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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA FLORESTAL ALEX NASCIMENTO DE SOUSA CRESCIMENTO DE MUDAS DE MORINGA EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE LODO DE ESGOTO TRATADO COM CALCÁRIO Macaíba-RN 2019 Alex Nascimento de Sousa CRESCIMENTO DE MUDAS DE MORINGA EM DIFERENTES CONCENTRAÇÕES DE LODO DE ESGOTO TRATADO COM CALCÁRIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Engenheiro Florestal. Orientadora: Profa. Dra. Juliana Lorensi do Canto Macaíba-RN 2019 Sousa, Alex Nascimento de. Crescimento de mudas de moringa em diferentes concentrações de lodo de esgoto tratado com calcário / Alex Nascimento de Sousa. - 2019. 56 f.: il. Monografia (bacharelado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, Curso de graduação em Engenharia Florestal. Macaíba, RN, 2019. Orientadora: Profa. Dra. Juliana Lorensi do Canto. 1. Silvicultura - Monografia. 2. Produção de Mudas - Monografia. 3. Substrato - Monografia. 4. Biossólido - Monografia. I. Canto, Juliana Lorensi do. II. Título. RN/UF/BSPRH CDU 630 Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial Prof. Rodolfo Helinski - Escola Agrícola de Jundiaí - EAJ Elaborado por Elaine Paiva de Assunção Araújo - CRB-15/492 Aos meus familiares, Elieide, Gilberto, Lorena e Ester, por todo o amor, companheirismo e incentivo. Dedico! AGRADECIMENTOS A Deus, pelas bênçãos dadas no decorrer da graduação. A ele devo todo o agradecimento, principalmente por ter-me concedido a fé, o amor pelo que faço, a perseverança, a persistência, o amadurecimento e principalmente pelo dom da vida. Aos meus pais, Elieide e Gilberto, que nos momentos mais difíceis estiveram ao meu lado, dando-me conselhos sobre o verdadeiro significado da vida e que para o crescimento profissional e pessoal é preciso ir atrás dos sonhos. Vocês sempre serão essenciais na minha vida. Amo muito vocês! A minha irmã, Lorena, e o seu marido, Rayanderson, que estiveram ao meu lado nessa caminhada e por sinal trouxeram de presente a minha sobrinha, Ester, que me fez enxergar um alvo para o futuro e me trouxe um prazer maravilhoso que é ser tio. Vocês são mais que importantes na minha vida! A minha vó materna, Zurneide, e aos meus avós paternos, Maria e João, que graças a eles meus pais possuem o dom da vida. Agradeço o apoio, a confiança e o carinho repassado durante esses anos de graduação. A minha amiga, Débora, que foi um exemplo de ser humano durante a graduação. Agradeço de coração o carinho e apoio dado, você foi a essência para a produção desse trabalho, me ajudando nos momentos mais importantes, na implantação e resolução dos dados obtidos e por participar da comissão examinadora do TCC. Você sempre será muito importante. Muito obrigado minha amiga! Ao meu amigo, Vital, que me ajudou nos momentos em que por motivos profissionais e pessoais precisei me ausentar. Você foi muito essencial para o estabelecimento e a sobrevivência das minhas mudas, sem você não teria como irriga-las diariamente. Agradeço de coração! Ao meu amigo, Rodolpho, agradeço de coração a preocupação no desenvolvimento do meu experimento. Você foi essencial no tratamento do lodo e na irrigação das mudas. Muito obrigado pela paciência e pelo apoio dado, você é um ser humano exemplar, te admiro! A minha amiga, Marcela, agradeço o apoio dado, obrigado por ser exemplo, você também foi essencial na construção desse trabalho. Agradeço muito! Aos meus amigos, Pedro, Múcio, Arthur e Rocha, que nos momentos de desespero estiveram ao meu lado para me alegrar, e me ensinaram a enxergar que o importante dessa vida é sempre manter o foco em seus objetivos, momentos devem ser vividos e a felicidade é o principal remédio para seu crescimento profissional e pessoal. Aos meus amigos da turma de Engenharia Florestal 2014.1, agradeço de todo coração o apoio dado e o conhecimento compartilhado no decorrer da graduação. Vocês foram essenciais! A Profa. Dra. Juliana Lorensi do Canto, minha orientadora, pelo apoio e ajuda quando criei dúvidas sobre os assuntos abordados no trabalho. Obrigado por ter acreditado na minha capacidade em construir esse trabalho. A amizade e os conselhos dados carregarei para sempre! A todos os professores do curso de graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que participaram da minha construção profissional. Entre eles agradeço o Prof. Dr. José Augusto da Silva Santana por participar da minha banca e ao Prof. Dr. Malcon do Prado Costa por me auxiliar e aprimorar meu conhecimento em projetos científicos durante a graduação. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte, por ser exemplo de instituição pública a qual me orgulho ter feito parte. A Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias, pela estrutura técnica disponibilizada pelo campus. Obrigado pelo suporte na produção científica e formação acadêmica. Agradeço a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Universidade Federal do Rio Grande Norte, pela disponibilização do lodo de esgoto. Concluo meus agradecimentos a todos aqueles que de qualquer maneira contribuíram para a construção desse trabalho. Vocês foram essenciais, sem vocês não teria conseguido. “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.” Antoine de Saint-Exupéry RESUMO A produção de mudas é um aspecto importante quando se quer obter um produto de boa qualidade. Entre os procedimentos realizados para essa atividade, a escolha do substrato possui uma grande importância, pois define os parâmetros de qualidade das mudas produzidas. Dentre as alternativas, o lodo de esgoto pode ser utilizado como substrato, associando sua utilização com a produção de mudas de Moringa oleifera, espécie que atualmente vem sendo alvo de diversos estudos, devido a suas caraterísticas morfológicas e nutricionais. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento de mudas de Moringa oleifera em diferentes concentrações de lodo de esgoto tratado com calcário. As sementes foram coletadas na área experimental da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ). O lodo foi fornecido pela estação de tratamento de esgoto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O experimento foi conduzido em casa de vegetação na EAJ. O tratamento do lodo foi realizado em temperatura ambiente com calcário para sua higienização. O experimento compreendeu seis tratamentos: T0: 100% areia (controle); T20: 20% de biossólido + 80% de areia; T40: 40% de biossólido + 60% areia; T60: 60% de biossólido + 40% areia; T80: 80% de biossólido + 20% areia; T100: 100% de biossólido. Totalizando- se 32 unidades amostrais (repetições) para cada tratamento. Os dados foram analisados no programa Bioestat. De acordo com as análises realizadas, as mudas submetidas aos tratamentos T0, T80 e T100 tiveram crescimento em altura inferior às mudas dos outros tratamentos, onde os melhores resultados foram para o T20, T40 e T60. Não houve diferença estatística entre os valores médios de diâmetro do coleto das mudas nos tratamentos com a presença do lodo, havendo apenas diferença destas para as mudas submetidas ao tratamento controle (T0). As mudassubmetidas ao T60 apresentaram melhores resultados de crescimento em altura, relação H/D e número de folhas. Não houve diferença nas médias das variáveis PMSA, PMST e IQD, diferente do que ocorreu com a PMSR e a razão PMSA/PMSR, onde houve diferença estatística, se sobressaindo com maiores médias o T0 e o T60, respectivamente. Pode-se