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Gripes e Resfriados

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1 
 
GRIPES E RESFRIADOS 
GRIPES 
• Infecções virais 
• Caracterizadas por padrões de ocorrência que 
variam de acordo com 
▪ Aspectos sazonais 
▪ Demográficos 
▪ Fatores de risco do hospedeiro 
 
EPIDEMIOLOGIA 
Influenza 
• Doença respiratória causada pelos 
ortomixovírus influenza A e influenza B 
• Acomete as populações sob a forma de 
epidemias de gripe 
• Maior morbidade em idosos e em outros 
grupos de risco 
 
Variação genética 
• Ocorre particularmente nas glicoproteínas de 
superfície He N dos vírus 
• Drift antigênico: pequenas mutações 
• Shift antigênico: combinação de genes de 
diferentes espécies de hospedeiros (aves, 
suínos ou humanos) em um hospedeiro 
intermediário gerando novos subtipos 
 
Influenza A 
• A caracterização dos tipos de hemaglutinina 
(H1-H17) e neuroaminidase (N1-N10) que 
estabelece os subtipos 
• H1, H2 e H3 são adaptados aos receptores 
humanos 
 
Histórico 
• Gripe espanhola (1918 – H1N1 influenza 
aviário). Com 20 milhões de mortos 
• Gripe asiática (1957- H2N2, origem em aves e 
suínos) 
• Gripe de Hong Kong (1968- H3N2, origem em 
aves e suínos) 
• Gripe suína (H1N1) 
 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS 
Epidemias 
• Sazonais, no hemisfério sul ocorrem 
principalmente de abril a setembro) 
• Início abrupto, acometendo primeiramente 
crianças 
• 10 a 20% da população apresenta expressão 
clínica 
• Incidência de 40 a 50% nos idosos e outros 
grupos de risco 
 
Transmissão 
• Pessoa- Pessoa: gotículas (tosse e espirros) que 
atingem a nasofaringe e a árvore 
traqueobrônquica 
• Contato manual em superfície contaminadas e 
mucosas 
• Períodos de maior transmissibilidade: febril e 
até 24h após a efervescência 
 
Influenza sazonal X H1N1 
• Mesmos grupos de risco para complicações, 
contudo 
• Devido à maior capacidade de replicação do 
vírus pandêmico no trato respiratório inferior, 
casos mais graves ocorrem também em 
indivíduos mais jovens sem comorbidades 
PATOGÊNESE 
• Inalação ou inoculação do vírus → replicação 
no epitélio respiratório → lise celular, 
2 
 
descamação epitelial e produção de citocinas 
pró- inflamatórias 
• A doença costuma ser autolimitada, restrita ao 
trato respiratório superior 
Pneumonia viral 
• Fatores do hospedeiro, cepas mais patogênicas 
ou com maior facilidade de replicação 
• Pneumonite intersticial com infiltrado 
mononuclear 
• O espaço intra-alveolar é preenchido com 
exsudato e hemorragia dos capilares, 
determinando alteração na troca gasosa e 
hipóxia 
QUADRO CLÍNICO 
• Período de incubação (1 a 4 dias) 
• Início súbito 
• Febre elevada (>38°C) 
• Tosse seca 
• Sintomas gerais, incluindo mialgia, calafrios, 
dor de garganta e cefaleia 
• Sintomas persistem por 3 a 4 dias 
• Tosse e fadiga podem persistir até 2 semanas 
após o término da febre 
Crianças 
• Podem apresentar dor abdominal, vômitos, 
diarreia e complicações, como crupe, 
bronquiolite e otite média aguda 
 
Idosos 
• Evolução mais insidiosa, com febre baixa ou 
ausente, confusão mental e fraqueza 
 
 
PNEUMONIA VIRAL E PNEUMONIA 
BACTERIANA SECUNDÁRIA 
Complicações mais observadas 
• Bronquite aguda 
• Exacerbação da asma 
• DPOC 
 
Pneumonia viral primária 
• Início do 3° ao 5° dias 
• Persistência da febre e da tosse, surgindo 
dispneia, acompanhada de cianose e 
hipoxemia 
• Radiologia de tórax: infiltrado do tipo 
intersticial bilateral (as vezes localizado) 
• Leucograma apresenta leucocitose com desvio 
à esquerda ou leucopenia 
• Mortalidade elevada e associada a fibrose 
pulmonar extensa ou a fenômenos 
hemorrágicos 
 
Pneumonia bacteriana secundária (tardia) 
• Streptococcus pneumoniae, Haemophilus 
influenzae e S. aureus 
• Mais frequente em idosos, indivíduos com 
doença crônica e gestantes 
• Após período de melhora relativa (5 a 10 dias), 
reaparece febre, tosse com expectoração e 
imagem radiológica de consolidação 
 
