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Anatomia do olho e fisiologia da visão

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Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
O olho foca a luz sobre uma superfície sensível à luz (retina) utilizando 
uma lente e uma abertura (pupila), cujo tamanho pode ser ajustado 
para modificar a quantidade de luz que entra. 
A visão é o processo pelo qual a luz refletida pelos objetos em nosso 
meio externo é traduzida em uma imagem mental: 
1. A luz entra no olho e a lente (cristalino) a focaliza na retina. 
2. Os fotorreceptores da retina transduzem a energia luminosa 
em um sinal elétrico. 
3. As vias neurais da retina para o cérebro processam os sinais 
elétricos em imagens visuais. 
Cílios - Sobrancelhas 
• São pelos grossos na pele dos arcos superiores (cristas 
frontais do crânio) que protegem os olhos da luz solar e 
evitam que a perspiração desça pela fonte e chegue aos 
olhos. 
• Os cílios, que se projetam a partir da margem de cada 
pálpebra, e as sobrancelhas, que atravessam 
transversamente e em formato de arco a parte 
superior das pálpebras, ajudam a proteger o bulbo do 
olho de objetos estranhos, da transpiração e da 
incidência direta dos raios solares. 
• Glândulas ciliares sebáceas: encontram-se nos folículos 
pilosos dos cílios e liberam um líquido lubrificante para os 
folículos 
Pálpebras 
• As pálpebras superiores e inferiores cobrem os olhos 
durante o sono, protegem os olhos da luz excessiva e de 
objetos estranhos e espalham as secreções lubrificantes 
pelos bulbos dos olhos. 
• A pálpebra superior é mais móvel do que a inferior e 
contém em sua região superior o músculo levantador da 
pálpebra superior. 
• Fissura palpebral: espaço entre as pálpebras superior e 
inferior e que expõe o bulbo do olho. 
• Seus ângulos são conhecidos como comissura lateral, que 
é mais estreita e próxima ao temporal, e comissura 
medial, que é mais larga e mais próxima ao osso nasal. 
• Carúncula lacrimal: na comissura medial encontra-se uma 
elevação pequena e avermelhada, que contém glândulas 
sebáceas (oleosas) e glândulas sudoríferas (de suor). 
• Cada pálpebra consiste em epiderme, derme, tela 
subcutânea, fibras do músculo orbicular do olho, tarso, 
glândulas tarsais e túnica conjuntiva 
• Tarso: é uma prega espessa de tecido conjuntivo que dá 
forma e sustentação às pálpebras. Em cada tarso 
encontra-se uma fileira de glândulas sebáceas alongadas 
modificadas, conhecidas como glândulas tarsais ou 
glândulas de Meibomio, que secretam um líquido que ajuda 
a manter as pálpebras aderidas uma à outra. 
• A túnica conjuntiva é uma túnica mucosa protetora fina 
composta por epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado sustentada por tecido conjuntivo areolar e 
com numerosas células caliciformes. 
• A túnica conjuntiva da pálpebra reveste a face interna 
das pálpebras e a túnica conjuntiva do bulbo passa das 
pálpebras para a superfície do bulbo do olho, onde ela 
cobre a esclera (a “parte branca” do olho), mas não a 
córnea, que é uma região transparente que forma a 
face anterior externa do bulbo do olho. 
 