concluir que as concentrações de lodo que apresentaram melhores resultados foram de 40 e de 60%. Observou-se menor crescimento das mudas submetidas aos tratamentos controle (T0), T80 e T100. Portanto, o uso de lodo para a produção de mudas é uma alternativa tecnicamente viável. Palavras-chave: Silvicultura, Produção de Mudas, Substrato, Biossólido ABSTRACT The production of seedlings is an important aspect when you want to get a good quality product. Among the procedures performed for this activity, the choice of substrate is of great importance, since it defines the quality parameters of the seedlings produced. Among the alternatives, sewage sludge can be used as a substrate, associating its use with the production of Moringa oleifera seedlings, a species that has been the target of several studies due to its morphological and nutritional characteristics. Thus, the objective of this work was to evaluate the growth of Moringa oleifera seedlings in different concentrations of sewage sludge treated with limestone. The seeds were collected in the experimental area of the Agricultural School of Jundiaí (EAJ). The sludge was supplied by the sewage treatment plant of the Federal University of Rio Grande do Norte (UFRN). The experiment was conducted in a greenhouse at EAJ. The sludge treatment was carried out at room temperature with limestone for its sanitization. The experiment comprised six treatments: T0: 100% sand (control); T20: 20% biosolids + 80% sand; T40: 40% biosolid + 60% sand; T60: 60% biosolids + 40% sand; T80: 80% biosolid + 20% sand; T100: 100% biosolid. Totalizing 32 sample units (replicates) for each treatment. The data were analyzed in the Bioestat program. According to the analyzes, the seedlings submitted to the treatments T0, T80 and T100 had growth at a lower height than the seedlings of the other treatments, where the best results were for T20, T40 and T60. There was no statistically significant difference between the mean values of the seedling diameter of the treatments with the presence of the sludge, with only those differences for the seedlings submitted to the control treatment (T0). The seedlings submitted to T60 presented better growth results in height, H / D ratio and number of leaves. There was no difference in the means of the PMSA, PMST and IQD variables, different from the PMSR and the PMSA / PMSR ratio, where there was a statistically significant difference, with higher T0 and T60, respectively. It can be concluded that the concentrations of sludge that presented the best results were 40 and 60%. It was observed lower growth of the seedlings submitted to the control (T0), T80 and T100 treatments. Therefore, the use of sludge for the production of seedlings is a technically feasible alternative. Keywords: Silviculture, Seedling Production, Substrate, Biosolids LISTA DE FIGURAS Figura 1. Lodo tratado com calcário em estufa ... ..................................................... 25 Figura 2. Acondicionamento das bandejas de polietileno de acordo com os tratamentos utilizados... ............................................................................................ 26 Figura 3. Medição do diâmetro do coleto das mudas de Moringa oleífera realizado com paquímetro digital... .......................................................................................... .27 Figura 4. Crescimento em altura da espécie florestal Moringa oleífera de acordo com cada tratamento ao longo do tempo do experimento.......................................................................................................................30 Figura 5. Ataque de praga (lagarta) nas mudas de Moringa oleífera.........................33 Figura 6. Mudas de Moringa oleifera após as cinco semanas de experimento.........35 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Tratamentos utilizados no experimento de Moringa oleífera... ............... ...25 Tabela 2. Valores médios de crescimento em altura (cm) das mudas de Moringa oleífera submetidas a diferentes tratamentos com lodo de esgoto ao longo do tempo do experimento...........................................................................................................29 Tabela 3. Comparação das variáveis médias de altura (H), diâmetro do coleto (D), número de folhas na terceira semana e relação H/T das mudas de Moringa oleífera submetidas a diferentes tratamentos com lodo de esgoto.........................................................................................................................31 Tabela 4. Médias da massa de matéria seca da parte aérea (PMSA), raízes (PMSR) e total (PMST), relação PMSA/PMSR e índice de qualidade de Dickson (IQD) de mudas de Moringa oleífera Lam. após cinco semanas de crescimento................................................................................................................34 LISTA DE SIGLAS CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente EAJ – Escola Agrícola de Jundiaí ETE – Estação de Tratamento FCV – Fibra de Coco Verde IQD – Índice da Qualidade de Dickson MFPA – Massa Fresca da Parte Aérea MFR – Massa Fresca da Raiz MSPA – Massa Seca da Parte Aérea MSR – Massa Seca da Raiz PMSPA – Peso da Matéria Seca da Parte Aérea PMSR – Peso da Matéria Seca da Raiz UAECIA – Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias UFRN – Universidade Federal do Rio Grande do Norte UGL – Unidade para Gerenciamento do Lodo VMP – Volume Máximo Permitido SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 13 2. OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 2.1 Objetivo geral .................................................................................................. 15 2.2 Objetivos Específicos...................................................................................... 15 3. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................. 16 3.1 Moringa oleífera.................................................................................................16 3.2. Produção de mudas.........................................................................................18 3.3 Importância no uso de substratos para a produção de mudas.........................20 3.4 Lodo de esgoto como substrato........................................................................21 4. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 24 4.1 Localização ...................................................................................................... 24 4.2 Instalação e desenvolvimento do Experimento ................................................ 24 4.3 Coleta dos dados...............................................................................................26 4.4 Análise dos dados.............................................................................................27 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 29 6. CONCLUSÃO ..................................................................................................... 