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ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA – ELA Doença neurodegenerativa que afeta primeiro e segundo neurônios motores. Idade de início: maioria acima dos 50 anos, e esporádicos Sobrevida média: 5 anos Atrofia e fasciculações são mt presentes, a memória, atenção, apraxia são normais Início bulbar: 15% Dispneia, disfasia, dislalia, atrofia de língua (hipoglosso), fasciculações Início apendicular: 85% (MMSS 55%) Braços e pernas – braço – braço – perna – perna Adquirido: predomínio no sexo masculino Familiar: 5% (gene SOD1) Sintomáticos: Sialorréia (amitriptilina) Constipação (fibras, laxantes, enema) Espasticidade (baclofeno, dantrolene, benzodiazepínico) Dor (AINES, opioides, analgésicos comuns) SINAIS E SINTOMAS Síndrome piramidal, sintomas bulbares e síndrome do segundo neurônio motor Fraqueza muscular: insidiosa, focal, assimétrica e progressiva, músculos distais e proximais dos membros, músculos bulbares, músculos respiratórios, músculos do tronco e cervicais, face. Pescoço caído, flacidez de braços e pernas Padrões específicos: flat-arm, flat-leg, paralisia bulbar progressiva Atrofia muscular: frequentemente presente no início da doença. acompanha fraqueza muscular, menos evidente nos casos com predomínio do 1º neurônio (atrofia por desuso) Fasciculações: músculos proximais e distais, raramente sem fraqueza associada, precedem o início da fraqueza e atrofia em meses ou anos, tendem a desaparecer com a progressão da doença.. PROGRESSÃO Horizontal – radial Rostro caudal – caudal rostral Critérios de pior prognóstico: início bulbar, pacientes idosos e redução da capacidade vital. SINAIS DE ALARME Sinais que não condizem com a doença: ausência de fasciculações, sintomas sensitivos, disfunção autonômica, alteração de movimentos oculares, sintomas esfincterianos, alterações cognitivas com padrão de DA, sinais de 2º neurônio motor com início simétrico DIAGNÓSTICO Presença de 1º/2º neurônio e alterações eletroneuromiográficas, e desnervação em 3 dos 4 segmentos: bulbar, cervical, lombosacro e torácico. Precisa-se de 3 segmentos, repetir exames em 6 meses se houver menos de 3 segmentos. Descartar radiculopatias: ocorrem no corno posterior, sintomas de ELA sem 1º e 2º neurônio. TRATAMENTO Informar diagnóstico e prognóstico, ttr específico, gastrotomia e nutrição, manejo da IR, sintomáticos, atividade física., multidisciplinar. Tratamento específico: Riluzol 50mg 12/12h Gastrotomia: aumenta sobrevida em 2 anos, dieta hipercalórica e hiperproteica. *amitriptilina faz boca seca e melhora sialorreia DOENÇAS DO NEURÔNIO MOTOR Grupo de doenças que afeta unicamente o neurônio motor Topografia: corno anterior da medula ou núcleo de nervos motores cranianos. Atinge apenas fibras motoras, a sensibilidade é normal, os esfíncteres e cognição estão preservados. *afeto pseudobulbar ATROFIA MUSCULAR PROGRESSIVA 5-10% dos doentes com DNM Início quase sempre nos membros Até 50% desenvolve sinais de 1º neurônio e apresentam o quadro clínico de ELA, porém só 2º neurônio motor. Idade de início mais precoce e prognóstico ruim ATROFIA MOMOMÉLICA (DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR FOCAL – DOENÇA DE HIRAYAMA) atinge as células da ponta anterior da medula nos segmentos de C7-T1 sendo caracterizada por atrofia com fraqueza progressiva da mão e antebraço unilateral na maioria dos indivíduos Poupa bíceps e deltoide 16 – 25 anos Sem sinais de 1º neurônio motor Pode haver hiporestesia em alguns casos Tem bom prognóstico, porque não vai evoluir e não tem afeto bulbar, progressão rápida de 2-3 anos e depois estabiliza. 50% com envolvimento do membro contralateral clinicamente (EMG frequentemente bilateral). AMIOTROFIA ESPINHAL PROGRESSIVA - AME Doença genética, autossômica recessiva, com mutação/deleções no gene SMN Fraqueza, hipotonia, amiotrofia, arreflexia e fasciculações Tipo 1: AME infantil ou doença de Werdnig – Hoffman (nasce) Tipo 2: AME intermediária (6 – 28 meses) Tipo 3: AME juvenil ou doença de Kugelbert-Welander (>10a) Tipo 4: AME adulta ( 20 anos – tardia) SÍNDROME DE FASCICULAÇÕES BENIGNAS Sem sinais de fraqueza, atrofia, nada a ver com ELA 70% da população apresenta fasciculações esporádicas Fadiga, câimbras, espasmos ou dores musculares DOENÇAS DA PLACA MIONEURAL MIASTENIA GRAVIS Doença autoimune, pós – sináptica Destruição dos receptores de acetilcolina por anticorpos ou mediadas por células QUADRO CLÍNICO: músculos oculares e faciais são os mais envolvidos, fraqueza flutuante e simétrica dos membros, fraqueza de musculatura orofaríngea, pode ocorrer IR. Ptose e diplopia pelos músculos, não por nervo. DIAGNÓSTICO: teste de tensilon, teste de estimulação repetitiva, eletromiografia de fibra única, dosagem de anticorpos: Anti – rAch e Anti – MuSK Primeira dosagem de anticorpo já fecha diagnóstico Padrão decremental -> estimulação repetitiva TRATAMENTO: é sintomático, bloqueio da acetilcolinesterase Piridostigmina, corticoesteróides, imunossupressores, timectomia (4/4h) Fazer TC de tórax: para timectomia o ttr é tirar o timo Para crises: pasmaférese e imunoglobulina endovenosa *quadro agudo grave, desencadeada por infecções, medicamentos EATON -LAMBERT Anticorpo Anti canal de cálcio na membrana pré-sináptica 50% com câncer, e destes, 80% é câncer pulmonar de pequenas células QUADRO CLÍNICO: fraqueza em cintura pélvica e escapular, reflexos tentíneos abolidos ou ausentes, força muscular melhores após exercícios, musculatura ocular tende a ser poupada, xerostomia por ocorrer. DIAGNÓSTICO: eletroneuromiografia (teste de estimulação repetitiva), voltage – gated calcium channel (VGCC) antibodies. TRATAMENTO: tratar o câncer subjacente, imunoglobulina endovenosa e piridostigmina. *Incremental porque melhora com atividade física
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