Aparelho lacrimal 
• É um grupo de estruturas que produzem e drenam o 
líquido lacrimal ou as lágrimas em um processo chamado 
de lacrimação 
• Lacrimação: 
1- As glândulas lacrimais, cada uma com o tamanho e o 
formato aproximados de uma amêndoa, secretam o 
líquido lacrimal, que é drenado em 6 a 12 dúctulos 
excretores, que removem as lágrimas para a superfície 
da conjuntiva da pálpebra superior 
Anatomia e fisiologia do olho 
Anatomia das estruturas acessórias 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
2- A partir dali, as lágrimas passam medialmente sobre a 
face anterior do bulbo do olho e entram em duas 
aberturas pequenas chamadas de pontos lacrimais. 
3- As lágrimas passam então em dois ductos, os canalículos 
lacrimais superior e inferior, que levam para o saco 
lacrimal (dentro da fossa lacrimal) e, então, para o ducto 
lacrimonasal. 
4- Esse ducto conduz o líquido lacrimal para a cavidade nasal 
inferiormente à concha nasal inferior, onde ele se 
mistura com o muco. 
• As glândulas lacrimais são inervadas por fibras 
parassimpáticas dos nervos faciais (VII). 
• O líquido lacrimal produzido por essas glândulas é uma 
solução aquosa contendo sais, um pouco de muco e a 
lisozima, uma enzima bactericida protetora. 
• O líquido protege, limpa, lubrifica e umedece o bulbo do 
olho. 
• Após ser secretado pela glândula lacrimal, o líquido 
lacrimal é espalhado medialmente pela superfície do bulbo 
do olho pelo piscamento das pálpebras. Cada glândula 
produz cerca de 1 mℓ de líquido lacrimal por dia. 
 
Músculos extrínsecos do bulbo do olho 
• Os olhos se encontram em depressões ósseas do crânio 
chamadas de órbitas. 
• As órbitas ajudam a proteger os olhos, estabilizam nos 
no espaço tridimensional, ancorando-os aos músculos que 
produzem seus movimentos essenciais. 
• Os músculos extrínsecos do bulbo do olho se estendem 
das paredes da órbita até a esclera ocular e são 
circundados na órbita por volume significativo de gordura 
do corpo adiposo da órbita 
• Seis músculos extrínsecos do bulbo do olho movem cada 
olho: o reto superior, o reto inferior, o reto lateral, o 
reto medial, o oblíquo superior e o oblíquo inferior. Eles 
são inervados pelos nervos oculomotor (NC III), troclear 
(NC IV) ou abducente (NC VI). 
• Possuem unidades motoras pequenas, o qual fornecem 
agilidade, precisão e suavidade no movimento dos olhos 
• os músculos extrínsecos do bulbo do olho movem o bulbo 
do olho lateralmente, medialmente, superiormente e 
inferiormente. 
• Por exemplo: olhar para a direita requer a contração 
simultânea do músculo reto lateral direito e do músculo 
reto medial esquerdo do bulbo do olho e o relaxamento 
dos músculos reto lateral esquerdo e reto medial direito. 
Os músculos oblíquos preservam a estabilidade rotacional 
do bulbo do olho. Circuitos neurais no 
• tronco encefálico e no cerebelo coordenam e 
sincronizam os movimentos dos olhos. 
• O bulbo do olho adulto mede cerca de 2,5 cm de diâmetro. 
De sua área superficial total, apenas o sexto anterior 
encontra-se exposto; o restante está coberto e 
protegido pela órbita, onde ele se encaixa. 
• A parede do bulbo do olho consiste em três camadas: 
 (1) túnica fibrosa 
 (2) túnica vascular 
 (3) retina (túnica interna) 
 
 
 
