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Semiologia ginecológica - aprenda sem medo

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• A consulta ginecológica começa, como 
em outras áreas da medicina, pela 
anamnese. 
• IDADE: permite situar a paciente em 
uma das diversas fases da vida da 
mulher, quai sejam infância, 
puberdade, maturidade, climatério e 
senilidade. Sabe-se que certas 
patologias são mais freqüentes em 
determinadas faixas etárias, facilitando 
assim o raciocínio diagnóstico. 
• COR: tem importância visto que certas 
patologias são mais constantes em 
determinadas raças. 
• NATURALIDADE E PROCEDÊNCIA: sua 
importância reside no fato que certas 
doenças são mais comuns em 
determinadas regiões, como o câncer 
da mama, que é mais freqüente em 
mulheres procedentes dos Estados 
Unidos. 
• Uma vez feita a identificação da 
paciente, passa-se à etapa seguinte da 
anamnese: 
• QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO: Deve-
se fazer a transcrição fiel das expressões 
usadas pelas pacientes. 
• INTERROGATÓRIO SOBRE OS 
DIVERSOS APARELHOS: É de real 
importância porque muitas vezes uma 
queixa que a paciente pensava ser de 
origem ginecológica, pode ter, na 
realidade, outra origem, tal como o 
trato intestinal ou, ainda, o aparelho 
urinário. 
• ANTECEDENTES FAMILIARES: Sabe-se 
que algumas ginecopatias tendem a se 
 
 
 
 
 
 
 
repetir entre membros de uma mesma 
família. 
• ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS: O 
interrogatório deve começar pela idade 
da menarca. Espera-se que este fato 
ocorra entre os 11 e 13 anos da vida da 
mulher, porém desvios para menos (10 
anos) ou para mais (16 anos) podem ser 
normais. Seguindo essa linha, pergunta-
se sobre o aspecto menstrual: volume, 
quantidade, cor, intervalo, etc. 
 
 
 
• Deve-se iniciar pelo exame físico geral 
denominado somatoscopia, onde são 
anotados, por exempo, os dados 
referentes à pressão arterial, pulso, 
temperatura, estatura, peso, fáscies, 
etc. 
 
 
 
• O exame ginecológico engloba o exame 
das mamas, vulva, vagina, do útero e 
dos anexos uterinos. 
 
 
 
Inspeção estática: com a paciente 
ereta ou sentada, observamos as 
mamas quanto ao tamanho, 
regularidade de contornos, forma, 
simetria, abaulamento e retrações, 
pigmentação areolar, morfologia da 
papila e circulação venosa. 
 
 
Anamnese 
Exame físico geral 
Exame ginecológico 
Exame físico - mamas 
 
Inspeção dinâmica: O paciente deve 
se encontrar sentado, com o tórax 
desnudo e realizar manobras que 
promovam o estiramento ou a 
contração dos músculos peitorais com 
o objetivo de verificar o aparecimento 
de tumores ou retrações, ou a 
acentuação daqueles já verificados na 
inspeção estática. 
 1º movimento: pede-se à 
paciente que eleve os membros 
superiores, lentamente, ao longo do 
tronco até acima da cabeça. 
 
 2º movimento: pede-se à 
paciente que estenda os membros 
para frente, abaixo da mama, 
segurando uma mão na outra em garra 
e inclinando o tronco, de modo que as 
mamas fiquem pêndulas, perdendo 
todo o apoio da musculatura peitoral. 
Então se pede que tracione as mãos em 
frente ao corpo. 
 
 3º movimento: pede-se que a 
paciente apoie as mãos sobre a cintura, 
pressionando as asas do ilíaco, e pede 
para que ela mova seus ombros para 
frente, bilateralmente com força, sem 
deixar de segurar na cintura. 
 
 
Palpação da mama: Paciente deve se 
encontrar deitada com os braços 
abertos atrás da cabeça. O examinador 
precisa passar por todas as áreas e 
AMBAS AS MAMAS. 
 
