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Anatomia Interna dos Dentes Permanentes Para iniciar o tratamento endodôntico devemos partir do entendimento da anatomia dental, primordialmente a interna, entendendo número e tipo de canal que podemos encontrar bem como a sua prevalência, bem como características da câmara pulpar e tecido periradicular para então montar um plano de tratamento eficiente e efetivo. Questionamentos Iniciais · Só se tem polpa dentro do canal radicular? Não, a polpa é dividida entre polpa coronária a qual ocupa a câmara pulpar e polpa radicular a qual ocupa os canais radiculares e a depender do prognostico e consequentemente da escolha no tratamento podemos ter · Biopulpectomia- remoção da polpa por completo, parte coronária e radicular sendo realizado em polpa viva · Necropulpectomia- remove restos necróticos da polpa coronária e radicular, ou seja, é realizado em dentes com polpa morta. · Pulpotomia- remove somente a polpa coronária, sendo uma tentativa de manter a vitalidade pulpar radicular em dentes os quais não apresentem sintomatologia espontânea nem seja observado radiograficamente lesões periapicais. · Qual a função e importância dos odontoblastos? Tais células são responsáveis pela produção de dentina a qual pode ser secundaria a qual é a produzida ao longo de toda a vida do individuo como resposta aos estímulos externos; dentina terciaria, esclerótica (que é a região onde se tem os túbulos dentinários obliterados por dentina) e a dentina intra ou peritubular (dentina produzida dentro dos túbulos) fecha esses túbulos como uma forma de proteger a polpa, deixando a dentina menos permeável. · O que seria uma Lima? Se trata do instrumento utilizado para realizar o preparo mecânico do canal radicular, a qual apresenta variações de tamanho, flexibilidade, curvatura... se adequando assim aos mais diversos tipos de canais Com isso deve se lembrar que um dente não apresenta somente um canal e sim um SISTEMA DE CANAIS RADICULARES assim o instrumento por mais flexível que seja não consegue entrar por alguns canais a exemplo do canal lateral, por isso o tratamento endodontico é composto por uma etapa mecânica realizada primordialmente por limas e um preparo químico realizado por meio de substâncias químicas auxiliares. Deve se salientar ainda que em caso de polpa necrosada o tratamento acaba por incluir a medicação intracanal justamente por a lima não conseguir alcançar todos os canais de modo que a medicação age eliminando toda e qualquer bactéria restante nos canais radiculares. Anatomia Interna Propriamente Dita O nome da cavidade pulpar muda de acordo com o terço. No terço cervical, em região de coroa, se chama câmara pulpar. No terço médio e apical é o canal radicular. Os dois formam a estrutura interna do dente, chamada endodonto, e dependendo do dente o endodonto pode ter mais de um canal radicular. A morfologia dessa cavidade corresponde a estrutura do dente, do número de cúspides, da curvatura do dente, e da idade do dente (dentes jovens tem câmara e canais radiculares maiores), ou seja, o contorno da câmara pulpar e do canal radicular acompanha o contorno da superfície externa do dente, essa morfologia pode se modificar dependendo de modificações que o dente vier a sofrer ao longo da vida (idade, agressões mecânicas, térmicas, químicas, ou bacterianas). · Teto: É o limite superior voltado para a face incisal ou oclusal. Em geral, possui projeções de dentina (divertículos) preenchido com tecido conjuntivo (cornos pulpares) em direção as cúspides. Não é reto. É nele que realizamos a abertura coronária para alcançar o assoalho da câmara pulpar. · Assoalho: É o limite cervical que dá acesso a entrada dos canais (mais de 2) quando o dente tem múltiplos canais. Em dentes de canais únicos não existe assoalho, a câmara se continua com o canal radicular. Deve-se haver cuidado para não perfurar esse soalho