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sumário ATENDIMENTO COM QUALIDADE ................................................... 9 LEI Nº 15.410, DE 11 DE JULHO DE 2011 ............................................................11 NOÇÕES SOBRE ARQUIVO ............................................................ 15 DICIONÁRIO BRASILEIRO DE TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA ...................................17 LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 ............................................................22 LEI Nº 12.682, DE 9 DE JULHO DE 2012 .............................................................25 NOÇÕES SOBRE CORRESPONDÊNCIA OFICIAL E COMERCIAL . 27 MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA ........................................29 DECRETO Nº 9.758, DE 11 DE ABRIL DE 2019 ......................................................34 NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ..................................... 51 DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO�ADMINISTRATIVA ...................................................53 REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS ........................................................61 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ..........................................................................64 FINANÇAS PÚBLICAS: NORMAS GERAIS; ORÇAMENTOS .........................................97 FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ......................................97 NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO .................................... 117 REGIME JURÍDICO�CONSTITUCIONAL �ART. 37 A 41� ............................................ 119 PROCESSO ADMINISTRATIVO ..................................................................... 119 NOÇÕES DE LICITAÇÃO E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ..................................... 137 LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 ............................................................ 192 LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 ................................................... 213 DECRETO Nº 53.623 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012 ............................................. 226 LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS, DEFINIÇÕES, HIPÓTESES DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE ....... 242 LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA � CONSTITUIÇÃO FEDERAL �ARTS. 70 A 75� ......................... 255 LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO �ARTS. 47 A 53� ................................ 255 ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO .................. 255 NOÇÕES DE CONTABILIDADE GERAL ........................................ 291 LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976 ..................................................... 293 NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO ........................................... 297 NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO .............................................................. 299 LEI Nº 4.320, DE 17 DE MARÇO DE 1964 .......................................................... 320 LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000 .......................................... 335 NOÇÕES DE CONTABILIDADE PÚBLICA ..................................... 363 NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, DE 23 DE SETEMBRO DE 2016 ........................... 365 NOÇÕES DE CONTROLE EXTERNO DA GESTÃO PÚBLICA ....... 411 NORMAS CONSTITUCIONAIS SOBRE O CONTROLE EXTERNO.................................. 413 AUDITORIA GOVERNAMENTAL SEGUNDO A INTOSAI .......................................... 413 ISSAI 1 � DECLARAÇÃO DE LIMA .................................................................. 428 TRIBUNAIS DE CONTAS: FUNÇÕES, NATUREZA JURÍDICA E EFICÁCIA DAS DECISÕES ....... 435 TCM�SP: COMPETÊNCIA; JURISDIÇÃO; ORGANIZAÇÃO; JULGAMENTO E FISCALIZAÇÃO ... 441 REGIMENTO INTERNO TCM�SP .................................................................... 455 AnotaçõesLei nº 15.410, de 11 de julho de 2011 11 LEI Nº 15.410, DE 11 DE JULHO DE 2011 Insti tui boas práti cas e padrões de qualidade no atendimento ao usuário de serviços públicos na cidade de São Paulo e dá outras providências. CAPÍTULO I PRINCÍPIOS E OBJETIVOS Art. 1º Esta lei insti tui BOAS PRÁTICAS e PADRÕES DE QUALIDADE no atendimento aos usuários de serviços públicos na cidade de São Paulo, em consonância à Lei nº 14.029, de 13 de julho de 2005, a serem obedecidos por todos os órgãos da administração pública direta ou indireta, bem como por parti culares que atuam mediante concessão, permissão, autorização ou qualquer outra forma de delegação por ato administrati vo, contrato ou convênio. Parágrafo Único. Os dispositi vos desta lei se aplicam aos parti culares SOMENTE no que concerne ao serviço público delegado. Art. 2º O ATENDIMENTO ao usuário de serviços públicos na administração municipal observará os seguintes PRINCÍPIOS: I - A proteção e a defesa dos usuários de serviços públicos; II - A dignidade, boa-fé, transparência, efi ciência da administração municipal; III - A celeridade, cordialidade, respeito e atenção no atendimento; IV - A ausência de prejulgamento ou qualquer ti po de discriminação e preconceito; V - Confi dencialidade e sigilo quando solicitado; VI - Responsabilidade pelas ações e decisões; VII - A busca pela constante melhoria do atendimento; VIII - A valorização dos agentes públicos e dos usuários; IX - O caráter prioritário da função de atendimento ao usuário. Art. 3º O ATENDIMENTO ao usuário dos serviços públicos na administração municipal tem os seguintes OBJETIVOS: I - A sati sfação dos usuários em suas demandas; II - O aprimoramento da qualidade dos serviços públicos; III - O comprometi mento de todos os agentes públicos no atendimento ao usuário; IV - A identi fi cação e o direcionamento de recursos para as expectati vas dos munícipes; V - Acesso aos serviços públicos. Art. 4º Sem prejuízo da observância das demais disposições legais vigentes, a administração municipal deverá adotar medidas que assegurem nas relações com os usuários de serviços públicos: I - A preservação contra práti cas não equitati vas, mediante prévio e integral conhecimento das condições de atendimento, evidenciando, especialmente, os dispositi vos que imputem responsabilidades e eventuais sanções; II - Respostas tempesti vas a todas as demandas de modo a sanar, com brevidade e efi ciência, dúvidas relati vas aos serviços prestados ou oferecidos. CAPÍTULO II DEFINIÇÕES Art. 5º Para efeitos desta lei, ENTENDE-SE POR: I - USUÁRIO: aquele a quem é desti nada a prestação do serviço público; II - ATENDIMENTO: o conjunto de ati vidades necessárias a recepcionar e dar consequência às demandas dos usuários, em especial, manifestações contendo opinião, percepção, apreciação ou qualquer outro senti mento relacionado à prestação do serviço público; III - BOAS PRÁTICAS DE ATENDIMENTO: o conjunto de regras e medidas de caráter geral, consideradas como melhores e mais adequadas, aplicáveis a todos os atendimentos prestados pela administração municipal aos usuários de serviços públicos; IV - PADRÕES DE QUALIDADE: são compromissos assumidos pela administração municipal, especifi cando de modo sucinto e de fácil compreensão, as característi cas do atendimento que o usuário deverá receber. Anotações Atendimento com Qualidade 12 CAPÍTULO III BOAS PRÁTICAS NO ATENDIMENTO AO USUÁRIO Art. 6º As boas práti cas de atendimento ao usuário de serviços públicos devem ser direcionadas às suas EXPECTATIVAS e abranger TODAS as etapas do processo de atendimento. Art. 7º Na função de atendimento consti tuem-se como BOAS PRÁTICAS de atendimento: I - Estabelecer canais de comunicação abertos e objeti vos com os usuários; II - Atender com respeito, cortesia e integridade; III - Atuar com conhecimento, agilidade e precisão; IV - Respeitar toda e qualquer pessoa, preservando sua dignidade e identi dade; V - Reconhecer a diversidade de opiniões; VI - Preservar o direito de livre expressão e julgamento de cada pessoa; VII - Exercer ati vidades com competência e asserti vidade; VIII - Ouvir o usuário com paciência, compreensão, ausência de prejulgamento e de todo e qualquer preconceito; IX - Resguardar o sigilo das informações ati nentes ao serviço; X - Facilitar o acesso ao serviço de atendimento