 
Expressão ou descarga capilar: Esse 
exame é deitado e serve para analisar se 
há descarga papilar. O examinar 
precisa realizar uma leve pressão 
iniciada desde a base da mama e segue 
até o mamilo. 
 
 
Palpação dos linfonodos: Região axilar 
e supraclavicular. Caso tenha algum 
linfonodo, tem que avaliar a 
localização, número, diâmetro, 
consistência, fixação a estrutura 
vizinhas, nível doloroso. 
 
 
 
 
➔ Inspeção estática 
• A inspeção dos órgãos genitais externos 
requer a utilização das luvas e com a 
Exame físico - genital 
 
paciente em posição de 
litotomia/ginecologica. 
 
• Avalia-se: 
1- Forma do períneo: Observar 
possíveis cirurgias (episiorrafias, 
perineoplastias) ou até mesmo roturas. 
2- Disposição dos pelos do monte 
púbis 
3- Conformação externa da vulva 
(grandes lábios): ver se estão normais 
ou atróficos, que é característico do 
climatério; 
 
• Após observar esses 3 itens, o 
examinador pega os grandes lábios com 
o polegar e o indicar, puxando-os 
ligeiramente para frente. Assim, faz a 
avaliação da: 
 
• 1. Fenda vulvar (fechada, entreaberta, 
aberta), presença de secreções, 
hiperemias; 
• 2. Pequenos lábios, se há hipertrofia 
ou assimetria de pequenos lábios; 
• 3. Vestíbulo vulvar, observar o 
orifício das glândulas de skene 
(parauretrais) e orifício da uretra, 
clitóris, meato uretral; 
• 4. Glândulas de Bartholin na região da 
vulva. Caso palpáveis pode ter o cisto de 
glândula de bartholin ou se dolorido a 
bartholinite; 
• 5. Tipo de hímen, se elástico, intacto, 
carúnculas himenais (após relação 
sexual) ou carúnculas mirtiformes (após 
parto). 
 
 
➔ Inspeção dinâmica 
 
• O examinador, ainda afastando os 
grandes e pequenos lábios, observa a 
parede vaginal e solicita ao paciente 
que realize força abdominal como 
fosse evacuar ou para que sopre em 
sua mão sem deixar sair o ar 
(manobra de Valsalva), para 
pesquisar procedência de paredes 
vaginais: prolapso vaginal anterior 
(cistocele) ou prolapso vaginal 
posterior (retocele). 
 
 
 
➔ Palpação 
• O examinador palpa toda a extensão 
da vulva tentando identificar tumores, 
cistos (de Bartholin) e linfonodos de 
vulva. E, também, palpar o períneo 
com a finalidade de avaliar a 
integridade perineal. 
 
 
➔ Exame especular 
• o exame especular ocorre com os 
seguintes passos: 
• 1. Abertura dos lábios vaginais; 
• 2. Introdução do espéculo de collins. 
Este se encontra obliquo, fechado e 
com o cabo para baixo; 
• 3. Na medida em que vai introduzindo, 
rotaciona-o para que ele seja aberto 
verticalmente e com o pino para 
baixo; 
 
• 4. A espátula de Ayre na ectocérvice 
(área externa da abertura do colo), 
fazendo um giro total dessa parte da 
espátula sobre a parte externa do 
colo. 
 
 
 
 
 
• Depois disso, pegue a escovinha 
endocervical e introduza-a na 
endocérvice (dentro do orifício do 
colo), delicadamente e gire. 
 
 
 
 
➔ Toque ginecológico 
• Para este exame o examinador 
necessita ficar de pé. Retira-se uma 
das luvas e com a mão que está com a 
luva afastar os grandes e pequenos 
lábios da vulva com o polegar e o 4º 
dedos, dando a abertura suficiente 
para que o 2º e 3º dedos entrem na 
vagina. 
• Finalidade: auxiliar no diagnóstico de 
cistos, miomas, endometriose, 
doença inflamatória pélvica, alteração 
no volume dos ovários, infecções, 
observar o aspecto do colo do útero, 
dentre outros.

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