durante a abertura, evitando brocas longas de ponta cortante e preferindo as curtas em busca de evitar uma perfuração na região de furca. O soalho costuma ter cor acinzentada, ser liso, brilhoso e polido, apresentando em geral uma forma convexa que não deve ser modificada. Uma vez modificado pode dificultar muito encontrar os canais · Paredes (mesial, distal, vestibular e lingual): São as paredes de dentina que circundam a câmara pulpar e apresentam concavidades e convexidadesCom o passar do tempo a relação Teto x soalho vai diminuindo, aproximando os dois e exigindo maior cuidado para a remoção de tecido pulpar sem perfurar o dente. O teto tem que ser removido pois em áreas de divertículos pode haver resto de polpa, cemento, e pode dificultar a visualização do canal, e causar tensão no instrumento, levando a fratura. É importante salientar que ao realizar a abertura deve se dar uma conformação expulsiva tirando as convexidades acentuadas para permitir a visualização e instrumentação de todo canal radicular e evitar o stress do material, levando a fratura. Leis de KRASNER E RANKOW São as leis as quais auxiliam na localização das embocaduras. I. Lei da Centralidade e concentricidade (a nível de junção cemento esmalte) O assoalho este sempre no meio do dente. A distância da superfície externa da coroa à parede da câmara é a mesma em toda a circunferência do dente. II. Lei da simetria dos orifícios dos canais (Com exceção dos molares superiores). Estão equidistantes de uma linha imaginária eu atravessa o dente no sentido MD. III. Lei da mudança de cor A cor do assoalho é sempre mais escura que a das paredes e do teto. IV. Lei da localização. Os orifícios estão sempre localizados: · Na junção das paredes com o assoalho pulpar. · Nos ângulos da junção entre o assoalho e as paredes da câmara · Embaixo das cúspides. Divisão da Câmara Pulpar A divisão didática é importante para a instrumentação visto auxiliar para a não contaminação dos terços, por exemplo: ao iniciar o preparo com a lima você não insere de qualquer modo, você inicia do terço cervical, limpa e depois segue para os terços seguintes evitando assim levar bactérias para o terço apical. Biologicamente a câmara pulpar é dividida de acordo com o tecido que reveste internamente o canal (dentina ou cemento) · Canal dentinario: É onde se encontra a polpa dentaria radicular Rico em tecido conjuntivo frouxo e odontoblastos; é revestido por dentina, se trata do “campo de ação do endodontista” · Canal cementario Rico em tecido conjuntivo maduro; não apresenta odontoblastos; é revestido por cemento; esta completamente formado de 3 a 5 anos após a erupção do elemento dental Anatomia do Ápice · Limite CDC: Onde termina o canal dentinario e inicia o canal cementario (marcado por uma constrição de dentina), é importante lembrar que a área de atuação da endodontia se restringe ao canal dentinario, por isso ao pegarmos uma radiografia devemos medir o dente para saber até onde podemos ir, no entanto, em caso de polpa morya deve se realizar a limpeza do canal cementario visto o mesmo também estar contaminado. Sobre respeitar limites anatômicos: IMAGEM A: Massa dentro do canal (obturação), que demonstra um cone de guta que foi além do ápice e extravasou material. IMAGEM B: O certo era chegar até o ápice, tem muitas razões para não conseguir chegar, mas o certo é conseguir. IMAGEM C: Excesso de material. OBS: todo dente obturado é um dente que tratamento de canal radicular. Sistema de Canais Radiculares O nosso objetivo é tratar o canal principal, porém temos um sistema de canais o qual tem acesso limitado o que prejudica a limpeza por completo por isso se faz uso das substancias químicas auxiliares, e em caso de polpa necrosada usa se, também, medicação intracanal, e por fim se obtura de modo a vedar as paredes e canais e impedir a proliferação bacteriana. Canal principal: É o mais importante, passa pelo