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Primeira avaliação Prof. Adriano Delfino CDI 3- Engenharia Mecânica Data: 09/04/2019 1. Calcule ∫ γ xy ds onde γ é a curva dada por x = y 2 4 entre os pontos (0, 0) e (1, 2). Solução: A fórmula para calcular a integral de uma função escalar é dada por∫ γ f ds = ∫ b a f(γ(t))||γ′(t)|| dt. Vamos obter as informações para o cálculo. Nesse caso f(x, y) = xy e o dommínio é Ω = R2. A curva pode ser parametrizada por γ(t) = (t2, 2t), 0 ≤ t ≤ 1. Calculando a derivada do vetor γ obtemos γ ′ (t) = (2t, 2). Logo ||γ′(t)|| = √ (2t)2 + 22 = √ 4t2 + 4 = 2 √ t2 + 1. Calculando f sobre a curva obtemos f(γ(t)) = f(t2, 2t) = t2 · 2t = 2t3. Portanto agora é só calcular a integral. Segue:∫ γ xy ds = ∫ b a f(γ(t))||γ′(t)|| dt = ∫ 1 0 2t3 · 2 √ t2 + 1 dt = ∫ 1 0 2t2 · 2 √ t2 + 1 · 2t dt = ∫ 2 1 2(u+ 1) · 2 √ u · du = 2 ∫ 2 1 u 3 2 + u 1 2 du = 2 [ u 5 2 5 2 + u 3 2 3 2 ]2 1 = 4 √ 2− 1 5 + 2 √ 2− 1 3 . 2. Calcule o trabalho realizado pelo campo de forças F (x, y) = (e−y,−xe−y) para deslocar uma partícula entre os pontos (1, 1) e (2, 0). Solução: A fórmula para calcular o trabalho é dado pela integral de linha dada por∫ γ F dγ = ∫ b a f(γ(t))γ ′ (t) dt. O domínio de F é Ω = R2 e portanto simplesmente conexo. Logo ∂M ∂y = ∂N ∂x implica F conservativo. Temos M(x, y) = e−y eN(x, y) = −xe−y. 1 Calculando as derivadas parcias obtemos ∂M ∂y = −e−y e ∂N ∂x = −e−y. Logo F é conservativo e a integral não depende do caminho,∫ γ F dγ = φ(B)− φ(A), onde φ é a função potencial de F , isto é, ∇φ = F . Portanto obtemos o sistema ∂φ ∂x (x, y) = M(x, y) = e−y (1) e ∂φ ∂y (x, y) = N(x, y) = −xe−y. (2) Integrando (1) em relação a x obtemos φ(x, y) = xe−y + c(y). (3) Derivando (3) em relação a y obtemos ∂φ ∂y (x, y) = −xe−y + c′(y) (4) Comparando (4) com (2) obtemos c ′ (y) = 0 e portanto c(y) = c. Logo a função potencial é dada por φ(x, y) = xe−y. Os pontos são A = (1, 1) e B = (2, 0) e portanto φ(B) = φ(2, 0) = 2e−0 = 2 e φ(A) = φ(1, 1) = 1e−1 = 1 e . Portanto o trabalho realizado é τ = ∫ γ F dγ = φ(B)− φ(A) = 2− 1 e . 3. Calcule a área de um círculo qualquer de raio 1010 10 através de uma integral de linha. Solução: A fórmula para a área de uma região K ⊂ R2 é dado por A = ∫∫ K dA. O teorema de Green diz que ∫ γ F dγ = ∫∫ K ∂N ∂x − ∂M ∂y dA. 2 Então para obtemos a fórmula da área envolvendo uma integral de linha, basta escolher qualquer campo vetorial que satisfaça a relação ∂N ∂x − ∂M ∂y = 1. Escolhendo ∂M ∂y = 0 e ∂N ∂x = 1 obtemos