Anatomia do bulbo do olho 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
Túnica fibrosa: 
• É a camada superficial do bulbo do olho e consiste na 
córnea anterior e na esclera posterior 
• A córnea é um revestimento transparente que cobre a 
íris colorida. Como ela é curva a córnea ajuda a focar a 
luz na retina. 
• Sua face externa é formada por epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado. 
• O revestimento médio da córnea é formado por fibras 
colágenas e fibroblastos e sua face interna é um epitélio 
pavimentoso simples 
• A esclera é uma camada de tecido conjuntivo denso, 
composto principalmente por fibras colágenas e 
fibroblastos. 
• A esclera cobre todo o bulbo do olho, exceto a córnea; 
ela dá formato ao bulbo do olho, torna-o mais rígido, 
protege suas partes internas e age como um local de 
fixação para os músculos extrínsecos do bulbo do olho. 
• Seio venoso da esclera: abertura na junção entre a 
esclera e a córnea. Drena o humor aquoso 
Túnica vascular 
• A túnica vascular ou úvea é a camada média do bulbo do 
olho 
• Ela é composta por três partes: a corioide, o corpo ciliar 
e a íris. 
• A corioide: altamente vascularizada, que é a parte 
posterior da túnica vascular, reveste a maior parte da 
face interna da esclera. Seus vasos sanguíneos 
numerosos fornecem nutrientes para a face posterior 
da retina. Contém melanócitos que produzem o pigmento 
melanina. 
 A melanina na corioide absorve os raios solares 
dispersos, evitando a reflexão e a dispersão de luz 
dentro do bulbo do olho. 
• O corpo ciliar: Na parte anterior da túnica vascular. Ele 
se estende desde a ora serrata, a margem anterior 
denteada da retina, até um ponto imediatamente 
posteriorà junção da esclera com a córnea. 
 É formado pelos processos ciliares e pelos músculos 
ciliares 
 o corpo ciliar tem aparência marrom escura por 
conter melanócitos que produzem melanina 
 Os processos ciliares são protrusões ou pregas na 
face interna do corpo ciliar. Eles contêm capilares 
sanguíneos que secretam o humor aquoso. 
Estendendo-se a partir dos processos ciliares 
encontram-se as fibras zonulares, ou ligamentos 
suspensores, que se ligam à lente 
 O músculo ciliar é uma banda circular de músculo liso. 
A contração ou o relaxamento do músculo ciliar 
modifica a tensão das fibras zonulares, alterando o 
formato da lente e adaptando-a para a visão de 
perto ou de longe. 
• A íris, a parte colorida do bulbo do olho, tem um formato 
de rosca achatada. Ela está suspensa entre a córnea e 
a lente e se liga em sua margem externa aos processos 
ciliares. 
 Os olhos são entre marrom e preto quando a íris 
contém grandes quantidades de melanina, azuis 
quando sua concentração de melanina é muito baixa 
e verdes quando a concentração de melanina é 
moderada. 
 Ela é formada por melanócitos e por fibras 
musculares lisas circulares e radiais. A quantidade de 
melanina na íris determina a cor do olho. 
 Principal função: regulação da quantidade de luz que 
entra no bulbo do olho através da pupila 
 
Retina 
• A terceira camada do bulbo do olho e a mais interna 
• Reveste os três quartos posteriores do bulbo do olho e 
é o início da via visual 
• O disco óptico é o local em que o nervo óptico (II) deixa o 
bulbo do olho. 
• Acompanhando o nervo óptico encontram-se a artéria 
central da retina, um ramo da artéria oftálmica, e a veia 
central da retina 
• A retina é formada por um estrato pigmentoso e por 
um estrato nervoso. 
• O estrato pigmentoso é uma lâmina de células epiteliais 
contendo melanina localizadas entre a corioide e a parte 
neural da retina. 
• O estrato nervoso (sensorial) da retina é uma parte do 
encéfalo com múltiplas camadas que processa 
substancialmente os dados visuais antes de enviar 
impulsos nervosos para os axônios que formam o nervo 
óptico. 
• Três camadas distintas de neurônios retinais – a camada 
fotorreceptora, a camada celular bipolar e a camada 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
celular ganglionar – são separadas por duas zonas, as 
camadas sinápticas interna e externa, onde os contatos 
sinápticos são realizados 
• Os bastonetes nos permitem enxergar em ambientes de 
pouca luz, como à luz da lua. Como os bastonetes não 
fornecem visão colorida, em ambientes com pouca luz 
nós podemos enxergar apenas preto, branco e todos os 
tons de cinza intermediários. 
• A luz mais forte estimula os cones, que produzem a visão 
colorida. Três tipos de cones estão presentes na retina: 
(1) cones azuis, que são sensíveis à luz azul, (2) cones 
verdes, que são sensíveis à luz verde e (3) cones 
vermelhos, que são sensíveis à luz vermelha. A visão 
colorida é resultado do estímulo de várias combinações 
desses três tipos de cones. 
• A mácula lútea é o centro exato da parte posterior da 
retina, no eixo visual do olho 
• A fóvea central, uma pequena depressão no centro da 
mácula lútea, contém apenas cones. a fóvea central é a 
área de maior acuidade visual ou resolução. 
• Os bastonetes estão ausentes da fóvea central e são 
mais abundantes na periferia da retina. Como a visão dos 
bastonetes é mais sensível do que a visão dos cones, é 
possível observar um objeto com pouca luminosidade 
(como uma estrela distante) melhor se você virar 
levemente para um lado do que olhando diretamente para 
ele. 
 