eixo dental, podendo alcançar sem interrupções o ápice radicular. Canal colateral ou bifurcado: corre mais ou menos paralelamente ao canal principal, podendo atingir independentemente o ápice. Quase sempre é de menor calibre que o principal.Canal secundário: sai da porção apical do canal principal e termina no pericemento apical. Canal acessório: deriva do canal secundário e termina na superfície externa do cemento apical. Intercondutos (Cavo interdental): São os que ligam dois canais radiculares principais, bifurcado e secundário. Mantem sempre relação com a dentina radicular, sem alcançar o cemento e o pericemento apical. Canal lateral: Parte do principal e desemboca no periodonto. Canal recorrente: Sai do principal e retorna para ele mesmo. Canal cavo-inter-radicular: Sai do soalho e desemboca na região de furca. Entre as raízes. Canais reticulares: Resultado do entrelaçamento de 3 ou mais canais, por meio de ramificações do intercanal. Deltas: São múltiplas derivações que se encontram próximas do mesmo ápice e que saem do canal principal para terminar na zona apical. Dão origem aos forames múltiplos. Modificações da Câmara Pulpar Com o passar dos anos a polpa sofre modificações quanto a sua estrutura conforme as injurias sofridas e a própria idade do paciente · Modificações relacionadas a idade Na primeira imagem temos um dente jovem, pois tem menos deposição de dentina, com o passar dos anos começamos a ter uma deposição de dentina secundaria fazendo com que a cavidade pulpar reduza de tamanho, seja por bruxismo, carie, agressões externas, entre outros · Cárie Se temos tecido cariado a polpa começa a diminuir, pois temos deposito de dentina terciaria. Esse é um mecanismo de defesa da polpa para se manter longe da carie. · Desgastes Dentários Desgaste severo, como por bruxismo, pode levar a calcificação desse tecido que sofre muito estimulo. · Calcificações Não tem uma causa muito bem definida ainda. · Trauma Na radio tem o tecido pulpar, e com o trauma a polpa acabou sumindo, pois teve uma calcificação de todo o tecido pulpar daquela cavidade. · Reabsorções Seja por infecções ou traumas acaba por mudar a estrutura da cavidade pulpar Morfologia da Cavidade Pulpar nos Elementos DentáriosFigura 1 Incisivo Central Superior Dente Incisivo Central Superior Tamanho (comprimento) Médio 21,8mm Número de Raízes Raiz única (100%) Formato da Raiz Forma cônico-piramidal, na maioria das vezes retilínea Forma da Camara Pulpar Maior diâmetro no sentido mésio-distal e vai ser mais estreita no sentido vestíbulo-palatino Número e forma dos Canais Canal único, amplo e reto (75%) Seção Transversal Circular Direção Retilinea Considerações clinicas Presença de ombro palatino e cornos pulpares Dente Incisivo Lateral Superior Tamanho (comprimento) Médio 23,1mm Número de Raízes Raiz única (100%) Formato da Raiz Relativamente delgada, apresenta um suave achatamento M-D; Tende a se curvar, no terço apical, no sentido Disto Palatino Forma da Camara Pulpar Alargada no sentido M-D e estreita no sentido V-P Número e forma dos Canais Único em 97% dos casos; Raramente 2 canais (V e P) que se unem no ,terço apical para terminarem em um único forame Seção Transversal Oval Direção Dilaceração apical (71%) Retilinea (29%) Considerações clinicas Curvatura apical para distal ou disto lingual Alta prevalência de Dens in dente Figura 2 Incisivo Lateral Superior Figura 3 Canino Superior Dente Canino Superior Tamanho (comprimento) Médio 26,4 mm Número de Raízes Raiz única (100%) Formato da Raiz Raiz reta em 80,5 % Curvatura para distal em 19,5% Raiz reta em 80,5 % Curvatura para distal em 19,5% Raiz cônico piramidal, reta, em 80,5% dos casos e curvada para distal em 19,5% dos casos. Forma da Camara Pulpar Reproduz a forma externa da coroa sendo, portanto, pentagonal. Número e forma dos Canais Canal radicular único, amplo, com dimensão V-P bem maior que a M-D (100%) Direção