, poderá significar falha na execução de sua
função – o que refletirá incisivamente na sociedade.
Nesse sentido, a elaboração de um projeto de vida para os estudantes pode
motivar o sujeito a correr atrás de objetivos e lutar por eles. Um projeto de
ensino também deve ser realizado para que tanto alunos quanto professores
tenham claro um caminho a seguir, um norte que os desvie dos obstáculos
impostos no interior da escola e pela sociedade, como as questões que
envolvem as diferenças de raças, credos, gêneros e classes sociais. 
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O processo de ensino-aprendizagem é compreendido como algo que precisa
ser arquitetado para que não haja interferências na sua execução e para que ele
alcance todos os objetivos traçados. No entanto é um processo de mão dupla
que abraça tanto o professor quanto o aluno, de modo que ambos, em algum
momento, serão ensinantes e, em outro, serão aprendizes.
Hoje, o ensinar e o aprender são responsáveis pela construção de um mundo
melhor, em que professores e alunos, por meio do conhecimento, podem
transformar a realidade em que vivem a partir de uma prática cidadã, crítica e
reflexiva, tendo em vista sempre a emancipação social. 
3.3.3 Ensinar e aprender são atos dialógicos
Não há como pensarmos em educação, em aprendizagem, sem que haja
diálogo. O diálogo é o principal recurso do professor, pois nele há troca de
informações e conhecimentos que favorecem a autoaprendizagem, já que na
Figura 7 - A educação deve ser compreendida como formação para a
cidadania. Fonte: Monkey Business Images, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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educação contemporânea professores e alunos aprendem entre si.
Desse modo, ensinar é fazer com que os alunos estejam sempre
comprometidos com a dialogicidade, desenvolvendo estratégias de
aprendizagem. É possibilitar ao estudante uma análise mais profunda sobre o
papel da escola e o seu próprio papel. Assim, ensinar é o mesmo que orientar
os alunos de maneira que, a partir do diálogo, possam se apropriar dos
conhecimentos específicos de cada ano ou série escolar para que ocorra a
“interiorização do saber sistematizado, historicamente acumulado.” (LOPES,
1996, p. 111).
Ensinar é dar as condições básicas para que os alunos desenvolvam habilidades
que os façam capazes de dominar as diversas linguagens. É também ajudá-los
a desenvolver sua capacidade reflexiva, de maneira a buscar as soluções para
as angústias do dia a dia. Mais do que um diálogo, a aprendizagem é também
uma forma de colaboração entre professores e alunos propiciando aos
estudantes a ajuda mútua na investigação e análise dos dados. Assim, a relação
entre alunos também faz parte do processo de aprendizagem. 
Nesse sentido, da mesma forma que a interação entre professor e aluno, a
relação aluno-aluno e professor-professor se dá de forma colaborativa no
processo de aprendizagem, permitindo a constituição e trocas de experiências
tão importantes para o desenvolvimento pessoal.
Todavia, a formação inicial do professor precisa oferecer condições necessárias
para que o profissional atue como um colaborador e, também, se compreenda
como colaborativo, num processo dialógico da construção do saber. 
3.4 Transformação da escola
A relação entre educação e sociedade é caracterizada pelos paradigmas que
sustentam os modelos pedagógicos e as práticas de ensinoque, ao longo da
história da educação, foram se modificando mediante as necessidades da
sociedade. Você já parou para pensar por que a escola sofreu tantas
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modificações? Como os aspectos filosóficos podem ter influenciado nessas
tantas mudanças? Atualmente, a educação ainda é compreendida como
caminho para a transformação da sociedade?
Sabemos que muitas foram as mudanças na educação. Por exemplo, o aluno
deixou de ser um depósito de informações, e a educação passou a preocupar-
se com as relações afetivas e as interações dos alunos no meio em que vivem, e
com os professores.
Vamos agora aprender um pouco mais sobre a transformação da escola e sobre
o modo como os contextos filosóficos apontam para as carências em que vivem
as escolas e também para os caminhos que indicam a superação dos desafios
impostos pela sociedade contemporânea.
3.4.1 Paradigmas sociais e a educação
Partimos do pressuposto de que a educação é um fenômeno social que dialoga
diretamente com os contextos políticos, culturais, econômicos e científicos de
uma nação. Esse conceito nos leva a inferir que a educação é um processo em
constante transformação, que atravessa a história rompendo tempos e lugares
sempre na busca por um mundo menos desigual. 
O estudo das raízes históricas da educação contemporânea nos mostra a estreita
relação entre a mesma e a consciência que o homem tem de si mesmo,
consciência esta que se modifica de época para época, de lugar para lugar, de
acordo com um modelo ideal de homem e de sociedade (SAVIANI, 1991, p. 55). 