36 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..........................................................................38 ANEXO.......................................................................................................................48 13 1. INTRODUÇÃO A produção de mudas é um processo muito importante quando se quer obter um produto com boa qualidade, ou seja, plantas com boas características morfofisiológicas, e economia no processo. Para isso, é fundamental a escolha adequada dos insumos de produção, pois a qualidade das mudas está diretamente relacionada com o substrato, o recipiente, a temperatura ambiente, a irrigação, entre outros fatores (MEDEIROS, 1992). A escolha do substrato é considerada um dos fatores de grande importância na produção de mudas florestais e na qualidade das mudas produzidas. A função do substrato é permitir o crescimento radicular, dar sustentação à planta, fornecer nutrientes, proporcionar aeração e retenção de água e ainda deve ter boa capacidade de drenagem, ser isento de pragas e doenças, e não pode haver salinidade ou outra toxicidade (COSTA, 2003). Vários componentes podem ser utilizados como substrato, geralmente misturados com solo ou areia. Dentre as possibilidades, o lodo de esgoto é uma alternativa interessante. Siqueira et al. (2018), avaliando o uso do lodo de esgoto tratado na composição de substrato para a produção de mudas de Lafoensia glyptocarpa, verificaram que o componente é recomendado para a produção de mudas, uma vez que aumentou a qualidade das plantas produzidas. Santos et al. (2014) caracterizaram as propriedades químicas e as composições dos substratos formulados à base de lodo de esgoto em diferentes combinações com resíduos orgânicos e vermiculita para a produção de mudas florestais. Os autores verificaram que o lodo de esgoto proporcionou aumento da fertilidade dos substratos com aumento de teores nutricionais, sobretudo fósforo, nitrogênio e cálcio. No processo do tratamento de efluentes, o lodo que é descartado não possui nenhuma finalidade específica, sendo muitas vezes levado para aterros sanitários. Por este motivo, a realização de trabalhos que busquem encontrar destinação para esse material é importante e está ganhando cada vez mais destaque nesses últimos anos. Inclui-se, dentre as possibilidades, a produção de mudas agrícolas e florestais, que a partir do volume máximo permitido (VMP), de acordo com o CONAMA, de elementos tóxicos, vai permitir a sua utilização. Por ser um material rico em material orgânico, o resíduo de esgoto quando tratado é uma alternativa conservacionista para produzir mudas de alta qualidade que auxiliem na recuperação de áreas 14 degradadas, na arborização urbana, e plantio florestal, quando viável economicamente (RIGO et al., 2014). Pelas suas características morfológicas e nutricionais, a Moringa oleifera é umas das espécies florestais que está sendo alvo de muitos estudos relacionados ao manejo de produção de mudas. Rodrigues et al. (2016) verificaram a qualidade das mudas de moringa cultivando-as com fibra de coco verde e compostos orgânicos, focando o uso desses resíduos regionais, com o intuito de introduzir a prática em comunidades carentes. Os resultados do estudo indicaram que o uso da fibra de coco verde (FCV) não foi tão satisfatório quanto o de compostos orgânicos. Isso porque a FCV proporcionou sintomas de deficiência nutricional e restringiu o crescimento das mudas. A Moringa oleifera é uma espécie, originária da Índia, com característica de planta perene, pertencente à família Moringaceae, sendo bastante cultivada em regiões de clima tropical e subtropical. É encontrada em várias partes do mundo, onde foi introduzida na tentativa de trazer benefícios sociais e econômicos para muitas regiões. Na América pode ser encontrado no México, Peru, Paraguai, na região do Caribe e no Brasil. Suas características morfofisiológicas remetem a espécie grandes utilidades, destacando o uso na alimentação de animais, no medicinal devido à grande quantidade de nutrientes encontrado na planta, no melífero, no tratamento de água e na fabricação de cosméticos (BEZERRA et al., 2004; GONZÁLEZ, 2012). 15 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo geral Avaliar o crescimento de mudas de Moringa oleifera em diferentes concentrações de lodo de esgoto tratado com calcário. 2.2 Objetivos Específicos - Determinar e comparar o crescimento em altura; - Determinar e comparar a quantidade de folhas emitidas; - Determinar o diâmetro do coleto em cinco semanas após a semeadura; - Obter o Índice de Qualidade de Dickson; - Avaliar o comportamento da moringa em diferentes concentrações de lodo. 16 3. REFERENCIAL TEÓRICO 3.1 Moringa oleifera Pertencente à ordem Papaverales, a família Moringaceae conta com apenas um gênero, o Moringa. A Moringa oleifera Lam, dentro das 14 espécies, é a mais conhecida, é encontrada no nordeste da Índia e é amplamente distribuída em muitos países tropicais como o Egito, Ceilão, Filipinas, Tailândia, Malásia, Burma, Paquistão, Singapura, Jamaica e Nigéria. Possui um rápido crescimento, sendo uma planta rústica resistente às secas com frutos comestíveis (PIO CORRÊA, 1984 e DUKE, 1987). Por estar presente em lugares que possuem características semelhantes ao das regiões áridas do Brasil, essa espécie é bastante adequada ao nosso território, fato esse que justifica a presença da espécie no ano de 1950, onde relatos mostram que nesse ano a moringa foi introduzida no Brasil como planta ornamental, sendo mais encontrada na região Nordeste do país (SIGUEMOTO, 2013). A Moringa oleifera, de acordo com Jesus et al. (2013), pode ser cultivada em diversos tipos de solo, porém, apresenta limitação em seu crescimento naqueles onde possa existir alagamento, ou seja, solos com dificuldade em sua drenagem. A temperatura ambiente ótima para o crescimento da planta é em torno de 25-35ºC, podendo tolerar temperaturas momentâneas de até 48ºC (GAZA, 2007). A moringa se propaga por meio de mudas, sementes ou estacas e é considerada uma planta rústica por possuir um manejo simples (SILVA et al., 2011). Fatores como a posição da semente e o peso das sementes influenciam na germinação ou emergência da espécie, onde sementes com maior peso e posições adequadas no fruto possuem maior porcentagem e velocidade de germinação e geram plântulas mais vigorosas (OLIVEIRA et al., 2013). De acordo com Foidl et al. (2003) o fruto da moringa possui coloração castanha quando atinge a maturação. É simples, seco, do tipo cápsula loculicida, com três valvas, parecido com uma cápsula trilobulada e deiscente. As sementes ficam presas à placentas parientais ao longo de todo o seu comprimento. Sua deiscência faz com que os lados do fruto se fendem de forma longitudinal, fazendo as sementes se expor. Em média cada fruto possui 12 sementes (RAMOS et al., 17 2010), média essa parecida com a que foi encontrada por Dos Santos (2010), que afirmou que cada vagem pode obter entre 10 a 20 sementes. De acordo com Barroso et al. (1999) as sementes da moringa são anemocóricas, isso se relaciona com o fato delas possuírem em sua estrutura três asas ou alas. Possui uma estrutura globosa, de coloração castanho-médio e alas castanho-claras, apresentando em sua extremidade um hilo pequeno, linear, saliente com a mesma colocarão das alas (RAMOS et al., 2010). A raiz central da moringa é espessa, comprida, com uma coloração branco- amarelada e cilíndrica. A espécie possui uma germinação hipógea-criptocotiledonar, e se inicia 8 dias após o plantio. Aos 13 dias após a semeadura, é observado o aparecimento dos primeiros eófilos (o primeiro par de folhas com limbo), os quais se tornam totalmente expandidos no vigésimo dia, estando visíveis após o vigésimo dia a germinação das folhas secundárias(RAMOS et al., 2010). Os aspectos morfológicos da moringa a torna importante e objeto de análise para que muitos estudos para o desenvolvimento científico e