Buscar

U1 - Webaula _ Auditoria Contábil

Prévia do material em texto

Origem da auditoria  
Suméria 4.500 a.C. (SÁ, 2010, p. 21). 
Na Itália, em Veneza, 1581, Collegio dei Raxonati, primeiros estudos de auditoria. 
Revolução Industrial, na Inglaterra (CREPALDI; CREPALDI, 2019, p. 266). 
EUA com criação da Security and Exchange Commission (SEC) em 1934 (IUDICIBUS, 2015, p. 20). 
De acordo com Lins (2014),  a palavra auditoria origina-se do latim audire, que signi�ca ouvir. 
Tomando as contas em praça pública. 
Conceito de auditoria 
Auditoria é a aplicação de técnicas para avaliar se as demonstrações contábeis foram preparadas pela
administração da empresa de acordo com as normas contábeis, de forma a reduzir os riscos a um nível aceitável,
tendo como objetivo aumentar o grau de con�abilidade das informações para seus usuários. (STUART, 2014, p. 2;
CFC, 2016, item 3). 
A auditoria deve transmitir aos usuários de demonstrações �nanceiras uma mensagem de que o auditor “obteve
asseguração razoável de que as demonstrações �nanceiras como um todo estão livres de erros
relevantes, independentemente do porte, complexidade ou tipo da entidade auditada”. (IFAC, 2012 apud STUART,
2014, p. 4). 
Auditoria (asseguração razoável) é de�nida como os trabalhos que buscam dar maior con�abilidade às
demonstrações contábeis num nível de aceitação razoável, já que não é possível uma asseguração total das
informações. É regulada pelas NBC TAs. 
Revisão (asseguração limitada) é de�nida como os trabalhos realizados pelos auditores, mas que, por algum
motivo ou ameaça, não é possível a�rmar que a asseguração é razoável e, dessa forma, a opinião do auditor será
limitada. É regulada pelas NBC TRs. 
Estrutura de relatórios �nanceiros aplicáveis 
É o campo de trabalho da auditoria.  
Esse termo indica as demonstrações �nanceiras (DF) 
Seguiu: NBC, ética, legislação 
Devem estar: corretas e completas 
Para a Lei nº 6.404/76: 
BP, DRE, DFC, DMPL e 
Notas explicativas 
S.A. e grande porte: DVA 
Quem é o auditor? 
Requisitos para ser auditor 
Auditoria Contábil 
Introdução à auditoria 
Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a
qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! 
Quem é o auditor? 
Para José Hernandez Perez Junior (2012), 
Ser bacharel em ciências contábeis. 
Ser aprovado no exame de su�ciência. 
Ter registro como contador. 
Ser aprovado no Exame de Quali�cação Técnica (EQT), NBC PA 13(R2). 
Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI). 
Ter atuado como auditor por no mínimo 5 anos. (CVM Instr. 308/98). 
Manter educação pro�ssional continuada (NBC PG 12(R3). 
Comprovar 40 horas de educação continuada todos os anos. 
Plano de carreira: trainee, assistente ou auxiliar de auditoria, auditor sênior, supervisor de auditoria, gerente
de auditoria e sócio da �rma de auditoria (RIBEIRO e COELHO, 2013, p. 40). 
Requisitos éticos: NBCPG 01. 
A NBCPG 100 traz requisitos gerais:
Integridade 
Objetividade 
Competência pro�ssional e devido zelo 
Sigilo pro�ssional 
Comportamento pro�ssional 
Independência 
Ceticismo 
“auditor é o pro�ssional que, possuindo competência legal como contador e conhecimentos em áreas correlatas à
contabilidade, emitirá sua opinião a respeito das demonstrações contábeis”. 
“
”
Quem regula a pro�ssão de auditor? 
Órgãos reguladores da pro�ssão de auditor no Brasil 
Conselho Federal de Contabilidade – CFC 
1. Conselho Federal de Contabilidade – CFC 
2. NBC TA – Técnicas de auditoria 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM 
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil – IBRACON 
Banco Central do Brasil (BCB) 
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) 
Quais empresas são obrigadas a se submeter à auditoria?  
Fonte: elaborado pelo autor. 
Empresas obrigadas a contratar auditoria 
S.A. de capital aberto, art. 177, § 3º, da Lei nº 6.404/76. 
Empresas de grande porte: a Lei nº 11.638/17, § único, do art. 3º. Capital > 240 milhões ou Receita > 300
milhões. 
Entidades �lantrópicas, receita R$ 2,4 milhões, Lei nº 12.101/20019, art. 28. Inciso VIII ou pelo decreto
2.536/98.  
Instituições �nanceiras e de fundos de investimentos por força da Resolução BACEN nº 2.267/96. 
Sociedades seguradoras, de capitalizações e previdência complementar, Resolução do Conselho Nacional de
Seguros Privados (CNSP) nº 118/2004. 
As empresas submetidas às agências reguladoras do estado, ANEEL, ANATEL, entre outras. 
Tipos de auditoria 
Auditoria externa ou independente 
Auditor interno Auditor externo 
Relação do
auditor com a
empresa 