dereclamações; XI - Simplifi car procedimentos; XII - Agir com imparcialidade e senso de justi ça; XIII - Responder ao usuário no menor tempo possível, com clareza, objeti vidade e conclusivamente; XIV - Buscar a constante melhoria das práti cas de atendimento; XV - Uti lizar de modo efi caz e efi ciente os recursos colocados à disposição; XVI - Atuar de modo diligente e fi el no exercício dos deveres e responsabilidades; XVII - Adotar postura pedagógica e propositi va apresentando ao usuário quais são seus direitos e deveres; XVIII - Usar técnicas de mediação e negociação para administrar impasses e confl itos; XIX - Promover a reparação de erros cometi dos contra os interesses dos usuários; XX - Buscar a correção dos procedimentos errados ou indesejados, evitando sua repeti ção. CAPÍTULO IV PADRÕES DE QUALIDADE NO ATENDIMENTO Art. 8º Os PADRÕES DE QUALIDADE no atendimento ao usuário de serviços públicos deverão ser: I - Observados em todo e qualquer atendimento realizado na administração municipal; II - Avaliados e revisados PERIODICAMENTE; III - Mensuráveis; IV - Públicos e divulgados ao usuário. Art. 9º Cada órgão da administração pública municipal DEVERÁ estabelecer seus padrões de qualidade que deverão refl eti r o que se quer controlar no atendimento, OBSERVANDO: I - As prioridades a serem consideradas no atendimento, conforme legislação em vigor; II - Horário de atendimento ampliado; III - O tempo de espera para o atendimento; IV - Os documentos necessários para o registro da demanda; V - Eventuais taxas cobradas pelo serviço; VI - Os prazos para o cumprimento dos serviços; VII - As formas de comunicação com os usuários; VIII - Os locais, meios e procedimentos para receber reclamações, denúncias, elogios e sugestões; IX - As formas de identi fi cação dos agentes públicos; X - O sistema de sinalização visual; XI - As condições de limpeza e conforto de suas instalações. AnotaçõesConceitos Básicos 17 DICIONÁRIO BRASILEIRO DE TERMINOLOGIA ARQUIVÍSTICA ►CONCEITOS BÁSICOS ARQUIVOLOGIA Disciplina que estuda as funções do arquivo os princípios e técnicas a serem observados na produção, organização, guarda, preservação e uti lização dos arquivos. Também chamada arquivísti ca. ADMINISTRAÇÃO DE ARQUIVOS Direção, supervisão, coordenação, organização e controle das ati vidades de um arquivo. Também chamada gestão de arquivos. ARMAZENAMENTO DE DADOS Guarda de documentos e informações em meio eletrônico. ARQUIVAMENTO 1 Sequência de operações intelectuais e � sicas que visam à guarda ordenada de documentos. 2 Ação pela qual uma autoridade determina a guarda de um documento, cessada a sua tramitação. ARQUIVISTA Profi ssional de nível superior, com formação em arquivologia ou experiência reconhecida pelo Estado. ARQUIVO 1 Conjunto de documentos produzidos e acumulados por uma enti dade coleti va, pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas ati vidades, independentemente da natureza do suporte. 2 Insti tuição ou serviço que tem por fi nalidade a custódia, o processamento técnico, a conservação e o acesso a documentos. 3 Instalações onde funcionam arquivos. 4 Móvel desti nado à guarda de documentos. ARQUIVO ADMINISTRATIVO Arquivo com predominância de documentos decorrentes do exercício das ati vidades- meio de uma insti tuição ou unidade administrati va. Expressão usada em oposição a arquivo técnico. ARQUIVO CENTRAL Arquivo responsável pela normalização dos procedimentos técnicos aplicados aos arquivos de uma administração, podendo ou não assumir a centralização do armazenamento. Também chamado arquivo geral. Em alguns países, a expressão designa o arquivo nacional. ARQUIVO CORRENTE 1 Conjunto de documentos, em tramitação ou não, que, pelo seu valor primário, é objeto de consultas frequentes pela enti dade que o produziu, a quem compete a sua administração. 2 Arquivo responsável pelo arquivo corrente. ARQUIVO DE FAMÍLIA Arquivo privado de uma família ou de seus membros, relati vo às suas ati vidades públicas e privadas, inclusive à administração de seus bens. Também chamado arquivo familial ou arquivo familiar. ARQUIVO DE SEGURANÇA Conjunto de cópias arquivadas em local diverso daquele dos respecti vos originais para garanti r a integridade da informação. ARQUIVO ESPECIALIZADO Arquivo cujo acervo tem uma ou mais característi cas comuns, como natureza, função ou ati vidade da enti dade produtora, ti po, conteúdo, suporte ou data dos documentos, entre outras. Anotações Noções Sobre Arquivo 22 LEI Nº 8.159, DE 8 DE JANEIRO DE 1991 Dispõe sobre a políti ca nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências. CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º É DEVER do PODER PÚBLICO a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento cien� fi co e como elementos de prova e informação. Art. 2º Consideram-se ARQUIVOS, para os fi ns desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, insti tuições de caráter público e enti dades privadas, em decorrência do exercício de ati vidades específi cas, bem como por pessoa � sica, QUALQUER QUE seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. Art. 3º Considera-se GESTÃO DE DOCUMENTOS o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Art. 4º TODOS têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse parti cular ou de interesse coleti vo ou geral, conti das em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, RESSALVADAS aquelas cujos sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da inti midade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Art. 5º A Administração Pública franqueará a consulta aos documentos públicos na forma desta Lei. Art. 6º Fica RESGUARDADO o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações penal, civil e administrati va. CAPÍTULO II DOS ARQUIVOS PÚBLICOS Art. 7º Os ARQUIVOS PÚBLICOS são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas ati vidades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência de suas funções administrati vas, legislati vas e judiciárias. § 1º São também PÚBLICOS os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por insti tuições de caráter público, por enti dades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas ati vidades. § 2º A cessação de ati vidades de insti tuições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à insti tuição arquivísti ca pública ou a sua transferência à insti tuição sucessora. Art. 8º Os documentos públicos são identi fi cados como CORRENTES, INTERMEDIÁRIOS e PERMANENTES. § 1º Consideram-se documentos CORRENTES aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação, consti tuam objeto de consultas frequentes. § 2º Consideram-se documentos INTERMEDIÁRIOS aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrati vo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. § 3º Consideram-se PERMANENTES os conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informati vo que devem ser defi niti vamente preservados. Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por insti tuições públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da insti tuição arquivísti ca pública, na sua específi ca esfera de competência. Art. 10º Os documentos de valor permanente são INALIENÁVEIS e IMPRESCRITÍVEIS. CAPÍTULO III DOS ARQUIVOS PRIVADOS AnotaçõesNoções Sobre Correspondência Oficial e Comercial 29 MANUAL DE REDAÇÃO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA 1. ASPECTOS GERAIS DAREDAÇÃO OFICIAL 1 Panorama da comunicação ofi cial A fi nalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários: a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c) alguém que receba essa comunicação. No caso da redação ofi cial, quem comunica é SEMPRE o serviço público (este/ esta ou aquele/aquela Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto relati vo às atribuições do órgão que comunica; e o desti natário dessa comunicação é o público, uma insti tuição privada ou outro órgão ou enti dade pública, do Poder Executi vo ou dos outros Poderes. Além disso, deve-se considerar a intenção do emissor e a fi nalidade do documento, para que o texto esteja adequado à situação comunicati va. A necessidade de empregar determinado nível de linguagem nos atos e nos expedientes ofi ciais decorre, de um lado, do próprio caráter público desses atos e comunicações; de outro, de sua fi nalidade. Os atos ofi ciais, aqui entendidos como atos de caráter normati vo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos e enti dades públicos, o que só é alcançado se, em sua elaboração, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se dá com os expedientes ofi ciais, cuja fi nalidade precípua é a de informar com clareza e objeti vidade. 