M(x, y) = 0 e N(x, y) = x. Logo o campo dado por F (x, y) = (0, x) fornece a área procurada. Parametrizando um círculo qualquer obtemos γ(t) = (x0 +R cos(t), y0 +R sin(t)), 0 ≤ t ≤ 2π, onde (x0, y0) é o centro. Calculando γ ′ obtemos γ ′ (t) = (−R sin(t), R cos(t)). Logo F (γ(t)) = F (x0 +R cos(t), y0 +R sin(t)) = (0, x0 +R cos t). Fazendo o produto escalar obtemos F (γ(t)) · γ′(t) = (0, x0 +R cos t) · (−R sin(t), R cos(t)) = x0R cos(t) +R2 cos2(t). Portanto a área é dada por A = ∫ γ F dγ = ∫ 2π 0 x0R cos(t) +R 2 cos2(t) dt = x0R ∫ 2π 0 cos(t) dt+R2 ∫ 2π 0 cos2(t) dt = x0R · 0 +R2 ∫ 2π 0 1 2 + cos(2t) 2 dt = πR2 +R2 ∫ 2π 0 cos(2t) 2 dt = πR2 +R2 · 0 = πR2. Substituindo R = 1010 10 , obtemos a resposta A = π(1010 10 )2. 4. Calcule o trabalho realizado pelo campo de forças F (x, y) = (xy + x7, x 2 2 + 2x) para deslocar uma partícula em uma circunferência qualquer de raio π. Solução: Como uma circunferência qualquer é uma região fechada e limitada cuja fronteira é uma curva contínua, podemos usar o Teorema de Green∫ γ F dγ = ∫∫ K ∂N ∂x − ∂M ∂y dA. A derivada parcial da função M(x, y) = xy + x7 em relação a y é ∂M ∂y = x e a derivada parcial da função N(x, y) = x 2 2 + 2x em relação a x é ∂N ∂x = x+ 2. Logo ∂N ∂x − ∂M ∂y = x+ 2− x = 2. Portanto∫ γ F dγ = ∫∫ K ∂N ∂x − ∂M ∂y dA = ∫∫ K 2 dA = 2 ∫∫ K dA = 2 · π · π2 = 2π3. 3 5. Calcule o centro de massa de um arame onde a densidade é dado por f(x, y) = kx e o arame é a metade direita da circunferência de raio 2. Solução: A massa e o centro de massa são dados pelas fórmulas: M = ∫ γ f ds, xc = 1 M ∫ γ xf ds e yc = 1 M ∫ γ yf ds. Primeiro vamos calcular M cuja fórmula é M = ∫ γ f ds = ∫ b a f(γ(t))||γ′(t)|| dt. A curva pode ser parametrizada por γ(t) = (2 cos t, 2 sin t),−π 2 ≤ t ≤ π 2 . Calculando f sobre a curva obtemos f(γ(t)) = f(2 cos t, 2 sin t) = 2k cos t. O vetor derivada é γ ′ (t) = (−2 sin t, 2 cos t) e portanto ||γ′(t)|| = √ (−2 sin t)2 + (2 cos t)2 = 2. Logo M = ∫ γ f ds = ∫ b a f(γ(t))||γ′(t)|| dt = ∫ π 2 −π 2 2k cos t · 2 dt = 8k ∫ π 2 0 cos t dt = 8k · 1 = 8k. Calculando xc obtemos xc = 1 M ∫ γ xf ds = 1 M ∫ b a x(t)f(γ(t))||γ′(t)|| dt = 1 8k ∫ π 2 −π 2 2 cos t · 2k cos t · 2 dt = 2 ∫ π 2 0 cos2 t dt = 2 ∫ π 2 0 1 2 + cos 2t 2 dt = π 2 . De maneira análoga obtemos yc yc = 1 M ∫ γ yf ds = 1 M ∫ b a y(t)f(γ(t))||γ′(t)|| dt = 1 8k ∫ π 2 −π 2 2 sin t · 2k cos t · 2 dt = ∫ π 2 −π 2 sin 2t dt = 0. Portanto o centro de massa é (xc, yc) = ( π 2 , 0). 4
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