 
Lente (cristalino) 
• Atrás da pupila e da íris, dentro da cavidade do bulbo do 
olho, encontra-se a lente 
• Nas células da lente, proteínas chamadas de cristalinas, 
organizadas como camadas de uma cebola, compõem o 
meio refrativo da lente, que normalmente é 
perfeitamente transparente e não possui vasos 
sanguíneos. 
• A lente ajuda a focar imagens na retina para facilitar a 
formação de uma visão nítida. 
Interior do bulbo do olho 
• A lente divide o bulbo do olho em duas cavidades: a 
cavidade do segmento anterior e a câmara vítrea 
• A cavidade do segmento anterior – o espaço anterior a 
lente – é formada por duas câmaras. 
 A câmara anterior se encontra entre a córnea e à íris. 
 A câmara posterior se encontra posteriormente à íris e 
anteriormente às fibras zonulares e a lente 
 Ambas as câmaras da cavidade do segmento anterior 
são preenchidas por humor aquoso, um líquido aquoso 
transparente que nutre a lente e a córnea. 
• O humor aquoso é filtrado continuamente para fora dos 
capilares sanguíneos nos processos ciliares do corpo 
ciliar e entra na câmara posterior. Então, ele flui para 
frente entre a íris e a lente, através da pupila e para a 
câmara anterior. 
 A partir da câmara anterior, o humor aquoso é drenado 
para o seio venoso da esclera (canal de Schlemm) e, 
A partir dos fotorreceptores, a informação flui através da camada 
sináptica externa até as células bipolares e dali para a camada 
sináptica interna e para as células ganglionares. Os axônios das 
células ganglionares se estendem posteriormente ao disco do nervo 
óptico e deixam o bulbo do olho como nervo óptico (II). O disco do 
nervo óptico também é chamado de ponto cego. Como ele não 
contém cones ou bastonetes, não é possível ver imagens que 
alcancem o ponto cego. 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
então, para o sangue. Normalmente, o humor aquoso é 
completamente reposto a cada 90 min. 
• Câmara postrema: a cavidade posterior do bulbo do olho, 
que é maior e se encontra entre a lente e a retina. 
• Humor vítreo: dentro da câmara vítrea encontra-se uma 
substância transparente semelhante a uma geleia que 
mantém a retina pressionada contra a corioide, dando à 
retina uma superfície nivelada para a recepção de 
imagens claras. 
 Ele é formado durante a vida embrionária e consiste 
principalmente em água, além de fibras colágenas e ácido 
hialurônico. 
 O humor vítreo também contém células fagocíticas que 
removem fragmentos, mantendo essa parte do olho 
límpida para uma visão sem obstruções 
• O canal hialóideo é um canal estreito, imperceptível em 
adultos, que passa através do corpo vítreo desde o disco 
óptico até a face posterior da lente. Nos fetos, ele é 
ocupado pela artéria hialóidea. 
• Pressão intraocular: é produzida principalmente pelo 
humor aquoso e parcialmente pelo humor vítreo. 
 A pressão intraocular mantém o formato do bulbo do 
olho e evita que ele colapse. 
• Seus elementos ópticos focam uma imagem de algum 
objeto em um “filme” sensível à luz – a retina – enquanto 
garante que a quantidade correta de luz faça a 
“exposição” adequada. Para entender como o olho forma 
imagens claras de objetos na retina, é preciso avaliar 
três processos: (1) a refração ou desvio de luz pela lente 
e pela córnea; (2) a acomodação, a mudança no formato 
da lente; e (3) a constrição ou estreitamento da pupila. 
Refração dos raios de luz 
• Conforme os raios de luz entram no olho, eles são 
refratados nas faces anterior e posterior da córnea. 
Ambas as faces da lente refratam ainda mais os raios 
de luz de modo que eles cheguem com o foco exato na 
retina. 
• As imagens focadas na retina são invertidas (de cabeça 
para baixo). Elas também sofrem uma inversão da direita 
para a esquerda; ou seja, a luz proveniente do lado direito 
de um objeto alcança o lado esquerdo da retina e vice-
versa. 
• O encéfalo armazena as imagens invertidas e revertidas 
que são adquiridas quando nós, pela primeira vez, 
tocamos e alcançamos os objetos, e interpreta essas 
imagens visuais corrigidas pela sua orientação espacial. 
• Cerca de 75% da refração total da luz ocorre na córnea. 
A lente fornece os 25% restantes de capacidade de 
foco e também modula o foco para a observação de 
objetos próximos ou distantes 
Acomodação e o ponto próximo de visão 
• Uma superfície que forma uma curva parafora, como a 
superfície de uma bola, é chamada de convexa. Aquela 
lente refratará os raios de luz que chegam um em 
direção ao outro, de modo que, eventualmente, eles 
sofram uma interseção 
• Se a superfície de uma lente forma uma curva para 
dentro, como o interior de uma bola vazia, a lente é 
chamada de côncava e faz com que os raios de luz sejam 
refratados um para longe do outro. 
• Acomodação: Quando o olho está focando um objeto 
próximo, a lente fica mais curva, causando uma refração 
maior dos raios de luz. 
• ponto próximo de visão é a distância mínima do olho a 
partir da qual um objeto pode ser focalizado, com nitidez, 
com acomodação máxima. Essa distância é de cerca de 
10 cm em um adulto jovem. 
 