tecnológico da espécie se aprimore e sua importância aumente para a sociedade (FERREIRA, 2008). Ferreira (2008) destaca que a espécie Moringa oleifera possui vários usos que marca a sua grande importância socioeconômica. Entre os usos, temos: como forrageira destacando suas folhas, os frutos e sementes; medicinal, com todas as partes da planta utilizadas; condimentar, destacando o uso das raízes; culinário, na alimentação humana; como cosmético, do óleo que é extraído das sementes; melífero, a partir das flores; e como combustível, com o uso da madeira e do óleo. As folhas de moringa são ricas em β-caroteno, proteínas, vitamina C, cálcio e potássio, sendo cozinhadas e consumidas, usadas para fazer sopa e salada. As flores, as folhas e sementes da moringa são consideradas fonte natural de antioxidantes, sendo oferecido como pó das vagens, o óleo das sementes, folhas em pó, pó do fruto, bolo de moringa em pó e muito mais. Por estes motivos o plantio da espécie está sendo frequente em muitas regiões brasileiras, com a finalidade de fazer difundir o uso da árvore de maneira correta (ALMEIDA, 2018). A região Nordeste do Brasil possui muitas espécies nativas que são anuais e de ciclo curto, fazendo com que exista uma limitação na escolha de espécies que 18 ajudem na alimentação dos animais que ali estão presente, e não ocasionar a redução nos rebanhos, que já é bastante afetada por outro fator, que é a falta de água na região. Com essa problemática a utilização de espécies exóticas é uma realidade a qual vem sendo frequente no bioma Caatinga, de forma geral, e uma das espécies que está com grande vigor, devido às suas características nutricionais, é a moringa (JUNIOR et al., 2009). Outra finalidade da espécie moringa é no uso para o melhoramento da qualidade de água. Amaral et al. (2006) observaram que a eliminação de mais de 80% de Escherichia coli, em amostras de água turvas e contaminadas, foi obtida pelo efeito do extrato da semente de moringa na sedimentação dos sólidos em suspensão Ferreira et al. (2008) destacaram que na região nordeste do Brasil a semente vem sendo bastante utilizada para o tratamento de água para consumo humano, resultado esse muito positivo devido à seca que possui na região. Na tentativa de encontrar métodos de controle de pragas por meio da utilização de inseticidas vegetais, o avanço nos estudos da extração de extratos etanólicos está sendo frequente. A moringa, de acordo com Mateus et al. (2017), apresentou bons resultados no controle de pragas, uma vez que o extrato das sementes da espécie controlou o Sitophilus zeamais, uma importante praga, especialmente do ponto de vista econômico, na cultura e no armazenamento do milho. 3.2 Produção de mudas O plantio de mudas arbóreas nativas é o método mais utilizado para a recuperação de áreas desmatadas e no reflorestamento em longo prazo. Isso se dá não apenas pela escolha das espécies que serão estabelecidas na área, mas também na qualidade das mudas produzidas (TÉO et al., 2014). De acordo com Trazzi et al. (2014) muitos esforços estão sendo realizados para aprimorar a qualidade e reduzir os custos na produção de mudas, isso se dá com o uso de materiais renováveis, que possui grande fonte de nutrientes, ser solução para o destino de resíduos descartados e ser saída para reduzir os altos custos de insumos para produzir mudas florestais. Na produção de mudas alguns fatores são primordiais para que se tenha uma alta qualidade nas plântulas que se desenvolverão e na economia da produção. 19 Entre esses fatores, se destacam: a escolha do substrato que ajudará na distribuição de material orgânico e na retenção de água para o desenvolvimento das mudas; o tamanho do recipiente em que as mudas irão se estabelecer de acordo com seus aspectos morfológicos; a temperatura do ambiente em que elas estão estabelecidas; a irrigação periódica para que não ocorra problemas no crescimento e mortandade dos indivíduos; a seleção, beneficiamento e quebra de dormência das sementes que se pretende trabalhar (MENDONÇA et al., 2014; TRAZZI et al., 2011; CAVALCANTI et al., 2019). Alguns trabalhos foram realizados para verificar a intervenção desses fatores na qualidade das mudas. Storck et al. (2016) avaliaram a qualidade das mudas do híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis em diferentes idades em viveiro e produzidas em diferentes volumes de tubetes, tendo como melhor resultado as mudas que foram produzidas em tubetes de 55 cm, que podem permanecer em viveiro pelo período de até 90 dias. Corroborando com estudos de produção de mudas Uliana et al. (2014), que avaliaram a viabilidade técnica do uso de substratos à base de bagaço de cana decomposto e em função da frequência de fertirrigação na produção de mudas de Anadenanthera macrocarpa e tiveram como resultado o melhor desempenho no substrato pela mistura de bagaço de cana decomposto com húmus. Guedes et al. (2010) afirmaram que o substrato é um elemento que promove grande influência na formação inicial das plântulas, isso devido a sua estrutura, a aeração, sua capacidade de reter água e definição da infestação de patógenos, entre muitos outros aspectos que podem aprimorar ou acometer na germinação das sementes que se pretende trabalhar. 3.3 Importância da escolha do substrato para a produção de mudas A escolha de um bom substrato para a produção de mudas é um aspecto muito importante quando se quer obter mudas com boa qualidade. A qualidade física do substrato é um desses critérios com importância, pelo fato de ser utilizado num estádio de desenvolvimento em que a planta é muito suscetível ao ataque de microrganismos e pouco tolerante ao déficit hídrico. As características físicas e químicas que o substrato deve reunir são: a retenção de umidade e disponibilidade de nutrientes, de modo a atender às necessidades da planta (CUNHA et al., 2006; 20 GOMES et al., 2013). Filgueira (2008) afirma que o substrato deve possuir boa textura, aeração, drenagem, e capacidade regular para reter água disponível para as plantas e, assim, facilitar o crescimento. A escolha do substrato se torna importante porque o mesmo pode ou não possuir boas qualidades e preço acessível para que facilite no orçamento quando se quer alcançar economia na produção. O que onera essa atividade é justamente o alto preço que as empresas de substrato atribuem a seus materiais, que possuem alta qualidade, mas é inviável quando se quer produzir em grande escala (BOLDT, 2014). Com essa justificativa, alguns produtores preferem produzir o seu próprio substrato, de acordo com a disponibilidade de materiais que eles possuem. Santos (2015) afirma que essa acessibilidade aos materiais disponíveis é muito importante e deve ser levado em consideração, principalmente, ao que a região oferece. Caldeira et al. (2008) e Abreu et al. (2018) avaliaram a boa formação de Schinus terebinthifolius Raddi. em composto orgânico, biossólido e substrato comercial, respectivamente. Ficou evidente que a quantidade e a distinção na escolha do substrato que se pretende utilizar geram resultados diferentes do esperado, mas que se torna promissor, quando substratos mais rentáveis se destacam, trazendo uma economia quando se pensa em produção de grande escala. Um aspecto importante quando se pensa em crescimento de mudas florestais, é a atividade que será realizada após a sua estabilidade, respondendo seu comportamento em campo. Concernente à Vendruscolo et al. (2018) o aprimoramento do substrato na produção de mudas de Guazuma ulmifolia fez com que os aspectos morfofisiológicos, como o incremento da área foliar total, o número de folhas, altura e massaseca de parte aérea respondessem ao esperado de acordo com o incremente da quantidade correta de tiamina, após o transplantio das mudas. Demonstrando que o substrato, seja ele aperfeiçoado ou não, é importante para o resultado que se espera após o estabelecimento das mudas a campo. 