Fica evidente, a partir da consideração de Saviani (1991), que a educação
enquanto processo social se enquadra numa concepção de sociedade que varia
conforme os interesses de uma classe. Assim, o fenômeno educativo precisa ser
compreendido de maneira unificada e sólida, e não fragmentado da realidade,
interpondo-se entre os valores culturais, políticos e éticos que fazem parte da
vida humana. 
VOCÊ SABIA?
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A Escola Básica Integrada de Aves/São Tomé de Negrelos,
conhecida como Escola da Ponte, é uma instituição pública de
ensino, localizada em Vila das Aves e São Tomé de Negrelos, em
Santo Tirso, no distrito do Porto, em Portugal. No sistema
idealizado pelo educador José Pacheco “as crianças e os
adolescentes que lá estudam definem quais são suas áreas de
interesse e desenvolvem projetos de pesquisa, tanto em grupo
quanto individuais. O sistema tem se mostrado viável por pelo
menos dois motivos: primeiro, porque os educadores estão
abertos a mudanças; segundo, porque as famílias dos alunos
apóiam e defendem a escola idealizada por Pacheco”
(MARANGON, 2004, s. p.). Para saber mais, leia o artigo
disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/335/jose-
pacheco-e-a-escola-da-ponte
(https://novaescola.org.br/conteudo/335/jose-pacheco-e-a-
escola-da-ponte)>. 
Temos assim instalada uma crise paradigmática que precisa ser analisada
enquanto fenômeno cultural que se relaciona diretamente com a história.
  Podemos pensar que a construção da ciência moderna compreende a
educação como um modelo único de conhecimento, materializado a partir da
produção de novos saberes que podem ser cientificamente comprovados, razão
principal da crise. Desse modo, a perspectiva do conhecimento científico
dominante adquire maior rigor, colocando o modelo racionalista em profunda
crise. Todavia, “os sinais nos permitem tão só especular acerca do paradigma
que emergirá desse período revolucionário.” (SANTOS, 1996, p. 123). 
“Epistemologias do Sul”, livro organizado por Boaventura de Sousa Santos e
Maria Paula Meneses (2009), aborda o pensamento epistemológico do ocidente
sobre os padrões da hierarquização das culturas dominantes. Destaca a
VOCÊ QUER LER?
https://novaescola.org.br/conteudo/335/jose-pacheco-e-a-escola-da-ponte
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necessidade de resgatar o diálogo como uma possibilidade de saberes. Discute
as sobre cultura, intersubjetividades e relações  sociais no processo
epistemológico e, sua obra nos permite compreender as suas relações
e desdobramentos das transformações sociais. 
Portanto, as transformações da escola, tanto teórica quanto práticas,
desenvolvem-se a partir dos paradigmas dominantes de um determinado
período histórico, o que faz com que a educação aconteça, quase que
exclusivamente, como um instrumento reprodutor dos interesses políticos,
econômicos e culturais da sociedade demarcada por interesses da classe
dominante.
3.4.2 As transformações do mundo contemporâneo e a escola
As transformações políticas, sociais e culturais que ocorreram em todo o mundo
impactaram a escola e colocaram em pauta o seu papel na sociedade, já que hoje é
exigido um perfil de trabalhador mais flexível e empreendedor, que precisa estar
sempre atualizado para mostrar diversidade de competências. Nesse cenário, a
escola passa a ter a responsabilidade de formar esses sujeitos dinâmicos e plurais,
capazes de exercer sua cidadania de maneira autônoma, crítica e criativa. De forma
ampla, a sociedade contemporânea busca, nos diferentes processos educativos, a
reprodução das relações sociais, o que significa que a classe dominante busca na
escola a possibilidade de reprodução das necessidades impostas pela
industrialização e sua estrutura econômica. As mudanças e inovações tecnológicas
que impõem a divisão do trabalho, assim como a força de trabalho, fazem da escola
um espaço de formação humana que atenda a essas demandas. Mészáros (1981, p.
260), sobre as mudanças no mundo do trabalho e a educação, afirma que:
Além da reprodução, numa escala ampliada, das múltiplas habilidades se nas
quais a atividade produtiva não poderia ser realizada, o complexo sistema
educacional da sociedade é também responsável pela produção e reprodução da
estrutura de valores dentro da qual os indivíduos definem seus próprios objetivos
e fins específicos. As relações sociais de produção capitalistas não se perpetuam
automaticamente.
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Assim, a sociedade do conhecimento como é conhecida de todo o mundo, deixou de
lado o modelo pedagógico que valoriza o trabalho taylorista/fordista “fundadas na
divisão entre o pensamento e ação, na fragmentação de conteúdos e na
memorização, em que o livro didático era responsável pela qualidade do trabalho
escolar” (SANTOS, 2018, s. p.).
As transformações do mundo permitem que os sujeitos aprendam nos mais
diferentes espaços educativos – na TV, no computador, na rua, entre outros.