Complicações neurológicas 
• Encefalite pós-infecciosa (encefalite letárgica 
• Convulsões (mais comuns na fase aguda, em 
crianças pequenas) 
• Encefalite aguda 
• Síndrome de Guillain- Barré 
 
Síndrome de Reye 
• Caracterizado por encefalopatia e insuficiência 
hepática em crianças com histórico de uso de 
ácido acetilsalicílico 
• Sobretudo em crianças de 2 a 16 anos, também 
pode acometer adultos e se associar a outros 
vírus e ao vírus influenza B 
 
 
 
3 
 
Condições clínicas associadas menos frequentes 
• Miocardite (influenza B), pericardite, síndrome 
do choque tóxico, alterações hematológicas 
(sangramentos), miosite, rabdomiólise, 
mioglobinúria, insuficiência renal, parotidite 
 
Influenza causada por vírus A 
• Maior parte dos casos são leves e apesar dos 
sintomas gerais intensos, não apresentam 
dificuldade respiratória 
• Muitos pacientes evoluem sem febre após 2 a 
3 dias e melhoras com ou sem tratamento 
antiviral 
• Pode eventualmente vir a ser sistêmico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quadro clínico sistêmico 
• Disfunção inicial grave e coinfecção bacteriana 
precoce 
• Alguns casos com alterações gastrintestinais, 
elevação de enzimas hepáticas, linfopenia e 
insuficiência renal, alterações que sugerem 
mau prognóstico 
• Pacientes em melhora após 2 a 3 dias e/ou com 
sinais e sintomas sugestivos de complicações 
respiratórias, hemodinâmicas ou 
descompensação da doença de base 
▪ Devem ser tratados com antiviral, 
mesmo após 48h do início dos 
sintomas 
▪ Internação, exames laboratoriais e de 
imagem 
▪ Oximetria imediata 
 
Pacientes graves 
• Insuficiência respiratória, oximetria ou 
gasometria alteradas e sinais de choque ou 
insuficiência de múltiplos órgãos, incluindo 
insuficiência renal 
• Oxigenoterapia, hidratação, internação em 
UTI, com ventilação mecânica precoce 
• Antibioticoterapia concomitantemente ao uso 
do antiviral 
• A radiografia de tórax e os exames 
laboratoriais não permitem distinguir 
pacientes com pneumonia exclusivamente 
viral ou pneumonia viral e bacteriana 
 
Principais sinais de agravamento para suspeita de 
SRAG relacionada a influenza 
• Aparecimento de dispneia ou taquipneia ou 
hipoxemia -SpO2 <95% 
• Persistência ou aumento da febre por mais de 
3 dias 
• Exacerbação de doença pré-existente (DPOC, 
cardiopatia ou outras doenças com 
repercussão sistêmica) 
• Disfunções orgânicas graves 
• Miosite comprovada por creatinoquinase – 
CPK (≥2 a 3 vezes) 
• Alterações do sensório 
• Exacerbação dos sintomas gastrintestinais em 
crianças 
• Desidratação 
4 
 
Grupos de risco para complicação por influenza 
• Grávidas em qualquer idade gestacional e 
puérperas até 2 semanas após o parto 
(incluindo as que sofreram aborto ou perda 
fetal) 
• Adultos ≥ 60 anos 
• Crianças < 2 anos, principalmente aquelas 
menores de 6 meses 
• Pneumopatias (incluindo asma) – atenção 
especial aos pacientes com tuberculose, 
devido ao maior risco de agravamento ou 
reativação 
• Cardiovasculopatias (excluindo hipertensão 
arterial sistêmica isolada) 
• Nefropatias 
• Hepatopatias 
• Doenças hematológicas (incluindo anemia 
falciforme) 
• Distúrbios metabólicos (incluindo diabetes 
melito) 
• Transtornos neurológicos e do 
desenvolvimento que possam comprometer a 
função respiratória ou aumentar o risco de 
aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, 
epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de 
Down, acidente vascular cerebral – AVC ou 
doenças neuromusculares) 
• Imunossupressão associada a medicamentos, 
neoplasias, HIV/AIDS ou outros 
• Obesidade (índice de massa corporal – IMC ≥ 
40, em adultos) 
• Indivíduos menores de 19 anos de idade em 
uso prolongado de ácido acetilsalicílico (risco 
de síndrome de Reye) 
• População indígena aldeada 
 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL 
Casos de Síndrome gripal 
• Podem ser causados por outras etiologias 
virais, principalmente o rinovírus, o vírus 
parainfluenza,vírus sincicial respiratório e 
adenovírus 
 
Diagnóstico Laboratorial 
• Em algumas situações e casos graves 
hospitalizados com suspeita de H1N1 
• Reação em cadeia de polimerase (PCR) que 
permite identificar o vírus influenza A sazonal 
e o pandêmico 
 