Dilaceração apical (61,5%) Retilinea (38,5%) Considerações Clinicas O canal no 1/3 apical é delgado voltado D ou DV Se trata do maior dente da cavidade bucal, assim caso ele apareça menor em uma radiografia deve se suspeitar de encurtamento. Presença de ombro palatino Em todos os dentes até agora, vimos uma continuação do tecido pulpar, ou seja, não temos assoalho, apenas teto. A partir dos pré-molares encontramos o assoalho. Figura 4 1ro Pré molar superior Dente 1º Pré Molar Superior Comprimento Médio 21,5 mm Número de Raízes 1 em 35,5% dos casos; 2 em 50%; 3 em 14,5% Formato da Raiz Raízes delgadas, formato cônico-piramidal Forma da Câmara Pulpar Acompanha a forma externa da coroa, sendo cuboide com forte achatamento M-D e bastante alongada no sentido V-P Número e forma dos Canais Canal estreito e retilíneo; 1 canal em 8,3% dos casos; 2 (V-P)E em 84,2% dos casos; 3 em 7,5% dos casos: Quando tiver 2 canais estes serão atrésicos e quase sempre retilíneos; Quando 3 canais ou ele vai ter 2 canais na raiz vestibular e um canal na raiz palatal, ou ele terá um canal na raiz vestibular e 2 canais na raiz palatal; e nesses casos o canal vai ser estreito; quando somente um canal ele vai ser bem amplo e bastante acessível, com achatamento bem forte no sentido MD Considerações Clinicas Camara pulpar achatada M-D com presença de teto e assoalho Raiz vestibular: ápice delgado podendo ser curvo para L Raiz palatina: ápice delgado podendo ser curvo para V Dente 2º Pré Molar Superior Comprimento Médio 21,6 mm Número de Raízes 1 em 95,6% dos casos; 2 em 5,4% dos casos e fusionadas Formato da Raiz Cônico-piramidal, com forte achatamento M-D Forma da Câmara Pulpar Cuboide com forte achatamento M-D e bastante alongada no sentido V-P Número e forma dos Canais 1 em 53.7% dos casos sendo fortemente achatado no sentido M-D e amplo no sentido V-P; 2 em 46,3% dos casos; Pode haver duplicidade de canais em raiz bifurcada em vários níveis ou em duas raízes Secção Transversal Achatado M-DFigura 5 2do Pre molar superior Direção Curvo 62,6% Considerações Clinicas Pesquisar a presença do segundo canal em mesma raiz Dente Primeiro Molar Superior Tamanho (comprimento) Médio 21,3mm Número de Raízes Três raízes bem diferenciadas (2V e 1P) Formato da Raiz Raiz M-V achatada M-D e ampla V-P apresentando curvatura pra distal; Raiz D-V menores dimensões, forma cônica e sem curvaturas acentuadas. Raiz Palatina volumosa, cônica e quando se curva é para vestibular Forma da Câmara Pulpar Trapezoidal, ampla, alongada no sentido VP e estreita MD. Assoalho Pulpar Convexo e de aspecto regular; Assoalho triangular ou trapezoidal com base maior para V base menor para P Número e forma dos Canais 4 canais em 70% dos casos e 3 canais em 30% dos casos. Canal palatino amplo, de fácil acesso, podendo ser retilíneo ou apresentar leve curvatura para vestibular. Canal disto-vestibular bastante atresiado, pode ou não apresentar curvatura. Dois canais na raiz M-V (70%) canal mésio-vestibular e canal mésio-palatino os quais se unem em alturas variáveis e terminam em forame único ou apresentam trajetórias independentes até o ápice e forames separados. Tais canais, MV e MP são atresiados e de difícil tratamento. Secção Transversal MV achatado MD DV circular P oval Direção MV curvo (78%) DV reto (54%) P curvo (60%) Considerações Clinicas Presença de 4to canal Canal MV com curvatura acentuada para distal Canal P com curvatura para vestibular Dente Segundo Molar Superior Tamanho (comprimento) Médio 21,7mm Número de Raízes Três raízes (2V e 1P), frequentemente ha fusão das raízes Formato da Raiz Raízes menores que do 1MS e convergentes entre si. Forma da Câmara Pulpar Pode apresentar diversas morfologias, mas sempre com achatamento proximal Assoalho Pulpar Triangular, com achatamento proximal Número e forma dos Canais Três (50%) ou quatro canais (50%) (Quarto canal ocorre com menor frequência que no 1MS, mas em