É empregado da empresa ou terceirizado  Não possui vínculo empregatício 
Grau de
independência 
Menor Maior
Finalidade 
Comunicar os trabalhos realizados, as conclusões
e as recomendações a serem implementadas 
Emissão de uma opinião sobre a
adequação das demonstrações
contábeis 
Auditoria interna 
Auditoria �scal – órgãos do governo 
Especí�cas
Demonstrações contábeis 
Controle internos 
Ambiental 
TI 
RH 
Compliance 
Tributária, entre outras 
Auditoria interna 
Controles internos: Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Comission (COSO): 
É facultativa, sendo realizada em função de previsão estatutária ou para assegurar o efetivo cumprimento dos
controles internos das organizações. Funciona como um instrumento de apoio à gestão da empresa.
A NBC TI 01 (CFC, 2003) nos dá uma ideia dos elementos que compreendem a auditoria interna, como: 
os exames, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para avaliação da
integridade, adequação, e�cácia, e�ciência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de
controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. 
“são processos esperados pela gestão da empresa com o objetivo de fornecer segurança razoável quanto à consecução de
con�abilidade de informações �nanceiras, obediência às leis e regulamentos aplicáveis, ou seja, compliance e e�cácia e
e�ciência das operações”. 
— FERREIRA; PORTELLA, 2015, p. 537
“
”
Quem pode ser auditor interno?
Como a auditoria interna é realizada por uma equipe multidisciplinar, qualquer pro�ssional com conhecimentos
técnicos pode ser auditor interno. 
Mas para a área de contabilidade recomenda-se um contador. 
Seguindo a NBC PG 100 (CFC, 2014) 
Auditor interno Auditor externo 
Tipos de
auditoria 
Contábil e operacional Contábil 
Público-alvo Interno Interno e externo 
Duração Contínua Pontual 
Volume de
testes 
Maior Menor 
Quem exerce a
atividade 
Qualquer pro�ssional indicado pela empresa ou
contador registrado no CRC 
Contador registrado no CRC, CNAI,
CVM 
Documento que
produz 
Relatório Relatório 
Onde é realizada Qualquer empresa Qualquer empresa 
Obrigatoriedade Não Sim 
Tabela 2.2: Quadro comparativo entre auditoria e perícia contábil  
Fonte: adaptada de Hoog (2001, s.p.). 
Referências:
BARRETO, D.; GRAEFF, F. Auditoria: teoria e exercícios comentados. 6. ed. São Paulo: Forense, 2010. 
CREPALDI, S.A; CREPALDI, G. S. Auditoria contábil: teoria e prática. 10. ed. [3a Reimpr.]. São Paulo: Atlas, 2019.
Disponível em: https://bit.ly/2S5bLHI. Acesso em: 7 ago. 2019. 
CVM. [Instrução CVM 308: texto consolidado.] Instrução CVM 308/99. 1999. Disponível em: https://bit.ly/2SseASl.
Acesso em: 7 ago. 2019. 
FERREIRA, J. A. S. F.; PORTELLA, G. A. Controladoria: conceitos e aplicações para gestão empresarial. São Paulo:
Saint Paul Editora, 2015. 
HOOG, W. A. Z. Diferença entre auditoria e perícia contábil, 2001. Disponível em:  
https://bit.ly/39iglYL. Acesso em: 6 ago. 2019. 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597006681
http://www.cvm.gov.br/export/sites/cvm/legislacao/instrucoes/anexos/300/inst308consolid.pdf
https://www.crcpr.org.br/new/content/publicacao/revista/revista133/diferenca.htm
IUDÍCIBUS, S. Teoria da contabilidade. 11. ed. São Paulo: Atlas.2015. Disponível em: https://bit.ly/2Oy5It7. Acesso
em: 5 ago. 2019. 
LINS, L. D. S. Auditoria: uma abordagem prática com ênfase na auditoria externa: atualizada e revisada. 4. ed. São
Paulo: Atlas, 2017. Disponível em: https://bit.ly/2tAaNd3. Acesso em: 6 ago. 2019.  
PEREZ JUNIOR, J. H. Auditoria de demonstrações contábeis: normas e procedimentos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
Disponível em: https://bit.ly/2SnCKxh. Acesso em: 6 ago. 2019. 
RIBEIRO, O.M.; COELHO, J.M.R. Auditoria fácil. 2. ed. São Paulo: Saraiva. 2013. Disponível em: https://bit.ly/31waL2t.
Acesso em: 6 ago. 2019. 
SÁ, A. L. D. Curso de auditoria. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
STUART, I. C. Serviços de auditoria e asseguração na prática. Tradução de Christiane de Brito. Porto Alegre: AMGH,
2014. Disponível em: https://bit.ly/2H2Oaky. Acesso em: 06 ago. 2019. 
Para NBCs consultar: https://bit.ly/2UvwyG8 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522496242
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788597011807
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788522469918
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788502213487
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788580553079
https://cfc.org.br/tecnica/normas-brasileiras-de-contabilidade/

Continue navegando