Diante de caso suspeito 
• Coletar swabs da nasofaringe ou da garganta, 
enviando o material para o laboratório até 2h, 
em solução salina 
• Pode coletar lavado ou aspirado 
traqueal/brônquico de pacientes sob 
ventilação mecânica 
• Momento ideal de coleta- até quinto dia da 
sintomatologia 
TRATAMENTO 
Objetiva 
• Aliviar sintomas 
• Abreviar a recuperação 
• Evitar complicações 
• Diminuir a circulação e a disseminação de 
vírus, principalmente em grupos de risco 
 
Suspeita de influenza H1N1 ou dos vírus sazonais 
• Fundamental tratar os grupos de risco 
(principalmente grávidas) 
• Indivíduos que retornem ao serviço de saúde 
sem melhora após 72h 
• Pacientes com suspeita de SRAG (febre, tosse 
e dispneia) 
• Introduzir imediatamente o antibiótico 
associado ao antiviral, para pacientes 
hospitalizados, oxigenoterapia agressiva e 
evitar o uso de corticoesteroides 
SUBSTÂNCIAS ANTIVIRAIS 
• Oseltamivir e Zanamivir 
• Efetivos contra influenzas A e B, quando 
iniciados até 30 a 36h (máximo 48h do início o 
quadro de síndrome viral 
Dose de Oseltamivir 
• 75 mg/cápsula, 2x ao dia, por 5 dias 
• Apenas 75/mg dia para pacientes com 
depuração de creatinina <30 ml/min, evitando 
utiliza-lo em pacientes com depuração <10 
ml/min 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Zanamivir 
• Distribuído como pó inalatório 
• Reservado para casos de intolerância ao 
Oseltamivir 
• Dose de duas inalações ao dia (10mg de 
12/12h), por 5 dias 
 
Tratamento prolongado 
• 7 a 10 dias aumentando a dose para 150 
mg/dia para pacientes de alto risco, 
hospitalizados graves com pneumonia e 
pacientes em uso de sonda nasogástrica 
IMUNIZAÇÃO 
Vacina utilizada no Brasil 
• Vírus inativado, trivalente, composta de cepas 
do tipo A (H3N2), A (H1N1) e uma de influenza 
B (Yamagata ou Victoria) 
• Clínicas – Quadrivalente inativada que contém 
duas cepas de cada linhagem de influenza B 
Administração 
• Via intramuscular (IM), em dose única, a partir 
dos 2 anos de idade 
• Para crianças mais novas, duas doses (primeira 
vacina), com intervalos de 30 dias, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
considerando que a proteção deve ocorrer em 
2 semanas 
• Pacientes revacinados anualmente 
Efeitos colaterais 
• Locais em até 48h após a injeção, em 10 a 64% 
dos indivíduos, incluindo dor e eritema 
• Reações sistêmicas são bem menos 
frequentes, começam em 6 a 12h e duram no 
máximo 2 dias, e são mãos observadas em 
crianças 
• Síndrome de Guillan- Barré é de incidência 
extremamente rara (1 a 2/milhão, com início 
da paralisia progressiva até 6 semanas após a 
vacina 
• Contraindicada em alérgicos à proteína do ovo 
RESFRIADOS 
Agentes etiológicos 
• Rinovírus é o principal. A infecção por rinovírus 
é o principal fator desencadeador de asma em 
crianças maiores de 2 anos, e até 20% das 
infectadas desenvolvem otite média em 2 a 5 
dias após o início do resfriado 
6 
 
• Enterovírus, como o Echovirus e o Coxsakie, 
além de adenovírus, vírus respiratório sincicial, 
parainfluenza e coronavírus 
Transmissão 
• Contato manual direto ou indireto de 
indivíduos infectados, atingindo, assim, o sítio 
de entrada (nariz, olhos) 
• Infecção inicia na nasofaringe posterior 
(adenoides), e a eliminação de vírus persiste 
por até 3 semanas 
 
Sintomas 
• Obstrução nasal 
• Rinorreia 
• Dor de garganta 
• Ocorrem de 8 a 10h após a infecção, com 
intensidade máxima em 1 a 3 dias 
• Sintomatologia inicial está relacionada à 
produção se mediadores de resposta 
inflamatória: prostaglandinas, cininas, 
histamina e interleucinas 
 
 
TRATAMENTO 
• Alívio dos sintomas 
• Deve ser precoce (AINH + anti-histamínicos) 
visando reduzir a possibilidade de 
complicações 
• Persistência de sintomas após 1 semanas deve 
ser considerada sinal de complicação, sendo a 
principal a sinusite bacteriana 
Anti-histamínicos de primeira geração 
(clorfeniramina) e a administração tópica ou oral de 
agonistas α-adrenérgicos 
• Atenua sintomas nasais 
• Principais efeitos colaterais: sonolência, 
ressecamento de mucosas e rinite 
medicamentosa (efeito rebote) 
 
Anti-inflamatórios não hormonais (AINH) 
• Ibuprofeno e naproxifeno 
• Indicados para o combate de sintomas gerais 
FIM

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