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AULA XII - CASO CONCRETO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA/MG	
Processo n° xxx
ISABEL PIMENTA, já devidamente qualificada, por seu advogado, com endereço profissional na Estrada dos Bandeirantes, nº11.227, Vargem Pequena, Rio de Janeiro/RJ, CEP 22783-090, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO DE DECLARATÓRIA DE NULIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por REGINA SILVA, já devidamente qualificada, vem a este juízo, oferecer/ou apresentar:
CONTESTAÇÃO,
para expor e requerer o que se segue:
PRELIMINARES 
LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO:
No caso em tela há o litisconsórcio passivo necessário, pois, a venda do imóvel ocorreu entre Andre das Neves e a Ré, e foi proposta somente em face da Ré.
A ação deve ser proposta contra todos que participaram do negócio jurídico que se pretende anular, conforme artigo 114, do CPC.
Desta forma, requer a correção do polo passivo, sendo incluído as demais pessoas que participaram do negócio jurídico, sob pena de extinção do processo, conforme artigos 114, 115, II, 485, X, ambos do CPC. 
PEREMPÇÃO:
Primeiramente, é importante destacar que a Autora já ajuizou outras três ações com a mesma causa de pedir e pedido em face da ora Ré, sendo extintas as ações anteriores por abandono da parte Autora. 
Insta frisar que, ocorreu a perempção pois a Autora não pode ajuizar uma quarta ação com a mesma causa de pedir e pedido em face da Ré, conforme artigo 486, §3º do CPC.
Desta forma, requer o reconhecimento da perempção, sendo extinta a ação sem resolução do mérito, conforme artigos 486, §3º e 485, V, ambos do CPC.
MÉRITO
No caso em tela é importante destacar que a Ré não conhecia o vendedor do imóvel antes da celebração da compra e venda, desta forma não procede a alegação da Autora de que a Ré mantinha uma relação extraconjugal com o ex companheiro da Autora. 
Insta frisar que a compra e venda do imóvel só se deu 48 dias após a dissolução da união estável da Autora e o vendedor, desta forma não há qualquer motivo para que seja caracterizado a doação. O negócio jurídico celebrado se deu de forma onerosa, pois, a Ré pagou R$95.000,00, o que mais uma vez reforça a não caracterização da doação.
Com relação a alegação da Autora do vício da simulação não se faz presente no caso em tela pois como anteriormente citado a compra e venda do imóvel se deu de forma onerosa, tendo sido pago o valor de R$95.000,00, não podendo prevalecer a afirmação de doação pois a Ré também não conhecia o ora vendedor, sendo afastado os requisitos de nulidade previstos no artigo 166 do CC.
Desta forma, requer o não reconhecimento da anulação do negócio jurídico uma vez que não está presente nenhum dos requisitos presentes no artigo 166 do CC. 
PEDIDO
Diante do exposto, o réu requer a esse Juízo:
1 - seja acolhida a primeira preliminar arguida intimando-se o autor para regularizar o polo passivo da ação sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito, conforme artigos 114, 115, II, 485, X, ambos do CPC; 
2 - seja acolhida a segunda preliminar arguida reconhecendo a perempção sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito, conforme artigos 486, §3º e 485, V, ambos do CPC;
3 - seja julgado improcedente o pedido autoral, conforme artigo 166 do CC. 
4 - a condenação da autora ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios, estes fixados em 20% sobre o valor da causa, conforme artigo 85 do CPC.
PROVAS
Requer a produção de todos os meios de prova admitidos em direito, na forma do artigo 369, do CPC.
Pede deferimento.
Local, (Dia), (Mês) de (Ano).
Nome do Advogado
OAB/(Sigla do Estado).

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