2 O que é redação ofi cial Em uma frase, pode-se dizer que redação ofi cial é a maneira pela qual o Poder Público redige comunicações ofi ciais e atos normati vos. Neste Manual, interessa-nos tratá-la do ponto de vista da administração pública federal. A redação ofi cial não é necessariamente árida e contrária à evolução da língua. É que sua fi nalidade básica – comunicar com objeti vidade e máxima clareza – impõe certos parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa daquele da literatura, do texto jornalísti co, da correspondência parti cular etc. Apresentadas essas característi cas fundamentais da redação ofi cial, passemos à análise pormenorizada de cada um de seus atributos. 3 Atributos da redação ofi cial A redação ofi cial deve caracterizar-se por: • clareza e precisão; • objeti vidade; • concisão; • coesão e coerência; • impessoalidade; • formalidade e padronização; e • uso da norma padrão da língua portuguesa. Fundamentalmente, esses atributos decorrem da CONSTITUIÇÃO, que dispõe, no art. 37: “A administração pública direta, indireta, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efi ciência (...)”. Sendo a publicidade, a impessoalidade e a efi ciência princípios fundamentais de toda a administração pública, devem igualmente nortear a elaboração dos atos e das comunicações ofi ciais. 3.1 Clareza e precisão AnotaçõesNoções Sobre Correspondência Oficial e Comercial 33 A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a administração pública federal é una, é natural que as comunicações que expeça sigam o mesmo padrão. O estabelecimento desse padrão, uma das metas deste Manual, exige que se atente para todas as característi cas da redação ofi cial e que se cuide, ainda, da apresentação dos textos. A digitação sem erros, o uso de papéis uniformes para o texto defi niti vo, nas exceções em que se fi zer necessária a impressão, e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização. Consulte o Capítulo II, “As comunicações ofi ciais”, a respeito de normas específi cas para cada ti po de expediente. Em razão de seu caráter público e de sua fi nalidade, os atos normati vos e os expedientes ofi ciais requerem o uso do padrão culto do idioma, que acata os preceitos da gramáti ca formal e emprega um léxico comparti lhado pelo conjunto dos usuários da língua. O uso do padrão culto é , portanto, imprescindível na redação ofi cial por estar acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáti cas, regionais; dos modismos vocabulares e das parti cularidades linguísti cas. Recomendações: • a língua culta é contra a pobreza de expressão e não contra a sua simplicidade; • o uso do padrão culto não signifi ca empregar a língua de modo rebuscado ou uti lizar fi guras de linguagem próprias do esti lo literário; • a consulta ao dicionário e à gramáti ca é imperati va na redação de um bom texto. Pode-se concluir que não existe propriamente um padrão ofi cial de linguagem, o que há é o uso da norma padrão nos atos e nas comunicações ofi ciais. É claro que haverá preferência pelo uso de determinadas expressões, ou será obedecida certa tradição no emprego das formas sintáti cas, mas isso não implica, necessariamente, que se consagre a uti lização de uma forma de linguagem burocráti ca. O jargão burocráti co, como todo jargão, deve ser evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada. 2. AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS 4 Introdução A redação das comunicações ofi ciais deve, antes de tudo, seguir os preceitos explicitados no Capítulo I, “Aspectos gerais da redação ofi cial”. Além disso, há característi cas específi cas de cada ti po de expediente, que serão tratadas em detalhe neste capítulo. Antes de passarmos à sua análise, vejamos outros aspectos comuns a quase todas as modalidades de comunicação ofi cial. 4.1 Pronomes de tratamento Tradicionalmente, o emprego dos pronomes de tratamento adota a segunda pessoa do plural, de maneira indireta, para referenciar atributos da pessoa à qual se dirige. Na redação ofi cial, é necessário atenção para o uso dos pronomes de tratamento em três momentos disti ntos: no endereçamento, no vocati vo e no corpo do texto. No vocati vo, o autor dirige-se ao desti natário no início do documento. No corpo do texto, pode-se empregar os pronomes de tratamento em sua forma abreviada ou por extenso. O endereçamento é o texto uti lizado no envelope que contém a correspondência ofi cial. A seguir, alguns exemplos de uti lização de pronomes de tratamento no texto ofi cial. Autoridade Endereçamento Vocati vo Tratamento nocorpo do texto Abreviatura Presidente da República A Sua Excelência o Senhor Excelen� ssimo Senhor Presidente da República, Vossa Excelência Não se usa Presidente do Congresso Nacional A Sua Excelência o Senhor Excelen� ssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional, Vossa Excelência Não se usa Presidente do Supremo Tribunal Federal A Sua Excelência o Senhor Excelen� ssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal, Vossa Excelência Não se usa AnotaçõesNoções de Direito Constitucional 53 DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 [...] TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO CAPÍTULO I DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA Art. 18. A organização políti co-administrati va da República Federati va do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos AUTÔNOMOS, nos termos desta Consti tuição. § 1º Brasília é a Capital Federal. § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em LEI COMPLEMENTAR. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se- ão por LEI ESTADUAL, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e DEPENDERÃO de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei. Art. 19. É VEDADO à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los,embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, RESSALVADA, na forma da lei, a colaboração de interesse público; II - Recusar fé aos documentos públicos; III - Criar disti nções entre brasileiros ou preferências entre si. CAPÍTULO II DA UNIÃO Art. 20. SÃO BENS DA UNIÃO: I - Os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - As terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das forti fi cações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, defi nidas em lei; III - Os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fl uviais; IV - As ilhas fl uviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias maríti mas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, EXCETO aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: II - As áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que esti verem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; V - Os recursos naturais da plataforma conti nental e da zona econômica exclusiva; VI - O mar territorial; VII - Os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - Os potenciais de energia hidráulica; IX - Os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - As cavidades naturais subterrâneas e os síti os arqueológicos e pré-históricos; XI - As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. AnotaçõesNoções de Direito Constitucional 61 § 2º O PARECER PRÉVIO, emiti do pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve ANUALMENTE prestar, SÓ deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos membros da Câmara Municipal. § 3º As contas dos Municípios fi carão, durante 60 DIAS, ANUALMENTE, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual PODERÁ questi onar-lhes a legiti midade, nos termos da LEI. § 4º É VEDADA a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais. Fonte: h� p://www.planalto.gov.br/ccivil_03/consti tuicao/consti tuicaocompilado.htm Acessado em 29/02/2020 REMUNERAÇÃO DOS AGENTES POLÍTICOS LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (Atualizada até o trânsito em julgado da ADIN nº 0089547-37.2012.8.26.0000, DOC de 18/4/2018) Art. 14. COMPETE PRIVATIVAMENTE à CÂMARA MUNICIPAL: VI - Fixar, por lei de sua iniciati va, para cada exercício fi nanceiro, os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais, limitados a 90,25% do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, bem como, para viger na legislatura subsequente, o subsídio dos Vereadores, observada para estes a razão de no máximo 75% daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Estaduais, respeitadas