percentual expressivo). Secção Transversal MV achatado M-D DV circular P oval Direção MV curvo (78%) DV reto (54%) P reto (63%) ConsideraçõesClinicas Variações no numero de canais Sobreposição do arco zigomático sobre as raízes dificultando a visualização radiográfica dos canais Figura 6 2do Molar superior Dente Incisivo Central Inferior Tamanho (comprimento) Médio 20,8mm Número de Raízes Raiz única (100%) Formato da Raiz Achatada MD por isso maior no sentido V-L Forma da Camara Pulpar Câmara pulpar achatada no sentido V-L no nível incisal e achatada inversamente no sentido M-D nas proximidades do colo anatômico Número e forma dos Canais 73,4% único, 2 canais em 26,6% dos casos onde em 2,3% dos canais seguem caminhos distintos e acabam em forames separados ; Canal de pequenas dimensões Seção Transversal Achatado MD Direção Retilinea 66,7% Considerações clinicas Presença de 2do canal ahaixo do ombro lingual Necessidade da remoção do ombro lingual Menor dente da arcada Figura 7 Incisivo Central Inferior Figura 8 Incisivo Lateral Inferior Dente Incisivo Lateral Inferior Tamanho (comprimento) Médio 22,6mm Número de Raízes Raiz única (100%) Formato da Raiz Raiz reta em 54% dos casos, curvatura distal em 33% Raiz reta em 54% dos casos, curvatura distal em 33% Raiz retilínea em 54% dos casos, e com curvatura distal em 33% dos casos Número e forma dos Canais Quase sempre único;(84,6%) Canal retilíneo, achatado no sentido M-D o que pode dividir o canal em 2 em 15,4% dos casos. Seção Transversal Achatado MD Direção Retilineo 54% Considerações clinicas Há chances de encontrar dois canais na mesma raiz Dente Canino Inferior Tamanho (comprimento) Médio 25mm Número de Raízes Raiz única (96%); Pode ocorrer duplicidade de raízes (V e L) (6%) Formato da Raiz Raiz reta em 54% dos casos, curvatura distal em 33% Raiz reta em 54% dos casos, curvatura distal em 33% Fortemente achatada MD Forma da Camara Pulpar Semelhante a do canino superior, porém mais achatada no sentido M-D e com acentuada dimensão V-L Número e forma dos Canais Canal radicular único (88,2%), com dimensão V-P maior que a M-D e 2 canais em 11,8% Direção Retilinea 68,2% Secção transversal oval Figura 9 1ro pre molar inferior Figura 10 Canino Inferior Dente 1º Pré Molar Inferior Comprimento Médio 21,9mm Número de Raízes Única em 82% dos casos, raramente 3 (2V 1L) Formato da Raiz Achatada na M-D e sulcada em suas faces proximais. Podendo ter bifurcação no ápice em 18% dos casos Forma da Câmara Pulpar Cuboide Número e forma dos Canais Canal único (66,6%) amplo, maior diâmetro V-L; Pode apresentar dois (31,3%) ou três canais (2,1%) (divisão ao nível médio ou apical) Secção Transversal Oval ou achatado MD Direção Curvo 52.5 Considerações Clinicas Procurar segundo canal e torcer para não pegar dente com 3 pois é difícil de tratar Dente 2º Pré Molar Inferior Comprimento Médio 22,3mm Número de Raízes Raiz única em 92% dos casos Formato da Raiz Raiz reta em 54% dos casos, curvatura distal em 33% Raiz reta em 54% dos casos, curvatura distal em 33% Achatada no sentido M-D e quase sempre desprovida de sulcos Forma da Câmara Pulpar Cuboide Número e forma dos Canais Canal único (89,3%) amplo e com maior diâmetro V-L; Apresenta dois canais somente em 10,7% dos casos Secção Transversal Oval ou circular Direção Curvo 61,5% Figura 11 2do pre molar inferior Dente Primeiro Molar Inferior Tamanho (comprimento) Médio 21,9mm Número de Raízes Duas raízes bem diferenciadas (M e D) (92,2%) 2 fusionadas em 5,3%; 3 e, 2,5% Formato da Raiz Raízes achatadas no sentido M-D e amplas no sentido V-L. Raiz mesial com acentuada curvatura e raiz distal levemente encurvada ou reta. Forma da Câmara Pulpar Câmara pulpar semelhante a um cubo, com divertículos bem marcados Assoalho Pulpar Assoalho convexo, de forma trapezoidal, com base maior para mesial e menor para distal. Número e forma dos Canais Três canais (56%) dois na raiz