• Em objetos distantes: músculo ciliar do corpo ciliar está 
relaxado e a lente se encontra mais achatada porque ela 
é alongada em todas as direções pelas fibras zonulares 
Formação da imagem 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
• Em objeto próximo: o músculo ciliar se contrai, o que puxa 
o processo ciliar e a corioide na direção da lente. Essa 
ação libera a tensão sobre a lente e as fibras zonulares. 
Como é elástica, a lente fica mais esférica (mais 
convexa), aumentando sua capacidade de foco e 
causando maior convergência dos raios de luz 
• As fibras parassimpáticas do nervo oculomotor (III) 
inervam o músculo ciliar do corpo ciliar e, portanto, 
controlam o processo de acomodação. 
Constrição da pupila 
• As fibras musculares circulares da íris também 
desempenham um papel na formação de imagens claras 
na retina. 
• É uma diminuição no diâmetro da circunferência através 
da qual a luz entra no olho e que é causada pela 
contração dos músculos circulares da íris. 
• Esse reflexo autônomo ocorre simultaneamente com a 
acomodação e evita que os raios de luz entrem no olho 
através da periferia da lente. 
• Os raios de luz que entrariam pela periferia não seriam 
focados na retina, o que poderia resultar em uma visão 
borrada. 
• A pupila, como dito anteriormente, também sofre 
constrição em uma luz forte. 
Convergência 
• visão binocular: permite a percepção de profundidade e 
a apreciação da natureza tridimensional dos objetos. 
• A visão binocular ocorre quando os raios de luz 
provenientes de um objeto alcançam pontos 
correspondentes em ambas as retinas. 
• Quando nós olhamos para a frente e vemos um objeto 
distante, os raios de luz que chegam são direcionados 
diretamente em ambas as pupilas e são refratados para 
pontos comparáveis nas retinas de ambos os olhos. 
• O termo convergência se refere a esse movimento 
medial de ambos os bulbos dos olhos de modo que eles 
sejam direcionados para o objeto que está sendo 
observado, como por exemplo quando observamos um 
lápis que se move na direção dos olhos. 
• Quanto mais próximo o objeto estiver, maior será o grau 
de convergência necessário para manter a visão 
binocular. 
• As ações coordenadas dos músculos extrínsecos do bulbo 
do olho permitem a convergência. 
 