21 3.4 Lodo de esgoto como substrato Os problemas ambientais relacionados aos grandes centros urbanos e industriais vêm sendo foco de discussões no mundo todo. Percebe-se que os danos ambientais causados pelas atividades antrópicas estão se tornando críticos e irreversíveis, com influências significativas no modo de vida e de produção das populações, trazendo aplicações de alternativas que causem menores riscos e impactos ambientais, focando no uso correto de recursos e reaproveitamento de materiais (FARIA et al., 2013). O uso do lodo de esgoto como fertilizante na produção de mudas é uma realidade que vem ganhando espaço no cenário agrícola do Brasil. A geração do lodo nas estações de tratamento de efluentes (ETE) é uma prioridade nacional e estadual devido ao grande volume de produção e a necessidade de classificar e desenvolver critérios para sua disposição, para que seja atendida a resolução do CONAMA 375/2006 (MMA, 2006). Além do Brasil, essa prática vem sendo utilizada em diversos países, sendo atrativa em muitos aspectos, destacando como principal o fornecimento de matéria orgânica e nutriente ao solo (FOGOLARI et al., 2016). A Resolução nº 375/2006 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) classifica em duas categorias o lodo, de acordo com as concentrações máximas de agentes patogênicos permitidos. O lodo Classe B permite a concentração de coliformes e ovos de helmintos maiores, se considerado, o lodo de Classe A. Sendo importante essa classificação quando se destaca a destinação do uso de cada lodo, já que pode ser utilizado na produção de mudas florestais e agrícolas. Os processos de tratamento de esgotos podem ser classificados como físicos, químicos e biológicos, que não atuam de forma isolada. Os processos físicos se aliam à remoção de substâncias fisicamente separáveis dos líquidos, como remoção de sólidos grosseiros, sedimentáveis e flutuantes. Processos químicos são os que têm adição de produtos químicos, sendo indicado somente quando os processos físicos e biológicos não atuam eficientemente. Os processos biológicos são os que dependem da ação de microrganismos presentes no próprio esgoto, onde através da alimentação ocorrem transformações do meio complexo para simples. Os principais processos biológicos estão na oxidação e digestão. Estes processos de tratamento 22 dos esgotos sob fase líquida geram subprodutos que são sólidos grosseiros, areia, escuma e lodo (JORDÃO e PESSOA, 2005). De acordo com Costa (2009), o lodo de ETE contém nitrogênio e fósforo (macronutrientes), como ferro, cobre, zinco e manganês (micronutrientes), tornando o lodo um material rico. A adubação nitrogenada é um procedimento de alto custo, sendo esse o principal motivo para que produtores agrícolas foquem em alternativas mais viáveis economicamente. É imprescindível o uso de material que possui mais facilidade de obtenção na região, tendo como vista o reuso desses materiais que por muitas vezes não possuem uma destinação final de qualidade, como exemplo o lodo de esgoto (DUARTE, 2006). De acordo com Gomes et al. (2013), o lodo de esgoto possui um caráter orgânico, sendo semissólido e com teores de componentes inorgânicos variáveis, sendo na sua grande maioria destinados à incineração e disposição em aterros sanitários. No uso agrícola o lodo pode ter finalidades na forma de substrato e\ou fertilizante, produção de bio-óleo, fabricação de tijolos e cerâmicas, e na produção de concreto (BURGER et al., 2008). De acordo com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Paraná (PARANÁ, 2009) o uso do lodo do esgoto na agricultura é uma realidade atual nesse estado, sendo prioridade para a prática da atividade e documentada por meio de resolução. Diferente do que ocorre em muitos estados do Brasil, a resolução desse estado decreta uma unidade para o gerenciamento do lodo (UGL), sendo ou não vinculada a uma ETE, que realiza o gerenciamento do lodo gerado por uma ou mais ETE’s, para fins de reciclagem agrícola, sendo um paradigma para as outras regiões do país (BITTENCOURT et al., 2017). A exemplo do uso do lodo de esgoto como substrato, há um trabalho realizado por Caldeira et al. (2018) onde os autores utilizaram proporções distintas do resíduo sólido para a produção de mudas de Aegiphila sellowiana Cham., o qual recomendaram a utilização do lodo, já que este proporcinou maior crescimento das mudas. Ao avaliar o uso dos substratos dos resíduos da agroindústria do palmito e lodo de esgoto compostados na produção de mudas de Eucalyptus urograndis, Silva et al. (2018), concluíram que o uso do lodo de esgoto e casca de pupunha possuem 23 viabilidade, como substrato, na produção de mudas, demonstrando desempenhos iguais ou superiores ao substrato comercial, o que confirma que a utilização desses materiais é mais viável economicamente. Concernente à Marques et al. (2018) o uso de lodo de esgoto como substrato pode ser uma alternativa viável para sua disposição final e constitui um instrumento na produção de mudas para arborização urbana e recuperação de áreas degradadas em grandes e pequenas cidades, visando controlar a erosão, à contenção de encostas, à arborização em rodovias e vias públicas, na alimentação humana e animal e uso medicinal e, ainda em áreas destinadas a refúgios para atrair animais silvestres. Portanto, a partir desses fatores, mais pesquisas devem ser realizadas para que se encontre qual o comportamento de diferentes espécies nativas e exóticas de acordo com a concentração de lodo disponível (OLIVEIRA et al., 2016). 24 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1 Localização O experimento foi conduzido em casa de vegetação da Unidade Acadêmica Especializada em Ciências Agrárias (UAECIA), Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), localizada no município de Macaíba-RN. O clima local é uma transição entre os tipos As e BSw caracterizado como tropical chuvoso, de acordo com Köppen a temperatura média anual é de 27,1ºC, a umidade relativa anual é de 76% e a precipitação pluviométrica varia entre 863,7 e 1.070,7 mm (IDEMA, 2013). 