as disposições dos arts. 37, incisos X e XI e § 12, 39, § 4º e 57, § 7º, da Consti tuição Federal, assegurados, INDEPENDENTEMENTE de lei específi ca, os direitos previstos nos incisos VIII e XVII do art. 7º da Consti tuição Federal, considerando-se manti do o subsídio vigente, na hipótese de não se proceder à respecti va fi xação na época própria, atualizado o valor monetário conforme estabelecido em lei municipal específi ca; CF/88, art. 7º VIII - Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; XVII - Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; ►Dispositivos da Constituição Federal que trata da remuneração dos agentes políticos: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes: Da União; Dos Estados; Do Distrito Federal; e Dos Municípios. OBEDECERÁ aos PRINCÍPIOS de: LEGALIDADE; IMPESSOALIDADE; MORALIDADE; PUBLICIDADE; e EFICIÊNCIA. E, também, ao seguinte: AnotaçõesNoções de Direito Constitucional 83 REFORMA DA PREVIDÊNCIA ANTES DA EC Nº 103/19 DEPOIS DA EC Nº 103/19 I - Por INVALIDEZ permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de: Acidente em serviço; Molésti a profi ssional; ou Doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; I - Por INCAPACIDADE permanente para o trabalho, no cargo em que esti ver investi do, quando insuscetí vel de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verifi cação da conti nuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma de LEI do respecti vo ente federati vo; II - COMPULSORIAMENTE, com proventos PROPORCIONAIS ao TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, aos 70 anos de idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar; NÃO HOUVE ALTERAÇÃO III - VOLUNTARIAMENTE, desde que cumprido tempo mínimo de 10 anos de efeti vo exercício no serviço público e 5 anos no cargo efeti vo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: a) 60 anos de idade e 35 de contribuição, se homem, e 55 anos de idade e 30 de contribuição, se mulher; b) 65 anos de idade, se homem, e 60 anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição. III - No âmbito da União, aos 62 ANOS de idade, se mulher, e aos 65 ANOS de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às respecti vas Consti tuições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respecti vo ente federati vo. APOSENTADORIA DO SERVIDOR – REGIME PRÓPRIO 1 INCAPACIDADE PERMANENTE HIPÓTESE: >> Incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que esti ver investi do. REQUISITO: >> Quando não for possível readaptar o servidor. AVALIAÇÃO PERIÓDICA: >> É obrigatória apenas se não ocorrer a readaptação; >> Tem por fi nalidade verifi car a conti nuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria; >> Se dará na forma de lei do ente federati vo. ATENÇÃO! >> Não existe aposentadoria defi niti va por incapacidade permanente. >> Não se fala sobre a composição dos proventos. 2 COMPULSÓRIA IDADE: >> 70 ANOS; ou >> 75 ANOS. PROVENTOS: >> Serão proporcionais ao TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO. >> Na forma de LEI COMPLEMENTAR. 3 VOLUNTÁRIA “IDADE” UNIÃO ESTADOS, DF e MUNICÍPIOS MULHER –> 62 ANOS IDADE MÍNIMA –> MEDIANTE EMENDA ÀS RESPECTIVAS CONSTITUIÇÕES E LEIS ORGÂNICASHOMEM –> 65 ANOS DEVE OBSERVAR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E REQUISITOS EM LEI COMPLEMENTAR DO ENTE FEDERATIVO § 2º Os proventos de aposentadoria NÃO poderão ser INFERIORES ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou SUPERIORES ao limite máximo estabelecido para o REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, observado o disposto nos §§ 14 a 16. AnotaçõesNoções de Direito Constitucional 95 VEDAÇÃO NOVOS REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL VEDADA A INSTITUIÇÃO DE NOVOS RPPS LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Estabelecerá para os que já existem NORMAS GERAIS de: >> Organização; >> Funcionamento; e >> Responsabilidade em sua gestão. LEI COMPLEMENTAR FEDERAL DISPORÁ SOBRE I EXTINÇÃO / MIGRAÇÃO >> Requisitos para sua exti nção e consequente migração para o RGPS. II RECURSOS >> Modelo de arrecadação, aplicação e uti lização. III FISCALIZAÇÃO / CONTROLE >> Fiscalização pela União; e >> Controle externo e social. IV EQUILÍBRIO >> Defi nição de equilíbrio fi nanceiro e atuarial. V FUNDO COM FINALIDADE PREVIDENCIÁRIA Condições para: >> Insti tuição do fundo com fi nalidade previdenciária; e >> Vinculação a esse fundo dos recursos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ati vos de qualquer natureza. VI EQUACIONAMENTO >> Mecanismos de equacionamento do défi cit atuarial. VII ESTRUTURAÇÃO DO ÓRGÃO OU ENTIDADE GESTORA DO REGIME Observados os princípios relacionados com: >> Governança; >> Controleinterno; e >> Transparência. VIII RESPONSABILIZAÇÃO >> Condições e hipóteses para responsabilização daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a gestão do regime. IX CONSÓRCIO PÚBLICO >> Condições para adesão. X PARÂMETROS Para: >> Apuração da base de cálculo; e >> Defi nição de alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias. ROL EXEMPLIFICATIVO Art. 41. SÃO estáveis APÓS 3 ANOS de efeti vo exercício os servidores nomeados para cargo de PROVIMENTO EFETIVO em virtude de concurso público. § 1º O servidor público estável SÓ PERDERÁ o cargo: I - Em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - Mediante processo administrati vo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de LEI COMPLEMENTAR, assegurada ampla defesa. AnotaçõesNoções de Direito Constitucional 97 FINANÇAS PÚBLICAS: NORMAS GERAIS; ORÇAMENTOS >> já abordado em Noções de Orçamento Público, página 314. FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA ÂMBITO DA UNIÃO CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Art. 70. A fi scalização contábil, fi nanceira, orçamentária, operacional e patrimonial da União e das enti dades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legiti midade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo CONGRESSO NACIONAL, mediante CONTROLE EXTERNO, e pelo SISTEMA DE CONTROLE INTERNO de cada Poder. Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa � sica ou jurídica, pública ou privada, que uti lize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária. Art. 71. O CONTROLE EXTERNO, a cargo do CONGRESSO NACIONAL, será exercido com o AUXÍLIO DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, ao qual COMPETE: I - APRECIAR as contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em 60 DIAS a contar de seu recebimento; II - JULGAR as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades insti tuídas e manti das pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; Ao TCU compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades insti tuídas e manti das pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário (CF, art. 71, II; Lei 8.443/1992, art. 1º, I). As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fi scalização do Tribunal de Contas, não obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celeti sta. [MS 25.092, rel. min. Carlos Velloso, j. 10-11-2005, P, DJ de 17-3-2006.] O TCU não tem competência para julgar as contas dos administradores de enti dades de direito privado. A parti cipação majoritária do Estado na composição do capital não transmuda seus bens em públicos. Os bens e valores questi onados não são os da administração pública, mas os geridos considerando-se a ati vidade bancária por depósitos de terceiros e administrados pelo banco comercialmente. Ati vidade ti picamente privada, desenvolvida por enti dade cujo controle acionário é da União. [MS 23.875, rel. min. Nelson Jobim, j. 7-3-2002, P, DJ de 30-4-2004.] III - APRECIAR, para fi ns de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer � tulo, na administração direta e indireta, incluídas as fundações insti tuídas e manti das pelo Poder Público, EXCETUADAS as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, RESSALVADAS as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; Não há direito adquirido a regime jurídico referente à composição dos vencimentos de servidor público, podendo, destarte, a Corte de Contas da União concluir pela ilegalidade do ato de concessão de aposentadoria se a conclusão obti da, embora respeitando decisão judicial transitada em julgado, se fundamenta na alteração do substrato fáti co-jurídico em que proferido o decisum (tais como alteração do regime jurídico do vínculo ou reestruturação da carreira). [MS 35.303 AgR, rel. min. Dias Toff oli, j. 5-2-2018, 2ª T, DJE de 15-3-2018.] Noções de Direito Constitucional 114 COMPETÊNCIA DOS TRIBUNAIS DE CONTAS UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS TCU TCE-SP TCM-SP DISPONIBILIZAÇÃO DAS CONTAS DISPONIBILIZAÇÃO DAS CONTAS DISPONIBILIZAÇÃO DAS CONTAS LRF Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante TODO O EXERCÍCIO, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. LRF Art. 49. As contas apresentadas pelo Chefe do Poder Executivo ficarão disponíveis, durante TODO O EXERCÍCIO, no respectivo Poder Legislativo e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade. CF/88, art. 31, § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante 60 DIAS, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei. LOMSP, art. 47, § 2º As contas do Município ficarão disponíveis, inclusive por meios eletrônicos, durante TODO O EXERCÍCIO, na Câmara Municipal e no órgão técnico responsável pela sua elaboração, para consulta e apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade, os quais poderão questionar- lhe a legitimidade, nos termos da lei. 3. FINALIDADE DO CONTROLE INTERNO FINALIDADE DO CONTROLE INTERNO UNIÃO ESTADOS MUNICÍPIOS TCU TCE-SP TCM-SP Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma INTEGRADA, SISTEMA de CONTROLE INTERNO com a finalidade de: Art. 35. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma INTEGRADA, SISTEMA de CONTROLE INTERNO com a finalidade de: Art. 53. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma INTEGRADA, SISTEMA de CONTROLE INTERNO, com a finalidade de: I - AVALIAR o CUMPRIMENTO: Das metas previstas no PPA; A execução dos programas de governo; e Dos orçamentos da União; I - AVALIAR o CUMPRIMENTO: Das metas previstas no PPA; A execução dos programas de governo; e Dos orçamentos do Estado; I - AVALIAR o adequado CUMPRIMENTO: Das metas previstas no PPA; A execução dos programas de governo; e Dos orçamentos do Município; II - COMPROVAR a legalidade e AVALIAR os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração FEDERAL, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; II - COMPROVAR a legalidade e AVALIAR os resultados quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração ESTADUAL, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; II - COMPROVAR a legalidade e AVALIAR os resultados quanto à eficácia e à eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da administração DIRETA e INDIRETA, bem como de aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; III - EXERCER o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da UNIÃO; IV - EXERCER o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do ESTADO; III - EXERCER o controle das operações de crédito, avais e garantias, bemcomo dos direitos e haveres do MUNICÍPIO; IV - APOIAR o controle externo no exercício de sua missão institucional. V - APOIAR o controle externo, no exercício de sua missão institucional. IV - APOIAR o controle externo, no exercício de sua missão institucional, o qual terá acesso a toda e qualquer informação, documentos ou registro que repute necessários para o cumprimento de sua função; III - EXERCER o controle sobre o deferimento de vantagens e a forma de calcular qualquer parcela integrante do subsídio, vencimento ou salário de seus membros ou servidores; AnotaçõesNoções de Direito Administrativo 119 REGIME JURÍDICO-CONSTITUCIONAL (ART. 37 A 41) >> Já disponível em Noções de Direito Consti tucional página 64. PROCESSO ADMINISTRATIVO LEI Nº 14.141, DE 27 DE MARÇO DE 2006 Projeto de Lei nº 56/03, do Executi vo, aprovado na forma de Substi tuti vo do Legislati vo. Dispõe sobre o processo administrati vo na Administração Pública Municipal. TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS GERAIS CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Esta lei estabelece normas comuns aplicáveis aos processos administrati vos no âmbito da Administração Municipal. § 1º Para os fi ns desta lei, consideram-se: I - Autoridade: o agente público dotado de poder de decisão; II - Processo administrati vo: todo conjunto de documentos, ainda que não autuados, que exijam decisão. Art. 2º A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA obedecerá, dentre outros, aos PRINCÍPIOS da: Primazia no atendimento ao interesse público; Economicidade; Efi ciência; Legalidade; Moti vação; Razoabilidade; Proporcionalidade; Moralidade; Impessoalidade; e Publicidade. Parágrafo único. O AGENTE PÚBLICO administrati vo observará na sua atuação, dentre outros, os seguintes PRINCÍPIOS: I - Atuação conforme à lei e ao Direito; II - Objeti vidade no atendimento ao interesse público, VEDADA a promoção pessoal de agentes ou autoridades; III - Indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão; IV - Observância das formalidades essenciais com a adoção de formas simples, sufi cientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos interessados; V - Proibição de cobrança de despesas processuais, RESSALVADAS as previstas em lei ou decreto; VI - Impulsão, de o� cio, do processo administrati vo, pelo agente público, sem prejuízo da atuação dos interessados. Art. 3º A norma administrati va deve ser interpretada e aplicada da forma que melhor garanta a realização do fi m público a que se dirige. Art. 4º Somente a lei poderá: I - Criar condicionamento aos direitos dos parti culares ou impor-lhes deveres de qualquer espécie; II - Prever infrações ou prescrever sanções. [...] CAPÍTULO II DOS DIREITOS DOS MUNÍCIPES Anotações Noções de Direito Administrativo 192 LEI Nº 8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992 Dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras providências. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 1º Os atos de improbidade prati cados por qualquer agente público, SERVIDOR ou NÃO, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de enti dade para cuja criação ou custeio o ERÁRIO haja concorrido ou concorra com MAIS DE 50% do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei. Parágrafo único. Estão também sujeitos às penalidades desta lei os atos de improbidade prati cados contra o patrimônio de enti dade que receba subvenção, bene� cio ou incenti vo, fi scal ou credi� cio, de órgão público bem como daquelas para cuja criação ou custeio o ERÁRIO haja concorrido ou concorra com MENOS DE 50% do patrimônio ou da receita anual, LIMITANDO-SE, nestes casos, a sanção patrimonial à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. SUJEITO PASSIVO DO ATO DE IMPROBIDADE MAIS DE 50% MENOS DE 50% PRATICADOS POR QUALQUER AGENTE PÚBLICO SERVIDOR OU NÃO PRATICADOS POR QUALQUER AGENTE PÚBLICO SERVIDOR OU NÃO CONTRA A ADMINISTRAÇÃO: Direta; Indireta; ou Fundacional. DE QUALQUER DOS PODERES: Da União; Dos Estados; Do Distrito Federal; Dos Municípios; De Território. CONTRA: >> Empresa incorporada ao patrimônio público; ou >> Enti dade para cuja criação ou custeio o ERÁRIO haja concorrido ou concorra com MAIS de 50% do patrimônio ou da receita anual. CONTRA O PATRIMÔNIO: De enti dade que receba de órgão público: Subvenção; Bene� cio; ou Incenti vo fi scal ou credi� cio. CONTRA: >> Enti dade para cuja criação ou custeio o ERÁRIO haja concorrido ou concorra com MENOS de 50% do patrimônio ou da receita anual. NESTES CASOS: >> A sanção patrimonial LIMITA- SE à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos. NÃO SE FALA EM LIMITAÇÃO FALA-SE EM LIMITAÇÃO Art. 2º Reputa-se AGENTE PÚBLICO, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou SEM remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investi dura ou vínculo: Mandato; Cargo; Emprego; ou Função. >> Nas enti dades mencionadas no arti go anterior. Art. 3º As disposições desta lei SÃO APLICÁVEIS, no que couber, àquele que, mesmo NÃO sendo agente público, induza ou concorra para a práti ca do ato de improbidade ou dele se benefi cie sob qualquer forma direta ou indireta. Noções de Direito Administrativo 203 PENALIDADES DA LEI Nº 8.429/92PENALIDADES DA LEI Nº 8.429/92 ENRIQUECIMENTO ILÍCITO LESÃO AO ERÁRIO ATENTA CONTRA OS PRINCÍPIOS CONCESSÃO INDEVIDA DE BENEFÍCIO DOLO DOLO ou CULPA DOLO DOLO AUFERIR VANTAGEM AÇÃO ou OMISSÃO AÇÃO ou OMISSÃO AÇÃO ou OMISSÃO PERDA DOS BENS OU VALORES acrescidos ilicitamente ao patrimônio. PERDA DOS BENS OU VALORES acrescidos ilicitamente ao patrimônio. SE CONCORRER ESTA CIRCUNSTÂNCIA! RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO → SE HOUVER RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO → SEMPRE RESSARCIMENTO INTEGRAL DO DANO → SE HOUVER PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA Efeti va-se com