 
Fotorreceptores e fotopigmentos 
• Os bastonetes e os cones foram nomeados por causa 
da aparência de seus segmentos externos – a 
extremidade distal próxima ao estrato pigmentoso – de 
cada tipo de fotorreceptor. 
• Os segmentos externos dos bastonetes são cilíndricos ou 
com formato de bastão; os dos cones são achatados ou 
com formato de cone 
• A transdução da energia luminosa em um potencial 
receptor ocorre no segmento externo tanto de cones 
quanto de bastonetes. 
• Os fotopigmentos são proteínas integrais na membrana 
plasmática do segmento externo. 
• Nos cones, a membrana plasmática é dobrada para 
frente e para trás de modo plissado (pregueado); nos 
bastonetes, as pregas se destacam da membrana 
plasmática e formam discos. 
 
• O segmento externo de cada bastonete contém uma 
pilha com cerca de mil discos, empilhados como moedas 
dentro de um invólucro. 
• O primeiro passo na transdução visual é a absorção da 
luz por um fotopigmento, uma proteína colorida que 
sofre mudanças estruturais quando absorve luz, 
Fisiologia da visão 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
localizada no segmento externo de um fotorreceptor. A 
absorção de luz inicia os eventos que levam à produção 
de um potencial receptor. O único tipo de fotopigmento 
nos bastonetes é a rodopsina. Três diferentes 
fotopigmentos dos cones estão presentes na retina, um 
em cada um dos três tipos de cones. A visão colorida é 
resultante das diferentes cores de luz que ativam 
seletivamente os diferentes tipos de fotopigmentos dos 
cones. 
• Todos os fotopigmentos associados à visão possuem duas 
partes: uma glicoproteína conhecida como opsina e um 
derivado da vitamina A chamado de retinal. 
• O retinal é a parte que absorve luz de todos os 
fotopigmentos visuais. Na retina humana, existem quatro 
tipos diferentes de opsinas, três nos cones e uma nos 
bastonetes (rodopsina). Pequenas variações nas 
sequências de aminoácidos das opsinas diferentes 
permitem que bastonetes e cones absorvam cores 
diferentes (comprimentos de onda) da luz incidente. 
Os fotopigmentos respondem à luz no seguinte processo cíclico 
1. No escuro, o retinal apresenta um formato dobrado 
chamado de cisretinal, que se encaixa confortavelmente 
na parte opsina do fotopigmento. Quando o cisretinal 
absorve um fóton de luz, ele muda de conformação, 
ficando reto e passando para um estado chamado de 
transretinal. Essa conversão de cis para trans é 
chamada de isomerização e é o primeiro passo da 
transdução visual. Após a isomerização do retinal, vários 
intermediários químicos instáveis são formados e 
desaparecem. Essas mudanças químicas levam à 
produção de um potencial receptor 
2. Em cerca de um minuto, o transretinal se separa 
completamente da opsina. O produto final é incolor, de 
modo que essa parte do ciclo é chamada de clareamento 
do fotopigmento. 
3. Uma enzima chamada de retinal isomerase converte o 
transretinal em cisretinal. 
4. O cisretinal então pode se ligar à opsina, restaurando o 
fotopigmento funcional. Essa parte do ciclo – a reposição 
de um fotopigmento – é chamada de regeneração 
Adaptações à luz e ao escuro 
• A diferença nas taxas de clareamento e de regeneração 
dos fotopigmentos nos bastonetes e nos cones 
contribuem para algumas (mas não todas) mudanças de 
sensibilidade que ocorrem nas adaptações à luz e ao 
escuro. 
 