Desse modo, os espaços educativos foram ampliados; isso não significa que a
escola formal tenha chegado ao fim, mas um alerta que indica a necessidade
urgente de mudanças estruturais nessas escolas para atender às demandas da
contemporaneidade. De acordo com Frigotto (1999, p. 26): 
Na perspectiva das classes dominantes, historicamente, a educação dos
diferentes grupos sociais de trabalhadores deve dar-se a fim de habilitá-los
técnica, social e ideologicamente para o trabalho. Trata-se de subordinar a função
social da educação de forma controlada para responder às demandas do capital. 
A partir da citação deste autor, podemos afirmar que a educação é a instituição
na qual a sociedade molda seus participantes segundo seus interesses. Isso
revela, dentro do contexto educacional, que a diversidade e os sujeitos variam
segundo os diferentes contextos sociais aos quais pertencem e são
constituídos. 
Gaudêncio Frigotto (1984) escreveu o livro “A produtividade da escolaimprodutiva” sob uma postura metodológica que busca entender a educação no
interior da totalidade social, envolvendo, assim, uma análise articulada com
dimensões econômicas, políticas, filosóficas e socioculturais. Nesse sentido,
essa obra é fonte obrigatória para pesquisadores e professores da educação
VOCÊ QUER LER?
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(economia, filosofia, política, sociologia), das áreas de planejamento,
administração, orientação e supervisão da educação, como também para
profissionais que atuam nas ciências sociais.
Dessa maneira, é possível perceber que as transformações no mundo
contemporâneo também transformam a escola, bem como todo o processo de
escolarização e formação humana. 
3.4.3 A representação da escola na contemporaneidade
A escola representa uma solidificação de meios que servem como mecanismos
de participação da família nos diversos espaços educativos de socialização do
conhecimento e de informações, que ganham importância no Projeto Político
Pedagógico (PPP) da escola.
VOCÊ SABIA?
A participação dos professores na construção do Projeto Político
Pedagógico da escola está prevista na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional. Em seu Título IV – Da Organização da
Educação Nacional –, a lei define no artigo Art. 14 que os
sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática
do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme alguns princípios; e um deles está no
Inciso I, que é a garantia da participação dos profissionais da
educação na elaboração do projeto pedagógico da escola
(BRASIL, 1996). 
As transformações tecnológicas e a globalização fazem com que a docência
seja reconfigurada, adquirindo um caráter ideológico frente às necessidades do
mundo do trabalho. Dessa forma, a escola deve superar e romper com os
modelos tradicionais do ensino para fazer diferença e buscar soluções aos
novos desafios da sociedade. 
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No movimento de reconfiguração de trabalho e formação docente, outro aspecto
parece constituir objeto de consenso a possibilidade da presença das chamadas
“novas tecnologias” ou, mais precisamente, das tecnologias da informação e da
comunicação (TIC). Essa presença tem sido cada vez mais constante no discurso
pedagógico, compreendido tanto como o conjunto das práticas de linguagem
desenvolvidas nas situações concretas de ensino quanto as que visam a atingir
um nível de explicação para essas mesmas situações (SANTOS, 2018, s. p.). 
Assim, segundo Santos (2018), as tecnologias de informação e comunicação (TICs)
têm sido fundamentais na construção dos discursos atuais sobre o ensino. Todavia,
apesar de esse tema estar entre os mais discutidos pelos estudiosos da educação das
academias, a sua aplicação tem ganhado sentidos tão diferentes que acabam
desqualificando as leituras mais específicas, mostrando que não há um consenso
para a sua utilização no processo formativo.
Diante desse contexto de transformação, a instituição escolar tem como função não
só garantir o acesso e a permanência de jovens e crianças na escola, mas também
permitir que esses sujeitos tenham a possibilidade de suprir suas necessidades e
realizar seus desejos. Da mesma forma, deve prepará-los para lidar com as demandas
do mundo capitalista, industrializado e contemporâneo.
Por fim, a educação de qualidade é aquela que consegue oferecer aos alunos uma
formação plena que atenda a necessidade de uma formação profissional assim como
a formação propedêutica, social, política e cultural da sociedade.
Síntese
Você concluiu esta etapa da disciplina, que abordou a representação do aluno e
do professor no contexto social contemporâneo, mostrando como as relações
entre esses sujeitos podem interferir e determinar o processo de aprendizagem
e a função social da escola.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
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compreender a identidade do educador como um profissional do ensino, assim
como a sua representação no contexto social;
refletir sobre a representatividade do educador na perspectiva de uma
sociedade dinâmica e polivalente;
identificar a representação do aluno, tendo por base o vínculo afetivo;
entender que a representação social do aluno contribui positivamente no
cotidiano escolar;
perceber os benefícios que partem dos princípios de ensinar e aprender como
ícones estruturadores da prática educativa;
refletir sobre a transformação da escola no mundo contemporâneo;
conhecer as reais necessidades de transformação da escola que queremos.
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