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cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 1 SUMÁRIO PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL ......................................................................................................................... 2 PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA ou princípio da bagatela ............................................................................ 2 CONCEITO .................................................................................................................................................. 2 REQUISITOS OBJETIVOS ............................................................................................................................. 3 REQUISITOS SUBJETIVOS ........................................................................................................................... 3 TIPOS PENAIS ............................................................................................................................................. 4 https://www.cursoagoraeupasso.com.br/ cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 2 PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU PRINCÍPIO DA BAGATELA MUITO IMPORTANTE CONCEITO Trata-se de uma interpretação restritiva da lei penal, pois não basta a tipicidade formal (adequação da conduta ao tipo penal), mas efetiva lesão ao bem jurídico (tipicidade material). O princípio da insignificância tem natureza jurídica de causa de exclusão da tipicidade material. DÚVIDA: O princípio da insignificância pode ser aplicado pela autoridade policial? Para a jurisprudência e doutrina majoritária, a resposta é NÃO. Nesse sentido, para o STJ, somente o Poder Judiciário tem a competência para reconhecer o princípio da insignificância. DÚVIDA: O que é o princípio da insignificância imprópria? O princípio da insignificância imprópria ocorre quando a conduta praticada é, de fato, delituosa, contudo, em razão de circunstâncias do caso concreto, a pena se mostra desnecessária. SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” praticou um furto privilegiado. Logo em seguida, arrependido, devolve o bem à vítima. Durante o curso da ação penal, “A” demonstra comportamento ajustado e não volta a delinquir. Nesse exemplo, percebe-se que a conduta de “A” nasce relevante para o Direito Penal, contudo, diante das circunstâncias apresentadas, a reprimenda penal torna-se desnecessária. Rogério Sanches1 apresenta um interessante esquema para distinguir o princípio da insignificância própria e imprópria: 1 Cunha, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 2020, 8ª edição, pág. 100 https://www.cursoagoraeupasso.com.br/ cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 3 REQUISITOS OBJETIVOS De início, é importante esclarecer que o princípio da insignificância não possui previsão legal, ou seja, foi construído por meio da doutrina e da jurisprudência. Nesse sentido, coube ao STF definir os requisitos de aplicação do princípio da insignificância: OBS: É possível perceber que todos os requisitos são associados a adjetivos diminutivos. REQUISITOS SUBJETIVOS Além dos requisitos objetivos, a incidência do princípio da insignificância exige a análise das circunstâncias subjetivas do autor e vítima. Em relação ao autor, não é possível a aplicação do princípio da insignificância para o criminoso habitual, ou seja, para aquele que faz da prática de crimes seu meio de vida. DÚVIDA: É possível a aplicação do princípio da insignificância para o reincidente? PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA PRÓPRIA O fato já nasce irrelevante para o Direito Penal PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA IMPRÓPRIA Embora relevante o fato praticado, a pena, diante do caso concreto, não é necessária, deixando de ser aplciada pelo magistrado MÍNIMA ofensividade da conduta NENHUMA periculosidade social REDUZIDO grau de reprovabilidade do comportamento INEXPRESSIVIDADE da lesão jurídica provocada https://www.cursoagoraeupasso.com.br/ cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 4 A resposta é SIM. Segundo a jurisprudência do STF, é possível a aplicação do princípio da insignificância para o reincidente. Contudo, a regra é a não incidência do princípio da insignificância ao reincidente ou caso o agente já responda por outros inquéritos ou ações penais. Por outro lado, as circunstâncias subjetivas (pessoais) da vítima também devem ser levadas em consideração no que tange ao princípio da insignificância. Dessa forma, ainda que o bem seja de valor econômico irrelevante, não é possível aplicar o princípio da bagatela caso a lesão jurídica, do ponto de vista da vítima seja considerável. Por exemplo, um cão vira-latas, apesar de não apresentar valor econômico aferível, jamais será considerado insignificante para seu dono, razão pela qual não é possível aplicar o princípio da insignificância para o agente que furta o animal. TIPOS PENAIS Inicialmente, é importante recordar que, por não haver previsão legal, o princípio da insignificância é avaliado no caso concreto, ou seja, são as características do fato ocorrido que vão ensejar, ou não, sua incidência. Em suma, ainda que seja admitida a incidência do princípio da insignificância para determinado tipo penal, sempre será necessário analisar as circunstâncias do caso concreto. CRIMINOSO HABITUAL Não se aplica o princípio da insignificância REINCIDENTE Pode se aplicar o princípio da insignificância https://www.cursoagoraeupasso.com.br/
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