• Conforme os níveis de luz aumentam, mais e mais 
fotopigmentos são clareados. Enquanto a luz está 
clareando algumas moléculas de fotopigmento, outras 
estão sendo regeneradas. 
• Na luz do dia, a regeneração da rodopsina não consegue 
acompanhar o processo de clareamento, de modo que os 
bastonetes contribuem muito pouco para a visão diurna. 
Ao contrário, os fotopigmentos dos cones se regeneram 
rápido o bastante para que alguma forma cis esteja 
sempre presente, mesmo em luzes muito fortes. 
• Se os níveis de luz diminuem abruptamente, a 
sensibilidade aumenta rapidamente no início e, em 
seguida, mais lentamente. Na escuridão completa, a 
regeneração total dos fotopigmentos dos cones ocorre 
durante os oito primeiros minutos da adaptação ao 
escuro. 
• Em níveis de luz muito baixos, como uma noite iluminada 
apenas pelas estrelas, os objetos parecem ter tons de 
cinza porque apenas os bastonetes estão funcionando. 
Liberação de neurotransmissor por fotorreceptores 
• A absorção de luz e a isomerização do retinal iniciam as 
mudanças químicas no segmento externo dos 
fotorreceptores que levam à produção de um potencial 
receptor 
• No escuro, os íons sódio (Na+) fluem para dentro do 
segmento externo do fotorreceptor através de canais 
de Na+ sensíveis a ligantes. O ligante que mantém esses 
canais abertos é o monofosfato cíclico de guanosina 
(GMP cíclico ou cGMP) 
• O influxo de Na+, chamado de “corrente escura”, 
despolariza parcialmente o fotorreceptor. Como 
resultado, no escuro, o potencial de membrana de um 
fotorreceptor é de cerca de –30 mV.. 
Ana CarolinaCasali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
• A despolarização parcial no escuro dispara a liberação 
contínua de neurotransmissor nos terminais sinápticos. O 
neurotransmissor nos bastonetes, e talvez nos cones, é 
o aminoácido glutamato (ácido glutâmico). Em sinapses 
entre bastonetes e algumas células bipolares, o 
glutamato é um neurotransmissor inibitório: ele dispara 
potenciais pós-sinápticos inibitórios (PPSI) que 
hiperpolarizam as células bipolares, evitando que elas 
transmitam sinais para as células ganglionares. 
• Quando a luz alcança a retina e o cisretinal sofre 
isomerização, são ativadas enzimas que clivam o cGMP. 
Como resultado, alguns canais de Na+ sensíveis a cGMP 
se fecham, o influxo de Na+ diminui e o potencial de 
membrana se torna mais negativo, chegando a –70 mV. 
• Essa sequência de eventos produz um potencial receptor 
hiperpolarizante que diminui a liberação de glutamato. 
Luzes fracas causam potenciais receptores pequenos e 
curtos que diminuem parcialmente a liberação de 
glutamato; luzes mais fortes disparam potenciais 
receptores maiores e mais longos que interrompem 
completamente a liberação de neurotransmissor. 
• Desse modo, a luz excita células bipolares que formam 
sinapses com os bastonetes por causa da diminuição da 
liberação de um neurotransmissor inibitório. As células 
bipolares excitadas estimulam subsequentemente as 
células ganglionares a formarem potenciais de ação em 
seus axônios. 
 
 
 