4.2 Instalação e desenvolvimento do Experimento O experimento foi instalado ente os meses de novembro de 2018 e abril de 2019. As sementes de Moringa oleifera utilizadas foram coletadas em um plantio experimental na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), sendo selecionadas, de acordo com características morfológicas, as melhores para serem utilizadas no experimento. O lodo de esgoto foi adquirido da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que possui etapa preliminar e secundária para que seja originado o material orgânico final. Dentro das etapas incluem-se: a remoção dos sólidos grosseiros e de areia para não danificar os conjuntos motor-bomba, como também controlar a vazão afluente. No processo o efluente passa pela grade, as caixas de areia e a calha Parshal (tratamento preliminar); após esse tratamento ocorre a remoção da matéria orgânica e dos sólidos em suspensão, sendo composta pelas unidades: valo de oxidação (ocorre a oxidação biológica da matéria orgânica), decantador secundário (carreação dos sólidos decantáveis (lodo) para o fundo pela ação da gravidade) e leito de secagem (acumulação do lodo no filtro para que ocorra a sua secagem). A análise química do lodo de esgoto foi realizada pela empresa Bioagri para a caracterização química e física do material (Anexo). O materialfoi levado para a Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ), onde foi tratado, passando três meses em uma estufa com temperatura ambiente de 45ºC, 25 aproximadamente. No segundo mês, foi adicionado ao material composto de calcário para a higienização e eliminação dos ovos de helmintos, que poderia comprometer o desenvolvimento das mudas no decorrer do experimento (Figura 1). Figura 1. Lodo tratado com calcário em estufa. Após o tratamento do lodo, o substrato biossólido foi preparado de acordo com os tratamentos experimentais: T0: 100% areia (controle); T20: 20% de biossólido + 80% de areia; T40: 40% de biossólido + 60% areia; T60: 60% de biossólido + 40% areia; T80: 80% de biossólido + 20% areia; T100: 100% de biossólido (Tabela 1). 26 Tabela 1 – Tratamentos utilizados no experimento de Moringa oleifera. Tratamentos Areia (%) Lodo de esgoto (%) T0 100 - T20 80 20 T40 60 40 T60 40 60 T80 20 80 T100 - 100 Os recipientes utilizados foram bandejas de polietileno com 32 células cada (Figura 2). Para cada tratamento foram atribuídas 32 unidades amostrais (indivíduos) constituindo as repetições do experimento. Figura 2. Acondicionamento das bandejas de polietileno de acordo com os tratamentos utilizados. 27 O experimento permaneceu na casa de vegetação durante cinco semanas, sendo esse o tempo necessário para que as mudas estivessem adaptadas ao campo. A irrigação do experimento foi realizada diariamente, não havendo variação entre os tratamentos. 4.3 Coleta dos dados A coleta de dados foi realizada semanalmente para as variáveis: altura total e quantidade de folhas. O diâmetro do coleto foi obtido somente quando as mudas completaram cinco semanas (Figura 3). Posteriormente foi obtida a massa fresca da parte aérea (MFPA); a massa fresca da raiz (MFR); a massa seca da parte aérea (MSPA); e a massa seca da raiz (MSR). Figura 3. Medição do diâmetro do coleto das mudas de Moringa oleifera realizado com paquímetro digital. A altura total foi obtida com régua milimétrica, o diâmetro do coleto com um paquímetro digital, a quantidade de folhas foi contabilizada visualmente e as variáveis de massa fresca e massa seca foram pesadas em balança analítica digital. 28 O Índice da Qualidade de Dickson (IQD) (DICKSON et al., 1960) foi determinado em função da altura da parte aérea (H), do diâmetro do coleto (DC), do peso de matéria seca da parte aérea (PMSPA) e do peso de matéria seca das raízes (PMSR) e do peso da massa seca total (PMST), que é a soma dos pesos citados. Foi calculado a partir da seguinte expressão: IQD= PMST (g) H(cm) /DC (mm)+PMSPA(g) /PMSR (g) Dos 32 indivíduos avaliados em cada tratamento, quatro foram selecionados aleatoriamente, por meio do software Excel, para que fossem coletadas as variáveis para o IQD. 4.4 Análise dos dados Os dados foram tabulados no software Excel e analisados estatisticamente pelo Bioestat (AYRES, 2007). Foi realizado o teste de normalidade de Lillifoers e o teste de Kruskal-Wallis, respectivamente, o teste de Dunn para comparação múltipla de médias. Na análise do crescimento foi elaborado um gráfico por meio do Excel para ilustrar o crescimento de cada tratamento ao longo do tempo de experimento. 29 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO As mudas submetidas aos tratamentos T0, T80 e T100 tiveram crescimento em altura inferior àquelas submetidas aos outros tratamentos. No tratamento T0, sem a presença de lodo de esgoto (LE), possivelmente a falta de nutrientes inibiu o crescimento em altura das mudas, diferindo dos demais tratamentos. Os tratamentos T80 e T100 apresentaram em relação aos demais tratamentos, menores médias de altura. (Tabela 2). Tabela 2. Valores médios de crescimento em altura (cm) das mudas de Moringa oleifera submetidas a diferentes tratamentos com lodo de esgoto ao longo do tempo do experimento. Tratamentos Concentrações de lodo de esgoto (%) Semanas 1 2 3 4 5 T0 0 12,19 a 17,69 b 19,47 b 19,26 c 19,14 c T20 20 12,69 a 22,20 a 27,85 a 31,75 a 35,10 a T40 40 13,24 a 23,64 a 31,04 a 34,70 a 38,05 a T60 60 11,48 a 20,95 a 27,42 a 33,39 a 38,44 a T80 80 10,91 b 16,90 b 21,81 b 28,68 b 30,84 b T100 100 10,28 c 15,94 b 20,63 b 29,06 a 34,13 a Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Dunn. Os Valores encontrados neste trabalho são parecidos com os resultados de Gomes (2013), que obteve menores valores de crescimento nos tratamentos com 20 e 90% de lodo para a produção de mudas de Tectona grandis. O autor destaca também que as mudas dos demais tratamentos, por possuírem a presença de nutrientes indispensáveis para seu crescimento, como o nitrogênio (N) e o fósforo (P), apresentaram melhores resultados com relação à testemunha. O crescimento das mudas está relacionado com a disponibilidade de nutrientes, como o P, Ca, Mg, K e o pH, que em quantidades adequadas irá afetar de forma positiva o crescimento das mudas. Desta maneira, a falta do lodo, ou a grande concentração dele, pode resultar no menor crescimento das mudas. As mudas submetidas aos tratamentos T20, T40 e T60 apresentaram melhores resultados. Entretanto, não houve diferença estatística entre as médias de altura das mudas nesses tratamentos, no decorrer das cinco semanas analisadas. Porém, o tratamento que apresentou melhor média em altura foi o T60 (38,4 cm na 30 quinta semana), sendo essa concentração indicada para a produção de mudas de Moringa oleifera. Em outro trabalho, Maas (2010) verificou que as melhores médias de crescimento na produção de mudas de Enterolobium contortisiliquum em diferentes concentrações de biossólido com substrato comercial foram referentes aos tratamentos com 45% de biossólido mais 55% de substrato comercial e com 60% de biossólido mais 40% de substrato comercial, concluindo que o uso desse material favoreceu o crescimento das plantas. Resultados parecidos foram encontrados por Trigueiro (2003), quando avaliou a eficiência do biossólido como componente de substratos na produção de mudas de Eucalyptus grandis, recomendando uma proporção de 40 a 50% de lodo misturado com casca de arroz carbonizada, sendo que os resultados da mistura foram estatisticamente semelhantes ao do substrato comercial, gerando economia de fertilizantes e benefício ambiental. Resultados contrários foram encontrados por Siqueira et al. (2018), que ao avaliarem o lodo de esgoto tratado na composição de substrato para produzir mudas de Lafoensia glyptocarpa, recomendaram o uso de 25 e 100% de lodo de esgoto com substrato comercial, sendo essas as melhores concentrações que influenciaram positivamente na qualidade das mudas produzidas. De acordo com a Figura 4, é possível verificar que o T60 é o tratamento com melhor desempenho em altura, seguido pelos tratamentos T40 e T20. Desta maneira pode-se confirmar que essas três concentrações (60, 40 e 20%) em associação com areia são mais indicadas para a produção de mudas de moringa. 