trânsito em julgado PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA Efeti va-se com trânsito em julgado PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA Efeti va-se com trânsito em julgado PERDA DA FUNÇÃO PÚBLICA Efeti va-se com trânsito em julgado SUSPENSÃO Direitos Políti cos 8 a 10 ANOS Efeti va-se com trânsito em julgado SUSPENSÃO Direitos Políti cos 5 a 8ANOS Efeti va-se com trânsito em julgado SUSPENSÃO Direitos Políti cos 3 a 5ANOS Efeti va-se com trânsito em julgado SUSPENSÃO Direitos Políti cos 5 a 8ANOS Efeti va-se com trânsito em julgado MULTA CIVIL ATÉ 3 VEZES valor do acréscimo MULTA CIVIL ATÉ 2 VEZES valor do dano MULTA CIVIL ATÉ 100 VEZES valor da remuneração MULTA CIVIL ATÉ 3 VEZES valor do benefício PROIBIÇÃO DE CONTRATAR com o Poder Público ou receber bene� cios ou incenti vos fi scais ou credi� cios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 10 ANOS PROIBIÇÃO DE CONTRATAR com o Poder Público ou receber bene� cios ou incenti vos fi scais ou credi� cios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 5 ANOS PROIBIÇÃO DE CONTRATAR com o Poder Público ou receber bene� cios ou incenti vos fi scais ou credi� cios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 3 ANOS PODEM SER APLICADAS ISOLADAISOLADA OU CUMULATIVAMENTECUMULATIVAMENTE >> DE ACORDO COM A GRAVIDADEGRAVIDADE DO FATO APLICAÇÃO INDEPENDE APLICAÇÃO INDEPENDE >> OCORRÊNCIA DE DANO, EXCETO RESSARCIMENTO>> APROVAÇÃO OU REJEIÇÃO DAS CONTAS Anotações Noções de Direito Administrativo 242 LICITAÇÃO: PRINCÍPIOS, DEFINIÇÕES, HIPÓTESES DE DISPENSA E INEXIGIBILIDADE LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Consti tuição Federal, insti tui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências. Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efi ciência e, também, ao seguinte: [...] XXI - Ressalvados os casos especifi cados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, manti das as condições efeti vas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permiti rá as exigências de qualifi cação técnica e econômica indispensáveis à garanti a do cumprimento das obrigações. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS SEÇÃO I DOS PRINCÍPIOS Ar t. 1º Esta Lei estabelece NORMAS GERAIS sobre licitações e contratos administrati vos perti nentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Pa rágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais enti dades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Ar t. 2º As obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações, concessões, permissões e locações da Administração Pública, quando contratadas com terceiros, serão necessariamente precedidas de licitação, RESSALVADAS as hipóteses previstas nesta Lei. Pa rágrafo único. Para os fi ns desta Lei, considera-se CONTRATO todo e qualquer ajuste entre órgãos ou enti dades da Administração Pública e parti culares, em que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a esti pulação de obrigações recíprocas, seja qual for a denominação uti lizada. Ar t. 3º A licitação desti na-se a garanti r a observância do PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os PRINCÍPIOS BÁSICOS da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrati va, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objeti vo e dos que lhes são correlatos. Anotações Noções de Direito Administrativo 272 CAPÍTULO IV DOS QUINQUÊNIOS Art. 112. A parti r de 1º de JANEIRO de 1980, o funcionário terá direito, após cada período de 5 ANOS, con� nuos ou não, à percepção de adicional por tempo de serviço público municipal, calculado sobre o padrão de vencimento, da seguinte forma: I - De 5 a 10 anos → 5%; II - De 10 a 15 anos → 10,25%; III - De 15 a 20 anos → 15,76%; IV - De 20 a 25 anos → 21,55%; V - De 25 a 30 anos → 27,63%; VI - De 30 a 35 anos → 34,01%; VII - MAIS de 35 anos → 40,71%. § 1º O adicional será calculado sobre o padrão de vencimento do cargo que o funcionário esti ver exercendo. § 2º Os percentuais fi xados neste arti go são mutuamente exclusivos, NÃO PODENDO ser percebidos cumulati vamente. Art. 113. O disposto neste Capítulo APLICA-SE aos INATIVOS. Art. 114. O adicional por tempo de serviço previsto no arti go 112 INCORPORA- SE ao vencimento para todos os efeitos legais, observada a forma e o cálculo nele determinado. CAPÍTULO V DA SEXTA PARTE DO VENCIMENTO Art. 115. O funcionário que completar 25 anos de efeti vo exercício no serviço público municipal perceberá importância equivalente à SEXTA PARTE do seu vencimento. Alterado pela Lei Orgânica do Município: Art. 97. Ao servidor público municipal é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço público, concedido por quinquênio, bem como a sexta- parte dos vencimentos integrais, concedida aos 20 ANOS de efeti vo exercício no serviço público, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, não sendo computados nem acumulados para fi ns de concessão de acréscimos ulteriores sob o mesmo tí tulo ou idênti co fundamento. Art. 116. A Sexta parte INCORPORA-SE ao vencimento para todos os efeitos legais. CAPÍTULO VI DO SALÁRIO-FAMÍLIA E DO SALÁRIO-ESPOSA Art. 117. A todo servidor ou inati vo, que ti ver alimentário sob sua guarda ou sustento, será concedido salário-família no valor correspondente ao fi xado para o Regime Geral de Previdência Social. § 1º O salário-família NÃO SERÁ devido ao funcionário licenciado sem direito a percepção de vencimentos. § 2º O disposto no parágrafo anterior NÃO SE APLICA aos casos disciplinares e penais, nem aos de licença por moti vo de doença em pessoas de família. Restrição criada pelo Arti go 13 da Emenda Consti tucional nº 20, de 15 de dezembro de 1998. Art. 13. Até que a lei discipline o acesso ao salário-família e auxílio-reclusão para os servidores, segurados e seus dependentes, esses benefí cios serão concedidos apenas àqueles que tenham renda bruta mensal igual ou inferior a R$ 360,00, que, até a publicação da lei, serão corrigidos pelos mesmos índices aplicados aos benefí cios do regime geral de previdência social. Art. 118. Para os efeitos de concessão do SALÁRIO-FAMÍLIA, consideram-se alimentários, DESDE QUE vivam total ou parcialmente às expensas do servidor ou do inati vo, os fi lhos ou equiparados com idade ATÉ 14 ANOS. § 1º O bene� cio referido neste arti go será devido, INDEPENDENTEMENTE de limite de idade, se o alimentário apresentar invalidez permanente de qualquer natureza, pericialmente comprovada. AnotaçõesLei nº 6.404, de 15 de Dezembro de 1976 293 LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976 Dispõe sobre as Sociedades por Ações. CAPÍTULO XV EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SEÇÃO III BALANÇO PATRIMONIAL GRUPO DE CONTAS Art. 178. No BALANÇO, as contas serão classifi cadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação fi nanceira da companhia. § 1º No ATIVO, as contas serão dispostas em ordem DECRESCENTE de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes GRUPOS: I - Ati vo circulante; e II - Ati vo não circulante, composto por ati vo realizável a longo prazo, investi mentos, imobilizado e intangível. § 2º No PASSIVO, as contas serão classifi cadas nos seguintes GRUPOS: I - Passivo circulante; II - Passivo não circulante; e III - Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. § 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não ti ver direito de compensar serão classifi cados separadamente. ATIVO Art. 179. As CONTAS serão classifi cadas do seguinte modo: I - No ati vo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; II - No ati vo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou emprésti mos a sociedades coligadas ou controladas (arti go 243), diretores, acionistas ou parti cipantes no lucro da companhia, que não consti tuírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III - Em investi mentos: as parti cipações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classifi cáveis no ati vo circulante, e que não se desti nem à manutenção da ati vidade da companhia ou da empresa; IV - No ati vo imobilizado: os direitos que tenham por objeto benscorpóreos desti nados à manutenção das ati vidades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa fi nalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfi ram à companhia os bene� cios, riscos e controle desses bens; V - Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009; VI - No intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos desti nados à manutenção da companhia ou exercidos com essa fi nalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa ti ver duração maior que o exercício social, a classifi cação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. PASSIVO EXIGÍVEL Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive fi nanciamentos para aquisição de direitos do ati vo não circulante, serão classifi cadas no passivo circulante, QUANDO se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se ti verem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único do art. 179 desta Lei. RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS Art. 181. Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Art. 182. A CONTA DO CAPITAL SOCIAL discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. AnotaçõesNoções de Orçamento Público 299 NOÇÕES DE ORÇAMENTO PÚBLICO CONCEITO Conceito de acordo com o Portal da Transparência1: Orçamento público é o instrumento uti lizado pelo Governo Federal para planejar a uti lização do dinheiro arrecadado com os tributos (impostos, taxas, contribuições de melhoria, entre outros). Esse planejamento é essencial para oferecer serviços públicos adequados, além de especifi car gastos e investi mentos que foram priorizados pelos poderes. Essa ferramenta esti ma tanto as receitas que o Governo espera arrecadar quanto fi xa as despesas a serem efetuadas com o dinheiro. Assim, as receitas são esti madas porque os tributos arrecadados (e outras fontes) podem sofrer variações ano a ano, enquanto as despesas são fi xadas para garanti r que o governo não gaste mais do que arrecada. Uma vez que o orçamento detalha as despesas, pode-se acompanhar as prioridades do governo para cada ano, como, por exemplo: o investi mento na construção de escolas, a verba para transporte e o gasto com a saúde. Esse acompanhamento contribui para fi scalizar o uso do dinheiro público e a melhoria da gestão pública e está disponível aqui, no Portal da Transparência do Governo Federal. Conceito de acordo com Ministério da Economia Planejamento Desenvolvimento e Gestão2: É um instrumento de planejamento governamental em que constam as despesas da administração pública para um ano, em equilíbrio com a arrecadação das receitas previstas. É o documento onde o governo reúne todas as receitas arrecadadas e programa o que de fato vai ser feito com esses recursos. É onde aloca os recursos desti nados a hospitais, manutenção das estradas, construção de escolas, pagamento de professores. É no orçamento onde estão previstos todos os recursos arrecadados e onde esses recursos serão desti nados. Conceito de acordo com o Senado Federal3: Instrumento pelo qual o governo esti ma as receitas e fi xa as despesas para poder controlar as fi nanças públicas e executar as ações governamentais, ensejando o objeti vo estatal do bem comum. No modelo brasileiro, compreende a elaboração e execução de três leis – o plano plurianual (PPA), as diretrizes orçamentárias (LDO) e o orçamento anual (LOA) – que, em conjunto, materializam o planejamento e a execução das políti cas públicas federais. PRINCÍPIOS ORÇAMENTÁRIOS 1. LEGALIDADE Consti tuição Federal Art. 165. Leis de iniciati va do Poder Executi vo estabelecerão: I - O plano plurianual; II - As diretrizes orçamentárias; III - Os orçamentos anuais. 2. PUBLICIDADE Consti tuição Federal Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e efi ciência e, também, ao seguinte [...] 3. TRANSPARÊNCIA LRF, Art. 48. São instrumentos de transparência da gestão fi scal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respecti vo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplifi cadas desses documentos. 1 http://www.portaltransparencia.gov.br/entenda-a-gestao-publica/orcamento-publico 2 http://www.planejamento.gov.br/servicos/faq/orcamento-da-uniao/conceitos-sobre-orcamento/o-que-e- orcamento-publico 3 https://www12.senado.leg.br/orcamento/glossario/orcamento-publico AnotaçõesNoções de Orçamento Público 309 § 9º O projeto de lei de diretrizes orçamentárias encaminhado à Câmara Municipal no prazo previsto no inciso I do § 6º deste arti go será votado e remeti do à sanção até 30 de junho. § 10. O projeto de lei do plano plurianual encaminhado à Câmara Municipal no prazo previsto no inciso II do § 6º deste arti go será votado e remeti do à sanção até 31 de dezembro. PRAZOS – PLANO PLURIANUAL UNIÃO ESTADO MUNICÍPIO PRESIDENTE GOVERNADOR PREFEITO ENVIO ENVIO ENVIO 31 DE AGOSTO 15 DE AGOSTO 30 DE SETEMBRO DEVOLUÇÃO DEVOLUÇÃO DEVOLUÇÃO Congresso Nacional 22 DE DEZEMBRO encerramento da sessão legislati va Assembleia Legislati va DISPOSITIVO NÃO FAZ MENÇÃO Câmara Municipal 31 DE DEZEMBRO LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS Consti tuição Federal Art. 84. Compete privati vamente ao Presidente da República: XXIII - Enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos nesta Consti tuição. Art. 165. Leis de iniciati va do Poder Executi vo estabelecerão: I - O plano plurianual; II - As diretrizes orçamentárias; III - Os orçamentos anuais. § 2º A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS compreenderá as Metas e Prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício fi nanceiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a políti ca de aplicação das agências fi nanceiras ofi ciais de fomento. Art. 166, § 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias NÃO PODERÃO ser aprovadas quando incompa� veis com o plano plurianual. Art. 57, § 2º A sessão legislati va não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias. Art. 169. A despesa com pessoal ati vo e inati vo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar. § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer � tulo, pelos órgãos e enti dades da administração direta ou indireta, inclusive fundações insti tuídas e manti das pelo poder público, só poderão ser feitas: I - Se houver prévia dotação orçamentária sufi ciente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II - Se houver autorização específi ca na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. LRF Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2º do art. 165 da Consti tuição e: I - Disporá também sobre: a) equilíbrio entre receitas e despesas; b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efeti vada nas hipóteses previstas na alínea b do inciso II deste arti go, no art. 9º e no inciso II do § 1º do art. 31; AnotaçõesNBC TSP Estrutura Conceitual, de 23/09/16 365 NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL, DE 23 DE SETEMBRO DE 2016 Aprova a NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Enti dadesdo Setor Público. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, considerando o processo de convergência das Normas Brasileiras de Contabilidade aos padrões internacionais e que, mediante acordo fi rmado com a Ifac que autorizou, no Brasil, o CFC como um dos tradutores de suas normas e publicações, outorgando os direitos de realizar tradução, publicação e distribuição das normas internacionais e demais pronunciamentos em formato eletrônico, no exercício de suas atribuições legais e regimentais e com fundamento no disposto na alínea “f” do Art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/1946, alterado pela Lei n.º 12.249/2010, faz saber que foi aprovada em seu Plenário a seguinte Norma Brasileira de Contabilidade (NBC), elaborada de acordo com o Pronunciamento inti tulado The Conceptual Framework for General Purpose Financial Reporti ng by Public Sector Enti ti es, emiti do pelo Internati onal Public Sector Accounti ng Standards Board da Internati onal Federati on of Accountants (IPSASB/Ifac): NBC TSP ESTRUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL DE PROPÓSITO GERAL PELAS ENTIDADES DO SETOR PÚBLICO Prefácio Introdução 1. A Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Informação Contábil de Propósito Geral pelas Enti dades do Setor Público (Estrutura Conceitual) estabelece os conceitos que devem ser aplicados no desenvolvimento das demais Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBCs TSP) do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) desti nados às enti dades do setor público. Além disso, tais conceitos são aplicáveis à elaboração e à divulgação formal dos Relatórios Contábeis de Propósito Geral das Enti dades do Setor Público (RCPGs). 