mesial (mésio-vestibular, mésio-distal) e um na raiz distal (distal). Canal D amplo, de forma oval (V-L) e com suave curvatura ou reto. Quatro canais em 36% dos casos, sendo dois na raiz mesial (mésio-vestibular, mésio-lingual) e dois na distal. Canais distais com dimensões mais reduzidas sendo dois na raiz distal (disto-vestibular e disto-lingual) Secção Transversal MV e Ml arredondadas D achatada MD Direção MV e ML curvo (83,5%) D reto (73,5%) Considerações Clinicas Pode apresentar canal cavo inter radicular Presença de istmos Remoção da convexidade da parede mesial Curvatura para distal da raiz mesial Presença de istmo que liga os canais na rais mesial Figura 12 1ro Molar inferior Dente Segundo Molar Inferior Tamanho (comprimento) Médio 22,4mm Número de Raízes 2 diferenciadas 68%; 2 fusionadas 30,5% 3 1,5% Forma da Câmara Pulpar Câmara pulpar semelhante a um cubo, com divertículos bem marcados Número e forma dos Canais Três canais (72,5%) dois na raiz mesial (mésio-vestibular, mésio-lingual) e um na raiz distal (distal) Canal D amplo, de forma oval (V-L) e com suave curvatura ou reto. Dois canais com certa frequência (16,2%) sendo um na raiz mesial e outro na raiz distal. Forma dos canais variável. Quatro canais em 11,3% dos casos sendo dois na raiz mesial (mésio-vestibular) mésio-lin-gual) e dois na raiz distal (disto-vestibular e disto-lingual). Canais distais com dimensões mais reduzidas. Raramente pode apresentar um canal (raízes fusionadas) Secção Transversal MV e ML arredondados D achatado MD Direção MV e ML curvo 72,8% D reto 57,6% Figura 13 2do molar inferior Anomalias de forma Durante a formação do elemento dentário algumas disfunções podem ocorrer ocasionando anomalias de forma as quais necessitam de adaptações no planejamento endodôntico; Elementos dentários como o incisivo lateral superior, por exemplo, estão mais suscetíveis as anomalia de forma visto se encontrar em área de risco biológico. · Fusão Ocorre durante a odontogenese quando dois elementos dentários tentam se fusionar gerando a união de dois germes dentários adjacentes formando dois elementos dentários aderidos pela dentina aparentando ser um dente com com duas coroas, e consequentemente duas cavidades pulpares separadas, bem como dois canais radiculares distintos, deste modo o tratamento ocorre como se fossem dois elementos dentários separados · Geminação O germe dentário sofre uma divisão por invaginação, dando origem a um dente com dupla coroa, cavidade pulpar única e canal radicular único · Taurodontismo Ocorre um desenvolvimento avantajado da porção coronária da cavidade pulpar caracterizando um aumento ocluso apical da câmara pulpar com diminuição do tamanho das raízes. Assim a distancia da furca até a junção cemento esmalte é maior que a distancia cervico oclusal. É importante salientar que a coroa apresenta forma normal, sendo o diagnostico, portanto, radiográfico. Ocorre, principalmente, em dentes molares, tanto permanentes como decíduos, com predileção pelo primeiro molar.O tratamento endodôntico se torna mais difícil devido à alteração na forma da câmara pulpar o que leva a uma maior dificuldade em localizar, instrumentar e obturar os canais pulpares · Dens Invaginatus (dens in dente) Ocorre uma invaginação da superfície da coroa do dente antes da calcificação ocorrer, assim parte da coroa é fomada dentro dessa região. No aspecto radiográfico, o esmalte aparece bem delineado dando a impressão de “um pequeno dente dentro de outro. Assim o acesso endodôntico acaba sendo dificultado devido a esta formação no interior do dente, que cria uma barreira dentro do canal radicular. · Dens Invaginatus (cúspide de talão) Proliferação anormal do epitélio do esmalte no interior do retículo estrelado do órgão do esmalte. Não traz muitas preocupações em relação ao tratamento endodôntico, apenas isolar e fazer abertura
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