Os sinais visuais na retina passam por processamentos 
consideráveis em sinapses ao longo dos vários tipos de neurônios 
na retina. Então, os axônios das células ganglionares da retina 
fornecem informações da retina para o encéfalo, deixando o bulbo 
do olho como nervo óptico (II). 
Processamento das informações visuais na retina 
• Informações provenientes de várias células podem 
convergir para uma pequena quantidade de neurônios 
pós-sinápticos (convergência) ou divergir para uma 
grande quantidade (divergência) 
• Uma vez que os potenciais receptores surgem nos 
segmentos externos dos bastonetes e dos cones, eles 
se espalham através dos segmentos internos até os 
terminais sinápticos. As moléculas neurotransmissoras 
liberadas por bastonetes e cones induzem potenciais 
graduais locais tanto em células bipolares quanto em 
células horizontais. 
• Entre 6 e 600 bastonetes formam sinapses com uma 
única célula bipolar na camada sináptica externa da 
retina; um cone frequentemente forma sinapse com 
uma única célula bipolar. A convergência de muitos 
bastonetes em uma única célula bipolar aumenta a 
sensibilidade à luz da visão dos bastonetes, porém 
desfoca levemente a imagem que é percebida. A visão 
Via visual 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021 
dos cones, embora menos sensível, é mais nítida por 
causa da proporção de um para uma das sinapses entre 
cones e células bipolares. A estimulação dos bastonetes 
pela luz excita as células bipolares; as células bipolares 
dos cones podem ser excitadas ou inibidas quando surge 
uma luz. 
• As células horizontais transmitem sinais inibitórios para 
as células bipolares nas áreas laterais aos cones e 
bastonetes excitados. Essa inibição lateral aumenta o 
contraste da cena visual entre áreas da retina que são 
estimuladas fortemente e áreas adjacentes que são 
estimuladas mais fracamente. As células horizontais 
também ajudam a diferenciar várias cores. As células 
amácrinas, que são excitadas pelas células bipolares, 
formam sinapses com células ganglionares e transmitem 
informações para elas, sinalizando uma modificação no 
nível de iluminação da retina. Quando células bipolares ou 
amácrinas transmitem sinais excitatórios para as células 
ganglionares, essas células ganglionares se despolarizam 
e disparam impulsos nervosos. 
Via encefálica e campos visuais 
• Os axônios do nervo óptico (II) passam através do 
quiasma óptico (um cruzamento, como na letra X), um 
ponto de cruzamento dos nervos ópticos. Alguns axônios 
atravessam para o lado oposto, enquanto outros 
permanecem do mesmo lado. 
• Após passarem pelo quiasma óptico, os axônios, agora 
parte do trato óptico, entram no encéfalo e a maior 
parte deles termina no núcleo do corpo geniculado lateral 
do tálamo. Ali, eles formam sinapses com neurônios cujos 
axônios formam as radiações ópticas, que se projetam 
para as áreas visuais primárias nos lobos occipitais do 
córtex cerebral e começa a percepção visual. 
• Uma parte das fibras do trato ópticotermina no colículo 
superior, que controla os músculos extrínsecos do bulbo 
do olho, e nos núcleos prétectais, que controlam os 
reflexos de acomodação e pupilar. 
• Tudo que pode ser visto por um olho compreende o 
campo visual daquele olho. 
• O campo visual de cada olho é dividido em duas regiões: a 
metade nasal ou central e a metade temporal ou 
periférica. 
• Para cada olho, os raios de luz provenientes de um 
objeto na metade nasal do campo visual são direcionados 
para a metade temporal da retina e os raios de luz 
provenientes de um objeto na metade temporal do 
campo visual são direcionados para a metade nasal da 
retina. 
• A informação visual proveniente da metade direita de 
cada campo visual é transmitida para o lado esquerdo do 
encéfalo e a informação visual proveniente da metade 
esquerda de cada campo visual é transmitida para o lado 
direito do encéfalo da seguinte maneira 
1. Os axônios de todas as células ganglionares da retina em 
um olho deixam o bulbo do olho no disco do nervo óptico 
e formam o nervo óptico naquele lado 
2. No quiasma óptico, os axônios da metade temporal de 
cada retina não cruzam e continuam diretamente para o 
núcleo do corpo geniculado lateral do tálamo naquele 
mesmo lado. 
3. Ao contrário, os axônios da metade nasal de cada retina 
cruzam o quiasma óptico e continuam para o tálamo do 
lado oposto. 
4. Cada trato óptico é formado por axônios cruzados e não 
cruzados que se projetam a partir do quiasma óptico 
para o tálamo de um dos lados. 
5. Axônios colaterais (ramos) das células ganglionares 
retinais se projetam para o mesencéfalo, onde 
contribuem para os circuitos neurais que governam a 
constrição das pupilas em resposta à luz e para a 
coordenação dos movimentos da cabeça e do olho. Os 
axônios colaterais também se estendem para o núcleo 
supraquiasmático do hipotálamo, que estabelece os 
padrões de sono e outras atividades que ocorrem de 
modo circadiano ou diário em resposta aos intervalos 
entre a claridade e a escuridão 
6. Os axônios dos neurônios talâmicos formam as radiações 
ópticas conforme eles se projetam do tálamo para a 
área visual primária do córtex no mesmo lado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 
12ª. edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2010. 
 
 
Ana Carolina Casali Zanette – 2º período – 22/03/2021

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