31 Figura 4. Crescimento em altura da espécie florestal Moringa oleifera de acordo com cada tratamento ao longo do tempo do experimento. O tratamento T0 não apresentou crescimento satisfatório, isso pode ter ocorrido devido à falta de nutrientes na areia. E os tratamentos T80 e T100, com maior quantidade de lodo, foram prejudiciais ao crescimento das mudas, uma vez que apresentaram médias inferiores aos tratamentos com quantidades inferiores de lodo. O que pode explicar esses resultados é a lei de Liebig (lei do mínimo), segundo o qual o crescimento das plantas depende do recurso mais escasso (fator limitante) e não pela quantidade total de recursos disponíveis (NODARI, 2015). O nitrogênio (N) e fósforo (P) são nutrientes altamente requeridos nos estádiosiniciais de desenvolvimento das mudas e sua falta gera décifit para o crescimento. O nitrogênio é necessário para a síntese da clorofila e, como parte da molécula da clorofila, está envolvido na fotossíntese, e o lodo apresenta um teor médio de N, sendo o mais valioso constituinte do lodo de esgoto para seu uso na produção de mudas (SANEPAR, 1997). Trigueiro (2003), avaliando a produção de mudas de Eucalyptus grandis, confirma que doses iguais ou superiores a 70% de biossólidos na composição do substrato também foram prejudiciais ao desenvolvimento das mudas, confirmando que existe um limite para a sua utilização. Em relação à variável diâmetro do coleto (Tabela 3), as mudas submetidas ao tratamento controle (T0) apresentaram médias inferiores às mudas submetidas aos tratamentos com lodo. Portanto, o T0 diferenciou-se estatisticamente dos demais 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 0 1 2 3 4 5 6 A lt u ra ( c m ) Semanas T0 T80 T100 T20 T60 T40 32 tratamentos. Os tratamentos T20, T40, T60 e T100 apresentaram maiores médias, mas não houve diferença estatística entre eles. Tabela 3. Comparação das variáveis médias de altura (H), diâmetro do coleto (D), número de folhas na terceira semana e relação H/T das mudas de Moringa oleifera submetidas a diferentes tratamentos com lodo de esgoto. Concentrações (%) Altura (cm) Diâmetro (mm) Nº de folhas H/D T0 19,14 c 2,30 b 5,47 b 8,42 a T20 35,10 a 4,08 a 6,81 a 7,42 a T40 38,05 a 4,16 a 6,63 a 8,39 a T60 38,44 a 4,05 a 7,41 a 8,37 a T80 30,84 b 3,90 a 7,13 a 7,94 a T100 34,13 a 4,14 a 7,28 a 7,42 a Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Dunn. De acordo com Gonçalves et al. (2002) o diâmetro do coleto adequado para mudas de espécies florestais consideradas de qualidade está entre 5 e 10 mm. No presente trabalho, nenhum dos tratamentos alcançou o valor mínimo do diâmetro citado pelos autores. Carneiro (1995) informa que o diâmetro do coleto é uma variável que indica a capacidade de sobrevivência das mudas quando forem a campo. Contudo, é importante associar o diâmetro do coleto com outras variáveis para garantir maior sobrevivência das mudas em campo. Abreu et al. (2018) quando compararam o crescimento de mudas de Schinus terebinthifolia, no primeiro ano, produzidas com biossólido e com substrato comercial, sob doses de monoamônio fosfato em adubação de cobertura, verificaram que o biossólido favoreceu o crescimento das mudas em altura e em diâmetro do coleto em todo ciclo de produção. Não houve diferença estatística entre as médias para a relação altura/diâmetro (Tabela 3). Apesar disso, a maior média foi verificada no tratamento T60. A relação altura/diâmetro do coleto pode ser utilizada para avaliar a qualidade das mudas florestais, além de incidir o acúmulo de reservas, testifica maior resistência e melhor fixação no solo. As mudas com diâmetro do coleto menor em relação àquelas com maior diâmetro do coleto apresentam dificuldades para 33 manterem-se eretas após o plantio em campo e o tombamento pode resultar em morte ou deformações, que comprometem o valor silvicultural da planta (ARTHUR et al., 2007). Caione et al. (2012) analisaram que o crescimento vegetativo das mudas de Schizolobium amazonicum foi influenciado pela maior quantidade de nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), o que é explicado pela necessidade da planta de acordo com a função de cada nutriente. Como o lodo possui muitos nutrientes, como o N, P e K, pode-se afirmar que 60% de lodo misturado em areia é a concentração que corresponde as necessidades da planta. Para a análise do número de folhas foi levado em consideração os dados obtidos até a terceira semana de avaliação. A partir desse momento houve um ataque de pragas no experimento (Figura 5), que afetou os resultados posteriores. As maiores médias de número de folhas corresponderam aos tratamentos T60, T80 e T100. O tratamento com menor média de folhas foi o T0, diferindo estatisticamente dos demais tratamentos com lodo (Tabela 3). Lucena et al. (2007), com relação ao substrato, observaram que solo mais composto orgânico e solo mais lodo proporcionam maior número de folhas, podendo isto ser explicado pelo alto teor de matéria orgânica contido nestes substratos. Os resultados encontrados neste trabalho corroboram com os autores. 34 Figura 5. Ataque de praga (lagarta) nas mudas de Moringa oleifera. Quanto aos resultados de PMSA, PMST e IQD, não houve diferença entre as médias dos tratamentos (Tabela 4). Contudo, observou-se diferença para os valores de PMSR e para a razão PMSA/PMSR.O tratamento controle apresentou melhores resultados de PMRS, sendo justificado pela maior porosidade da areia, que favoreceu o crescimento radicular. Zorzeto et al. (2014) afirmaram que a depender do substrato utilizado, a macro e microporosidade influenciam na retenção de água e de ar, fatores que são importantes para o crescimento radicular das plantas e na obtenção de nutrientes. Para a relação PMSA/PMSR, os tratamentos com lodo demonstraram melhores resultados. Segundo Carneiro (1995), maiores valores para a massa seca da raiz indica maior porcentagem de sobrevivência no campo, já que a presença de raízes fibrosas permite maior capacidade de as mesmas manterem-se em crescimento e facilita a formação de raízes novas, mais ativas, possibilitando maior resistência em condições extremas, sendo esse fator dependente das características de cada planta. 35 Tabela 4. Médias da massa de matéria seca da parte aérea (PMSA), raízes (PMSR) e total (PMST), relação PMSA/PMSR e índice de qualidade de Dickson (IQD) de mudas de Moringa oleífera Lam. após cinco semanas de crescimento. Concentrações (%) PMSA PMSR PMST PMSA/PMSR IQD T0 0,30 a 0,76 a 1,06 a 0,41 b 0,26 a T20 1,51 a 0,35 a 1,85 a 4,58 a 0,16 a T40 1,54 a 0,29 a 1,83 a 5,47 a 0,12 a T60 1,40 a 0,22 a 1,62 a 6,28 a 0,10 a T80 0,70 a 0,12 b 0,82 a 5,91 a 0,06 a T100 1,75 a 0,39 a 2,14 a 5,24 a 0,17 a Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si a 5% de significância pelo teste de Dunn Neste trabalho, as mudas de moringa sem a presença do lodo apresentaram melhores resultados de PMSR, mas é importante destacar que o tratamento T0 não apresentou resultados superiores em outras variáveis e, portanto, é preciso uma análise geral de todas as variáveis para que as mudas sejam consideradas de qualidade e para que haja sobrevivência no campo. Em seu trabalho, Maas (2010) observou esse comportamento nas variáveis MSPA e PMST nas mudas de Enterolobium contortisiliquun, havendo diferenças estatísticas, onde o tratamento T4, com 45% de biossólido mais 55% de substrato comercial, mostrou-se superior aos outros tratamentos analisados. Não houve diferença estatística para os resultados do índice de qualidade de Dickson (IQD) (Tabela 4). Apesar disso, os maiores valores calculados foram para os tratamentos o T0, T20 e T100. Esse índice indica a qualidade das mudas, uma vez que levam em consideração as