2. O OBJETIVO PRINCIPAL da maioria das enti dades do setor público é prestar serviços à sociedade, em vez de obter lucros e gerar retorno fi nanceiro aos investi dores. Consequentemente, o desempenho de tais enti dades pode ser apenas parcialmente avaliado por meio da análise da situação patrimonial, do desempenho e dos fl uxos de caixa. Os RCPGs fornecem informações aos seus usuários para subsidiar os processos decisórios e a prestação de contas e responsabilização (accountability). Portanto, os usuários dos RCPGs das enti dades do setor público precisam de informações para subsidiar as avaliações de algumas questões, tais como: a) se a enti dade prestou seus serviços à sociedade de maneira efi ciente e efi caz; b) quais são os recursos atualmente disponíveis para gastos futuros, e até que ponto há restrições ou condições para a uti lização desses recursos; c) a extensão na qual a carga tributária, que recai sobre os contribuintes em períodos futuros para pagar por serviços correntes, tem mudado; e d) se a capacidade da enti dade para prestar serviços melhorou ou piorou em comparação com exercícios anteriores. 3. Os governos geralmente têm amplos poderes, incluindo a capacidade de estabelecer e fazer cumprir requisitos legais e alterar esses requisitos. Globalmente, o setor público varia consideravelmente em suas disposições consti tucionais e em suas metodologias de funcionamento. No entanto, a governança no setor público, geralmente, envolve a realização de prestação de contas do Poder Executi vo para o Poder Legislati vo. 4. As seções a seguir destacam as CARACTERÍSTICAS do SETOR PÚBLICO selecionadas para serem incluídas no desenvolvimento desta estrutura conceitual. Volume e signifi cância das transações sem contraprestação 5. Em transação sem contraprestação, a enti dade recebe o valor da outra parte sem dar diretamente em troca valor aproximadamente igual. Tais transações são COMUNS no setor público. A quanti dade e a qualidade dos serviços públicos prestados a um indivíduo ou a um grupo de indivíduos, normalmente, NÃO SÃO diretamente proporcionais ao volume de tributos cobrados. O indivíduo ou o grupo pode ter que pagar tarifa ou taxa adicional e/ou pode estar sujeito a cobranças AnotaçõesNoções de Controle Externo da Gestão Pública 413 NORMAS CONSTITUCIONAIS SOBRE O CONTROLE EXTERNO >> Disponível em Noções de Direito Consti tucional, página 97. AUDITORIA GOVERNAMENTAL SEGUNDO A INTOSAI ISSAI 100 – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE AUDITORIA DO SETOR PÚBLICO INTRODUÇÃO 1. Normas e diretrizes profi ssionais são essenciais para a credibilidade, a qualidade e o profi ssionalismo da auditoria do setor público. As Normas Internacionais das Enti dades Fiscalizadoras Superiores (ISSAI), desenvolvidas pela Organização Internacional das Enti dades Fiscalizadoras Superiores (INTOSAI), visam promover a realização de auditorias independentes e efi cazes pelas Enti dades Fiscalizadoras Superiores (EFS). 2. As ISSAI abrangem os requisitos da auditoria do setor público no nível organizacional (EFS), enquanto no nível dos trabalhos de auditoria, visam apoiar os membros da INTOSAI no desenvolvimento de suas próprias abordagens profi ssionais, de acordo com seus mandatos e com leis e regulamentos nacionais. 3. O marco referencial de Normas Profi ssionais da INTOSAI tem quatro níveis. O nível 1 contém os princípios fundamentais da estrutura. O nível 2 (ISSAI 10-99) estabelece pré-requisitos para o funcionamento adequado e a conduta profi ssional das EFS, como independência, transparência e accountability, éti ca e controle de qualidade, que são relevantes para todas as auditorias das EFS. Os níveis 3 e 4 tratam da realização de cada ti po de auditoria e incluem princípios profi ssionais geralmente reconhecidos que dão suporte à auditoria efi caz e independente das enti dades do setor público. 4. Os Princípios Fundamentais de Auditoria no nível 3 (ISSAI 100-999) decorrem e foram elaborados a parti r da ISSAI 1 – A Declaração de Lima e das ISSAI de nível 2, e fornecem uma estrutura normati va de referência internacional defi nindo a auditoria do setor público. 5. O nível 4 traduz os Princípios Fundamentais de Auditoria em diretrizes operacionais mais específi cas e detalhadas que podem ser usadas diariamente na realização de auditorias e também como normas de auditoria, quando normas nacionais de auditoria não tenham sido desenvolvidas. Este nível engloba as Diretrizes Gerais de Auditoria (ISSAI 1000-4999), que estabelecem os requisitos para auditorias fi nanceiras, operacionais e de conformidade. 6. A “ISSAI 100 – Princípios Fundamentais de Auditoria do Setor Público” fornece informações detalhadas sobre: • o propósito e a aplicabilidade das ISSAI; • o contexto da auditoria no setor público; • os elementos de auditoria do setor público; • os princípios aplicáveis à auditoria do setor público. PROPÓSITO E APLICABILIDADE DAS ISSAI 7. A ISSAI 100 estabelece princípios fundamentais que são aplicáveis a todos os trabalhos de auditoria do setor público, INDEPENDENTEMENTE de sua forma ou do seu contexto. As ISSAI 200, 300 e 400 baseiam-se nesses princípios e adicionalmente os desenvolvem para serem aplicados no contexto das auditorias fi nanceiras, operacionais e de conformidade, respecti vamente. Assim, devem ser aplicados em conjunto com os princípios estabelecidos na ISSAI 100. Os princípios de maneira NENHUMA se sobrepõem às leis, aos regulamentos ou mandatos nacionais, nem impedem as EFS de realizarem investi gações, revisões ou outros trabalhos que não sejam especifi camente cobertos pelas ISSAI existentes. 8. Os Princípios Fundamentais de Auditoria formam o NÚCLEO das Diretrizes Gerais de Auditoria no nível 4 do marco referencial das ISSAI. Os princípios podem ser usados para estabelecer normas ofi ciais de três formas: • como base sobre a qual as EFS podem desenvolver normas próprias; • como base para a adoção de normas nacionais consistentes com esses princípios; • como base para a adoção das Diretrizes Gerais de Auditoria como normas ofi ciais. Noções de Contabilidade Pública 418 PRINCÍPIOS DA AUDITORIA FINANCEIRA OPERACIONAL DE CONFORMIDADE PRINCÍPIOS GERAIS PRINCÍPIOS GERAIS PRINCÍPIOS GERAIS Pré-Requisitos Para A Condução DeAuditorias Financeiras Ética e independência Controle de qualidade Controle de qualidade Controle de qualidade Gestão de equipes de auditoria e habilidades Gestão de equipes de auditoria e habilidades Princípios Relacionados Aos Conceitos Básicos De Auditoria Objetivo de auditoria Abordagem de auditoria Critérios Risco de auditoria Risco de auditoria Risco de auditoria Comunicação Comunicação Comunicação Habilidades Julgamento e ceticismo profissionais Julgamento e ceticismo profissionais Julgamento e ceticismo profissionais Materialidade Materialidade Materialidade Documentação Documentação Documentação PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE AUDITORIA PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE AUDITORIA PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO PROCESSO DE AUDITORIA Planejamento Planejamento • Seleção de temas • Desenhando a auditoria Planejando e formatando uma auditoria de conformidade Evidência de auditoria Execução • Evidências, achados e conclusões Evidência de auditoria Relatório • Conteúdo do relatório • Recomendações • Distribuição do relatório Relatando Avaliando evidência e formando conclusões Monitoramento Monitorando Concordância com os termos do trabalho Entendimento da entidade auditada Avaliação de risco Respostas aos riscos avaliados Considerações relacionadas à fraude em uma auditoria de demonstrações financeiras Considerações sobre continuidade operacional Considerações relacionadas a leis e regulamentos em uma auditoria de demonstrações financeiras Consideração de eventos subsequentes Avaliação e comunicação de distorções Formação de opinião e emissão do relatório sobre as demonstrações financeiras Considerações relevantes para auditorias de demonstrações financeiras de grupos (incluindo demonstrações financeiras consolidadas do governo). 23. As EFS podem realizar auditorias ou outros trabalhos sobre qualquer tema de relevância que diga respeito às responsabilidades da administração e dos responsáveis pela governança e ao uso apropriado de recursos e bens públicos. Esses trabalhos podem incluir relatórios sobre os produtos e resultados quantitativos das atividades de prestação de serviços da entidade, relatórios de sustentabilidade, necessidades futuras de recursos, aderência a padrões de controle interno, auditorias concomitantes em projetos ou em outros assuntos. As EFS podem também realizar auditorias combinadas, incorporando aspectos financeiros, operacionais e/ou de conformidade.
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