relações dos parâmetros massa seca total (PMST), massa seca da parte aérea (PMSA), massa seca das raízes (PMSR), altura de planta (H) e diâmetro do coleto (D) e, quanto maior o Índice de Qualidade de Dickson, melhor a qualidade das mudas (GOMES, 2001). É possível verificar que não houve um resultado influenciando às diferentes concentrações de lodo, mas as características de cada indivíduo selecionado se sobressaíram, sendo assim, não existindo diferença estatística entre os tratamentos analisados. O que pode ter afetado os resultados dessas variáveis foi o modo aleatório na escolha de cada indivíduo, realizado pelo software Excel. Divergindo dos resultados encontrados nesse trabalho, Gonçalves et al. (2013), verificaram que 36 mudas de melhor qualidade de Acaciafarnesiana foram obtidas com adição de pelo menos 20% de esterco de aves e 40% de esterco bovino, tomando como base a massa seca total. Neves et al. (2010) verificaram que a associação de solo mais lodo de esgoto apresentou maior percentual de matéria seca da parte aérea. Desse modo, podemos confirmar que o uso de diferentes substratos influência na qualidade das mudas de espécies florestais. Pode-se verificar que o lodo tratado pode ser utilizado como substrato para a produção de mudas de Moringa oleifera. É um material viável e importante, pela sua composição nutricional, suprindo as plantas de acordo com suas necessidades. Os aspectos morfológicos são visivelmente verificados no decorrer do tempo (Figura 6). Figura 6. Mudas de Moringa oleifera após as 5 semanas de experimento. 37 6. CONCLUSÃO O lodo de esgoto aumentou as médias de altura, diâmetro do coleto, número de folhas e biomassa seca da raiz nas mudas de moringa. As concentrações de lodo de esgoto com melhor resultado em crescimento e, portanto, recomendadas para a produção de mudas de Moringa oleifera, foram as de 40 e 60%. Concentrações superiores não são recomendadas. A utilização do lodo de esgoto como componente de substrato para a produção de mudas de moringa mostrou ser uma alternativa tecnicamente viável, além de contribuir para a destinação do resíduo. Deve-se, no entanto, obedecer aos aspectos legais para a sua utilização, que regula os teores de metais pesados e os parâmetros sanitários. 38 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, A. H. M.. Biossólido e substrato comercial na produção de mudas de Schinus terebinthifolia. Pesquisa Florestal Brasileira, [s.l.], v. 38, p.1-10, 11 dez. 2018. Embrapa Florestas. http://dx.doi.org/10.4336/2018.pfb.38e201501066. ABUD, H. F.; GONÇALVES, N. R.; REIS, R. G. E.; INNECCO, R.. Morfologia de sementes e plântulas de cártamos. Revista Ciência Agronômica, Fortaleza, v. 41, n. 2, p.259-265, abr. 2010. ALMEIDA, M. S. M.. Moringa oleifera Lam., seus benefícios medicinais, nutricionais e avaliação de toxicidade. 50 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, Coimbra, 2014. AMARAL, L. A.; ROSSI JUNIOR, O. D.; SOARES, E.; BARROS, L. S.; LORENZO, C. S.; NUNES, A. P.. 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Rua Aljovil Martini, 201 - Dois Córregos - Piracicaba - SP - CEP: 13420-750 - Fone: (19) 3417.4700 - Fax: (19) 3417.4711 - vendas@bioagriambiental.com.br RG 266 (rev. 00) - Emitido em 09/09/2013 95624/2014-0 - Branco de Análise - Metais Totais - Água Parâmetros Unidade LQ Resultados analíticos Arsênio µg/L 10 < 10 Bário µg/L 10 < 10 Cádmio µg/L 1 < 1 Cromo µg/L 10 < 10 Cobre µg/L 5 < 5 Ferro µg/L 10 < 10 Sódio µg/L 500 < 500 Selênio µg/L 8 < 8 Zinco µg/L 10 < 10 Manganês µg/L 10 < 10 95625/2014-0 - Amostra Controle - Metais Totais - Água Parâmetros Quantidade Adicionada Unidade Resultado da Recuperação (%) Faixa Aceitável de Recuperação (%) Arsênio 0,1 mg/L 115 80 - 120 Cromo 0,1 mg/L 114 80 - 120 Cobalto 0,1 mg/L 115 80 - 120 Lítio 0,1 mg/L 97 80 - 120 Manganês 0,1 mg/L 114 80 - 120 Estrôncio 0,1 mg/L 120 80 - 120 Recuperação dos Surrogates 95624/2014-0 - Branco de Análise - Metais Totais - Água Parâmetros Quantidade Adicionada Unidade Resultado da Recuperação (%) Faixa Aceitável de Recuperação (%) Itrio (Metais Totais) 100 % 109 70 - 130 95625/2014-0 - Amostra Controle - Metais Totais - Água Parâmetros Quantidade Adicionada Unidade Resultado da Recuperação (%) Faixa Aceitável de Recuperação (%) Itrio (Metais Totais) 100 % 111 70 - 130 Resíduo - Extrato Solubilizado (NBR 10006) Parâmetros Quantidade Adicionada Unidade Resultado da Recuperação (%) Faixa Aceitável de Recuperação (%) Itrio (Metais Totais) 100 % 123 70 - 130 Controle de Qualidade - Mercúrio - Água 90607/2014-0 - Branco de Análise - Mercúrio Total - Água Parâmetros Unidade LQ Resultados analíticos Mercúrio µg/L 0,05 < 0,05 90608/2014-0 - Amostra Controle - Mercúrio Total - Água Parâmetros Quantidade Adicionada Unidade Resultado da Recuperação (%) Faixa Aceitável de Recuperação (%) Mercúrio 1 µg/L 104 80-120 Controle de Qualidade - Metais Totais - Água 91522/2014-0 - Branco de Análise - Metais Totais - Água Parâmetros Unidade LQ Resultados analíticos Prata µg/L 10 < 10 Alumínio µg/L 10 < 10 Arsênio µg/L 10 < 10 Bário µg/L 10 < 10 Cádmio µg/L 1 < 1 Cromo µg/L 10 < 10 Cobre µg/L 5 < 5 Ferro µg/L 10 < 10 Sódio µg/L 500 < 500 Selênio µg/L 8 < 8 Zinco µg/L 10 < 10 Manganês µg/L 10 < 10 91523/2014-0 - Amostra Controle - Metais Totais - Água Página 1 de 7 / R.E.: 82635/2014-0 Bioagri Ambiental - Piracicaba - SP. Rua Aljovil Martini, 201 - Dois Córregos - Piracicaba - SP - CEP: 13420-750 - Fone: (19) 3417.4700 - Fax: (19) 3417.4711 - vendas@bioagriambiental.com.br RG 266 (rev. 00) - Emitido em 09/09/2013 RELATÓRIO DE ENSAIO N° 82635/2014-0 Processo Comercial N° 6923/2014-2 DADOS REFERENTES AO CLIENTE Empresa solicitante: Fund Norte Rio Grandense de Pesq Cultura Endereço: Avenida Senador Salgado Filho - Campus Universitário, 3000 - - Lagoa Nova - Natal - Rio Grande do Norte - CEP: 59.078-970 . Nome do Solicitante: Shirley Feitosa IDENTIFICAÇÃO DA AMOSTRA: P6 Leito de Secagem A5-03/10 Análise Solicitada Caracterização de Resíduo segundo NBR 10004 Data da Coleta da Amostra 18/03/2014 Data de Entrada no Laboratório 08/04/2014 16:55 Data de Conclusão 30/04/2014 Página 2 de 7 / R.E.: 82635/2014-0 Bioagri Ambiental - Piracicaba - SP. Rua Aljovil Martini, 201 - Dois Córregos - Piracicaba - SP - CEP: 13420-750 - Fone: (19) 3417.4700 - Fax: (19) 3417.4711 - vendas@bioagriambiental.com.br RG 266 (rev. 00) - Emitido em 09/09/2013 RESULTADOS ANALITICOS DA AMOSTRA P6 Leito de Secagem A5-03/10 Coletor da Amostra: Interessado Resíduo - Massa Bruta (NBR 10004) NBR 10004:2004 - Massa Bruta Parâmetros Unidade LQ Resultados analíticos VMP - NBR 10004:2004 pH (Suspensão 1:1) 0 - 14 7,8 2,0 - 12,5 (b) Sulfeto (como H2S) mg/kg 1 295 500 (c) Porcentagem de Sólidos % p/p 0,05 15,9 Cianeto (como HCN) mg/kg 0,6 2,7 250 (c) Resíduo - Extrato Lixiviado (NBR 10005) NBR 10005:2004 - Lixiviado - Parâmetros Inorgânicos Parâmetros Unidade LQ Resultados analíticos VMP NBR 10004:2004 Arsênio mg/L 0,01 < 0,01 1,0 Bário mg/L 0,01 0,290 70,0 Cádmio mg/L 0,001 < 0,001 0,5 Chumbo mg/L 0,01 < 0,01 1,0 Cromo mg/L 0,01 < 0,01 5,0 Fluoreto mg/L 0,1 < 0,1 150 Mercúrio mg/L 0,000075 < 0,00007 0,1 Prata mg/L 0,01 < 0,01 5,0 Selênio mg/L 0,008 < 0,008 1,0 NBR 10005:2004 - Lixiviado - Parâmetros Orgânicos Parâmetros Unidade LQ Resultados analíticos VMP NBR 10004:2004 1,1-Dicloroeteno mg/L 0,001 < 0,001 3,0 1,2-Dicloroetano mg/L 0,001 < 0,001 1,0 1,4-Diclorobenzeno mg/L 0,001 0,001 7,5 2,4,5-T mg/L
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